01 Dec 2010
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Kilimanjaro – Equipamento: oque usamos e oque valeu a pena levar

Dicas de Viagens, Kilimanjaro, Tanzania

Antes de viajar pra Tanzania eu fiz um post com todos os itens de equipamento que a agencia recomendou que levassemos pra viagem. Alem disso, fui seguindo as dicas do Aaron, que tem bem mais experiencia nesse tipo de viagem, mais outros amigos que já tinham escalado o Kili em anos anteriores.

Mas ainda ficava aquela duvida: sera que preciso isso tudo mesmo? Vai faltar alguma coisa? Vou passar frio? Vou passar calor? Vou ficar desconfortavel? Afinal, cada item dessa lista era bem caro, e rolava aquela insegurança de gastar uma fortuna em coisas que nao usaria nunca.

Entao aqui esta o post que finalmente faltava pra fechar a saga Kilimanjaro – bem a tempo de comecar a preparação pra nossa proxima viagem de escalada/hikking/aventura (daqui a 5 meses!).

Bem, pra começar afirmando, que sim. Definitivamente usei absolutamente tudo que a agencia recomendou que levassemos. Por mais que todo mundo quisesse meter o bedelho e dar sugestões e opiniões, eu preferi seguir a opinião dos experts, e achei que numa situação tão extrema como seria o Kilimanjaro (e foi!) pecar por excesso nao seria tao ruim…. o problema seria perceber que não levei alguma coisa importante a 4 mil metros de altura!

O item mais importante de TODOS sem duvida foi a bota de caminhada. Na verdade a bota eu já tinha, e é importante usar uma bota “usada”, e mesmo assim nas duas ultimas semanas antes da viagem, eu usava minha bota pra tudo quando é canto, pra ir moldando ao meu pé, ir “engrossando” a pele e amaciando a sola. Otimo conselho que eu acatei e deu super certo, pois nao tive nenhuma bolha sequer pra contar historia!

Os itens que ocupam o segundo lugar na lista de importancia foram as coberturas a prova d’agua – os “shell”. Nós realmente demos MUITO azar com o clima, e mesmo viajando na epoca de seca e escolhendo a trilha mais seca da montanha, pegamos chuva TODO dia dos 6 dias de escalada. Mas com ou sem azar, em qualquer montanha que seja tão alta, o clima é muito instavel, e as estações podem mudar repentinamente varias vezes por dia. E voce tá lá, completamente exposto aos elementos, chova ou faça sol.

E quando choveu, so mundo desabou! E quando nao estava chovendo, estavamos caminhando neblina adentro, que deixa tudo igualmente molhado. Entao uma OTIMA capa de chuva (com capuz e viseira, pra proteger seu pescoços e rosto), calça de caminhada a prova d’agua e capa para mochila.

E foi isso que eu usei todos os dias, do primeiro ao ultimo dia da viagem.

Depois vieram os itens de “camadas”. Como disse, o clima é super voltail o dia todo, entao de um segundo pro outro, o tempo virava completamente de um super frio com chuva, pra um sol estonteante. E isso, somado ao exercicio fisico de subir a montanha, me dava umas ondas de calor imediatas!

Com a blusa de fleece ultra grossa

E nessas horas, as camadas iam sendo retiradas uma a uma, ou vestidas uma a uma. O melhor investimento foram as blusas de Lã Merino e os casacos de fleece. Então facilmente eu colocava ou retirava 3 ou 4 camadas de roupa sem grandes complicações.

Colete de plumas por cima da blusa de Lã Merino

E um outro iten que o Aaron me convenceu de levar (ele tinha 2) foi um colete de plumas – esquenta o torso, mas deixa os braços fresquinhos, e era oque geralmente eu amarrava do lado de fora da mochila, para ter acesso facil quando paravamos pra descansar, beber agua e comer no meio da montanha – porque mesmo nos momentos de calor durante a subida, 30 segundos depois que voce para de caminhar no vento ou neblina a temperatura do corpo cai drasticamente!

