14 Apr 2010
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Sobrevivencia no Egito: Modus Operandi

Cairo, Dicas de Viagens, Egito, Luxor, Sharm El Sheikh

Seja uma viagem mochileira como a nossa, ou com um pouco mais de luxo, qualquer viagem independente ao Egito requer uma certa preparacao para o choque cultural.

Egito DYI

Se voce pretende ir pra lah com uma agencia e guias que te levam pra cima e pra baixo e te “protegem” do Egito real, entao esse post nao eh pra voce.

Apesar dos pesares, e dos perrengues, nao trocaria nossa viagem ao Egito por nada, nem por hotel de luxo, e muito menos por onibus com ar condicionado e guia bilingue.

Egito eh o tipo do lugar que 90% do que tem pra oferecer eh a experiencia em si, e saber se moldar a cultura local nos ensinou muito mais doque aprender sobre as dinastias e Faraos!

Entao pra quem for ao Egito, aqui estao algumas dicas do modus operandi local!

– Gorjetas, propinas, subornos e afins. Ou o Baksheesh Egipcio.

Em Arabe Egipcio a expressao baksheesh significa “gorjeta”, mas eh amplamente utilizada pra sempre que qualquer pessoa tentar tirar dinheiro de voce. Faz parte da cultura local, e todos, em qualquer situacao vao esperar que voce de um extra por fora como baksheesh.

Nao adianta negar, porque eles vao te encher o saco, e eh mais facil carregar sempre umas moedas no bolso (de facil acesso, sem ter que ficar abrindo carteira e afins) e se livrar da situacao antes de virar uma intimidacao.

Ao mesmo tempo que todo e qualquer preco seja negociavel, dificilmente o preco final acordado, sera o preco final mesmo – sempre vai rolar uma tentativa de baksheesh. A grande maioria eh inofensivo, como a gorjeta do garcon, do motorista de taxi, do guia do passeio pelos templos.

Mas eh sempre bom ficar esperto com as falcatruas.

No nosso segundo dia no Egito, contratamos um taxi no albergue, uma familia canadense tinha feito um passeio parecido e deram uma boa recomendacao. Nos negociamos um pouco o preco (afinal eramos apenas nos 2, e eles eram 5), e pronto. No dia seguinte seguimos alegreces e faceiros pra Saqqara e Dashur.

Ao chegar lah, achamos que tinhamos tirado a sorte grande, a piramide de Dashur era praticamente toda nossa! Sem vendedores chatos, grupos de turismo atrapalhando as fotos e afins como tinha sido em Gize.

Abordamos o tiozinho do camelo e demos um baksheesh pra tirar fotos do camelo (sem subir nem nada), soh pra ser gentil.

Segundos depois chegaram dois policiais (“Tourism Police” que teoricamente estavam la pra nos proteger) insistindo DEMAIS pra tirar uma foto nossa, e nos sempre dizendo que nao, pois queriamos mesmo era a foto do camelo. E os caras nao nos deixaram em paz, quase arrancando a camera da minha mao pra tirar uma foto.

Ateh que um deles, se escondeu atras da cazinha, deu uma apontada na mega metralhadora no seu ombro e fez sinal de dinheiro.

Tentamos sair andando, dizendo que nao tinhamos nada, e o segundo policial, chegou, fechando nossa passagem – ou seja, estavamos “presos”, longe do nosso motorista e longe da vista de outros turistas.

Entao eu tirei umas moedas do meu bolso e dei pro primeiro policial, que imediatamente disse que era muito pouco, e ficou apontando pra camera do Aaron! (nao no sentido de roubar a camera, e sim para enfatizar que sim, nos tinhamos dinheiro)

Entao demos mais dinheiro, e ele ainda ficou dizendo que queria mais, e que tinhamos que dar mais dinheiro pro seu colega tambem!

Eu sinceramente nao acho que eles iam atirar ou fazer nada com a gente por causa de uma gorjeta mas a situacao foi muito intimidante, ficamos mesmo apavorados, e depois desse dia nao passavamos nem perto de uma “Tourism Police” (que aliais, depois reparamos que sempre se “escondem” nos fundos dos templos, e vimos – de longe –  outros turistas passando pela mesma situacao em outros templos).

