10 Dec 2014
42 comentários

Marrocos… Voltei!

África, Dicas de Viagens, Marrakesh, Marrocos

Marrocos, voltei.

Eu esperei (quase) 10 anos para finalmente voltar a Marrocos, mas esse dia finalmente chegou.

A primeira viagem, na Pascoa de 2005 foi inesquecivel por inumeras coisas, e sempre era a primeira experiencia a pipocar na mina cabeca sempre que alguem me perguntava “qual a viagem mais marcante” que ja fiz na vida.

De la para ca foram mais (muitas) dezenas de viagens e novos países a serem desbravados, mas ainda assim nenhum outro destino roubou o lugar de estimacao que Marrocos sempre teve na minha memoria (por bem, ou por mal…).

Dificil explicar, mas foi mina viagem “batismo”. Nao foi a primeira viagem, nem a primeira viagem sozinha, nem a primeira viagem “perrengue”, mas sei la, foi a primeira viagem que realmente abriu meus olhos para o mundo.

Sim, porque viajar para os EUA e Europa eh sempre fácil, por mais perrenguento seja, e por mais limitado que seja seu orcamento (e na epoca, o meu era sempre limitadissimo na vida de estudante livre leve e solta!).

E entao chegou Marrocos. Outro alfabeto, outra religiao, costumes tao aliens. E ainda por cima viajando sem dinheiro algum e com mais duas amigas do sexo feminino.

E ainda bem que essa viagem so aconteceu um ano adentro da experiencia de estudante Erasmus na Espanha (entao ja tinha me desapegado totalmente a patricinha-Carioca-zona-sul que havia dentro de mim!)! Ha umas semanas atras, uns dias antes da viagem retorno, estava conversando com uma amiga sobre minha primeira viagem ao pais: se minha memoria nao me falha, meu orcamento total era de cerca de 200 Euros, para 10 dias de viagem! #perrengue

E consegui. E sobrevivi. E ainda voltei aqui no blog pra contar a historia!

Agora, 10 anos depois, bem estabelecida e com marido-e-filha a tiracolo, a viagem foi bem diferente. Bem menos frenetica, mais confortavel, e consequentemente, com menos perrengues pra contar!

Mas diferente mesmo sou eu. Ah, como mudei nesses 10 anos, e nada melhor do que uma nova viagem a Marrocos pra me lembrar disso!

Muitas das memorias negativas que tinha sobre a cidade desapareceram – os anos e as viagens me tornaram extremamente menos impressionavel e fresca.

Passear pelo mercado noturno foi bem menos intimidante, e enxotar os vendedores irritantes no mercado era feito sem nem pestanejar – diz o Aaron que ficou com dó que adolescente que tentou acordar a Isabella pra vender um tamborzinho feito a mao, e obviamente levou bronca em alto e bom som! (ai de quem perturba minha filha dormindo!) Ha 10 ano atrás isso provavelmente teria acontecido, e eu teria ficado apavorada com a situação… Como assim? Enfrentar um homem, em Marrocos?

Coisa que a Adriana de 2004 provavelmente nao teria tido coragem de fazer…

Aliais, a Adriana de 2004 com certeza nao cogitaria – nem recomendaria – levar uma crianca pra Marrocos!!

Mas a verdade seja dita, e Marrakesh fez por merecer! A cidade cresceu, melhorou e se organizou, mas sem perder o jeitao de “Souk” caotico. As barraquinhas de comida do mercado noturno estao bem mais profissionalizadas, mas sem ter cara de praca de alimentacao de shopping, nem ter perdido o ar sujinho de mercado de rua!

E o que mais gosto nessas viagens “retorno” eh ver o efeito que o turismo tem nos lugares. Por que turismo eh muito mais que comprar souvenirs e tirar foto nos pontos turisticos. Turismo transforma, turismo tras crescimento e desenvolvimento – desde que seja bem feito, claro!

Passei apenas 2 dias em Marrocos dessa vez, mas a viagem no tempo foi muito mais alem – nao so a Adriana de 2004, mas tambem a Adriana de 2001, terminando a faculdade de Economia na UERJ e escrevendo uma dissertacao sobre o desenvolvimento economico causado pelo Turismo, sem nunca imaginar que um dia, muitos anos depois teria o privilegio de ver isso se realizando com meus proprios olhos!

De 2004 pra ca novos hoteis abriram as portas em Marrakesh, o aeroporto foi reformado (#SóOGaleãoQueNão!) e a cidade conta com dezenas de novas cias aereas que voam para a cidade varias vezes por dia, levando uma nova enxurrada de turistas, e todos os tipos, todas as culturas, cores, credos, sexos, e opcoes de vida.

