24 Jul 2014
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Santorini: Aspa Villas Hotel

Dicas Aleatorias & Genericas, Dicas de Viagens, Grecia, Santorini, Viajando com crianças

Como eu contei no post sobre nossa viagem a Santorini, o planejamento da viagem foi bem simples, pois nao tinha a menor duvida de que queria ficar em Oia – ou nada feito.

Entao o ponto principal foi escolher bem o nosso hotel – localizacao, conforto, comodidade, e claro precos.

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Nao ha sombra de duvidas que qualquer viagem a Santorini eh cara, e quando suas opcoes estao limitadas a Oia (que eh a parte mais bonita e bacana da ilha), os precos tendem a se elevar ainda mais. Mas pra falar a verdade, existem MUITAS opcoes bem baratinhas, basta que seus pre-requisitos sejam mais relax.

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Mas esse nao foi meu caso: eu tinha uma ideia muito especifica sobre o que precisava ter num hotel em Santorini: O principal, claro, era a localizacao. Nao so estar em Oia, mas bem pertinho do centro do vilarejo, e de preferencia perto da rua/estrada principal, para evitar as escadarias vertiginosas com uma bebe (e seu carrinho, tralhas e afins) a tira colo.

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O segundo ponto era uma belissima vista – e nisso incluia a vista pro mar e vista para a cidade (sim, ao mesmo tempo), com uma varandona (so janela nao servia!).

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Por um motivo bem simples: nossa nova “tecnica” pra viajar com a Isabella agora nos meses de verao na Europa, inclui apenas ficar hospedado em hoteis que tenham quartos com varanda; assim podemos colocar ela pra dormir numa boa, no seu horario certinho e rotina regradinha, mas sem limitar os nossos horarios e “vida noturna”.

Ou seja, assim que ela dorme, nos vamos pra varanda, abrimos uma garrafa de vinho, uns petiscos, e ficamos namorando e batendo altos papos admirando a vista – sem ter que ficarmos trancados no quarto do hotel, no escuro e vendo TV sem som pra ela nao acordar #realidade #ViajandoComCriancasDaDepressao

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Essa tecnica tem dado super certo e estamos adorando (tambem fizemos isso em Bodrum na Turquia e foi otimo)!!! Vai ser dificil quando voltar a fazer frio por aqui!

E por fim, piscina. Primeiro porque crianca adora piscina, e sabiamos que apesar de estar numa ilha Grega, nao iriamos a praia. Mas com o calorao de Junho, precisavamos de uma piscina pra refrescar ao longo do dia.

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A verdade verdadeira eh que meu sonho era ficar num hotel que – alem de todos os requisitos acima – tambem tivesse uma piscina de borda infinita. Mas encontrei dois grandes problemas em minha busca: primiro que a maioria dos hoteis que oferecem esse tipo de piscina custam uma pequena fortuna (coisa de 1000 Euros por dia, no minimo, na alta temporada), e os poucos hoteis pagaveis com esse tipo de piscina nao aceitavam criancas, por questoes de seguranca (se pensarmos bem, boarda infinita numa cidade-penhasco como Santorini realmente nao eh seguro).

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Entao tive que aceitar que borda infinita em Santorini so mesmo numa futura viagem – sem a Isabella!

Pois bem, quando achei o hotel Aspa Villa quase nao acreditei!

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Bem na entradinha da vila de Oia, mas ainda na estrada principal (= sem escadrias!), construcao tradicional de Santorini com quartos estilo “caverna” (sao os hoteis mais charmosos!), piscina, e super varandona de frente pro mar e de quebra com a vista linda de Oia (ja que estavamos bem na ponta de entrada da cidade) com as casinhas brancas e uma igrejinha de telhado azul!

Para completar, os quartos ainda sao “estudios”, e portanto todos tem um mini cozinha (otimo com criancas!)!

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Reservei um dos estudios “caverna tradicional” e logo no dia seguinte a dona do hotel, a Nikoleta me mandou um e-mail avisando que como estariamos com uma crianca, ela tinha dado um upgrade na nossa reserva para um estudio um pouco maior!

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Para nossa surpresa, ficamos num estudio de 2 quartos (entao a Isabella teve um quartinho so pra ela), um banheiro reformado novissimo, uma cozinha (bem simples, mas deu pro gasto!), com aquela varandona  exatamente como sempre sonhei!!

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Um ponto negativo eh que o hotel nao tem cozinha, logo nao servem cafe da manha, nem refeicoes; mas em compensacao tinha um mini-mercado a cerca de 30 metros de distancia que vendia de tudo – alem de termos comprado nosso cafe da manha la (para comer na nossa varanda todas as manhas, claro), ainda compramos quantidades vergonhosas de azeitonas temperadas, vinhos produzidos na ilha, saladas gregas, e uma inifidade de delicias! E claro, como estavamos a 5 minutos do centro de Oia, o que nao faltaram foram otimos restaurantes bem pertinho.

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A piscina era pequena, que eh normal em Santorini, e apesar de nao ter a borda inifnita que sempre quis, supriu nossa necessidade, brincamos bastante com a Isabella, e nos refrescou nos momentos de desespero sob o sol Grego! (Ah, e tambem tem uma jacuzzi/hot tub no andar de cima, que acabamos nao usando).

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O hotel Aspa Villas nao esta entre os top hoteis de luxo da ilha, nao mesmo, mas foi essencial para que nossa experiencia em Santorini tivesse sido TAO boa! Pois foi exatamente como sempre sonhei que seria!

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E pra completar nosso caso de amor com o hotel, ainda descobrimos que o melhor por do sol da ilha, na verdade, estava a poucos degraus de nosso quarto, no patio do hotel (entre o Aspa Villas e o Nikko Villas), que alem de nao ter as massas de turistas se acotovelando, ainda tem a vista perfeita do sol se pondo no mar de um lado e o centinho de Oia do outro! Sensacional!

 

Adriana Miller
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Adriana Miller
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05 Jun 2014
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Japão e Coreia do Sul com crianças: as dicas práticas (Jetlag, rotinas, alimentacao, etc)

Avião, Baby Everywhere, Coreia do Sul, Dicas de Maternindade, Dicas de Viagens, Japão, Viajando com crianças

Ja escrevi esse post aqui sobre minhas impressoes gerais sobre a viagem pelo Japao e Coreia do Sul, mas achei que teria tantos “adendos” e observacoes especificas sobre a Isabella, e recebi tantas perguntas de outras maes aflitas, que achei melhor colocar tudo num post separadinho.

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Afinal nao tem como negar que entre todos os medinhos e apreensoes que tinhamos em relacao a viagem, tudo que envolvia a Isabella elevava essa preocupacao e enesima potencia! 14060933327_c51ba92c81

Do medo de passar por alguma emergencia e nao conseguir nos comunicar, ao conforto e localizacao do hotel, ao planejamento do roteiro e ritmo da viagem e a adaptacao a comida. Coisas que antes seriam consideradas meros imprevistos, passam a ter status de calamidade publica quando envolvem criancas pequenas!

 

– Os voos

Nossos voos tanto de ida quanto de volta foram horriveis – ambos foram voos diurnos, o que significa que apesar de tirar uma soneca aqui ou ali, a Isabella ficou eletrica o tempo todo, querendo andar, brincar etc como se nao passasse nada.

Quer dizer, sejamos justos. O voo foi ótimo, a Isabella ficou numa boa – mas foi super cansativo pra mim e pro Aaron.

