07 May 2015
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Meat Head – Estrogonofe Russo com a vista da Catedral!

Russia, São Petersburgo

Esse post vai ser uma dica bem rapida de restaurant em Sao Petersburgo!

Mas nao vai ser desses posts que comeca com adjetivos exagerados em relacao ao “melhor isso” ou “melhor aquilo” na cidade nao.

Na verdade quando decidimos entrar no Meat Head pra dar uma olhada no menu, foi com uma coinciencia de que “provavelmene vai ser ruim” e com “toda pinta de ser pega turista”! Mas resolvemos dar uma olhada assim mesmo, pois a localizacao era imbativel!

Mas o interior foi surpreendente! Todo num estilo meio “caverna”, e com uma decoracao de bom gosto, e no menu, otimas carnes e pratos Russos tradicinais.

O servico, incrivel – que fica ainda mais evidente numa cidade onde a maioria das pessoas eh tao fechada e sissuda!

Enfim, adoramos o restaurant, e principalmente a comida!

E ja falei na localizacao? Exatamente na esquina da Igreja do Sangue Derramado!

Nos chegamos cedo e pedimos uma mesa na janela, entao jantamos com a vista da neve caindo la fora, contrastando com as cores da cathedral. E o interior de tijolinhos, asim meio cavernoso e a luz de velas so aumento essa sensacao de “inverno na Russia” da experiencia! Amamos!

Eu fui de estrogonofe, prato que supostamente foi criado em Sao Petersburgo!

estrogonofe russo

Quando eu postei sobre nosso jantar no Instagram, me perguntaram muito se a versao “original” era muito diferente do que se come no Brasil, mas fico feliz em relatar que nao!

Pelo menos a receita da minha mae eh tao gostosa quanto a versao original Russa!

A unica diferenca eh que eles servem o estrogonofe com pure de batatas e picles, o que surpreendentemente eh uma combinacao de sabores incrivel! Ja adotei la em casa!

 

E claro, arroz branco e batata palha (gente, odeeeeeeeeio batata palha! Tem coisa mais sem graca e desnecessaria num prato?! hahahahah) sao adicoes/invencoes da versao Brasileira, entao recomendo que voces tentem em casa a versao original!

Meat Head Restaurant

Konyushennaya Sq., 2

P.S. Como sempre me perguntam preco de restaurants e quanto custa comer nos lugares que viajo, o Meat Head (assim comoa maioria dos restaurants em Londres e na Europa) divulga seus precos na pagina do menu, aqui.

Planejando uma viagem para Rússia?

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06 May 2015
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(Como &) O que visitar em São Petersburgo

Russia, São Petersburgo

Como eu comentei nos outros posts sobre São Petersburgo, nós fizemos tudo a pé – além de termos mesmo evitado andar de transporte publico com a Isabella (o metrô Russo não é muito não é muito kids friendly), eu achei a cidade muito fácil de ser navegada: ruas largas e bem sinalizadas, muitas praças, e pontes que conectam os bairros e ilhas.

O que visitar em São Petersburgo

Não é que a cidade seja pequena, muito pelo contrário; com toda essa sensação “arejada”, significa que as cosias são relativamente distantes umas das outras. Mas como moramos em Londres e sempre fazemos tudo a pé, não acho que uma caminhada de 20 ou 30 minutos de um ponto a outro seja “longe”. Sem falar que na Europa, qualquer cidade é muito mais legal de ser visitada quando fazemos tudo caminhando!

St-Petersburg-Tourist-Map-2 (Large)

Uma coisa que vale a pena ressaltar é que a geografia de São Petersburgo é bem particular, e seus diferentes bairros são na verdade, ilhas. Todas elas conectadas por pontes, e canais, dando uma sensação bem Estocolmo de ser (ou poderia ser comparada com Veneza ou Amsterdam, mas tudo em São Petersburgo é mais ampla, maior mesmo, com esse ar nórdico tipo Estocolmo).

Por um lado, isso dificulta a locomoção de um lugar ao outro, pois além de que as coisas acabam ficando mais longes umas das outras, o acesso só é possível pelas pontes; então as vezes você esta “do lado” de alguma coisa, mas tem que andar mais 3 quarteirões até alcançar a próxima ponte.

Mas por outro lado, fica fácil organizar seus dias e passeios pela cidade, e seguir roteirinhos específicos de acordo com as atrações de cada ilha.

Então eu organizei nossa viagem e nosso roteiro de acordo com cada região que visitamos, e ficou mais ou menos assim:

– “Orla” do Palácio

A primeira grande região é o bairro do palácio, que pode ser abordada como uma unica ilha-região, mas na verdade e toda recortada por canais, formando varias mini ilhas.

Mas eh ali que esta o “centro” de São Petersburgo, assim como suas principais atracões.

Nosso hotel ficava numa das transversais da Admiralteyskiy Prospekt, a 2 blocos da Nevsky Prospekt e 3 blocos do Hermitage (Palácio de Inverno), então todos os dias nossos passeios começavam por ali.