Em 2004 viajar para o Marrocos sozinha com mais 2 amigas mulheres era uma coisa impensavel, e encontramos incontaveis dificuldades por causa disso. Hoje em dia, o que nao faltava pelas ruas e Souks eram amigas, mulheres sozinhas, casais de mao dada… o que nao parece mais chocar os locais.

Eu poderia escrever uma nova dissertacao sobre se isso eh uma coisa boa ou nao, mas pelo ponto de vista de turista, me senti infinitamente mais segura e mais confortavel por la, e menos “diferente” ou “discriminada” por ser mulher.

Bem, vou parar de escrever por aqui, e ainda tenho varios outros posts atualizados sobre a cidade para publicar.

Mas ja aviso: eu (RE) Amei o Marrocos!

P.S. Mas certos traumas permanecem, e nao tive coragem de tomar suco de laranja na praca! ” A” dor de barriga da historia ainda nao se apagou da minha memoria!

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  1. Bárbara Hernandes - 10/12/14 - 11h28

    Que bacana ler um post desse, de verdade! Eu espero poder refazer certas viagens daqui a uns 10, 15 anos e poder observar como eu mudei e como oligarquia em si mudou. Parabéns!

    Ps: como sempre estou babando nas fotos!

    Responder
  2. Bárbara Hernandes - 10/12/14 - 11h31

    ERRATA: e como o lugar em si mudou*

    Responder
  3. Maria Antonietta - 10/12/14 - 12h34

    Dri, que post incrível! Conta para a gente o que te impedia de levar a Bela para Marrocos há dez anos e hoje não? Foi a mudança do país ou foi só a sua cabeça que mudou? Fiquei curiosa! Já viajei bastante (lógico, infinitamente menos que você!), mas confesso que para alguns lugares eu teria resistência de levar meus meninos, talvez por medo, talvez por ignorância.

    Responder
    • Adriana Miller - 10/12/14 - 13h03

      Puramente minha cabeca – hoje em dia eu “sei” viajar melhor e me virar melhor em certas situacoes. Me apavoro menos com coisas triviais e sou mais confiante em mim mesma e minhas decisoes.
      E claro, ser mae tambem me ensinou demais, e parto da filosofia de que nao existe essa coisa de “tal lugar nao eh pra crianca”, pois afinal existem criancas em TODOS os lugares do mundo. Todos, sem excessao. Entao cabe aos pais serem versateis e se adaptarem a certas diferencas culturais, e ajudarem os filhos a aceitar isso (ou adaptar a situacao para tornar a experiencia mais agradavel para as criancas, mesmo em ambientes diferentes).

      Responder
      • dani - 10/12/14 - 19h12

        Concordo plenamente com voce que em todos os lugares do mundo tem criancas e por isso poderiamos nos programar para qualquer lugar com elas. Depois que tive filho ja viajei algumas vezes com ele com o mesmo pensamento, mas quando se mora distante, com moeda de valor inferior e poucos dias de ferias (de 15 a 30 dias no ano, normalmente corridos) as coisas acabam infelizmente nao funcionando desta forma. Lembro da sua viagem para a Grecia com a Isabella onde voce comentou que ficou curtindo a vista no hotel mesmo, na piscina, sem se stressar com nada. Porem depois voce pega um voo de 3 horas em uma companhia low cost e paga tudo com moeda igual…tudo em um final de semana por exemplo. Na mesma epoca uma amiga foi pra la com duas criancas, saindo do Brasil, ferias marcadas e planejadas o ano inteiro…Falou que foi cansativo pra caramba. Quem gasta uma fortuna pra cruzar o oceano, com talvez o unico periodo de ferias do ano quer aproveitar cada minuto, isso e fato. Quer curtir tudo e fazer valer as ferias, o esforco e o dinheiro. Caso alguma coisa de errado, uma comida errada, uma crianca doente muito longe de casa, sao as ferias do ano todo indo pro agua abaixo. Entao sinto que aqui no Brasil acaba que fica assim: ou os pais com criancas pequenas viajam sozinhos e deixam seus filhos com avos, etc. ou vao pra lugares mais “seguros” da viagem dar certo, como os Estados Unidos por exemplo. Que e um pais totalmente familia, com estrutura perfeita para criancas e tambem muita coisas para entrete-las…Caribe tambem vejo muito, Europa em sua parte mais “segura”. Ninguem quer passar um perrengue com crianca estando muito longe de casa, pagando caro em suas unicas ferias do ano. Sinto muito isso por aqui com as pessoas e acabo concordando. Minhas duas viagens internacionais com meu filho de dois anos acabaram sendo Estados Unidos + Caribe e foram perfeitas pela estrutura toda. Voltei feliz e descansada. Agora se for o caso realmente de se aventurar com uma crianca em terra estranha, teria que ler muito e pegar muitas indicacoes de tudo. Um exemplo e o suco de laranja que voce fala ai kkkkkk bjs, Dani