Assim como outros voos que fizemos com ela, pedimos pra sentar na primeira fileira do avião, mas dessa vez sabíamos que ela não caberia mais no bercinho. Mas como voamos de British Airways eles oferecem uma cadeirinha “bebe conforto” para bebes maiores que encaixa no mesmo lugar que o bercinho, então pelo menos enquanto ela dormir umas horinhas ao longo do dia, eu colocava ela na cadeirinha e ficava com os braços livres.

Bebê conforto/Cadeirinha no voo da British Airways (na verdade essa foto foi no voo Londres-NY que fizemos ano passo a caminho do Caribe)

Um dos principais problemas de viajar na fileira da frente com bebes maiores, é que os braços das poltronas nao levantam, entao se voce estiver num aviao que nao ofereca essa cadeirinha (de todas que ja viajei a British Airways eh a unica que tem isso) e seu bebe ja nao couber no bercinho, ele(a) vai acabar tendo que dormir sentado no seu colo, pois nao vai conseguir deitar “atravessado” no colo dos pai + mae (ou dois adultos, ou uma poltrona vazia).

Matando tempo no avião

Porem no caso dessa viagem pro Japao (e a volta pela Coreia), eu ja sabia que os dois voos seriam diurnos, entao ela nao domiria muito – entao tanto a cadeirinha da BA ou meu colo seriam suficientes.

Mas ainda assim optamos pela fileira frontal do aviao, pelo simples fato de termos mais espaco – tanto para nossas pernas e as tralhas da Isabella, quanto mais espaco pra ela sentar no chao e brincar, e poder ficar em pe e andar de um lado pro outro ali pertinho da gente. Nao eh que o espaco seja uma suite presidencial, mas ja faz uma diferenca enorme na hora de entreter uma crianca andante num voo de 11 horas durante o dia todo!

A British Airways distribui um kit-crianças (com joguinhos, livrinhos, etc) e ainda tira sarro da cara dos pais, prometendo incríveis 13 minutos e meio de tranquilidade! :-)

Uma outra coisa que eu sempre tento fazer – mas infelizmente nem sempre da certo – eh pedir por um assento livre. Criancas menores de 2 anos nao pagam passagem inteira, mas em compensacao tambem nao tem direito a poltrona propria. Quando ela era uma bebezinha de 4 quilos isso nunca foi um problema, mas quando viajei sozinha com ela, ou agora que ela esta mais grandinha (e pesadinha) e quer brincar, assistir desenho, ler livrinhos e tal, esse espaco extra faz toda diferenca do mundo.

Obviamente a cia aerea nao tem obrigacao nenhuma de te “dar” um assento de graca (ja que voce nao esta pagando pela passagem de seu filho), mas nao custa nada perguntar, e tirando um ou dois voos, eu sempre consegui uma poltrona pra Isabella (caso o voo nao esteja lotado). Entao sempre pergunto se o voo esta lotado ou nao, e caso nao esteja, se seria possivel bloquear um assento ao meu lado para ela.

Na ida para Toquio o voo nao estava lotado, mas as fileiras da frente ja tinham alguns assentos alocados, entao tivemos a opcao: poderiamos ter uma poltrona livre entre nos, mas sentar no fundo do aviao, ou ficar na fileira da frente em apenas 2 poltronas para nos 3. Nesse caso, como o voo era diurno, optamos pela fileira da frente pelos motivos que disse acima. (se o voo fosse noturno, teria optado por sentar na fileira no fundo e ter uma poltrona vazia, onde ela pudesse deitar e se esticar).

Ja na volta, no voo de Seoul para Londres, fiz o mesmo pedido, e como o voo estava praticamente vazio, tivemos a fileira da frente todinha so pra nos, com espaco extra para nossas pernas e uma poltrona so pra Isabella – que ela fez muito bom proveito!

(e ate mesmo no voo low cost que fizemos entre o Japao e Coreia eu perguntei se o voo estava lotado, e se poderiamos ter uma poltrona livre entre nos dois, e conseguimos sem problemas, pois o voo estava relativamente vazio)

(A Luciana Misura tem um post otimo sobre a escolha entre voo noturnos e diurnos com criancas e o que eh melhor para pais e criancas, e eu concordo totalmente com as opinioes dela!)

 

– Jetlag e adaptacoes

Acho que ja mencionei em outros posts sobre viagens com criancas que nessa idade ela ainda nao sofre muito com jetlag, mas a cada nova viagem e nova “idade”, os desafios e dificuldades mudam, entao nunca sabemos exatamente como cada crianca vai reagir.

Eu pessoalmente prefiro viajar com a Isabella em voos noturnos, pois a Isabella dorme super bem no aviao (e eu tambem!), entao ja chegamos no destino final super bem dispostas como se nada tivesse acontecido e ja entramos direto na rotina local, independente da diferenca de fuso horario. E ate hoje isso sempre deu super certo pra gente.

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Dessa vez, por causa da distancia entre Europa e Asia e disponibilidade de voos, nao tivemos opcao, e acabamos em dois voos diurnos, que eu sabia que seriam trevas.

Mas o mais dificil foi chegar em Toquio num domingo de manha (horario local) sendo que passamos o dia de sabado todo viajando, entao nao tivemos a noite de sabado – chegamos os 3″ virados” no Japao, o que fez com que o primeiro dia fosse muito dificil.

Entao tentei manter, na medida do possivel, a rotina dela no ritmo do horario local – mas percebendo que ela estava meio zumbi. Mas as criancas tem a vantagem de nao saber da existencia do fuso horario! Ou seja, obviamente o corpo dela estava muito mais cansado do que o normal, tomando cafe da manha de domingo no horario que deveria estar jantando sabado, mas eles nao tem essa coisa de “ah nao vou comer iogurte com cereal agora, porque em Londres sao X horas da noite”.

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Sabe essa coisa que nos sempre fazemos, de ficar “calculando” o horario de casa?! Pois eh, em relacao a fuso horario, quem converte nao se diverte! Ajuste seu relogio no ato, e esqueca completamente que horas sao em casa! Coma mesmo sem fome, e va pra cama de luzes apagadas mesmo sem sono.

Mas nao queriamos abusar da boa vontade da Isabella, entao nao programamos NADA para o nosso primeiro dia, ficamos brincando com ela nos jardins do hotel, amocamos (na hora de almoco do japao) e quando foi hora da soneca da tarde dela, subimos pro nosso quarto e deixei ela dormir bastante (mais do que seria seu normal em casa).

Depois de uma soneca de umas 3 horas (que ela obviamente poderia ter dormido mais umas 5 horas se deixasse!), abri as cortinas, dei o lanche da tarde e la fomos nos de novo pra rua, como se fosse um dia como outro qualquer.

Ela continuou mais cansada e reclamona que o normal quando fomos pra Harajuku, mas andou pra cima e pra baixo, se divertiu com o suco de caixinha e o canudo, e fomos encontrando coisas para mante-la distraida e de bom humor enquanto matavamos umas horas (ou seja, nao  adianta querer programar uma visita no museu de musica classica quando seu filho esta lutando contra uma fuso de 8 horas e com o dia e noite trocados!).