A mochila é outra coisa que pode facilitar demais sua vida, ou virar um calvario! Nossas malas com saco de dormir, roupas, e tal eram levadas pelos carregadores, mas todo dia tinhamos que carregar uma “day pack” com mudas extras de roupas (as camadas), agua, barras de cereal, trail mix, filtro solar, camera fotografica, kit farmacia e oque mais voce quiser carregar. Mas ao longo do dia, cada grama a mais nas suas costas, a cada minuto a mais que vc esta andando, vai pesando mais e mais. Entao é importante usar uma mochila anatomica, com uma boa estrutura e bem ventilada nas costas, que tenha capa de chuva embutida (para acesso rapido quando começava o temporal).

A mochila

Mas oque fez a diferença MESMO, foi levar uma “pochete”! É feio, é brega, podem falar oque for… mas foi a ideia mais brilhante que tive em toda essa viagem!

A pochete em ação!

Essa pochete ficava presa na minha cintura o dia todo e assim me dava facil acesso as cosias mais urgentes, sem ter que me “desenrrolar” toda da mochila, na chuva, cheia de casacos e tals. Entao na pochete eu carregava minha camera fotografica, rolo de papel higienico, lip balm, filtro solar, garrafa de agua, e mais qualquer outra coisa que eu pudesse precisar ao londo do dia.

O lanchinho que estava guardado na pochete

Outra coisa que tive a idea brilhante de levar e nao só foi usada todo os dias, o dia todo, como ainda me salvou: uma faixa de cobrir orelha – feit de fleece duplo e com fecho de velcro.

A faixa tapa-orelha

Assim eu ficava com minha cabeça e orelhas sempre quentinhas (muito importante pra balancear a temperatura do corpo), escondia o estado precario do cabelo sujo (6 dias sem lavar!), era facil de colocar e tirar (tinha um velcro na parte da nuca) e nao ficava embaraçando nem abafando meu cabelo (um problemão pra quem tem muito cabelo como eu).

Nos ultimos dias antes da subida do Summit, o frio foi apertando mais e mais, principalmente durante a noite, com temprarturas ingratas abaixo de zero e um vento impiedoso, e a unica peça de roupa que realmente fazia a menor diferença foi um SUPER casaco de plumas.

Tanta roupa e tantas camadas que se eu me jogasse lá de cima, ia quicando atéééé lá embaixo!

O problema é que um bom casaco de plumas é uma peça MUITO cara… e comprar um casaco qualquer meia boca, poderia ser perigoso demais, entnao decidi não comprar nenhum e usar um dos casacos que o Aaron já tinha. Obviamente ficou gigantesco em mim, mas como esse modelo tinha fechos de ajuste nas mangas e na cintura, e nós dois temos mais ou menos a mesma altura, acabou dando certo e eu fiquei ultra quentinha!

A lanterna de cabeça, eu achei que só seria usada durante a escalda final, que passamos quase 7 horas caminhando completamente no escuro, mas na verdade eu usei todas as noites, porque simplesmente estavamos no meio do NADA e nao tinha nenhuma luzinha em lugar nenhum. Então entre a barraca e o banheiro, pra ir até a tenda refeitorio, escovar os dentes, ler um livro…

Nós levamos 3 lanternas – uma pra cada um, e uma extra – mais baterias extras, e logicamente, acabamos usando as 3! Então foi otimo ter uma lanterna de emergencia, pois teria sido impossivel caminhar no escuro sem ela!

Todo o resto das coisas que levamos foram usadas com mais ou menos intensidade ao longo da viagem, mas definitivamente não foram tao importantes quanto esses itens ai em cima.

Das coisa que eu achei inuteis, e nao pretendo usar de novo em outras viagens fora:

As “bengalas” de caminhada (Walking sticks), pois achei um incomodo e um movimento cansativo a mais, ter que ficar coordenando os braços e levantando e abaixando aquele ferrinho o dia todo repetidamente!

Mas isso é uma coisa super individual, que eu levei, mas pra mim nao deu certo (usei apenas pra descer, quando meu joalho começou a doer, então serviu como bengala mesmo) mas o Aaron por exemplo, esta tão acostumado que nao consegue manter o ritmo de caminhada se nao usar dois sticks. Então apesar de ter achado um pouco inutil, acho que vale a pena ter só pra ver como vai ser.

