04 Oct 2010
42 comentários

Dia do Summit: Kibo Hut – Williams Point – Guilman’s Point – Stellar Point e Uhuru Peak! E logo depois, a descida…

Dicas de Viagens, Kilimanjaro, Tanzania

Depois de ter cochilado por mais de duas horas a tarde, nao consegui pegar no sono de jeito nenhum! E quanto mais eu pensava que tinha que me obrigar a dormir, menos sono eu tinha!

Fiquei pensando no frio, na escuridao, no cansaco, na dor no pescoco e na neve que nao parava de cair do lado de fora da barraca…

As 11 da noita em ponto o guia veio nos “acordar” – tivemos que nos arrumar e arrumar nossa barraca na escuridao total! O café da manha parecia um funeral… Ninguem tinha conseguido dormir direito (ou sequer dormir) e 2 pessoas estavam passando muito mal… Preparamos nossas garrafas de agua com agua fervendo (que congelaram pelo caminho!) e la fomos nos!

Comecamos a nossa caminhada a meia noite e foi uma coisa surreal! A neve tinha parado de cair e o ceu era um tapete infinito de estrelas!

Mas andar na escuridao total, apenas com uma lanterna de cabeca, foi muito mais dificl que imaginava!

A explicacao do porque comecamos a escalada a noite foi bem simples: como o solo nessa area da montanha eh composto de areia e cinza vulcanica, eh um terreno muito difícil de se caminhar… seria como escalar dunas de areia, a 5 mil metros de altitude… Entao durante a noite, como a temperatura esta sempre abaixo de zero, o ano todo, o solo congela e a area + cinza ficam compactas e faceis de andar.

Mas foi dificl nao tropecar nas pedrinhas no chao, e manter o equilibrio na subida quando a unica coisa que conseguia enxergar na frente de meu nariz (congelado) era um foco de luz no logo da mochila do Aaron…

Mas o pior mesmo foi a concentracao mental… depois de cerca de uma hora de caminhada acabei ficando MUITO entediada! Serio! Um tedio fora do normal…! Ninguem conseguia conversar porque mal tinhamos ar para respirar… nao tinha nada para ver a nossa volta… nao conseguia tirar fotos de nada pq estava escuro demais (tirei algumas fotos ao longo da noite, mas a grande maioria ficou fora de foco, ou escura demais, ou sme o menor sentido)… Meus pensamentos comecaram a me enlouquecer e fiquei com um MEGA mau humor!

Foi uma coisa meio claustrofobica como nunca senti na vida. Uma ansiedade esquisita, como se estivesse fechada num lugar escuro…

Para completar, pouco a pouco meus pes comecaram a congelar demais, e jah nao sentia nada do tornolezo para baixo. E somado a isso, umas duas horas adentro da caminhada, meus ombros e pescoco comecaram a doer demais outra vez, ainda sequela da tarde anterior, somado ao frio e estar mais uma vez subindo com a cabeca baixa (para me proteger do vento cortante e para conseguir enxergar onde estava andando…). Sofri calada com a dor por mais ou menos mais uma hora, ate que chegou um ponto em que as “facadas” de dor no meu pescoco se tornaram insuportaveis! E tudo isso contribuindo pro meu desespero de frio, claustrofobia, tedio e dor! Quando estava a ponto de largar a mochila por lah, num canto qualquer (com maquina fotografica, garrafas de agua, capa de chuva, comida e tudo mais), o guia (Makeke) se ofereceu para levar minha mochila e me salvou!

Foi incrivel como aquele gesto me relaxou, e nao estar mais sentido dor aliviou meus outros sintomas…

Mas isso causou um problema ainda pior! SONO! Assim que parei de sentir dor, do nada me bateu um sono avassalador! E nesse ponto da caminhada o grupo ainda estava todo junto, e 2 pessoas estavam se sentindo muito mal e estavam andando MUITO devagar! Para entreter minha mente entediada naquela escuridao eu fiquei contando quantos segundos demoravamos entre um passo e outro, e adivinhem!? 3 segundo por passo! Serio, eh muita coisa! Mas eh o tempo que leva para darmos uma inalada profunda de ar a cada passo.