Fazendo amizades no Aquário de Seul

Na volta pra casa ela nao aguentou e a-pa-gou no carrinho! Nao acordou nem quando troquei sua roupa, nem trocando a fralda, nao jantou nem tomou banho (isso eram cerca de 7 da noite, horario Toquio). Ou seja, dormiu direto das 7 da noite ate 1 da manha, e ai acordou super acesa. Ate tentei fazer ela dormir de novo, mas achei melhor respeitar o ritmo dela, e acendi algumas luzes, dei jantar, brinquei, dei banho, li um livrinho e mamadeira – a rotina que ela teria a noite antes de dormir mesmo, e cerca de 1 hora e pouco depois ela dormiu de novo, ate quase 10 da manha do dia seguinte!

E pronto, dai pra frente, ela entrou totalmente no ritmo e rotina no horario normal, sem se sentir mais afetada pelo fuso horario.

(essa nao foi a primeira viagem com a Isabella que tivemos que lidar com o fuso horario, afinal ela ja enfrentou um outro fuso de 8 horas  – na direcao oposta do Japao – quando fomos para o Colorado nos EUA, e fusos de 4 ou 5 horas varias vezes tanto para o Brasil quanto para a costa leste dos EUA, entao aos poucos fomos aprendendo algumas tecnicas pra lidar com as mudancas na rotina)

 

– Roteiro e ritmo de viagem

Comecando pelo planejamento do nosso roteiro, meses antes de sequer confirmar se a viagem seria viavel ou nao, fui enfatica: nao queria ficar pulando de cidade em cidade, trocando de hotel todo dia, nem correndo de um lugar pro outro.

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Ou seja, seria uma viagem completamente diferente para nos, pois sempre tentamos fazer o maximo possivel, no menor periodo de tempo possivel. E eu sabia que assim, deixariamos de ver coisas incriveis e deixariamos de conhecer lugares imperdiveis, mas queriamos que a viagem fosse tao divertida e prazeirosa para a Isabella quanto para nos.

Entao tive que aceitar comigo mesma que o ritmo seria diferente, que nao veria 37 coisas no mesmo dia – com sorte veria umas 3, mas no meio do caminho poderiamos parar pra brincar com a Isabella, deixar ela brincar no parque e correr atras dos passaros, sair um pouco do carrinho, brincar num parquinho… ou seja la o que fosse.

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E a viagem tambem coincidiu com a fase que ela comecou a andar pra valer, ou seja, por mais que ela sempre tenha sido uma bebe tranquila de passar o dia todo saracutiando na rua sentadinha no carrinho, aos 15 meses de vida ela tinha outras vontades, e chega uma hora que ela precisava de espaco pra brincar, esticar as pernas e nao so ficar presa no carrinho o tempo todo. Coisa que ate bem pouco tempo atras ela faria numa otima.

Ainda assim conseguiamos passar boa parte do dia no nosso ritmo, andando pra cima e pra baixo com ela no carrinho – e enquanto estivessemos andando de um lado pro outro pela rua ela nao se incomodava (eram as viagens de metro, trem e onibus que deixaram ela sem paciencia e de saco cheio), mas sempre incluiamos um periodo pela manha, e outro pela tarde que era pra ela: tiravamos ela do carrinho e deixava ela andar pelas ruas, gramados e parques.

Brincando no templo em Toquio

Brincando no templo em Toquio

Quando dava, tentavamos encaixar um parque ou jardim naquela momento do dia, mas mesmo nos bairros mais loucos de Toquio, sempre encontravamos ruas mais escondidas e sem transito, ou lojas com brinquedos e area de bebe onde ela poderia ficar mais livre.

Andando pelas ruas de Kyoto

Andando pelas ruas de Kyoto

Entao eram esses os momentos em que eu e o Aaron nos dividiamos: enquanto um ficava com a Isabella brincando e tomando conta dela, o outro ia tirar fotos dos templos e ruas, ou ia fazer compras, ou seja la o que tivesse pra fazer naquela determinado lugar. Ai quando um voltava, la ia o outro. Nos tinhamos nosso tempo, e ela tinha o tempo dela.

Entao conseguimos fazer tudo que queriamos (no lado “adulto” da viagem), mas sem deixar de dar atencao pra Isabella nem deixar de dar um pouco de liberdade e espaco pra ela.

 

– Rotinas

Todo esse planejamento deu super certo, fazendo com que os 3 conseguissemos aproveitar bastante a viagem (pois nao queriamos deixar de fazer certas coisas “de gente grande” e apenas focar em parquinhos e “museu das criancas” e afins, mas tambem nao queria ignorar as necessidades dela, achando que ela teria que se adaptar por bem ou por mal, o que seria pessimo para nos tres!), entao organizamos nossos dias assim:

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Logo que ela acordasse pela manha, nos 3 nos arrumavamos – na pressa – pra ja sair do quarto. Os 3 tomavamos cafe da manha no hotel com (certa) calma, pra Isabella comer bem e ja dava um tempinho pra ela brincar e andar pelo hotel.

Entao la pelas 9 ou 10 da manha, comecava nosso dia, pegavamos metro ou trem ate alguma outra regiao de Toquio/Quioto/Seul e geralmente coincidia que quando nosso passeio de fato comecava, ela ja estava ficando meio cansada e sonolenta – entao reclinava o carrinho, dava a mamadeira, chupeta e pronto – durante a primeira soneca do dia (na parte da manha) conseguiamos passear bastante, com ela dormindo tranquilona no carrinho. Alguns dias, tambem aproveitamos pra almocar enquanto ela dormia, assim nos dando mais tempo para uma refeicao “adulta”, sem ter que nos preocupar com restaurantes que tem cadeirao de bebe, comida que ela fosse comer etc.

Soneca no metrô em Tóquio

Soneca no metrô em Tóquio

Assim que ela acordasse, ai nos dividiamos: enquanto um brincava com ela e dava espaco e liberdade pra ela brincar, correr e explorar um pouco, o outro ia andar por outras ruas, outras partes das lojas, tirar fotos dos templos etc – depende de onde estavamos naquele dia/momento. E assim iamos nos revesando o resto da tarde, enquanto ela estivesse acordada.

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Como ela nao aguenta andar e brincar por horas a fio, depois de um tempo ela cansava e comecava a pedir colo ou pra voltar pro carrinho – entao aproveitavamos pra voltar pro metro/trem/onibus/taxi e ir pra algum outro lugar da cidade, e passear mais um pouco com ela no carrinho.

(ja falei sobre nosso carrinho aqui, e ja dei minha opiniao sobre a importancia de uma bom carrinho para viajar e conseguir passar o dia todo na rua com as criancas aqui)

A Isabella ainda dorme duas vezes por dia, na maioria dos dias, entao essa rotina se repetia de tarde, e aproveitavamos quando ela estava dormindo no carrinho pra passear mais um pouco sem ter que nos preocupar com programacoes “infantis”.

Empurrar carrinho o dia todo é um saco, mas pelo menos o Bugaboo vira nosso “burro de carga” de sacolas e tralhas em geral o dia todo. Os braços e coluna agradecem!

E no fim do dia, ou iamos jantar os 3 juntos antes de voltar pro hotel e comecar a rotina noturna dela (banho, livro, leite e cama), ou se por acaso ela nao tivesse dormido a tarde ou estivesse mais reclamona e cansada que o normal, voltavamos pro hotel mais cedo, pra ela jantar no hotel e ir pra cama mais cedo – e nessas situacoes eu e o Aaron pediamos room service no hotel, ou no caminho de volta pra casa, compravamos alguma coisa pra fazer um picnic no quarto!