O Camel Back (um saco de plastico com um canudo, pra beber agua sem ter que usar uma garrafa) foi outra coisa que achei desnecessaria, pois dois motivos: o primeiro foi sem duvidas o gosto de plastico que deixava na agua, que nao suportei, e o segundo e motivo e mais importante foi que o canudo congelava! O saco com a agua podia ficar protegido do frio dentro da mochila ou ate memso dentro do casaco, mas os restos de agua que ficavam no canudo, nao dava pra evitar, e acabavam cristalizando, e entupindo tudo!

O canudo azul do meu Camel Back

Entao acabei usando minha garrafinha de metal de 0,5 litro, pois assim ela encaixava certinho na pochete, tinha um bico pra beber e uma tampa, e assim achei que era bem mais facil medir e regular os 3 a 4 litros de agua que eu tinha que beber todos os dias!

De resto, as meias de la foram otimas, o oculos de sol eu usei o tempo todo (mesmo nos momentos de cminhar dentro na neblina, o reflexo do sol me incomodava demais), bone, luvas de lã e todos os itens da minha necessaire!

Por fim, a Paula me fez uma pergunta importantissima nos comentarios: E as baterias das cameras?!

Bem, eu levei duas cameras (a Sony Cybershot HX1 e a Sony Cybershot DSC-W170) e como sempre tiro muitas fotos, seja qual for a viagem ou ocasião, eu tenho duas baterias para cada uma delas.

Mas alem disso, como sabia que passaria dias sem acesso a eletrecidade, e a vida util de baterias é muito impactada por temperatura muitos baixas e altitude elevada, fiquei morrendo de medo de acabar ficando sem baterias lá em cima.

E foi então que descobri o Pebble no site da Amazon.co.uk! O Pebble é do tamanho de um Blackberry, mas na verdade é um carregardor portatil; ele vem com cerca de 15 “ponteiras” que se encaixam nos mais variados aparatos: cameras de video, fotograficas, celular, Blackberry, iPhone, iPad, celulares variados, bla bla bla. É só carregar seu Pebble no seu computador (por USB) e uma vez carregado, ele tem energia suficiente pra regarregar um Iphone 3G 4 vezes (o iPhone tem uma bateria pessima, que nao dura mais que 1 dia, e é considerado o aparelho que mais “come” energia), ou um celular comum inumeras vezes, cameras fotograficas e tals.

Então foi isso que nos salvou no Kili! E nos permitiu tirar mais de 2.000 fotos (cada um!) mesmo sem energia eletrica.

(Nao. Infelizmente nem a Amazon, nem o Pebble pagou por esse post :-) Mas se surgir interesse, estamos ai!)

Adriana Miller
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10 Oct 2010
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Safari dia 4: Lago Manyara

Dicas de Viagens, Safari, Tanzania

Nosso ultimo dia de Safari foi bem corrido – escolheram um parque bem pequeno e sem grandes atrativos, pois o dia seria bem curto – e ate porque, depois de Ngorongoro, nada mais seria tao interessante!

O parque do lago Manyara eh famoso por causa do lago (dãã), e os animais que vivem dele, mas que infelizmente esta mais e mais seco a cada ano.

O principal atrativo sao as centenas de Hipopotamos, mas a estrela do parque ate uns anos atrás eram o Leoes que moravam nas arvores!

Foram centenas de millares de anos de evolucao, e os leoes que moravam nessa regiao de lago e pantano aprenderam a viver, cacar, dormir e criar seus filhotes em cima das arvores, e assim evitavam se molhar no lago. Mas agora, por causa do aquecimento global que tem afetado demais essa regiao da Africa nas ultimas 2 decadas, o solo do parque e os pantanos jah estao praticamente totalmente secos, e os leaos migraram para outras areas…

Mas os hipopótamos ainda estao lah, e realmente sao a atracao principal do parque!

Sao dezenas e mais dezenas desse bicho enorme, gorducho e esquisito!

Eles parecem tao pacatos e tao fofinhos, mas nao na verdade perigossisimos e sao os animais que mais matam serem humanos em todo continente africano!