        Responder
        • Julia - 10/12/14 - 19h27

          Concordo contigo, Dani, principalmente por causa do fator comida e diarreia, que é muito comum nesses lugares. Aumentando o tempo de estadia aumenta a probabilidade de ter algum imprevisto desse tipo.

          Responder
        • Adriana Miller - 11/12/14 - 10h24

          Mas ai sao motivos bem diferentes pra escolher o destino da viagem.
          Concordo plenamente com tudo que voce disse – mas isso eh uma questao de escolha da familia. Tem gente que prefere praia, gente que prefere cidade, gente que prefere montanha… Pra mim, voltar de ferias “exausta” eh um otimo sinal: sinal de que aproveitei cada segundo, fiz tudo que quis fazer e nao perdi tempo “sem fazer nada”. Conheco muita gente que me acha louca, pois afinal ferias = descansar e justamente nao fazer nada.
          Questao de gosto pessoal. E nao tem nada de errado com um ou outro!

          A diferenca, e meu ponto, eh classificar certos lugares como “nao eh lugar de crianca”, pois isso nao existe.
          Mas eh claaaaaro que enfrentar um voo de 17 horas com 3 filhos pequenos, chegar no meio da noite num pais de lingua estranha, sem conehcer a comida e afins eh um receita pro desastre!
          Mas a “culpa” nao eh ter ou nao ter filhos… eh uma questao de estar preparado para a situacao, estar informado das diferencas e possiveis desafios e ter conciencia da escolha – se voce quer tirar ferias pra relxar, entao nao compre um pacote CVC de 15 dias e 7 paises na Europa, sabe?

          Responder
          • dani - 11/12/14 - 11h20

            Nao foi o que eu quis dizer, acho que nao me fiz entender direito. Essa minha amiga por exemplo voltou exausta pois queria fazer tudo ao mesmo tempo e com duas criancas em um lugar por exemplo que voce sobe e desce escadas, tem noite, tem muita praia, passeios, etc, vai pra la e pra ca o tempo todo, e muito exaustivo e o exaustivo dela nao foi muito no sentido bom da coisa. Pra sair do Brasil pras suas ferias do “ano” normalmente sao muitos dias, muito programado, muita expectativa de ver tudo e fazer tudo e tudo isso com criancas ja fica mais complicado. Se voce por exemplo perder um pouco do lugar porque a Bella dormiu a tarde, ok, voce pode voltar em um outro final de semana kkk (que maravilha), entendeu? Diferente uma viagem de 5 dias ou de final de semana pertinho de casa que se der tudo errado ok porque nao se gastou muito. Acho que as pessoas ficam preocupadas mesmo com a “seguranca” da coisa toda, mesmo que ela seja um pouco imaginaria. Eu aqui no Brasil se vou passar o final de semana em Salvador e der tudo errado, ok, gastei pouco, foram poucos dias, pouco prejuizo, to perto de casa. Agora gastar uma fortuna e ir pra um lugar meio desconhecido e com pouca informacao com criancas e dar tudo errado, mais complicado. Morando perto com a mesma moeda e ate com aquela experiencia do dia dia que voce ja tem por ja morar fora, acho que e mais tranquilo. A questao nao e ferias pra relaxar, ate porque Disney, onde fui com meu filho nao tem nada de relaxante hehehehhe, mas digo ir relaxada no sentido de nao ficar muito preocupada com os imprevistos. Voltei relaxada porque tudo correu muito bem, sem perrengues, mas me cansei muito, um cansar bom. Tem locais que realmente pra uma viagem longa sao mais adaptaveis pra crianca do que outros.
            Quando meu filho estiver maior pretendo avancar para outros paises, acho que sera mais tranquilo. bjs