Para nos dois, esse foi o principal impacto da viagem com a Isabella – nos gostamos demais de sair pra jantar, barzinhos, e vida noturna dos lugares que visitamos, mas como a Isabella tem uma rotina noturna super certinha e dorme super cedo, no maximos as 7 ou 8 da noite tinhamos que estar de volta no hotel, para que ela pudesse ter uma noite interia de sono (ja durante o dia ela eh mais flexivel, mas como ela dorme MUITO bem  – amem! – prefiro manter ao maximo a rotina noturna dela, para que ela sempre consiga suas sagradas 11 ou 12 horas de sono).

 

– Comida

Bem, nao vou mentir e dizer que achava que uma viagem pra Asia seria suuuuuper tranquila em relacao a comida, por que ne?! Se adultos tem suas apreencoes e frescuras, imagina com uma crianca pequena no meio?!

Bem, pra comecar que como so passamos por cidades grandes no Japao e Coreia, a abundacia de comida ocidental foi assustadora! Tivemos que nos esforcar mesmo pra encontrar comida Asiatica! Principalmente em Toquio a maioria absoluta dos restaurantes sao de comida Internacional e/ou Europeia (principalmente Italianos e Franceses).

Entao essa coisa de “Ah, nao como peixe cru”, ou “Ah meus filhos sao frescos” ou seja la o que for, sao sem fundamento, pois nas cidades grandes do Japao e da Coreia do Sul, encontramos de tudo.

Claro que se voce/seus filhos sao dessas familias que SOH comem feijao e arroz todos os dias e so sabem ser feliz assim, entao uma viagem pra Asia (e qualquer outro lugar do mundo que nao seja Brasil ou Florida) sempre serao um problema.

Mas como somos desbravadores de comida local, e sem frescuras, e sempre adotamos uma “tecnica” de deixar a Isabella comer o que nos comemos, tentamos ao maximo (e na medida do possivel) sermos bem aventureiros na escolha de nossas refeicoes, e – com muito orgulho – nao comemos em restaurante italianos em nenhum dia! Hahahah

No café da manhã do hotel

Claro que isso tambem significou que alguns dias ela so provou – e nao gostou – o que ofereci, e entao completei a refeicao dela com papinhas de bebe.

Mas ela comeu/provou tofu (fez muita careta, mas comeu), noodles (amou!), arroz com curry (detestou!), sashimi (algumas vezes adorou, outras vezes nao quis) e os mais variados tipos de peixe. Alguns amou, outros odiou, mas nao deixei de oferecer nada pra ela provar achando que “ah, crianca nao gosta disso”, afinal o paladar eh dela, e ela tem o direito de escolher o que gosta e o que nao gosta. Por exemplo, ela adorou tofu e noodles, mas nao gostou do arroz, e comeu todos os peixes brancos, mas nao gostou do salmao (que em Londres ela sempre comeu sem problemas). E assim iamos testando e aprovando/reprovando certas coisas.

Frutas e iogurte serviam de lanche ao longo do dia

Maaaaaaaas, claro que a minha mala foi com um carregamento de toneladas de papinha de bebe, porque afinal e se isso tudo desse errado?!?!? E se ela ficasse doente? Ou passasse mal com a agua ou comida?! Preferi estar preparada para imprevistos!

Mas ainda asism nao levei variedade e quantidade suficiente pra todas as refeicoes nem todos os dias, e acabei comprando mais algumas papinhas em Toquio.

Prato infantil no restaurante Japonês em Tóquio

Adendofoi MUITO dificil achar papinhas de bebe, fraldas e produtos de bebe em geral no Japao, apesar de que sempre li que era super facil! Entao nem me preocupei muito e (quase) nos demos mal!

Eu pesquisei antes, catei em foruns de expatriados, etc, e achei que seria super facil, afinal na Europa, Brasil e EUA, qualquer farmacia ou supermercado tem uma opcao infinita de sabores e marcas. Se na Bosnia achei papinha sem a menor dificuldade, obvio que em Toquio seria facilimo!

Papinhas, cereais e biscoitos no supermercado em Tóquio

Mas bateu um desespero quando no 3 dia da viagem, e depois de entrar em praticamente TODAS as farmacias de Toquio e NENHUMA ter comida pra bebe eu tive um mini-ataque de panico, ate que tive a brilhante ideia de perguntar pra concierge do nosso hotel – que me indicou na mesma hora pro supermercado no subsolo da loja de departamento do outro lado da rua.

E ai desvendei o misterio – no Japao os produtos e comidas de bebes sao vendidas em lojas de departamento (na secao de roupas e brinquedos de bebe mesmo), e a paz voltou a reinar!

Papinhas orgânicas (doces e salgadas) na loja de departamento em Ginza, Tóquio

O problema eh que as marcas sao locais, entao eh meio um misterio saber exatamente o que eh oque. A maioria das embalagens tinha “desenhos” dos ingredientes (que foi mais que suficiente), mas quase todos tinham como base o arroz (e a Isabella detesta arroz), que nao deu muito certo pra gente, mas ela gostou das papinhas de frutas e das sopas.

Biscoitos e cereais mil!

Entao algumas papinhas ela amou e comeu numa boa, outras ela odiou com tamanha veemencia que voce jurava que o mundo ia acabar! hahahahah

Ou seja, resumo da opera: na duvida, tenha um bom estoque de papinhas ja testadas e aprovadas na sua mala!

Palitinhos Japoneses de “treinamento” para crianças

Alem disso, a unica coisa que eu sempre levo estoque mesmo e nao gosto de misturar ou trocar marca eh o leite formula que ela toma, entao levei 2 latas, so por via das duvidas (o unico lugar que nao levo de casa eh no Brasil, pois acho com facilidade a mesma marca, Aptamil. Entao apesar de no Brasil ser BEM MAIS CARO que em Londres, prefiro economizar no espaco da mala).

Entao com 1 ano e 3 meses as refeicoes dela eram assim:

– Cafe da manha no hotel: ovos mexidos ou cozido (ela AMA ovos e se deixar come uns 4 no cafe da manha!), iogurte, frutas, pao e/ou cereais.

– Lanche da manha eh leite, e as vezes algum biscoito ou cereal pra distrair (coloco cereal integral, tipos Cheerios e tals naqueles potinhos “snack catcher” que a crianca consegue comer sozinha sem derramar tudo)

– Almoco: sempre tentava oferecer o que estavamos almocando – pedacinhos de carne/peixe/frango, noodles, legumes. As vezes ela adorava e comia metade do meu prato, as vezes ela odiava e nao queria nem olhar. Nesse caso, complementava com alguma papinha salgada, e de sobremesa dava alguma papinha doce ou frutas (que levava do cafe da manha do hotel ou comprava no supermercado ao longo do dia – foi super facil achar frutas frescas, iogurtes, smoothies e sucos em todos os bairros)

– Lanche da tarde: frutas e sucos

– Jantar, mesma “tecnica” que o almoco

– Antes de domir ela toma outra mamadeira de leite

 

Fraldas, lencinhos, sabonetes, mamadeiras, etc na farmácia em Tóquio

Eu ja falei antes ne, que nao tenho essas frescuras de achar que minha filha so pode comer comida fresquissima organica colhida por fadas virgens e benzida pelo Papa – se tiver que comer papinha industrializada quando estamos viajando ou na rua, nao acho o fim do mundo.

