08 Apr 2010
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O Nilo

Dicas de Viagens, Egito, Luxor

É dificl falar do Nilo sem encher esse post de cliches: um dos unicos rios que fluem em direção norte no mundo, o mais comprido, o maior da Africa, e consequentemente a fonte de tudo que existe no Egito e provavelmente, no mundo que conhecemos hoje em dia.

Apesar de termos decidido nao fazer um cruzeiro pelo Rio, como 99.9% dos turistas que veem pra regiao de Upper Egypt (de Luxor pra baixo) fazem (existem cerca de 300 cruzeiros cadrastados que fazem o trecho Luxor-Answan diariamente!!), nao podiamos deixar de pelo menos um pequeno passeio pela area. Pode parecer exagero, mas vir ao Egitp e nao navegar no Nilo é como vir ao Egito e nao ver as piramides!

Até mesmo pra (tentar) entender um pouco de Egiptologia é impossivel evitar o Nilo, pois foi ali que tudo começou: geograficamente falando o Nilo começa nas nascentes dos grandes lagos da Africa Central, cruzando a Tanzania, Uganda, Sudão e Etiopia sendo a unica fonte de agua e nutrição.

Todos os anos, as chuvas na Africa central causam uma epoca de alagamento do Nilo, que começa em Junho (quando começa o ano novo no calendario Egipcio) e vai até Setembro, quando as aguas voltam a baixar, deixando o solo fertilizado e pronto pra plantações e colheitas.

E foi assim que todas as lendas dos Deuses Egipcios começaram, e se desenvolveram ao longo dos 3 mil anos seguintes: A Deusa Osiris que ensinou os Egipcios a cultivar a terra, como usar e entender o Nilo e como viver numa sociedade organizada. A 5 mil anos atras os Egipcios de então não sabiam de onde o Nilo vinha, e a unica explicação de como transformar deserto em terra fertil era atravez dos Deuses.

E até hoje toda a vida Egipcia se concentra ao longo do NIlo: as cidades, as estradas e as ferrovias.

No dia que fizemos esse passeio de Feluca (o barco a vela local) era feriado, o dia em que os Egipcos comemoram o inicio da primavera e da estação das cheias, entao tivemos um passeio privilegiado, assistindo vilarejo após vilarejo reverenciar o rio e comemorar nas margens.

Crianças, idosos, homens, mulheres, camelos e jumentos – todo juntos cantando e dançando na beira do Rio.

Mas o nosso objetivo principal nesse passeio de barco era presenciar o por do sol, considerado um dos melhores lugares do mundo pra ver o sol se por – e cada segundo correspondeu a nossas expectativas!

O sol, que apesar de esturricante, estava sempre escondido atras da poluição do Cairo, so mostrou perfeitamente redondinho, colorindo absolutamente tudo a nossa volta de amarelo e dourado.

A imagem das velas das Felucas só contribuiu ‘a cena, deixando cada angulo com pinta de cartao postal (e nao foi a toa que tirei centenas de fotos!

Adriana Miller
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