            Responder
          • dani - 11/12/14 - 11h27

            Acho que nao me fiz entender direito. Quando digo relaxar, nao e viajar para relaxar em si, mas ir e voltar mais tranquila com o destino da viagem por achar ele mais “seguro” para ir com criancas. Essa minha amiga voltou da Grecia exausta nao porque foi otimo, mas porque realmente foi cansativo com duas criancas querer ver tudo ao mesmo tempo de dia, de noite, enfim, fazer valer a viagem em um destino nao tao pra criancas pequenas assim. Voce como esta perto, mesma moeda, passando um final de semana, pode se dar ao luxo (ainda bem) de se nao conseguir olhar tudo, ok, volto numa proxima vez, posso passar o dia so na piscina e ok se eu nao visitar o local todo, se Bella resolver dormir a tarde toda, ok. Quem paga uma fortuna pra ir pra um lugar longe quer fazer tudo o tempo todo e sabemos que com crianca isso nao e possivel. Eu na Disney nao relaxei nada no sentido fisico da coisa, pelo contrario, voltei bem cansada fisicamente. Quando eu disse relaxada e com a cabeca tranquila pois realmente o pais tem uma estrutura forte pra isso. Eu aqui no Brasil por exemplo, se quiser passar o final de semana em Salvador e der tudo errado, ok, to perto de casa, fo mais barato, poucos dias…Essa seguranca (mesmo que as vezes falsa) e que segura as pessoas em nao se lancar com criancas pequenas em lugares tao longes e diferentes. Coisa que quem mora perto, consegue melhor. Tenho amigos que moram em lugares da Europua e fazem tambem essas viagens de final de semana com os filhos, acho o maximo. Mas realmente acho que vindo de tao longe como do Brasil e mais complicado. Enquanto meu filhote esta pequeno ainda vou procurar lugares com mais estruturas pra criancas e quando ele estiver maior, ai sim volto a visitar outros paises mais distantes. Bjs

            Responder
            • Adriana Miller - 11/12/14 - 12h01

              Bem, volto exatamente ao ponto do meu comentario anterior. Cada familia sabe de si e a melhor escolha para cada um. Apetite para risco e perrengues. Realmente se alguma coisa tivesse dado errado durante nossa viagem de 15 dias no Japao, teria sido bem ruim, mas foi um risco que escolhemos correr.
              Quanto a essa cosia de “querer ver tudo e fazer tudo” com criancas pequenas, eu ja ate falei em outros posts.
              Viajar com filhos muda TUDO sim, e nao tem como evitar.
              Quando fui por Japao e Coreia recebi um monte de palpite “nao deixa de ver o lugar tal”, a cidade X eh imperdivel”, “voces tem que fazer a coisa tal”. “Ah nao acredito que perderam o passeio por nao sei onde”.
              Gente, nao da e ponto final.
              E sim, foi “a” viagem do ano, foi longe, gastamos muito e provavelmente nunca mais vamos voltar. Nao conheci cada canto do Japao, mas e dai?
              E aceitei isso antes de sequer planejar a viagem. Foi uma viagem longa, cara, moeda diferente, lingua diferente, tudo diferente das nossas viagens pela Europa, justamente como seu exemplo.
              Ja sai de casa sabendo que ia perder muita coisa “imperdivel”, que nao ia poder fazer varias das cosias “tem que fazer”. E que nao daria pra fazer 37 programas por dia e noite.
              Mas entre ir ao Japao e conhecer menos coisas, e nao ir ao Japao… prefiro mil vezes IR ao japao, ainda que tenha voltado de la sem conhecer o pais “como a palma da mao” e ter ticado todos os itens do guia de viagem.
              Mas entendo que tem gente que preferiria nem ir, ir sem os filhos, ou deixar pra uma outra fase da vida. Entendo perfeitamente, desculpa valida.
              O que pra mim eh bem diferente de pensar “Japao nao eh lugar pra crianca”, que eh justamente como esse papo comecou.

              Nos optamos por continuar viajando, mesmo sabendo que o ritmo e programacoes das viagens mudaria muito (nada de bearzinhos, nem programas noturnos, jantar de horas e horas em restaurante bacana, etc). E quem se engana e acha que da pra fazer tudo, provavelmente vai se dar mal… Kkkkk