O problema eh que esse nao era meu ritmo, e meu pulmao estava se virando muito bem obrigada. Entao esses 3 segundos por passo eram o suficiente para que eu pegasse no sono entre um passo e outro! Sabe aquele sono que doi? Incontrolavel? Dei varios tropecoes, porque dormia enguanto andava! Que desespero que aquilo ia me dando! E isso tudo foi virando um transe, onde juntou o sono, a claustrofobia da escuridao, os passos ritmados, o frio e uma alucinacao generalizada (efeito da falta de oxigenio, segundo o guia).

Aliais, tem uma historia interessante nessa parte da alucinacao. No terceiro dia da caminhada o guia descobriu que eu era Brasileira. Entre varios papos de futebol para cah e para lah, ele se deu conta de que o Ingles nao era minha lingua materna e ficou preocupadíssimo! Aparentemente, um dos efeitos da altitude eh alucinacao causada pela falta extrema de oxigenio oque pode causar  falta de memoria temporaria, e consequentemente algunas pessoas nao conseguem se comunicar em lingua extrangeira. Entao ele me mostrou seu caderninho-emergencia com frases chave em tudo quanto eh lingua: holandes, russo, frances, espanhol, alemao, etc… e comecou a anotar algunas frases e palavras em portugues tambem. (e o Aaron confirmou que em sua escalada na Bolivia, no ultimo dia ele nao conseguia lembrar o nome da propria irma por nada no mundo!)

Entao quando eu estava nesse momento de transe (e chata para caramba, pois segundo o Aaron eu nao parava de reclamar e tagarelar, enumenrando tudo que eu ia exigir que ele fisesse por mim depois da viagem, afinal era tudo culpa dele e eu soh estava la por causa dele, e aquele era a pior noite da minha vida e era tudo culpa dele! HAHAHAH) o Makeke sacou seu caderninho e comecou a me preguntar varias coisas em Portugues, para ver se minha chatisse era puro cansaco e mau humor ou se era efeito da altitude… mas era soh irritacao mesmo!

E entao algo aconteceu! Um dos senhores do nosso grupo desmaiou! Apagou completamente por falta de oxigenio! Os guias entraram em mode primeiros socorros para levar ele de volta pro acampamento, e entao decidimos dividir o grupo. Nessa divisao eu, Aaron, os dois irmaos Escoceses e um outro cara seguimos na frente com o Makeke, e nesse momento tudo se transformou!

Entramos num ritmo otimo de caminhada, bem mais rapido que estavamos antes e rapidinho eu despertei e sai do meu transe de chatisse! Foi mais ou menos nessa hora que passamos da caverna de William’s Point, que marca os 5 mil metros de altitude e vimos no horizonte o pico Mawenzi pequenininho lah em baixo… E vi tambem como a lua estava LINDA e reparei que o horizonte ja nao estava TAO escuro como antes.

A subida foi ficando mais e mais ingreme e cheia de pedras a medida que iamos subindo, e lah pras 5 da manha, cerca de 5.500 metros de altitude o sol comecou a desapontar no horizonte!! QUE VISTA MARAVILHOSA!!!!

O horizonte comecando a mudar de cores, Mawenzi la em baixo, as luzes da fronteira do Kenya perdidas laaaaaaa em baixo no horizonte. Demos un ultimo gaz, pois queriamos conseguir chegar no primeiro pico do Kilimanjaro, o Guilman’s Point, a tempo do nascer do sol: Tinhamos cerca de 45 minutos para escalar (na unha!) os ultimos cento e poucos metros de altitude.

E conseguimos!

Assistimos o nascer do sol mais fantastico do universo, a 5.600 metros de altitude, no topo da Africa!