Ainda no mesmo dia, a segunda falcatrua veio do nosso motorista, que mal falava ingles, e no meio da estrada (ou seja, no meio do nada no deserto) parou no acostamento e me passou o celular: era seu “primo” dizendo que nos tinhamos enganado o motorista, pois o hotel nao disse que o passeio tambem ia incluir Dashur, que eh bem longe da cidade. Mas como agora jah tinhamos ido e voltado, tinhamos que pagar 50 libras a mais na mao do motorista.

Fiquei revoltada, e bati boca, mas a troco de que? Estavamos no meio do nada, com um motorista que mal falava Ingles e um “primo” nada simpatico no telefone. E afinal de contas, 50 libras Egipcias sao apenas 10 dolares, e nao valia apena a confusao.

Esse dia foi um estresse, apesar do passeio maravilhoso que fizemos nas piramides antigas. Mas foi um crash course sobre a corrupcao e falcatruas egipcias, e aprendemos a licao! Foi a ultima vez na viagem que fomos passados pra tras!

O pedido de Baksheesh mais estranho que tive, foi o dono de uma barraquinha de livros que perguntou se eu tinha ciclete; quando ofereci um, ele pegou o pacote todo, dizendo que os filhos iam adorar!

E todas as canetas que tinhamos perdidas em bolsos e fundo de bolsa, foram ficando pelo caminho, de “presente” pras adultos e criancas.

– Celebridade por um dia (ou  politico em epoca de eleicao)

Como ja disse em outros posts, os Egipcios nao sao nada timidos, e nao tem a menor vergonha de ficar encarando ninguem.

Depois do segundo dia, jah nem me sentia envergonhada de ter minha foto tirada no metro, enquanto esperavamos pra atravessar a rua, ou sentada num restaurante. Depois dessa viagem, definitivamente vou pensar duas vezes antes de coprar uma revista de fofoca de novo!

E alem de se sentir uma celebridade, voce ainda se sente um pouco como um politico em plena campanha eleitoral, tirando fotos com bebe remelento no colo, posando ao lado de familias e com marmanjos de abracando!

Se for um grupo de criancas entao nem se fala! Se jogam na sua frente, pedem pra voce tirar foto delas, e ficam maravilhadas com a telinha da camera! Eh bem fofo, mas chega uma hora que vc cansa de tirar fotos de velinhos, criancas e familias completas na frente do templo.

Apesar da situacao surreal, eu ficava morrendo de doh de dizer nao! No dia que fomos na Citadela, tinha uma excursao escolar visitando a mesquita e as criancinhas fizeram a festa com a gente! Mas depois de uma meia hora posando e tirando fotos, disse nao pra um grupo de meninas (com pinta de ter uns 8 anos) e elas ficaram tao tristes, mas tao tristes, que me partiu o coracao! Entao voltei atras e prometi uma foto soh! Mas obviamente logo depois mais umas 15 criancas apareceram dentro da mesquita!

Carne de acougue

Independente das falcatruas e do status de celebridade de tabloide fajuto, por mais que o Egito seja um pais que recebe muitos turistas, ao mesmo tempo a grande maioria das pessoas que vao pra lah viajam como grupos turisticos, sempre com guias por perto. Entao dois gringos como nos peranbulando pelas ruas chamava bastante atencao.

Tentamos, na medida do possivel, ter uma experiencia autentica, fugindo de restaurantes turisticos, andando de metro ou kombi ou pegando taxi local; por mais dificil que tenha sido se virar nessas situacoes, nos poupou muito dinheiro e dor de cabeca de negociacao com gente querendo tirar vantagem.

Porque? Poque ser um extrangeiro no Egito significa que sempre, a qualquer momento alguem estara tentando te passar pra tras e tirar vantagem de alguma coisa.

Se um taxista te aborda em Ingles, pode ter certza que ele vai te cobrar o triplo do preco de uma corrida com um taxista local, idem para restaurantes ou lojas de rua.

– “Tres palavras”, a primeira silaba é…

Falar Ingles eh imprencidivel, mas ao mesmo tempo, por termos evitado ao maximo as situacoes turisticas demais, acabou que falar ou nao ingles nao fazia a menor diferenca, jah que quase ninguem nos entendia mesmo.

Entao viramos mestres da arte de fazer mimica, apontar e fazer contas com dedos.

Fizemos mimica pra pegar um taxi do centro da cidade ateh a Citadela, mimica pra pedir um kebab de frango (foi engracado demais!!) e minha performacne digna de oscar foi fazer mimica pra comprar spray pra desentupir nariz e papel higienico na farmacia!