              Responder
              • dani - 11/12/14 - 15h53

                e vou te falar que meu filho com dois anos e meio ja ter ido duas vezes pros EUA e Caribe saindo do Brasil eu ja to achando uma super aventura kkkkkkkk. Antigamente nem se sonhava com essa possibilidade ne? Estou pensando em NYC no proximo destino “longe” e vou aproveitar o blog pra ver tudo. Apesar de ja ter visitado a cidade antes de ter filho, agora novamente a otica e diferente.
                Sou super a favor de viajar com filhos sempre, nunca deixei aqui com ninguem e acho legal a familia andar junta. Trabalhei com turismo a vida toda e amo viajar. Minha explicacao acima se refere ao que eu penso das pessoas em geral no Brasil e eu tambem carrego meus receios de lugares muito distantes e “diferentes” com ele ainda tao pequeno. Ir pros EUA ja foi uma super aventura (que gracas a deus deu super certo).
                bjs,

                Responder
                • Adriana Miller - 11/12/14 - 16h04

                  Pois eh concordo, a maioria esmagadora dos “viajantes” Brasileiros pensam assim mesmo, e a maioria das familias nem sequer cogitariam viajar, quanto mais pra fora do pais!
                  E por isso que gosto desses posts mais “polemicos”, acho que desmistifica um pouco essa coisa de “viajar antes dos filhos, pois depois que voce for mae, nunca mais vai viajar”.
                  Ai poupe-me! :-)

                  Responder
                  • Luana - 12/12/14 - 04h16

                    Como ouco essa frase ate mesmo agora que estou gravida do segundo (“viajar antes dos filhos, pois depois que voce for mae, nunca mais vai viajar”). Ja tao me falando que com 2 filhos nao vou conseguir viajar tanto. Pq as pessoas sao tao negativas???? E olha que eu tb tenho o problema da distancia, pois moro na Australia e quase tudo eh longe. Ja to com viagem marcada pra Bali e Singapura com 2 filhos (o que ta na barriga tb vai sempre viajar muito se depender de mim). MASSSS tb vejo a mega diferenca… alguns brasileiros nao conseguem se virar muito bem nas viagens sem baba, etc, pq tao acostumados com ajuda ate noturna muitas vezes alem de empregada 24h (sem ofensas, to falando da grande parte que conheco).. Eu ja sou stay home mum mesmo e meu marido ajuda em tudo quando ta em casa… Entao cuidar de 2 na viagem, eu e marido juntos cuidando…. facinhoooo.. se algo der errado ja trocamos de hotel, se faltar algo so comprar.. ate voo ja trocamos.. Acontece mas sempre nos divertimos!!!

                    Responder
                    • aninha - 12/12/14 - 20h01

                      Interessantes essas dicussões! Bom, mas eu não de que brasileiros vcs estão falando… realmente essa é uma parcela muito pequena. A maior parte que eu conheço, NÃO TEM babá 24 hrs, e se vira nos 30 também para dar conta da casa e de tudo o mais. E mais: o marido ajuda também. E conheço muita gente que viaja e vai para todos os lugares com o filhos.

                    • Adriana Miller - 13/12/14 - 10h04

                      Já reparou que as pessoas sempre são negativas em relação a suas frustrações. Tipo “eu não consigo fazer tal coisa, que audácia dessa outra pessoa conseguir fazer!”. Né?
                      E quando o assunto envolve criação dos filhos então…. aff os seres humanos perdem as estribeiras!
                      Esse ponto em relação a babá é bem verdade – cria uma dependência de “ajuda” e em qualquer situação em que os pais não tenha dita “ajuda” (numa viagem, por exemplo), rola aquele desespero de que “não dá pra fazer X coisa com as crianças”, porque geralmente que cuida e lida com perrengues e situações dificeis são as babás e não os pais.
                      Não quer dizer que os pais amem menos seus filhos ou sei lá o que. Eu tb tenho babá aqui em Londres e se morasse no Brasil provavelmente tiraria vantagem da cultura de “servos” local… hehehehehe Mas você que também mora fora, quantas vezes já não ouviu “nossa como você consegue fazer tudo “sem ajuda” – acertei?
                      Ouvi isso tantas vezes quando estava grávida “agora vocês vão voltar pro Brasil né? Como vão ter filhos “sem ajuda”?
                      Oi? E o resto do mundo todo faz como?