Infelizmente ficamos pouquissimo tempo lah em cima – nossas garrafas de agua estavam congeladas, aos poucos o frio foi piorando (eh incrivel a diferenta de temperatura no corpo quando estamos andando e quando paramos por poucos segundos!) e tinhamos que decidir: queremos seguir ateh Uhuru Peak por mais 3 horas, ou nao. Um dos irmaos Escoceses sentou e nao conseguir levantar mais. Ele tinha atingido seu limite e nao conseguia andar mais. E depois o Aaron confessou secretamente que ele achava que eu tambem ia desistir, e se isso acontecesse, ele teria desistido tambem…

Mas nao! Eu fui logo a primeira a sair andando pelas pedras! Aquele por do sol, Mawenzi, os glaciares e tudo a minha volta, tinham me dado um novo animo de energia e eu sabia que TINHA que conseguir chegar ate o final!

Entao nos 4 e Makeke comecamos nossa caminhada final… sao apenas 200 metros de altitude, e cerca de 800 metros em distancia (menos de 1 quilometro!) e Uhuru estava tao perto! Jah conseguiamos ver o topo, viamos os grupos de turistas descendo a montanha, mas foram os metros mais dificeis ate entao.

O pulmao jah nao responde, as pernas ja nao respondem…. Eu comecei a chorar incontrolavelmente… uma sensacao sem igual de nao poder mais, mas saber que jamais me perdoaria se parasee estando ali tao perto (um sentimento que os Ingleses descrevem tao bem com uma unica palavra: Overwhelmed! Eu me sentia completamente overwhelmed e inundada por todos os sentimentos bons e ruins que existem!). E a cada passo eu continuava chorando; diferentes grupos de turistas com seus guias iam descendo pelo mesmo caminho e nos dando forca “You can do it!” “You’re almost there!” “Dont’t give up now!” e eu ia chorando mais e mais (serio, chorei escrevendo esse post, soh de lembrar a inundacao de sentimentos e dores, e tudo mais daquelas ultima duas horas de caminhada!).

Ate que viramos a curva que nos deixou ali… cara a cara com a reta final… com a placa que repete para o mundo “CONGRATULATIONS YOU HAVE REACHED UHURU PEAK 5895 METERS ABOVE SEA LEVEL THE HIGHEST POINT IN AFRICA AND THE HIGHEST FREE STANDING MOUNTAIN IN THE WORLD”!!! (Parabens voce alcancou o pico Uhuru a 5.895 metros acima do nivel do mar, o ponto mais alto da Africa e a montanha mais alta do mundo).

Se eu tivesse oxigenio suficiente no meu sangue e meus musculos, teria dado um pulinho de emocao, e teria feito a danca da felicidade! Mas em vez disso eu chorei. E chorei, e chorei. E abracei o Aaron, abracei o Makeke e saquei minha camera fotografica do bolso interno do casaco! (estava no bolso interno para ficar quentinha, jah que a altitude e o frio podem descarregar a bateria da camera e cristalizar as lentes – entao preferi nao arriscar, e as fotos da subida foram tiradas com minha maquininha velha, que levei soh para registrar essa esclada final!).

Tiramos muitas fotos, por momentos que pareciam uma eternidade la em cima. O Uhuru Peak era so nosso, e tinhamos toda a Africa aos nossos pes!

Mas a pesar do sol estonteante que estava la em cima, o vento era de matar e o Makeke logo nos lembrou que a pesar de termos conseguido chegar ate o final, agora faltava descer tudo de novo!!!!

E entao comecamos pouco a pouco a descer. Dizem que para baixo todo Santo ajuda, neh? Fui nessa feh ladeira abaixo e fui deixando meu corpo ser carregado pela gravidade…

Ate que chegamos de novo na parte onde a areia e cinza vulcania jah tinha comecado a derreter… e a trilha que usamos para subir tinha virado um rebulico de lama preta….

Seriam mais 3 horas descendo (sao 4 horas para descer o mesmo percurso que demorou 9 horas para subir) mas o Makeke propos um atalho que prometia economizar 1 hora de nossa descida! E la fomos nos, praticamente de Ski-bunda montanha abaixo!