Aliais, a avenida Nevskiy Prospekt merece menção honrosa, pois é a coluna vertebral da cidade. O que também é uma ótima dica pra quem procura hospedagem por la: estando próximo da Nevsky, você consegue alcançar as principais atracões turísticas sem grades problemas.

Ao longo da avenida, alguns edifícios merecem sua atenção:

A avenida começa bem ali na praça do Admiralty, com um edifício central em amarelo e dourado onde foi a sede da marinha Russa por cerca de 300 anos, desde a fundação da cidade.

Hoje em dia, o edifício sedia a faculdade de Engenharia Naval da Universidade de São Petersburgo.

O Literary Cafe fica em uma das principais esquinas da avenida (pois dali se tem a vista clássica da Catedral do Sangue Derramado), e durante a era Bolchevita foi ponto de encontro dos grandes nomes da literatura Russa (São Petersburgo foi berço – ou domicílio – de nomes como Alexander Pushkin, Grigory Rasputin, Fyodor Dostoevsky (que escreveu sua grande obra “Crime e Punição” durante os anos que viveu na cidade) e Pyotr Tchaikovsky, entre outros).

Do outro lado da Nevsky fica a Catedral “Lady Kazan”, construida tendo como inspiração a Basilica de São Pedro no Vaticano.

Mas a principal atracão da região do Palácio, é obviamente, o Palacio de Inverno, também conhecido como o Museu Hermitage.

O que visitar em São Petersburgo

Quer dizer, me corrijo. O museu Hermitage, à beira do rio Neva, é na verdade um conjunto de cerca de 10 edifícios a redor do Palácio de Inverno, que foram sendo apropriados pelo governo Russo para sediar uma impressionante coleção de obras de arte (a medida que as mesmas foram sendo confiscadas da Nobreza Russa apos a queda do regime Czarista na Russia).

Mas o Palácio de Inverno é a estrutura central e mais impressionante do Hermitage, e a origem do museu. O Palácio, que foi residencia ininterrupta das famílias Reais Russas, também hospedou a Czarina Catarina durante seu reino, e ela era uma grande mecena e colecionadora de artes, e acabou dando o pontapé inicial a uma das maiores coleções do mundo, que hoje resulta em um dos maiores e mais importantes museus de arte da Europa.

Entre suas principais obras, estão alguns Van Goghs, Rembrants, Renoirs e Cezanes, Matisse, entre vários outros nomes Russos, Europeus e Asiáticos.

Mas pra mim, o próprio museu e o palácio foram os motivos principais pelos quais eu sempre quis conhecer o Hermitage!

E como la dentro tudo é enorme, e é praticamente impossível ver tudo, ficamos nosso tempo no edifício do Palácio de Inverno mesmo, que é a parte mais impressionante e grandiosa.

* Dica: baixar a app do museu (como eu mostrei no vídeo da TV Everywhere de São Petersburgo!) como guia, para você conseguir se achar lá dentro e saber o que esta vendo.

O Palácio de Inverno foi construído no começo do seculo 18, logo depois que Sao Petersburgo foi fundada, e tinha como intuito ser a residencia oficial dos Czares, e com a intenção de transformar a cidade numa capital “Europeia”, e portanto com muita influencia Italiana e Francesa.

No total são 460 quartos/aposentos, incluindo teatros, igrejas, salas de baquetes e bailes, e claro, muitos quartos. Basicamente, era praticamente uma cidade por si so, e portante a família real e os altos escalões do governo não precisavam sair do Palácio para nada durante os rigorosos meses do inverno Russo.

Do outro lado da mesma praça do Hermitage fica o predio do “Palacio do Estado Maior”, em formato de meia lua, compondo a praça que delimita o Hermitage.

Outra grande atracão da regiao  e quizas a principal atracão de Sao Petersburgo, é a Igreja do Sangue Derramado.

Uma Catedral Ortodoxa Russa, que segue os mesmos moldes da Igreja de Sao Basilico de Moscou, e sao praticamente o simbolo do pais.

A Igreja do Sangue Derramado (nome e sobrenome complete é: Igreja da Ressurreição do Salvador sobre o Sangue Derramado) tem esse nome dramático pois simboliza o local onde o Czar Alexandre II foi assassinado, e na construção original (do começo do seculo 20) algumas das pedras manchadas de sangue do Czar assassinado foram usadas como “decoração” (deve ter sido pra enfatizar o nome-sobrenome-CPF-RG completo da Igreja!), mas que hoje em dia foram retiradas para preservação como relíquias santificadas.

A Igreja eh menos colorida e imponente do que a Sao Basilico em Moscou (realmente aquele posicao bem no meio da Praca Vermelha eh imbativel!), mas é impossivel nao se deslumbrar com a aquitetura das Igrejas Ortodoxas!

Ela parece ser um bolo confeitado por balas e doces, de tao detalhada, colorida e rebuscada que eh!