                    • Luana - 14/12/14 - 07h16

                      @aninha eu ate concordo com vc, e acho que falei besteira. eu fiquei 5 anos sem visitar o brasil e, quando fui agora em outubro vi que os serviços nao sao mais tao baratos quanto eram… algumas pessoas que podiam pagar empregada e baba hj so tem uma faxineira, e tal. A minha visao ta um pouco deturpada e é so da classe media alta na decada de 90/inicio de 2000 quando eu me lembro…no meu circulo quase todos tinham baba diurna e noturna tb, levavam as babas pros resorts nas ferias. Sei que algumas coisas mudaram entao posso estar falando besteira sim…

                    • Luana - 14/12/14 - 08h04

                      @Dri concordo, e acho que nao é so questao de negativismo. As pessoas no geral acham que o ponto de vista delas o mais correto, e querem impor sobre os demais. Isso vale pra viajar com criancas, estilo de vida, politica, you name it. E que chato seria se todo mundo no mundo fosse parecido??? Se todo mundo levasse os filhos so pra Disney (ou lugar X), se as criacoes de filhos fossem iguais, alimentacao similar, se todos tivessem o mesmo hobby que eu, ou sei la.. que chato seria. Fazer o que te faz feliz e respeitar que nem todos gostam de fazer igual.

  4. Debora - 10/12/14 - 15h26

    Muito legal ler esse post, as comparações com a viagem e a viajante de 2004!!! Parabéns!!!

    Beijinhos;
    Débora.

    Responder
  5. Gabi - 10/12/14 - 15h55

    Adorei as comparações!
    E toda a reflexão que vc fez.

    Responder
  6. Maíra - 10/12/14 - 16h03

    Adorei o “post reflexão” muito bacana compartilhar esse retorno visto com outros olhos! :)

    Responder
  7. Laura - 10/12/14 - 17h40

    Adorei ler esse post! Quando conheci o teu blog, tu tinha acabado de voltar da Tailândia, li vários posts antigos, inclusive os da viagem para o Marrocos. Achei muito legal ver as tuas novas impressões! Confesso que essas mudanças causadas pelo turismo me deixam um pouco chateada. Acho legal conhecer os lugares da forma mais natural, com a cultura o mais original possível. Por outro lado, para esses países mais radicais e preconceituosos, acho que até é positiva essa influência, pois acaba mudando um pouco a cultura e trazendo uma liberdade maior para o povo, no caso, para as mulheres.
    Vou quer acompanhar todos os novos posts sobre o Marrocos. Estou pensando em ir pra lá no próximo ano.
    Beijos,
    Laura

    Responder
  8. Mariana - 10/12/14 - 17h45

    Ai, Dri, que post incrível! Que delícia ler tudo isso…
    Já estou ansiosa por ler os próximos posts!
    Beijos

    Responder
  9. Daniela Almeida - 10/12/14 - 18h14

    Muito bacana seus comentários.É muito interessante ver como mudamos ao longo dos anos e, por isso, conseguimos enxergar o mesmo lugar com olhar diferenciado. Parabéns……D&D Mundo Afora.

    Responder
  10. Nah - Pra Ver em Londres - 10/12/14 - 18h15

    Belíssimo post, Adriana. Parabéns!

    Responder
  11. Julia - 10/12/14 - 19h20

    Dri, para o Marrocos eu até iria sim, mas confesso que meu maior TABU é a India. E sabe porque ? Pelo mesmo motivo que evito praia no Brasil: barata! ahaha… eu tenho pânico de baratas, e esse é o meu maior impecilho de viagem. Completamente bobo e idiota, mas pânico é pânico!!!

    Como foi a adaptação da Belinha ao Maclaren? Eu tenho um XLR tECHNO, ele parece um pouco mais confortável que os guarda-chuvas mais básicos, mas meu filho não gosta muito de dormir nele,não. Vc acha que o Bugaboo bee é melhor, apesar de ser bem compacto?? To pensando em trocar de carrinho para o filho number two.

    Para nós aqui no Brasil é muito difícil,pois não temos muitas lojas para ir olhar os carrinho IN LOCO, e por isso pensamos, pesquisamos e re-pensamos antes de comprar um carrinho, pois, ou o preço é um absurdo ou tem que comprar fora.

    Muito obrigada!

    Responder
    • Adriana Miller - 11/12/14 - 10h18

      Nao lembro de ter visto baratas na INdia… mas pode ser que simplesmente nao tenha reparado, pois ao eh um animal que tenha “medo”.
      Meu PAVOR mesmo, daqueles que bloqueia os sensos sao sapos!! E adivinha? JUstamente na INdia um sapo entrou DENTRO da minha bolsa e pulou pra cima de mim quando fui pegar um coisa!
      PA-NI-CO!!! Nossa, nem consigo descrever a sensacao! Kkkkkkk

      Quanto ao McLaren a Bella nao se adaptou nao (ja voltamos pro Bugaboo! Amem! Nao aguentava mais aquele carrinho!), e alem de que ela nao gostou muito, EU odiei… eh “duro” de empurrar, nao da pra empurrar com uma mao so, nao eh estavel (sempre cai pra tras quando tiro ela do carrinho, um saco!), o freio nao bloqueia totalmente o carrinho… enim, uma lista enorme de “desvantagens”. Voltamos a usar o Bugaboo Bee essa semana e nossa, foi um alivio imediato! Eu e o Aaron ate conversamos que se esse carrinho der problema de novo, vamos direto na loja comprar um Bugaboo novo!