Nossas pernas enterravam ate o joelho na areia e deslizava alguns metros pra baixo, enquando ainda tentava desenterrar a perna anterior para repetir o processo. Usei as “bengalas” de caminahda para manter meu equilibrio e dar uma forcinha ao meu joelho, que pouco a pouco ia sentindo o esforco de descer uma ladeira tao violenta e tao rapido, e o peito latejava a cada inalada, com uma respiracao pesada sem oxigenio, mas tudo que eu queria era ir mais e mais rapido e chegar logo la em baixo!

E la fomos nos… 1 hora… 2 horas…. As nuvens subiram e nos alcancaram no meio do caminho, mas eu estava suando em bicas, e jah tinha tirado quase todos os meus casacos… Ate que o guia apontou uma formiguinhas lah em Baixo… “Olha eh o Kibo Hut! Estamos chegando perto! Mais 1 hora e estamos lah!”

UMA HORA?!?! Eu nao aguentava mais nem um segundo… mas tudo que sobre, desce… e fui seguindo meu deslizamento de barranco abaixo sonhando com minha barraca!

Quando finalmente chegamos na entrada de Kibo, varios de nossos carregadores estavam lah nos esperando! Vieram ajudar a nos carregar de volta pras barracas, carregar nossas mochilas e casacos e atender qualquer pededido especial (Agua! Agua!!)!

Fui direto para minha barraca e me recusei a ir almocar – e entao me dei conta que nao tinha comido nada, e mal bebi agua durante as ultimas 12 horas! (e nem fui ao banheiro nesse tempo todo, mas ai jah eh too much information….).

Entrei na barraca com lama ate os joelhos, sem colchao nem saco de dormir… Onde meu corpo encontrou o chao congelado da barraca, foi onde eu fiquei, e apaguei instantaneamente!

Mas cerca de 1 hora depois, os guias vieram nos acordar de novo… era hora de comecar a caminhada de volta, pois tinhamos que descer pro acampamento Horombo, a 3700 metros de altitude, para que nosso Corpo pudesse se recuperar com oxigenio suficiente.

Nossa, e o mau humor que me assolava?!??!

Mas tudo bem.

Arrumei minhas coisas de volta na mochila e comecamos a descer pelo deserto, na direcao contrario de onde viemos (agora estavamos descendo pelo lado sul da montanha)…

Adriana Miller
Siga me!
Latest posts by Adriana Miller (see all)
Adriana Miller
42 comentários
Comente pelo Facebook
Escreva o seu Comentário
* Preenchimento obrigatório. Seu email não será divulgado.
Quer que a sua foto apareça nos comentários? Clique aqui!
42 comentários
  1. Claudia T - 04/10/10 - 15h54

    Chorei junto com você! Fico imaginando o orgulho do Aaron de ter você ao lado.
    Grande beijo.

    Responder
  2. Bia - 04/10/10 - 15h58

    Dri, parece coisa de filme! Imagino o sufoco que deve ter sido passar por tudo isso, mas agora dá até pra dar umas risadinhas, né?! Coitado do Aaron com vc reclamando e enumerando todas as milhões de coisas que ele tinha que fazer por vc! hahaha! Imagino que ele devia tá pensando “meu Deus, pq q eu trouxe a mulher pra um programa desses?”!
    Essa escalada me fez lembrar quando eu subi a cachoeira da fumaça na Chapada Diamantina na Bahia, claro que não se comparava a super essa super montanha ai, mas eu tinha 10 anos, eu subi chorando o percusso todo pq não queria ir, só que eu era a única do grupo e não podiam me deixar sozinha, eu fui obrigada a ir. Subi chorando, mas desci rindo, foi uma experiencia legal, e no auge dos meus 10 anos, eu achava que tinha subido o Everest!

    bjs
    .-= Bia´s last blog ..Later that night at the drive-in- Nuit Blanche =-.

    Responder
  3. Luciana - 04/10/10 - 16h07

    Nossa, Adriana, que loucura. Estou cansada só de ler. Vale a pena mesmo???

    Responder
  4. Nossa… deve ter sido muito intenso mesmo.
    Eu fiquei tensa por você só lendo aqui, imagina você lá na hora!

    Beijos
    .-= Nathalia T. | Coisas que Amamos´s last blog ..Are you ready Leopard Print! =-.