Deu certo! Nos entenderam, e entendemos tudo!

(soh nao pode ser timido, porque fazer mimica de papel higienico nao eh nada digno… tentei ser sutil, mas nao fui compreendida, e soh quando fui o mais grafica possivel na minha mimica eh que a mocinha atras do balcao arregalou os olhos e “Ah!” puxou o pacote de papel higienico debaixo do balcao!)

– Numeros Arabes

Eu li essa dica num blog escrito por um egipcio, e resolvi imprimir uma copia da tabela soh por via das duvidas.

Mas me surpreendi com a quantidade de lugares que apenas expoem seus precos em Arabe, menu de restaurante com preco em Arabe e as plataformas da estacao de trem sao identificadas com numeros Arabes.

Nada que uma mimica nao resolva na hora de negociar o preco de qualquer cosia, mas ter uma nocao do preco “normal” dah uma grande ajuda!

– Negociar, negociar, negociar!

O preco final nunca eh o preco final, e o preco inicial tabem nunca eh o preco inicial.

Geralmente as negociacoes se limitam ao mercados “arabes”, mas no Egito a negociacao de preco acontece em TODOS os lugares!

E por isso que entender os numeros Arabes nos ajudou demais!

Por exemplo, compramos nosso jantar no kebab ao lado do albergue, e quando fomos pagar o carinha quis cobrar 6o libras por dois kebabs! Imediatamente apontei pro menu onde li que cada um deveria custar apenas 6 libras! O tiozinho se assustou que eu “entendi” o menu e imediatamente cobrou o preco normal, sem nem discutir!

E minha tecnica de negociacao era sempre vergonhosa: se me cobravam 400, eu oferecia 100, ateh conseguir negociar o preco a 200, ou ameacar sair da loja!

No souk em Luxor

As vezes a reducao inicial eh demais, e nao rola mesmo. Ai cabe a voce saber se realmente quer comprar aquela determinada coisa, e seguir pra barraquinha/loja seguinte.

O mesmo vale pra passeios turisticos, mas quase tudo tem um preco tabelado, e as agencias trabalham em clima de cartel: o preco eh sempre o mesmo, o servico e o roteiro eh sempre o mesmo.

Depois que levamos o susto em Saqqara percebemos que nao valia tanto a pena ficar batendo boca pelo preco de certas coisas.

E nunca, nunca, entre num taxi sem concordar direitinho preco antes da corrida (e de preferencia tenha o dinheiro trocado certo, ou se nao vc nunca mais vera o troco!).

– Como se vestir e se comportar

Ao contrario da viagem a Dubai, eu nao tinha visto muitas cosias pela net relativo a roupas e costumes no Egito; mas por via das duvidas e por ser um pais muculmano preferi ser o mais “recatada” possivel com meu guarda roupa.

Andar pelo Cairo era bem complicado, e realmente nao se via NINGUEM de short ou saia, ou nada que mostrasse os joelhos – homens, mulheres, turistas e afins.

Dei gracas a deus pelos meus vestidos compridos e calca jeans, mas morria esturricada de calor com uma pasmina enrrolada nos ombros o tempo todo.

Ms assim que chegavamos num lugar mais turistico (nos templos, museus e tals) a coisa fica menos restrita,  e os turistas se liberavam!

Mesmo assim eh bom sempre usar o bom senso – por respeito a cutlura e religiao local, e para seu proprio conforto.

Mesmo com vestidos compridos ateh os pes ou calca comprida, as pessoas jah te encaram e os homens dao em cima, coisa que me deixa extremanente desconfortavel (pior que o calor!), mas oque mais vi foram turistas exibidas, se achando o maximo por serem o centro das atencoes (principalmente as Russas! Muita vergonha alheia delas…). O mesmo vale para os homens, e o Aaron usou calca comprida e camisa de manga varios dias, independente do calor de 40 graus na sombra!

Jah em Luxor achei o clima mais confortavel, talvez porque a cidade nao eh tao tumultuada como o Cairo. Eles ainda te encaram, dao em cima e te abordam o tempo todo, mas a sensacao de vulnerabilidade e sufocamento-humano eh incrivelmente menor.

Entao me senti bem mais a votade pra usar bermudas por exemplo, sem achar que seria apedrejada na rua!