E o perigo deles eh justamente esse… por terem uma aprencia tao pacata, serem vegetarianos… mas sao extremamente pesados, nadam muito bem e a pesar de nao aprentar, sao tambem muito rapidos.

Entao se um hopopotamos se sentir ameacado, ele simplesmente sai correndo na diracao dos humanos e te mata esmigalhado ou afogado!

A maior quantidade de acidentes acontece nas regioes de lagos, onde hipopótamos acabam afogando pescadores por acidente!

Entao tivemos todo cuidado do mundo para nos antermos na distancia segura do lago dos Hipopotamos e ficar de olhos nos que estavam caminando pelos matinhos, para nao levar um bote de ninguem! (nesse parque, podiamos andar a pe por alguna areas, que eu nao gostei nada da experiencia de tensao e vulnerabilidade!).

Esse parque tambem tem muitos passaros (flamingos rosa e brancos, cegonhas, gaivotas e afins) e millares de Zebras e Gnus e Girafas!

Mas infelizmente tivemos que seguir viagem direto pro aeroporto do Kilimanjaro, e de quebra ainda tivemos que fazer um pit stop de emergencia num posto de saude em Arusha, ois um dos caras que tinha passado muito mal no Kilimanjaro, nao estava conseguindo se recuperar, e continuou passando muito mal o tempo todo – mas todo so dias ele se recusava a ri no medico ate que no ultimo dia ele nao aguentou mais e o grupo todo quase perdeu a cnexao para Nairobi, onde iamos pegar nosso voo de volta para Londres!

Adriana Miller
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08 Oct 2010
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Safari dia 3: Cratera Ngorongoro

Dicas de Viagens, Safari, Tanzania

Como eu comentei no outro post, a regiao da Tanzania/Kenya eh considerada com uma das melhores area do mundo pra se fazer Safari por causa de sua “densidade populacional” de animais, e o Parque do Serengueti eh um dos mayores emelhores parques para isso.

E parte na parte sul do Serengueti esta a cratera do Ngorongoro (a pesar de que ofcicialmente deparados nos ultimos anos), que eh a cereja do bolo, e o creme de la creme do mundo dos Safaris.

O Ngorongoro nao eh considerado um parque ambiental como os outros parques da regiao, e sim uma reserva florestal, pelo simples fato de que eles permitem que as tribos que moram pela area possam manter seu estilo de vida nomade, entrando e saindo do parque, montando seus acampamentos e cuidando de suas boiadas, sem que eles disturbem a vida selvagem no parque e vice e versa.

Mas geográficamente falando o parque eh uma caldeira de um vulcao que explodiu ha centenas de milhos de anos atrás e por isso tem o formato de…. Uma caldeira! E tanto na parte de cima, quanto jah dentro do parque essa estrutura geografica eh muito nitida, oque faz com que o parque seja considerado o MELHOR lugar do mundo para Safari.

Se a Tanzania como um todo jah eh um otimo lugar, entao imagina uma area “fechada”, onde os animais sao livres para entrrar e sair, migrar a vontade…. Mas nao precisam… comida abundante, agua abundante e ainda por cima migrar seria um trabalhao… subir e descer aquelas montanhas…

Nesse dia nos vimos 4 dos Big 5, e varias vezes cada um! O unico animal que nao vimos foram os Leopardos, que geralmente se escondem nas arvores durante o dia e cacam a noite.

O nosso guia jah tinha avisado, mas eu sinceramente nao levava muita fe… sempre ouvi falar que os animais mais “selvagens” eram mais raros, dificeis de encontrar… e ele continuava repetindo que realmente era verdade… menos em Ngorongoro!

Entao logo na entrada, pertinho do lago central, que estava lotado de flamingos rosa-choque vimos uma Hiena! Nossa, que cachorrinho feio! Mas lah estava ele, catando os restos de alguna carcaca. Paramos o carro e ficamos esperndo para ver oque ia acontecer… e la veio a Hiena, parou, olhou. Chegou pertinho do jeep e seguiu viagem.

Continuamos pela estradinha ate que cruzamos por outro jeep e os motoristas trocaram meia duzia de palabras em Swahili, que foi o suficiente para nosso guia dar uma virada de 180 graus e saimos correndo atrás de alguna coisa. E entao cometamos as apostas! Oque sera?! Ele manteve o segredo, e disse que era um animal raro de ver em acao, mesmo em Ngorongoro, mas era nosso dia de sorte!