    Responder
  5. Carol - 04/10/10 - 16h15

    Emocionante sua odisséia!
    Imagino (ou nao) como deve ter sido difícil. Meus parabéns, Dri!

    Acho que conseguir um feito como esse, significa muito mais do que chegar a topo da África. Acho que vc chegou no topo “de você mesma”, fazendo o possível e impossível, extrapolando seus limites e vencendo.
    Me emocionei com sua história.
    Beijo no seu coracao,

    Carol

    Responder
  6. Liana - 04/10/10 - 16h29

    Menina de Deus, primeiro de tudo, parabéns por terem conseguido e em segundo, parabéns pelo post! Não pisquei o olho só acompanhando aqui a sua descrição de todos os detalhes. Posso imaginar a confusão de emoções e sentimentos que te rodeou lá na subida. E depois, ainda descer hein? Jesus!!! Parabéns de novo! Acho que eu teria ficado lá em cima ahahahaha…
    .-= Liana´s last blog ..Zermatt =-.

    Responder
  7. Mallu - 04/10/10 - 16h30

    Dri voce realmente sabe contar os fatos detalhadamente, na hora q voce falou q chorou parece que eu estava vendo a cena, e sentindo a mesma coisaQuase choro aqui).
    So posso te parabenizar pela coragem e determinacao que voce tem.
    Lembre-se sempre que daqui do outro existem muitas pessoas que torcem muito por vc…
    Beijo minha querida…
    e aguardo ansiosamente o proximo post =**

    Responder
  8. Stephanie - 04/10/10 - 17h04

    Oi Dri! Eu sempre tento fazer um comentário legal mas esse vai ser complicado. O que posso dizer é que eu chorei lendo esse post. Emocionante. Não sei mais o que dizer. Sorry.

    Beijos

    Responder
  9. Adriana Rodrigues - 04/10/10 - 17h07

    Adriana, tenho seguido dia a dia sua grande aventura e desafio, fisico, mental e emocional e a unica coisa que posso dizer ‘e PARABENS pela sua determinacao, coragem e forca de vontade.

    Incrivel sua determinacao

    parabens

    bj

    Responder
  10. Thaís Nascimento - 04/10/10 - 17h34

    Dri, meu olho encheu d’água lendo esse post! =O hahuaha Que emoção, que lindoooo!!!! Nós só podemos imaginar 1% do que deve ter sido a sensação de estar lá, vendo a plaquinha do topo ao longe, enquanto seu corpo lutava pra você desistir.. E as palavras de ânimo de quem já tinha conseguido, ai que lindo!!! *-*

    Eu tava aqui toda emocionada e meu irmão vem ver o que diabo tava acontecendo, quando eu disse que tava lendo um post teu sobre a escalada do Kilimanjaro ele vira e me diz “meu deus! she’s really EVERYWHERE!” kkkkkkk Todo mundo aqui em casa já te ‘conhece’ por causa das vezes que comento sobre as tuas viagens e o que é legal pra se fazer em determinado lugar.. Espírito aventureiro total!!!

    Bjsss e PARABÉNS!
    .-= Thaís Nascimento´s last blog ..Buenos Aires pt II- show de Tango- zoológico e comidas =-.

    Responder
    • Adriana - 05/10/10 - 08h56

      Hahahaahhaha!
      Entao manda um beijo pra familia Nascimento (sera que somos primas?!)

      Responder
      • Thaís Nascimento - 06/10/10 - 01h16

        hauhauhaha
        parentes de milésimo grau até pode ser – tem parente no Recife?! xD

        Responder
  11. Celina - 04/10/10 - 17h52

    Nossa Adriana. Que relato emocionante. Parabéns pela conquista. É coisa para contar para os netos. Adorei a parte em que você “culpa´´ seu marido por tudo, como se vc não estivesse louca para fazer essa aventura. abs

    Responder
    • Adriana - 05/10/10 - 08h55

      Estava louca pra fazer, mas nessas ultima escalada, de noite, com frio, sede, sono e tudo mais, eu PRECISAVA colocar a culpa em alguem! :-)
      E ele estava na hora certa no lugar errado! Hahahah