Eu falo essas coisas brincando, mas o que acho eh que ferias sao ferias, e devem ser relaxantes pra todos – principalmente pra mae e pro pai, que ja vao ter trabalho suficiente de viajar com criancas, entao nao se torture com dilemas do tipo “onde vou fazer a papainha fresca toos os dias?”, “como vou triturar os legumes que comprar pra fazer no hotel?”. Sabe esse tipo de coisa?

Seu filho nao vai desenvolver um terceiro braco radioativo se passar uns dias (ate umas semanas) comendo papinhas industrializadas 1 ou 2 vezes por dia! Na volta pra casa o ritmo – da familia toda! – volta ao normal, e pode ter certeza que isso nao trara sequela nenhuma!

Pelo contrario, voce vai relaxar, nao vai ficar escrava da cozinha, de supermercados, nem tensoes de como preservar a papinha fresca, como preparar a papinha no hotel, como fazer isso, ou como fazer aquilo.

Viajar com uma crianca pequena ja tem complicacoes demais. Simplifique onde da pra simplificar! (e a alimentacao sem duvida eh a mais facil!)

E como sempre usamos a “tecnica” (Baby Led Weaning em Ingles) de deixar ela comer o que comemos, mesmo nos dias em que ela nao gostava das opcoes de almoco e jantar, ela ainda tinha opcoes suficientes de comida “de verdade” ao longo do dia (no cafe da manha, lanches, etc), tendo uma boa variedade de sabores e nutrientes.

 

– Infraestrutura em geral: elevadores, transporte publico, trocadores

Essa foi minha principal supresa (agradavel) da viagem: como tanto o Japao (Toquio e Kyoto) quanto a Coreia (Seoul) sao super bem preparados para receber familias e criancas pequenas.

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Todas as estacoes de metro e trem tem elevadores que conectam as ruas diretamente com as plataformas, todas as estacoes tem banheiros (limpos) e com trocadores de bebe, e principalmente as muitas lojas de departamento espalhadas pelas cidades, possuem areas infantis, banheiros “familiares” (entao os trocadores nao ficam limitados apenas aos banheiros femininos, e os pais tambem trocam fraldas!).

Entre todas as possiveis dificuldades que uma viagem pra Asia com criancas poderia apresentar, era essa questao de infraestrutura o que mais me deixava apreensiva.

Estava me imaginando subindo andares e mais andares de escadas nas estacoes de metro carregando o carrinho de bebe na mao, procurando cantinhos pra trocar a fraldas, e encontrar muita gente de nariz torcido simplesmente porque estava com um bebe a tiracolo.

Cabine de banheiro (numa loja em Ginza, Tóquio) com espaço extra para entrar com carrinho, e cadeirinha de segurança para sua mini-platéia)

Mas muito pelo contrario, e a viagem foi ultra civilizada e “facil”, e sem duvida alguma a Isabella apenas somou a nossa viagem, nos dando memorias ainda melhores e mal posso esperar pelas proximas aventuras com minha bonequinha!

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Claro que isso tudo deu certo pois somos (tanto a Isabella quanto eu e o Aaron), super tranquilos e flexiveis, a Isabella come de tudo (apesar de comer super pouquinho e me enlouqecer as vezes) e dorme em qualquer lugar.

Porem cada crianca eh diferente, e cabe a cada familia saber adaptar a nova rotina e o planejamento de viagem de acordo com seus filhos – as vezes tudo isso pode dar super certo, e as vezes super errado.

Entao se seu filho so consegue dormir no escurinho e no berco, planejar uma viagem pra uma cidade grande como Toquio (ou NY, Londres, Paris, etc) onde tudo eh longe e voce nao tem como votlar pro hotel varias vezes por dia, nao eh uma boa ideia!

Va curtir as ferias em outros lugares e deixe esses roteiros para daqui uns anos, quando a rotina e o ritmo mudar de novo.

Nao adianta achar que tem que forcar seu filho a fazer X ou Y so porque o filho do vizinho (ou da blogueira!) faz assim ou assado, pois isso so vai eh estragar suas ferias, e ninguem vai se divertir nem aproveitar direito!

Mas tambem nao se limite, achando que nao pode fazer isso ou aquilo, so porque agora tem filhos, ou porque acha que alguma coisa vai ser muito dificil com criancas.

A cada viagem e a cada experiencia vamos aprendendo um pouquinho mais sobre a Isabella e a dinamica e rotinas que dao certo – ou nao – para nossa familia. E nao deixe de acreditar no potencial de adaptacao das criancas! As vezes basta uma mudanca de areas para que eles mudem e levem numa boa uma situacao que voce achava que seria quase impossivel!

Como sempre digo pro Aaron: o pior que pode acontecer eh a gente querer voltar pra casa mais cedo!

E ate hoje, isso nunca aconteceu! :-)

 

 – O que levar na mala e como organizar as roupas das crianças

Já dei minhas dicas e “técnicas” nesse post AQUI.

 

– O que levar na mala de mão (bolsa de fralda) em uma viagem com crianças pequenas

Já dei outras dicas nesse post AQUI e esse AQUI.

 

 – Outras dicas praticas (lavanderia, como lavar mamadeiras e roupas, etc)

Dessa vez a viagem durou apenas 14 dias no total, entao achei mais facil levar roupas suficientes para a Isabella usar todos os dias, em vez de ter que ficar gastante tempo e energia procurando lavandeiras, ou mandando roupa pra lavandeira dos hoteis (mostrei a tecnica que uso pra fazer a mala dela no link acima).

E nesse post AQUI ja dei outras dicas praticas de quando ficamos em quarto de hotel (em vez de flats, villas ou studios ou casa de amigos e parentes – com cozinha e lavanderia).

 

Adriana Miller
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Adriana Miller
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24 Feb 2014
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Dicas práticas para viajar com bebê (e ainda em processo de aprendizado!)

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Nos últimos anos pré-Isabella, nada me irritava mais do que comentários do tipo “aproveita mesmo, porque depois que os filhos vierem essa vida de viajar toda hora vai acabar…!”.

Ok que não da pra negar que a vida muda, mas daí a achar que a vida acaba depois que temos filhos nunca foi minha praça. E no quesito viagens, se eu sempre viajei com meus pais desde bebê, por que não faria o mesmo quando tivesse meus filhos?!

Os benefícios e delícias de se viajar em família são inúmeros (e o que não falta por ai hoje em dia são blogs sobre viagem com crianças e em família exemplificando isso!), mas também nunca me iludi e sempre soube que teríamos que fazer algumas mudanças e adaptações no nosso estilo de viajar para acomodar as necessidades de uma nova pessoinha!

E na verdade quando digo “viajar”, não necessariamente significa entrar num avião e ficar semanas a fio longe de casa… muitas das “dicas” a baixo são na verdade muito mais utilizadas no nosso dia a dia em Londres, e fins de semana passeando por ai, do que necessariamente “estar de ferias”.

Bons costumes e uma boa rotina no dia a dia da criança podem ser replicados em qualquer lugar do mundo, e sempre facilitam a vida dos pais, sem prejudicar a criança, e eh isso que importa!

Então logo que descobrimos a existência de um terceiro tripulante a bordo que já começamos a nos empolgar a mostrar o mundo pra nossa família, e nunca me passou pela cabeça que isso significaria o fim das viagens!