E alem disso, Luxor eh uma cidade que vive exclusivamente de turismo, entao alem de estarem mais acustumados a verem as turistas Russas andando de micro short com a lateral da calcinha aparecendo (serio!) e top de biquine, eles sao bem mais tolerantes, pois sabem que precisam dos turistas pra sobreviver.

Jah em Sharm El Sheikh eh puro oba-oba! De Alema de top less na praia, a Ucraniana com vestido totalmente transparente a Italianos se amassando na piscina!

Em nome do turismo, os Muculmanos fingem que nao veem – mas sinceramente, o bom senso (e bom gosto) mandou lembrancas, e por respeito a cultura alheia, eh sempre bem saber se vestir apropriadamente!

Adriana Miller
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11 Apr 2010
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Templo de Luxor

Dicas de Viagens, Egito, Luxor

O Templo de Luxor tambem fica na margem Leste do rio Nilo, e assim como Karnak é um templo de adoração (a margem leste – onde nasce o sol – representa a vida, e a margem oeste – onde o sol se poe –  represente a morte) e nao um complexo funerario como os templos dos vales dos Reis e das Rainhas.

E alem disso, o templo fica exatamente no centro da cidade, sendo super facil achar e quase impossivel evitar o templo a qualquer hora do dia ou da noite.

Esse templo foi construido para ser um local de celebração em homenagem aos Deuses da antiga Tebes (antigo nome de Luxor) durante o festival de Opet – celebradando as primeiras cheias do Nilo em homenagem aos deuses Amun, Mut, Khonsu.

Originalmente foi construido a mando do Faraó Amenemopet, mas foi expandido por Amenhotep, Hepshepsut, Tutankamon, Rameses II e até mesmo os Romanos, como Alexandre (o grande).

Ao longo dos milenios, a cidade, que originalmente estava construida em volta do templo, começou a crescer em cima do templo, depois da queda da ultima dinastia e o fim da era de ouro dos Faraós.

As escavações arqueologicas começaram no fim do seculo 19, com o intuito de remover a cidade que tinha crescido e encoberto o templo – e ainda nao terminou!

As ultimas descobertas de peso, foram feitas na decada de 90, quando – por acaso – foram encontratas mais de 10 estatuas intactas dos Deuses de Tebes (que agora estao expostas no museu de Luxor), mas o atual governador esta determinado em reabrir a avenida que conectava os templos de Karnak e Luxor, e é cercado por esculturas de esfinges em ambos os lados.

Alem disso, ainda existe uma mesquita que foi construida usando como base uma dos santuarios do complexo, mas por ser tambem uma estrutura religiosa (e portanto igualmente sagrada) a população local nao permite sua destruição a favor das escavações –  e entao, sabe-se lá oque poderia estar ainda esquecido ali em baixo.

O templo é bem grandinho, mas realtivamente simples de andar, e com muitas colunas em formato de flor de papiro, obesliscos e estatuas em otimo estado de conservação – principalmente as estautas de Ramses II (que me parece ter sido bastante nascisita!). E bem na entrada esta o obelisco-irmão do que foi doado a França em troca do relogio que enfeita a Citadela no Cairo (o obelisco que esta na Place de la Concorde em Paris).

No fundo do templo, é possivel ver tambem parte da estrutura construida pelo imperador Romano Alexandre, que usou parte do templo de Luxor pra construir uma capela crista.

E claro a vista panaramica do Nilo!

O templo fica aberto até tarde da noite, e vale muito a pena voltar pra ver tudo iluminado!

A impressão é que estamos em outro mundo!

Adriana Miller
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09 Apr 2010
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Hatshepsut & Vale dos Reis & Rainhas

Dicas de Viagens, Egito, Luxor

Uma das caracteristicas mais marcantes da mitologia Egipcia é culto ‘a morte, e toda preparação e esforço aplicado em garantir uma vida boa após a morte.

Para todos eles, de qualquer reles mortal ao Faraó, a vida na terra era uma fase passageira da vida eterna, e que para a maioria deles era realmente muito passageira – a expectativa media de vida era de 35/40 anos!

Eles acreditavam que o mundo dos mortos era bem parecida com a vida dos vivos, e que precisariam das mesmas coisas – de joias, a membros da familia a gado, jogos, roupa e abanador.

O grande monumento da Vale dos Reis é o templo a Hatshepsut que foi uma das unicas mulheres Faraós a reinar o Egito – quando seu marido morreu, seu filho ainda era muito jovem pra ssumir o trono, entao ela se elegeu regente, inclusive se fazendo passar por homem.