      Responder
  12. Malu - 10/12/14 - 20h00

    Muito interessante esta tua reflexão. Sinto algo parecido com a Tunísia, viagem que fiz com minha irmã em 1997 e me traumatizou. Desde então , não cogito voltar para um país muçulmano sem um homem do meu lado. Quem sabe agora, com marido e filhas, eu tente novamente. Parabêns pelo blog !

    Responder
    • Adriana Miller - 11/12/14 - 10h14

      POis eh, eu fui na Tunisia anos depois do Marrocos (e anos depois do Vietnam, Tanzania, India e afins), e achei tudo TAAAAO civilizado! Hahahahah Tunisia foi um dos meus paises muculmanos preferidos!
      Pra voce ver como os lugares, e nos mesmas mudamos ao longo dos anos e das experiencias!

      Responder
  13. Georgia SP - 10/12/14 - 23h59

    Muito bom o post! Corri para (re)ler a sua viagem anterior ao Marrocos e me lembrei da primeira vez que estive em um país muçulmano e do chamado para as orações. Fiquei extasiada com a força da religião – mas também sofri repreensão por dar beijo “selinho” no marido, o que eu não esperava em uma cidade como Istambul. Enfim, acho que pelo choque de cultura/religião nunca passamos incólumes. E é o grande barato de viajar!

    Responder
  14. Maria Antonietta - 11/12/14 - 15h58

    É isso mesmo! As vezes um pouco difícil de fazer na prática, pelo menos para mim que ainda devo ter muito do espírito “patricinha-mineira-zonasul”, mas a gente vai sempre aprendendo com você aqui no blog! Aliás, uma coisa é certa: já são oito anos acompanhando seus relatos e de lá para cá também já mudei muito a minha forma de viajar. Um beijo para vc e muito obrigada

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  15. Fernanda - 11/12/14 - 23h10

    Adorei a conversa entre a Dri e a Dani e, mesmo ser ter filhos ainda,vou arriscar o meu palpite. Eu entendi o que a Dani quis dizer e concordo com ela. Os fatores tempo de viagem e distancia acabam tendo um grande impacto na escolha quando a familia aumenta e moramos longe de “hubs”. Pelo menos foi o que aconteceu com 99% dos meus amigos e familia tanto no Brasil como na Australia ( e olha que meus amigos australianos tem o mesmo ritmo “Dri everywhere” de viajar) e imagino que e o que va acontecer comigo tb.Para quem cruza o oceano e paga caro numa viagem, acaba sendo um pouco frustrante ter que diminuir o ritmo e dai, acaba-se optando por destinos mais conservadores, que agrade adultos e criancas. Afinal de contas, viajar em familia e uma delicia… eu lembro quando a Dri escreveu sobre o Japao, citou que nao pode participar da cerimonia do cha e se hospedar num ryokan. Quando fui pra la, essas duas atividades estavam na minha lista e eu teria ficado frustrada se nao pudesse incluir no meu roteiro. Afinal de contas, acho bem dificil que eu va pro Japao novamente e aquela foi provavelmente a unica chance que eu tive. O que eu e o marido estamos tentando fazer e ticar da lista os lugares que imaginamos nao sejam tao “children friendly” ( uma casal de amigos levou a bebe de 8 meses pra Tailandia e teve muito problema em Bangkok- todo mundo queria tocar na crianca!)e, qdo os filhos vierem, viajar mais pelo Brasil (o que ainda vai incluir umas 25 horas de voo)e Australia.

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    • Adriana Miller - 12/12/14 - 17h51

      Gente, mas eu entendo e não discordo com nenhum dos pontos.
      Mas pra mim eu penso assim: o que é mais frustrante? Não fazer a cerimônia do chá? ou Não conhecer o Japao?!
      Sinceramente? Adoraria ter feito a cerimônia do chá no Japão, mas não mudou em nada a maneira como em sinto em relação a viagem e a experiência em geral.
      Questão de prioridades.