      Responder
  12. André - 04/10/10 - 17h56

    Puxa… Eu racheiiiiiiiiiii de rir aqui… hehehehe… Muito bom seus comentários e é claro, muito parabéns pela sua determinação… Como muitos recados aqui no post, foi muito emocionante acompanhar essa aventura de vocês… Eu e minha noiva iremos escalar o vulcão Villarica no Chile em abril… Quem sabe ainda não teremos a chance de escalar o pico Uhuru… Hahahaa… Mas com todos os detalhes sórdidos que você nos deixou aqui, haja disposição… hehe!!!

    Mais uma vez parabénsS!!!

    Abraços,
    André

    Responder
  13. carolina - 04/10/10 - 18h07

    ANIMAL!!!!!!!!!!!!! É isso tipo de coisa que faz com que a gente se sinta viva né?!

    Parabéns!!!!!!!!!
    .-= carolina´s last blog ..saudade porra =-.

    Responder
  14. Luciana Bordallo Misura - 04/10/10 - 18h56

    Minha nossa Adriana…eu estava aqui claustrofobica lendo o inicio do relato e quase chorando com voce, que perrengue!!!!!! Que maravilha que deu tudo certo, mas putz, que sufoco!

    So uma pergunta: eu sei que em mergukho as pessoas nao podem voltar super rapido a superficie, voces terem descido a montanha nessa velocidade toda nao era contra-indicado nao? Tudo bem que voce queria sair correndo e chegar o mais rapido possivel no acampamento, so fiquei pensando aqui se isso era OK pra saude ou nao. Imagino que o guia sabe o que faz ne, mas fiquei curiosa. E 12 horas sem quase beber e comer nada eh uma loucura menina, nem em maratona se faz isso, ainda bem que voce nao desmaiou! Eles nao fazem voces levarem nem um daqueles gelzinhos em saquinho de corredor de maratona nao?
    .-= Luciana Bordallo Misura´s last blog ..Campanha feia- ou respeito é bom e todo mundo gosta =-.

    Responder
    • Adriana - 05/10/10 - 08h54

      Oi Lu, Obrigada!
      A diferenca com o mergulho eh a pressao da agua, por isso todo o cuidado em nao subir muito rapido e ir descompressando aos poucos.
      Jah em altitude nao tem esse problema, jah que a 6.000 de altura a pressao atmosferica nao afeta o organismo, soh a falta de oxigenio mesmo – e a unica maneira de curar os sintomas da altitude eh respirar ares com maior concentracao de O2.

      Nos bebemos um pouco de agua sim, mas as garrafas (daquelas de metal) congelaram no meio do caminho… (apesar de termos saido do acampamento com agua fervendo dentro das garrafinhas!)! Acho que nao passamos mal porque como estava muito frio, nao suamos muito… definitivamente nao tanto quanto numa maratona! :-)
      Mas realmente nao eh aconselhavel….
      E tinhamos gelzinho de hidratacao e reposicao de calorias sim, mas nao consegui encarar o gosto e a textura! O Aaron e os outros caras tomaram alguns, mas nao consegui descer….

      Responder
  15. manuela - 04/10/10 - 19h03

    E-M-O-C-I-O-N-A-N-T-E!!! você tem um jeito tão especial de escrever que parece que cada leitor ao ler suas palavras se sente um pouquinho lá também!! A gente sente seu medo, seu frio, sua dor, sua alegria! Que coisa maravilhosa! realmente “uma viagem” ehehhehehehe!! Parabéns, parabéns, parabéns!

    Responder
  16. Juliana P. Galvão - 04/10/10 - 19h32

    Dri,

    Este seu post tracômico foi SHOW!!! Foi um dos melhores!!!

    Confesso que dei altas risadas pensando nas situações (vc tagarelando, de mau humor, fazendo o teste do caderninho de emergência, etc), a pesar de saber que deve ter sido super difícil pra vocês.

    Menina, você foi muuuiiiiittttto determinada!!! Mesmo sentindo dores, sono, desespero, etc., você continuou a jornada. Você foi muito guerreira!!! Parabéns!