Com isso em mente, já nos planejamos para que de certa maneira pudéssemos criar um bebê que adore viajar como nós, e que ela viesse apenas para somar, e não atrapalhar. Tanto eu quanto o Aaron já somos pessoas naturalmente tranquilonas, e nunca me imaginei sendo uma mãe neurótica nem cheia de frescuras e medos – no dia a dia, e muito menos mundo afora.

Então esse post nada mais é do que alguns tópicos e pequenos detalhes que fizemos com a Isabella desde seus primeiros dias de vida, já pensando em como facilitar nossa vida lá na frente, quando começássemos a viajar com ela.

Muitas dessas “dicas” foram resultado de assistir amigas e conhecidas no dia a dia da “vida real”,  lidando com seus filhos, muito antes da Isabella nascer ou quando ela era bem pequena, e situações que me fizeram refletir comigo mesma e decidir: “Nunca quero ser assim”!

Não quero dizer que determinado comportamento seja certo e o outro errado, apenas foram detalhes e situações que eu sabia que não dariam certo pra mim.

Mas sei que nem sempre o que da certo (ou errado) pra uma família vai funcionar com outra criança, outra mãe ou outro pai… Então cada um tem que saber reconhecer o que pode ou não ser usado, separar o joio do trigo e não necessariamente fazer alguma coisa só porque todo mundo faz (ou não faz) ou porque leu num livro ou num blog.

Esse post esta no rascunho a muito tempo, mas fiquei na duvida se publicava ou não… geralmente não gosto desses posts “mommy blog” ditando regras, que dão a impressão de “olha como meu bebe e minha família são perfeitos e se você fizer diferente, será tudo errado”, sabe?

Mas ao mesmo tempo essas são as perguntas pais-e-filhos mais frequentes aqui no blog e no Instagram, que já respondi em outros comentários e posts, então achei mais pratico colocar tudo junto num lugar so.

Mas reforço que não estou ditando regras, nem profecias sobre o que é certo ou errado, e muito menos o que faz de alguém uma boa mãe ou não – são apenas as dicas que usamos em nosso dia a dia e em viagens, e que realmente fazem nossa vida tão mais fácil e leve!

 

– Alimentação:

Eu me preparei pra amamentar por o maior tempo possível. Afinal nada é mais prático do que amamentar um bebê – já esta tudo esterilizado, na temperatura certa, embalagem certa e prontinho para ser servido em qualquer lugar do mundo! Mas também nunca tive a pretensão de amamentar exclusivamente por anos a fio (afinal isso é uma escolha individual de cada mãe/bebê), então desde que introduzimos mamadeiras e fórmula na dieta da Isabella, eu ja tinha algumas ideias em mente.

Pesquisei bastante e escolhi mamadeiras que não demandassem muito tempo/esforço para serem limpas, esterilizadas e afins. Muitas pecinhas, tubinhos e mecanismos de promessas impossíveis?! Tô fora!

O mercado está cheio de mamadeiras que prometem mundos e fundos (imitar a sucção do peito, evitar cólicas, etc), mas depois de pesquisar bem e de conversar com um pediatra e as Health Visitors do NHS, cheguei a conclusão que nada poderia garantir promessa nenhuma… Então me decidi pelas mamadeiras da MAM, que são apenas 3 peças pra desmontar/lavar – e o principal – auto esterilizáveis (bastam 3 minutinhos no microondas com um pouquinho de agua e pronto! Nunca nem comprei aquelas esterilizadoras super trambolhão!).

Se já é chato ter que lavar mamadeiras nas férias, imagina ter que carregar um esterilizador?!

Estoque de papinhas e leite no cruzeiro pelo Caribe

O segundo detalhe foi: leite artificial, sempre na temperatura ambiente!

Nunca acostumamos a Isabella a tomar leite morno, desde o primeiro dia de leite em pó! Isso significa que a qualquer momento do dia ou da noite, seja lá onde estivermos, se ela estiver com fome, sua mamadeira estará pronta em questão de segundos!

(Isso foi uma dica de uma amiga aqui em Londres, enquanto tentava lidar com seu filho de uns 3 anos dando um verdadeiro escândalo porque o leite não estava morno… na época a Isabella ainda só amamentava, e ao ver a situação dela, fiquei com a “dica” na cabeça, e deu super certo pra gente!)

Não ter que carregar garrafa térmica com agua morna, ou ficar catando um lugar pra esquentar mamadeira ou agua pra preparar leite. Nunca tive que pedir pra comissaria de voo ou garçon de restaurante esquentar agua/leite pra Isabella, e isso facilita TANTO no dia a dia!

Depois que ela passou a comer papinhas e comida normal, uma outra “técnica/filosofia” muito popular aqui na Inglaterra e que deu muito certo com a Isabella eh o “Baby Led Weaning”, que basicamente dita que o bebe deve – na medida do possivel – sempre comer sozinho, e comer comida “normal”, e não apenas papinhas insossas, sem sabor nem texturas.

Não fui nem sou muito xiita em relação a isso não, e o fato de que a creche da Isabella usa a mesma filosofia também ajuda bastante.

Seção de leites e papinhas na farmácia do aeroporto em Londres

Além de todas as vantagens didáticas da “teoria” (pois estimula o senso de independência da criança, estimula o gosto por comida “de verdade” e não apenas um paladar infantil, estimula um ambiente de refeições em família e dá a criança um senso de “participação” em vez de sempre comer algo diferente, num horário e momento separado dos pais ou irmãos mais velhos), a verdade é que no dia a dia, e principalmente quando estamos fora de casa, também tem sido uma mão na roda.

Quando digo que não sou xiita, é porque na rapidez e praticidade do dia a dia, de segunda a sexta, eu também faço papinhas especiais pra ela, e durante a semana ela geralmente janta mais cedo que a gente mesmo, mas em compensação isso também significa que sempre que comemos fora ou viajamos não preciso ficar neurótica sobre como levar comida, onde esquentar comida, se os legumes são orgânicos, se agua foi benzida ou sei lá mais o que, e sempre da pra achar alguma coisa no cardápio que ela vai gostar e vai comer numa boa (mesmo sem dentes!).

Siiiiiim, faz uma sujeirada, mas nada que uma muda extra de roupa e uns lencinhos umedecidos na bolsa não resolvam!

Curtir as refeições em família e ver a Isabella comendo bem provando novos sabores compensa a bagunça!

Outra coisa que facilita bastante é que hoje em dia existem papinhas de bebê de ótima qualidade e variedade e fáceis de encontrar no mundo todo.

Papinha orgânica na Bósnia

Concordo que em viagens longas não é bom que a criança só como comidas artificiais várias vezes por dia, por muitos dias a fio, mas não vejo mal nenhum fazer um revezamento entre comida “de verdade” e comidas prontas.

Então geralmente o café da manhã dela é no hotel/apartamento (sempre que possivel tenho dado preferência a ficar hospedada em apartamentos ou flats com cozinha e tals), com frutas, cereais e iogurte, na hora do almoço dou alguma papinha pronta com alguma fruta (mas se formos comer em algum lugar que dê pra pedir alguma coisa pra ela, melhor ainda), e a noite tento dar mais alguma papinha feita em casa, ou sopa de legumes em algum restaurante e algumas variações do mesmo tema.

A Isabella não é muito de fazer lanchinhos não, e se ficar com fome entre as refeições, o que ela gosta mesmo é de leite (que é fácil, pois como ela não toma leite quente/morno, é facílimo preparar o leite dela a qualquer momento).