E quando cegamos perto, la estava ela! Uma Cheeta femea, prontinha para dar o bote num grupo de gazelas!

Momento ultra National Geographic, e a cheeta nem se afetou com os carros parados a observando…

Nossa, que momento fantastico! Ficamos lah um tempao, e ela acabou nao atacando o grupo (segundo o guia ela abortou o bote poque teria que passar por um laguinho, e o instinto animal felino nao gosta memso de agua!).

Foi uma pena nao conseguir ver o animal mais rapido do mundo em acao, correndo atrás de uma gazela, mas foi hipnotizante ficar ali observando cada movimento, como ela se posicionada para avaliar as presas, como se ericava cada vez que o grupo de gazelas se mexia, e como ela ia se arrastando pelo chao para tentar passar despercebida! Incrivel!

Mas segumos em frente… nao estavamos no parque nem a meia hora e ainda tinhamos um dia inteiro de Safari pela frente!

Quando chegamos na planice central presenciamos um grupo de Ginus e Zebras migrando em grupo de um canto pro outro, e aprendemos que os Gnus e as Zebras temu m relacionamento super co-dependente e sempre migram juntos, principalmente por areas onde a presenca de predadores eh grande.

O motivo para isso eh que as Zebras enchergam muito bem, mas ouvem muito mal, e os Gnus ouvem muito bem e tem um olfato super apurado e conseguem sentir o cheio de agua fresca e vegetacao abundante a dezenas de quilimetros de distancia.

Entao os dois grupos sempre viajam e se movimentam pelo parque juntos, e sempre em fila indiana! Pois assim conseguem se espalhar melhor pelo territorio e alem de parecer que estao em quantidade maior, essa tecnica tambem confundo os predadores, pois quando a fila se quebra (num momento de defesa) os predaroes acabam tendo que escolher uma unca vitma, diminuindo os riscos ao grupo.

Nessa mesma planice, porem no lado perto do lago vimos uma miragem la longe! O super raro Rinoceronte Negro! Ate nosso guia ficou impressionado, pois aprentemente soh existem cerca de 100 Rinocerontes negros no mundo, e eles estimam que cerca de 7 vivam em Ngorongoro, mas eles tem medo dos humanos e por isso nunca saem da “toca”.

Nao conseguimos cegar perto do Rinoceronte, pois ele esava bem longe, e numa area onde nao tinhamos estradinhas para passar, mas com nossos super zoom e binoculos, conseguimos ve-lo bem!

Ate que vimos no fundo da estrada um grupo de jeeps parados e sabiamos que alguma coisa interessante deveria ter acontecido!

La fomos nos e demos de cara com um grupo de Leoes! 3 machos e uma Femsa, tirando um cochilo na beira de um riacho!!

Depois que vimos as leoas em Tarangire, eu tava louca para conseguir ver um leao macho, e de uma vez soh, demos de cara com 3!!

Eles estavam sonolentos e bem alimentados, super pacificos na beira do riacho, mas o mais surreal era ver um grupo de bufalos passando pertinho e como imediatamente ambos os grupos de animais perceberam a presencao dos outros em seu territorio!

Mas segundo o guia, os leoes (nem nenhum outro animal) nao matam por matar, e apenas matam para se alimentar, entao ele garantiu que os bufalos estavam seguros (queria muito ter visto uma cena de perseguicao! Hahahahha) pois pelo tamaño das barrigas, sonolencia e quantidade de moscas em volta deles, eles devem ter cacado na noite anterior e nao estariam com fome!

E por falar em fome, nos aproveitmaos para parar e fazer um picnic na beira do laguinho dos Hipopotamos, tentando nos desviar dos passaros que ficavam dando razantes nas comidas dos turistas! (todos os dias de Safari nos levavamos comida para fazer picnic nos parques, jah que por lah nao tem restaurantes, café, nem nenhuma estrutura turistica).

Mal conseguimos ver os hipopótamos, pois eles estavam muito no finalzinho do lago, e queriamos voltar para planice central e ver mais animais!