Em sua propria homenagem, ela construiu um templo onde ela seria embalsamada e mumificada. A construção levou 18 anos e o complexo foi utilizado por apenas 70 dias (periodo que demorar para mumificar um corpo), e retrata sua vida em todas as paredes.

Mas na verdade o templo que vemos hoje em dia é uma reconstrução, um quebra-cabeça montado com oque sobrou do templo depois de um terremoto – e por isso ele parece tao perfetinho. Todo andar superior é uma reconstrução, e as peças originais salvas dos escombros estao ainda sendo montadas no chao em frente ao templo, a medida que os arqueologistas vao decifrando os hieroglifos.

Hatshepsut foi enterrada no Vale dos Reis, pois governou como um Faraó, e é uma das 3 unicas mulheres por lá (que tenham sido encontradas até hoje).

Os Egipcios davam muito mais valor a vida após a morte do que seu propria dia a dia, e quase todos os grandes templos que visitamos hoje em dia no Egito são na verdade compexos funerarios. Muito pouco se sabe sobre onde e como eles moravam, e acredita-se que os Egipcios vivam em tendas de tecido, peles e madeira, e potanto nao há muitos registros sobre a “vida” além dos feitos registrados nas paredes de seus sarcofagos.

A grandiosidade e construções megalimaniacas começaram com a construção de Saqqara, que por ser em formato de escada/degraus facilitaria a viagem de subida do faraó Zoer ao paraiso. Al´m disso, quanto maior o tumulo, maior seu poder na terra, e maior sua divindade e suas chances de de sobrevivencia eterna.

A simbologia das priamides se tornou tão grande importante que passou a integrar o “Livro dos mortos” que eram os textos deixados dentro das tumbas, e que funcionavam como “manual de instruções” sobre como alcalçar o reino dos ceus.

O apogeu dese tipo de contruções foram as piramides de Gizé, que alem de serem em formato de piramide, ainda sao perfeitamente alinhadas aos raios solares, e tinham suas superficie perfeitamente lisa, reproduzindo as imagens de adoracao ao Deus Sol.

Porem, com os passar dos (milhares de ) anos, os Faraós deixaram de contruir piramides e tumbas gigantescas, pois queriam despistar os ladroes de tumulos, que alem de roubar todas as reliquias e riquezas locais, ainda disturbavam a vida dos mortos.

E assim surgiu o Vale dos Reis e das Rainhas

Na verdade o vale é um vale hoje em dia, mas quando foi descoberto, era apenas uma montanha (e ainda é) que foi (e esta sendo) escavada e ao longo das centenas de anos os tumulos foram encontrados.

Hoje em dia já foram descobertos cerca de 60 tumbas, mas existe registro de que pelo menos 200 reis/Faraós estao enterrados sob as montanhas – e portanto o trabalho arqueologico é constante.

E por isso tambem que nao é permitido fotos em lugar nenhum, nem dentro nem fora do vale, para evitar que ladroes de tumbas consigam achar qualquer coisa antes dos arqueologistas.

Ha alguns meses tras, uma nova tumba foi descoberta no Vale dos Nobres, mas as equipes ainda estao cuidadosamente escavando o local pra tentar descobrir quem esta ali.

Infelizmente quanse todas já foram encontradas vazias, saqueadas a milhares de anos atras. E é justamente por isso que a descoberta da tumba de Tutankamos em 1922 é considerada tão magnifica: o Faraó não foi nem de longe dos mais importantes, governou por poucos anos e morreu jovem, mas como seu sarcofago estava escondido embaixo de outro (e possivelmente reaproveitando espaço da tumba de seu pai, já que ele morreu antes de ter tempo de ter sua propria tumba), acabou passando despercebido, e sobreviveu 4 mil anos intacto sobre as montanhas.

Em sua tumba foi possivel entender os rituais de adoração a morte, e como eles achavam que seria a vida após a morte: seu tesouro incluia seu tronos reais, brinquedos, jogos, comida, oferendas, roupas, armas, carruagens, barcos, etc e até memo bengalas e hervas medicinais (hoje em dia sabe-se que ele morreu joven vitma de – provavelmente – hepatite, e sofria terrivelmente de artirite – aos 19 anos! – e por isso sempre é retratado sentado, enquanto que a posiçao real é geralmente de pé).

Adriana Miller
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