 

– Dormir:

Tivemos bastante sorte de ter um bebê que dorme super bem (e por MUITAS horas seguidas a noite) desde bem novinha, mas sempre evitamos criar um ambiente onde tudo no mundo tem que parar só porque ela esta dormindo.

Claro que ha limites, e é óbvio que um bebê de meses não tem a mesma disposição que um adulto (nem essa nunca foi a intenção), mas aos poucos fomos acostumando ela a dormir em qualquer lugar – no carrinho enquanto passeamos a tarde, ou no canguru pelos corredores de um museu ou aeroporto ou no bebe conforto no banco de trás do carro.

Ela tem uma rotina super regradinha (isso não adianta lutar contra! Toda criança precisa de uma estrutura), mas desde que mantemos esses horários e costumes, ela fica numa boa, seja onde for.

Na medida do possivel, sempre tentei criar um ambiente de “sonecas” que fosse confortável e aconchegante, mas que nao dependesse do quarto escuro, a musica X, a temperatura Y, que acaba deixando maes e criancas escravas de um custume dificil de quebrar.

(essa foi outra dica resultante de um trauma de ver uma outra amiga aqui em Londres que não podia fazer NADA fora de casa entre 12:00 e 15:00 porque se o filho não dormisse no seu berço, ouvindo a musica tal, com o bichinho Y, no escurinho, etc ele dava altos escândalos. Ele não ficava com ninguém, não se adaptou na creche etc por causa disso)

Outro “truque” que deu super certo com a Isabella é a base do carrinho que compramos pra ela (o Bugaboo Bee), que se chama “Cocoon”. Nada mais é que uma base macia e maleável e que faz as vezes de um Moisés pra recém nascidos. Só que esse “Cocoon” parece um mini saco de dormir, e é suuuuper aconchegante!! Então desde os primeiros dias de vida usamos esse “Cocoon” como a base de sua cestinha moisés que ficava no meu quarto nas primeira semanas, depois se mudou com ela para seu berço no seu quarto, e ia com ela onde for!

O “Cocoon” dentro do berço do hotel em Vail

Já serviu de base pra caminha na casa das avós nos EUA e no Brasil, serviu de cama improvisada no lounge do aeroporto, também fez as vezes de lençol/forro nos berços de hotéis de Vail a Búzios, e na cama do quarto de hóspedes na casa de amigos durante uma festa.

Hoje em dia, depois que ela ficou muito grande para o Cocoon, ela dorme num “baby grow”, que eh outro tipo de saco de dormir quentinho e confortável, próprio pra crianças mais velhas.

Ou seja, ela dorme numa boa, em qualquer lugar, porque pra ela, ela esta dormindo sempre no mesmo lugar! Tem a mesma textura, cheiro, maciez, etc

 

 – Banho

Essa dica eh simples e fácil!

Em casa a Isabella sempre tomou banho em sua banheirinha de bebe usando um daqueles “reclinadores” (que deixa a mãe com as duas mãos livres e sem medo de deixar o bebe escorregar, e por sua vez o bebe fica bem mais confortável!), mas ao mesmo tempo nunca passou pela minha cabeça levar aquele trambolhão pra lugar nenhum!

Hora do banho no hotel em Búzios

Então o que fizemos foi comprar uma daquelas piscininhas infláveis de bebe – são super baratinhas, leves e fácil de carregar na mala, e fáceis de encher e esvaziar.

Levamos em quase todas as nossas viagens, sem ocupar nenhum espaço na mala, mas mantendo ela confortável (e facilitando nossa vida na hora do banho).

É só encher com agua do chuveiro e voila!

Hoje em dia, depois que ela ficou muito grande pra banheirinha, passei a dar banho nas banheiras de hotel ou no chuveiro mesmo (quando não tem banheira), usando um copo de plástico ou canequinha pra faciliar!

– “Mãos livres”: Canguru, wraps e mochilas

Imediatamente depois que a Isabella nasceu, eu fui adepta dos cangurus e wraps.

Na verdade, tentei alguns wraps mais elaborados (acho liiiiindo aqueles bebes todos enroladinhos com as mães), mas a Isabella NUNCA se adaptou a nenhum deles (altos berreiros!) – mas em compensação ela adorava o Baby Bjorn (marca do nosso canguru), então eu fazia tudo com ela pertinho de mim! E de quebra, ainda ficava com as mãos livres!

Prestes a embarcar pro Brasil com o canguru

Eu saia de casa sem fralda extra, mas nunca saia de casa sem o canguru a mão!

Se ela estava com dificuldade pra pegar no sono: canguru. Se estava irritada ou manhosa: canguru. Acordou bem na hora que comecei a almoçar: canguru. Etc, Etc, Etc.

E claro, na hora de viajar, estar com as mãos livres é a melhor coisa que existe! Afinal seja qual for seu meio de transporte, você terá que carregar mala, passagens, passar por lugares apertados, montar e desmontar o carrinho e afins.

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Depois que ela ficou gorducha demais pro canguru, fizemos o upgrade para uma mochilinha, dessas próprias de carregar crianças.

Pra começar que ela A-DO-RA ver o mundo lá de cima, fica olho no olho com a gente e o resto das pessoas em volta, sem deixar de ficar confortável.

Na mochilinha a caminho dos EUA

O modelo que escolhemos foi a LittleLife, pois é bem versátil, mas sem ser um trambolhão (não queria nenhuma daquelas mochilas de trilha nem acampamento não, sabe? Queria algo mais portátil e menos horrenda!).

Quando esta fechada e sem a Isabella dentro, essa mochila tem cara de mochila “normal”, e ainda tem um compartimento extra onde colocamos as coisas dela (que iriam na bolsa de fralda), como mudas de roupa, fraldas extras, mamadeiras, brinquedos , etc (mas tem que ter cuidado pra não exagerar porque isso tudo estará nas suas costas também!), e quando abre, ela tem uma cadeirinha acolchoada, apoio pros pés, almofadinha pro rosto (se bem que não acho que ela fique muito confortável pra dormir bem não, então sempre tenho um “plano B” pra hora da soneca mais longa do dia).

Eu sei que existem alguns modelos de canguru que “duram” mais tempo, e podem ser usados com bebes/crianças mais pesadas, mas ainda assim preferimos usar a mochila, pois achei que tanto a Isabella quanto eu ou o Aaron (quem estiver carregando ela) ficaríamos mais confortável, pois assim como uma mochila de acampamento, a Little Life tem um suporte de alumínio nas costas, apoio pro quadril, etc facilitando o nosso uso por períodos longos. Além de poder ser usada por crianças ate uns 20 quilos (ou uns 3 anos, depende da criança).

 

– Carrinho 

Entre as famílias viajantes, existe muito debate sobre qual o melhor carrinho escolher.

Antes do bebe nascer, todo mundo quer o mais potente, mais vistoso, mas cheio de perecotecos e fashion. Ai logo depois que bebe nasce a realidade bate a porta, e acabamos nos dando conta que o modelo X é muito pesado, o Y não cabe na mala do carro nem passa na escada rolante do shopping, ou que desmontar a marca Z na porta do avião (ou no estacionamento no shopping, antes de entrar no taxi, ou seja onde for)é muito difícil, etc, etc.

Então quem não conhece famílias que tem 2, 3 ou mais carrinhos encostados em casa? Haja dinheiro desperdiçado pra isso tudo heim?! E haja espaço de sobra nos micro apartamentos de hoje dia pra guardar isso tudo!