Entao na volta passamos pelo mesmo grupo de leos, e para nossa surpresa um dos machos se levantou e comecou a andar na direcoo dos carros!

Tivemos aqueles momento de tensao, todo mundo correndo para fechar as janelas do jeeps, e a pesar de saber que um leao nao atacaria um carro, nao eh todo dia que vimos um animal selvagem daquele tamanho andando n asua directo!

E para nossa surpresa, ele andou ateh o jeep que estava bem na nossa frente e deitou na sombrinha do jeep!!

Nossa, eu achei aquilo TAO engracado… Um bicho daquele tamnho, o rei da selva… e tudo que eles queria mesmo era sombra e agua fresca para digerir sua comida!!

Muito fascinante ver como um animal daquele tamanho se comporta como se Fosse um gatinho domestico! Ele se virava de um lado, depois pro outro, fechava os olhos, bocejava… lambia a pata… Se ele nao Fosse tao bem alimentado, e quase to tamanho o jeep, eu ia jurar que poderia descree e ir lah fazer um carinho na juba dele….!! E quando o jeep saiu do lugar… ele deu uma reclamadinha, e prontamente se arrastou para sombra do outro jeep! Sensacional!

Seguimos viagem e vimos pais duas cheetas, dessa vez uma dupla de machos tambem se preparando para caca rumas gazelas! Como eles sao lindos! A “estampa” do pelo eh absolutamente perfeita, a pose, a estrutura dos ombros e das costas… fascinantes.

Pelo caminho vimos infinitos grupos de Elefantes, Gazelas, Jacal, Javali, bufalos e mais bufalos, zebras, Gnus, avestruz, veados, flamingos, cegonhas, passaros de todas as cores e formatos…

E muitos Masais tamebm, que sao a tribo “nativa” que mora e migra por essa regiao entre o Kenya e a Tanzania.

A pesar de que nao quisemos fazer nenhum desses passeios guiados pelos acampamentos dos Masai (pq sempre ouvi falar que eh tudo muito falso e “engana” turista demais), cada vez que pasábamos por um grupo ou uma tribo era um aue. As roupas coloridas, os colares, brincos e pulseiras mil, e as lancas! Mas o interessante mesmo era ver como eles andavam por ali como se Fosse o quintal de casa… sem o menor medo de leoes, leopardos, cheetas, hienas, nem nada… As vezes viamos um unico Masai com seu grupo de ovelhas… Mas eles nao deveriam estar morrendo de medo de serem atacados?!

Segundo o guia, nao. Segundo nosso guia, os animais selvagens nunca atacam os homens, apenas os hipopótamos. Mas os animais selvagens, quando ficam cara a cara com seres humanos, fogem, a nao ser que se sintam encorralados e precisem se defender… entao os masai que moram dentro de Ngorongoro andam para cima e para baixo com sinos no pescoco e em suas lancas, para que os animais nao sejam surpreendidos com sua presenca. E aparentemente eles nunca tinham tido nenhum “acidente” dentro do parque.

Jah no fim do dia, quando estavamos nos preparando para sair da caldeira, achamos mais um grupo de leoes, e dessa vez, com filhotinhos!

Um grupo de 2 leoas com 4 filhotes, com cerca de 2 ou 3 meses. Que coisa mais fofa!!

E eles sim pareciam  e se comportavem exatamente como gatos domestico! Pulavam e corriam de um lado pro outro, ficavam pulando em cima das maes, as maes lambendo as crias, os filhotes bricando de correr um atrás do outro… Que coisa mais linda!! Assim! Totalmente selvagem!

E pela primeira vez, vimos que as leoas estavam meio em alerta, e davam a entender que sabiam que estavamos por perto de seus filhotes…

E uns metros depois, seguindo a mesma estrada achamos o pai! Um Leao GIGANTE deitado no meio do nada, na beira de uma estrada, super bem alimentado e sonolento.

Ele lah paradao olhando para gente… e nos lah, hipnotizados olhando para ele, a menos de 2 metros de distancia!

Com isso fechamos noss dia em Ngorongoro com chave de ouro e voltamos pro hotel!

Adriana Miller
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