    P.S.: Coitado do Aeron… Tô com pena dele. Diante deste seu relato, essa sua lista de exigências vai ser bem grande… kkk

    Bjs

    Responder
  17. Tathiana - 04/10/10 - 20h07

    Oi Dri,
    Eu chorei lendo seu posto… eu imagino como deve ter sido.

    You did it :)

    Tathiana

    Responder
  18. Jackie - 04/10/10 - 21h25

    Caraca, tive que me controlar para não chorar aqui no trabalho. Parabéns pelo Kili, é muito boa essa sensação de dever cumprido, de ultrapassar os limites, de linha de chegada.

    Beijos

    Responder
  19. Renata - 04/10/10 - 22h02

    Caramba Dri, chorei junto também! Sua jornada mostra bem como vc se comporta na vida, procurando sempre chegar mais alto e vencendo os desafios. Esse último post mostrou o tamanho do perrengue que você passou, mas com certeza o que você vai levar disso tudo foi a sua linda conquista! Imagina só o orgulho dos filhos de vocês! Parabéns!!!!

    Responder
  20. viviane velez - 04/10/10 - 22h26

    PARABÉNSSSS!!! emocionou que leu heim! um lindo exemplo de força e superaçao, e que bom que o organismo nao te pregou peças piores heim? é que quando algo tem que acontecer, Deus vai lá e dá aquele empurraozinho básico. ADOREIIII! bjocas!

    Responder
  21. Fernanda - 04/10/10 - 22h46

    Nossa, fiquei apavorada com este post…

    Responder
  22. Letícia - 04/10/10 - 23h37

    Dri,
    Fiquei muito emocionada com o post! Chorei com a sua emoção e conquista! Parabéns, menina, é preciso muita força de vontade! Mas ao contrário do Aaron eu já sabia que vc chegaria até o fim, sabia?!?!? Sua força extravasa de vc :)
    Admiro ainda mais.
    beijos,

    Responder
  23. Marília Lucena - 05/10/10 - 04h00

    Carambaaaaaaaaaaaaaaaaa… esse post fui emocionante! Meus olhos encheram d’água!! Você é demais, viu?? Nesse post teve de tudo, drama, aventura, ação, comédia (o Aaron vai ter que retribuir muito bem!!)…
    Oww mulher forte e determinada!!

    Mais e mais posts!!

    Beijão

    Responder
  24. PatriciaUk - 05/10/10 - 09h18

    amei amei ame…. eu conheco 2 pessoas que escalaram o Kili e nenhuma consegiu descrever a experiencia como vc! Ate contei pro meu marido rsrsrs Tbem me emocionei, mas nao da para entender nem 1% do que vc sentiu. Uma pergunta: Como o Aaron se sentiu? Como ele eh mais experiente, foi ‘facil’ para ele? xx

    Responder
    • Adriana - 05/10/10 - 10h26

      Nao, ele tambem disse que foi a escalada mais dificil que ele jah fez! E confessou que se estivesse sozinho, ou se eu tivesse desistido em Guilman’s Point ele tb teria ficado sem chegar ate o final.
      Apesar de que ele jah fez varias outras escaldas tecnicamente mais dificieis, nenhuma delas foi em altitude tao alta (o Kili foi o ponto mais alto que ele ja escalou), nem tao longa (em numero sde dias pre-escalada e durante o summit), e a unica outra escalda que seria comparavel em nivel de dificuldade foi na Bolivia com 3 amigos, e eles acabaram desistindo no ultimo dia (tinham risco de avalanche por casa da neve e o guia resolveu dar meia volta).

      Responder
  25. isabel - 05/10/10 - 11h58

    Fiquei colada ao ecrã lendo sua aventura…fico admirativa.Parabéns mesmo!!não é qualquer pessoa que chega lá…o cimo da montanha e ao cimo dos seus próprios limites!
    ainda consegui sorrir quando vc falou ddo facto de culpar o seu marido por do…fez me lembrar aquelas mulheres que culpam seus maridos na hora do parto!:)
    parabéns dri!
    .-= isabel´s last blog ..Comer- orar- amar =-.