Pelas ruas de Les Baux, na Provence Francesa

Isso foi uma coisa que pensamos muito antes de decidir qual carrinho comprar, e queríamos um modelo resistente e confortável, porem compacto, de peca única, que fosse fácil de abrir e fechar e que fosse versátil, podendo ser usado de recém nascido ate uns 3 anos. Acabamos escolhendo o Bugaboo Bee e sem duvida alguma foi a melhor decisão feita no mundo paralelo do enxoval de bebe! (varias outras dicas, opiniões e duvidas sobre o Bugaboo nesse tópico aqui no fórum).

Dormindo no Bugaboo numa conexão em Nova Iorque

Ha quem defenda os carrinhos “guarda chuva” a ferro e fogo, e realmente deve ser bem mais fácil lidar com um carrinho desse estilo em comparação com modelos mais monstrengos (tipo Stokke, Silver Cross, alguns Quinny, etc), mas no nosso caso (por todos os motivos que nos levaram a escolher o Bugaboo Bee desde o inicio) não tenho a menor necessidade de um carrinho “pra viagem”.

Mas meu principal motivo por não gostar dos modelos gurda chuva eh o conforto pra criança. Afinal, se eu quero passar o dia todo batendo perna por ai, o mínimo que posso fazer pela minha filha é garantir que ela estará confortável e vai conseguir dormir numa boa, e tals, e a maioria dos guarda-chuva não oferecem isso.

Pois acho que trambolho por trambolho, eles também são, e no fim das contas são os pais carregando e empurrando o carrinho o dia todo de qualquer maneira.

Pelas ruas de San Juan, Puerto Rico

O meu carrinho (Bugaboo Bee) é bem compacto e prático (e fecha em uma peça só, que acho essencial), mas super confortável pra Isabella e isso que acho importante em viagens (porque ela consegue dormir tranquilamente durante horas no carrinho, enquanto passeamos com tranquilidade).

Talvez quando ela for maiorzinha, tipo uns 2 ou 3 anos pode ser que eu mude de ideia, mas o que vejo acontecendo com mães amigas é que elas compram um carrinho guarda chuva achando que vai ser mais pratico, só que nessa idade as crianças querem andar no chão e explorar as coisas e lugares (principalmente em viagens), então a mãe/pai acaba passando o dia todo carregando o trambolho do carrinho, e na hora que a criança cansa e quer voltar pro carrinho, não conseguem descansar nem dormir direito porque o carrinho não é confortável suficiente…

Bem, pode ser que ao longo do próximo ano eu mude de ideia, mas acho que a vantagem do carrinho que escolhi eh justamente essa, e não tenho planos de ter que comprar outro carrinho (nem tenho vontade, nem teria lugar pra guardar).

Carrinho sobrecarregado de tralhas no aeroporto

Viajamos com a Isabella pra tudo quanto é canto levando nosso carrinho normal mesmo e nunca tivemos problema (nem no dia a dia da viagem, nem na hora de embarcar, nem nada disso).

E afinal, não ha maior prova de fogo pra portabilidade e durabilidade de um carrinho do que nosso dia a dia em Londres!

Claro que ha modelos E modelos de carrinho guarda-chuva, e alguns atá bastante confortáveis, mas ai por outro lado eles perdem as vantagens de serem leves e compactos… (alguns modelos McLaren por exemplo, são mais pesados e maiores – quando fechados – do que o Bugaboo Bee, por exemplo).

 

– Germes e esterelização

Atenção mães com fobia de germes e sujeiras: melhor fechar seu browser agora mesmo!

Taí uma frescura que não tenho de jeito nenhum! Acho que criança tem mais é que se sujar, colocar tudo na boca, rolar no chão! Como já diria minha avo, criança precisa de “vitamina S” pra crescer (“S”  de sujeira!).

Claro que tudo tem seu limite, e lencinhos umedecidos e álcool em gel estão ai pra isso, e prefiro deixar ela ficar rolando por ai enquanto eu vou atrás dela limpando suas mãos o tempo todo, do que não deixar ela brincar livremente ou explorar os lugares so por medo de “estar sujo”.

Rolando pelo chão do aeroporto em Houston, Texas

Rolando pelo chão do aeroporto em Houston, Texas

Outra mania que nunca tive com a Isabella é a esterelizacao de tudo que ela encosta.

Segui as recomendações do pediatra nas primeiras semanas de vida, mas já com uns 2/3 meses ele nos “liberou” e imediatamente parei de me preocupar com isso. Afinal essa eh a idade que os bebes começam a colocar tudo na boca de qualquer maneira, então de que adianta fica esterelizando todas as mamadeiras se seu bebe esta mordendo e chupando  a alça do carrinho ou do canguru?!

"Chão gostoso!" (sou dessas que primeiro tira a foto e depois sai correndo gritando não!)

“Chão gostoso!” (sou dessas que primeiro tira a foto e depois sai correndo gritando não!)

Além disso o próprio ato de tirar as coisas de dentro do esterelizador já dês-esterilisa tudo, a não ser que você mantenha os armários de sua cozinha e as prateleiras da sua casa sempre embalados a vácuo! Ninguém consegue criar crianças numa bolha o tempo todo (e nem deveria…!).

Lá em casa acho que facilita bastante o fato de termos uma maquina de lavar louca, que por lavar tudo com agua super quente, já meio que da uma esterilizada, mas quando viajamos, eu apenas levo detergente de louca e a escovinha de mamadeira e lavo tudo muito bem com agua quente, e voila!

Kit “lava mamadeira” de viagens

Então já me perguntaram como eu fiz pra esterilizar mamadeiras no cruzeiro, no hotel tal, no avião… Oi?

Mas ainda assim, para famílias menos “relax”, hoje em dia existem produtos (em liquido, tabletes, etc) portáteis que podem ser usados pra esterilizar os equipamentos de bebes sem necessidade de carregar esterilizador pra tudo quanto eh canto.

(continua sendo um estorvo na vida ma mae&pai da crianca ne? Afinal onde voce vai deixar a mamadeira de molho durante um voo?)

Ou simplesmente comprar marcas auto esterilizaveis e mais praticas (como mencionei as mamadeiras da MAM ai em cima)

(esse foi outro “trauma” ao vivo depois que assisti – horrorizada – uma amiga que esterilizava cada mamadeira, cada gota de agua, cada bico, cada chupeta mil vezes por dia, segundos antes de serem tocados por seu filho, que na época já tinha uns 6 meses. O menino tava lá, lambendo o sofá e mordendo o dedo de todo mundo, mas assim que ela tinha que dar uma mamadeira pra ele, lá ia ela esterilizar e ferver tudo freneticamente, enquanto a criança berrava de fome)

 

Enfim, como o proprio titulo do post indica, esse eh um process eterno de aprendizado, e cada nova fase da Isabella traz novos desafios e novas adaptacoes, a cada ano mais novidades surgem no mercado, e nunca ninguem tera todas as respostas e dicas infaliveis sobre como criar cirancas.

Entao pode ser que daqui a uns meses eu mude de ideia sobre todos os pontos acima, ou quem sabe, resolva fazer tudo completamente diferente com um proximo filho – mas ate hoje estamos satisfeitos com as escolhas e decisoes que tomamos ao longo do primeiro ano de vida da Isabella, e temos uma dinamica familiar muito facil de ser administrada, e acho que isso eh que eh o moral da historia! :-)

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