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      • Kenia - 13/12/14 - 08h55

        Gostei da discussao! To tao acostumada a ler barracos que quando a discussao é normal me surpreendo haha
        Acho que resumindo a Dri entende que pode dar tudo errado, gastar dinheiro e dias de ferias pra cruzar o planeta e nao se divertir etc etc… Mas acha que vale a pena correr o risco de dar tudo certo e conhecer um novo lugar. Enquanto que a maioria dos brasileiros prefere ir pra lugares com mais chances de tudo dar certo se é pra arriscar meus unicos dias de ferias e minhas economias.
        Nao tem certo e errado eu parto do principio que todo mundo é livre pra ser feliz desde que nao prejudique ninguém. Legal que a Dri tenta mostrar que é possível viajar pra lugares “exoticos” com filho mesmo que encham a nossa cabeça a vida toda dizendo que não. Mas no fim, as ferias sao suas, o dinheiro é seu e se vc, pox ex, é feliz indo a NYC todo ano manda brasa!! O importante é ser feliz o resto é besteira!
        Bjs

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  16. Hebe - 11/12/14 - 23h34

    Dri, adorei esse post! É muito interessante mesmo revisitarmos alguns lugares, revisitamos o nosso passado, a nós mesmos… é quase uma terapia! Bjs

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  17. Leonardo Belmonte - 12/12/14 - 01h28

    Tomei tanto suco nessa praça eheheh

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  18. Kallene - 12/12/14 - 21h27

    Eu vi tantas famílias européias na Tailândia e com crianças de colo! Fiquei impressionada,pq honestament Bangkok é fácil, mas vi famílias ocidentais no norte da Tailândia e nas ilhas , onde a locomoção entre nosso hotel e o porto era feita de barquinho sob uma mar nada calmo. Realmente a maneira de lidar com crianças no Brasil é bem diferente do estilo europeu. Não sei quem está certo, alguns momentos eu mesma achava os pais loucos de levaram as crianças quase albinas para torrarem sob o sol ido oceano indiico ao meio dia. Mas depois , eu e meu mariido refletiamos:poxa! eles são suecos, têm um inverno rigoroso. Esta é a cota de vitamina D do ano das crianças kkkkkk. Acho que tudo tem haver com estilo de viajar e cultura de cada famiília, sem certos ou errados .

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  19. Luana Fernandez - 13/12/14 - 23h03

    Eu fiz eramus em salamanca, em 2007, e de la passei 15 dias no marrocos com só mais uma amiga conhecendo diversas cidades como essauira, agadir, fez e Marrakech. Nao sei se um dia voltarei la. Até esse post sempre jurei que nao. Passei diversos perrengues. Mas quem sabe agora, com marido e conforto. Vai que me surpreendo?!

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  20. Pedro Pinheiro - 14/12/14 - 10h24

    Você me inspiraaa! Quero ser tão bem sucedido em questões familiares, financeiras e feliz quanto você; esse texto me fez perceber que as pessoas evoluem e você parece ter atingido o ápice da sua evolução! Qualquer dia faça um post contando sua fórmula do sucesso! Bjks!

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  21. André Luis - 15/12/14 - 12h47

    Gostei do post “retrospectiva”. Muitas vezes um segundo olhar, um revisitar faz toda diferença.
    Ps.: li os posts de trás para frente mas cada um, do Marrocos, gostei.
    :-)

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  22. Ana Silva - 15/12/14 - 15h28

    Viajar faz a gente crescer, não é? A nossa cabeça muda, nós mudamos…E o tempo a passar também ajuda!
    Em Março fui a Marrakeshe com duas amigas, amei…
    E ainda tenho para fazer a viagem ao Camboja, que quero conhecer desde que li o seu post :) espero ir lá no próximo ano…
    Boas viagens. Sem duvida, a Bella vai ser uma ‘viajante’, como você!
    Feliz Natal, feliz Ano Novo.
    (Como sempre, adoro as suas fotos)

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  23. Marco - 08/01/15 - 03h36

    Oi Dri, mto legal seu post (e seu site btw)! Aqui estou novamente com dúvidas! Qtos dias vc recomendaria em Marrakesh? Acha que um final de semana eh suficiente, saindo na sexta a noite de Londres? Ou devo ficar mais? Gosto muito do seu site, pois percebo que suas viagens são bem objetivas! Meu, como odeio “blogueiros” que recomendam vários dias em uma cidade simplesmente para “viver” o lugar, sugerindo roteiros totalmente ineficientes e não realisticos!
    Obrigado pela ajuda,

    Marco

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