    Responder
  26. isabel - 05/10/10 - 12h00

    ah, esqueci de dizer…as fotos estão sensacionais!! máquina pequena mas poderosa!;)
    .-= isabel´s last blog ..Comer- orar- amar =-.

    Responder
  27. Carol - 05/10/10 - 12h43

    Driii!! Que aflição…ia lendo o post e ficando nervosa imaginando o sufoco que foi!!! Parabéns pra vc e pro Aaron!! Já falei mil vezes e repito: qndo crescer quero ser igual a vocês!! hahahahaahah!! Bjooooo
    .-= Carol´s last blog ..Restaurante Terreiro Bahia – Praia do Forte-BA =-.

    Responder
  28. Aline - 05/10/10 - 13h18

    Parabéns Dri! Que sufoco!
    Mas foi até o final, muito bem menina!!!!

    Sei que já estão planejando mais, mas vai virar mesmo companheira de carteirinha do Aaron??

    Isso é ótimo pra unir os 2 mais ainda!

    Bjs

    Responder
    • Adriana - 05/10/10 - 14h14

      Nao!
      Ele encara umas escaladas tecnicas que me matam de medo! Tenho pavor de altura! :-)
      Já tentei fazer escalada com ele uma vez e quase que nao descia, de tanto pavor…. na verdade a viagem que estamos planejando pro ano que vem vai ser uma versao mais light do Kilimanjaro, igualmente maravilhosa, so que com bem menos perrengue…

      Responder
  29. Lia - 05/10/10 - 15h22

    E eu me emocionei com esse teu post. Imagino como foi duro esses últimos momentos. Parabéns por ter completado o percurso completo.

    Responder
  30. Renata - 05/10/10 - 21h08

    Parabéns Adriana! Eu não iria nem que me pagassem..rs. Sei que é uma satisfação pessoal, mas odeio esses lugares dificeis de chegar e quando chega já tem que voltar..rs. Para mim 2 minutos de paisagem não valem todo esse sacrificio. Mas te admiro! Eu acho que a claustrofobia que vc fala que teve, deve ter sido tipo uns sintomas temporarios de sindrome do pânico. Nunca tive, mas imagino que seja assim..Adoro seu blog!

    Responder
  31. Dany(USA) - 06/10/10 - 02h58

    Oi Dri…nao sou de comentar sempre aqui no blog, mas minha leitura eh assidua!
    Fiquei exatamente do mesmo jeito que muitos ai dos comments: com os olhos marejados,goosebumped e overwhelmed!
    Chorei junto com vc…pq parece que a gente, que te acompanha sempre, escalou junto, e sofreu tudo isso junto com vc! Incrivel!
    Parabens a vc e ao Aaron pela perseveranca e superacao! Incrivel!!!
    Bjos Dany.

    Responder
  32. Batanoli - 06/10/10 - 15h12

    Como se diz aqui no Rio Grande do Sul: Bah !!! Só o que eu tenho a dizer.

    Responder
  33. Carolina Garcia - 06/10/10 - 22h53

    você DEVE escrever uma biografia ou livro de lembranças qdo mais velha! as histórias daqui são incríveis! descobri seu blog pesquisando sobre Londres, irei em Novembro passar 1 semaninha só pra passear e amei isso aqui! vc manda muuuuiito bem nas palavras e nas dicas, diga-se de passagem!
    parabéns!!! beijos!

    Responder
  34. juliana - 11/10/10 - 03h25

    passou no fantastico uma pequena reportagem sobre o kilimanjaro… dai a jornalista nem conseguia falar direito… ela disse q era uma mistura de emoção (choro) e falta de ar… lembrei mto do seu relato…rs

    Responder
  35. Carmen - 11/11/10 - 16h45

    Excelente! Esta é uma aventura da qual se fazem sentir pela memória…
    A viagem é uma descoberta contínua!

    Responder
  36. Alice - 25/01/14 - 13h01

    Ri muito e chorei no mesmo post! Muito emocionante essa aventura. Parabéns!

    Responder