E como manda o figurino Ortodoxo, o interior eh tao trabalhado quanto, com naves abertas, o altar dourado e as paredes pintadas contando historias da Biblia.

P.S. Uma dica boa para compras de souvenirs é o mercadinho bem em frente à Catedral!

Outro simbolo de Sao Petersburgo que tambem fica localizado no mesmo bairro eh a Igreja de Sao Isaac, a catedral construída em homenagem ao “Santo do dia” do aniversário do Czar Pedro.

– Ilha Vasilevsky

Imediatamente em frente ao Hermitage, do outro lado do Rio Neva, esta a ilha Vasilesky.

Bem maior em tamanho, mas sem tantas grades atracoes. Mas bem ali, ao cruzar a ponte, você estará na região da Strelka, e dará de cara com as colunas Rostral que simbolizam os principais rios da Russia: Rio Volga, rio Neva, Dnieper e Volkhov, e foi originalmente construida para servirem de faróis para os navios da Marinha Russa que entravam na cidade (essa curva da ilha fica exatamente em frente a Fortaleza de São Pedro e São Paulo, e do outro lado, o edifício da marinha).

É por ali tambem que estao alguns museus secundarios da cidade, como o museu de Zoologia (que nos tentamos visitor, pois parece ser bem interessante, com muitos fosseis e animais Siberianos em extincao empalhados. mas acabamos deixando para segunda feira e estava fechado!) e os edificios do Instituto de Lietaratura Russa e a antiga Bolsa de Valores..

– Ilha Petrogradskaya

E eh ali na beirinha da ilha Vasilevsky (de frente para as colunas Rostral)que ja vemos a ilha Petrogradskaya, onde esta a Fortaleza de São Pedro e  São Paulo.

Foi bem ali que a cidade foi fundada, pelo então Czar Pedro, o Grande, e fundou a cidade em seu próprio nome. A posição é estratégica, e não foi por acaso: a Fortaleza fica bem na entrada da baia do rio Neva, e protegia o território de invasões Suecas, durante a Guerra do Norte, no começo do seculo 18.

Hoje em dia a principal estrutura da Fortaleza, eh a Catedral de Sao Pedro e Sao Paulo, que desde sua fundação, tem sido a igreja official para funerais e sepultamentos dos imperadores e Kzares Russos, inclusive seu fundador Pedro, ate a ultimo da historia, o Kzar Nicolau, que perdeu o trono durante a revolução Russa.

Apesar de que Nicolau foi assassinado pelos Bolsheviques ainda em 1917, apos a queda do regime soviético, seu corpo foi transportado para a Fortaleza, onde ele foi re-enterrado ao lado de seus antecessores e todos os Czares e Czarinas que já governaram a Russia.

 

No total passamos 4 dias e 3 noites em São Petersburgo, sendo que uma manhã (boa parte de um dia…) fomos até Peterhof, e deu tempo de ver com bastante calma, fazendo tudo a pé (e parando para muitas fotos!) e sem pressa.

Não posso dizer que voltei pra casa conhecendo a cidade como a palma da minha mão, mas vimos o principal, e tudo aquilo que queríamos ver.

E como pegamos bastante frio e neve, volta e meia ainda voltávamos à algumas das áreas para revisitar ou tirar melhores fotos de certo pontos turísticos (hello Sangue Derramaaaaaaaado). Se tivéssemos mais dias para passar pela cidade (e o clima estivesse um pouquinho melhor e menos gelado!), provavelmente teríamos visitado alguns dos outros palácios nos arredores de São Petersburgo.

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27 Apr 2015
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Peterhof – Palácio de verão nos arredores de São Petersburgo

Russia, São Petersburgo

Ao longo dos anos, e ao longo de muitos livros de história e ficção histórica sempre que eu lia sobre São Petersburgo, a imagem que sempre me vinha à cabeça eram os chafarizes dourados ao longo de um canal do Báltico.

Palácio Peterhof

Na verdade eu confesso que sempre achei que esse tal palácio cujo eu já tinha visto tantas fotos fosse, na verdade, o palácio de inverno dos Kzares Russos. Então eu sabia que não importa onde ficasse tal palácio, eu tinha que conhece-lo!

Quando marcamos a viagem a São Petersburgo e os planos ficaram mais reais, fui investigar melhor sobre tal palácio e descobri que na verdade os chafarizes dourados estavam localizados, na verdade, no Palácio de verão do Kzar Pedro, o Grande e se chama Peterhof, localizado nos arredores de São Petersburgo.

São Petersburgo

O fato de que o palácio é um palácio de verão (logo seu foco principal são os jardins, chafarizes, os canais do Báltico etc) e nós fomos numa época de frio (logo sem flores, os canais congelados e os chafarizes desligados) foi um mero detalhe, e não poderia perder a oportunidade de jeito nenhum!

Peterhof, assim como toda São Petersburgo não é muito antigo, fundado em 1725 pelo Kzar Pedro, o mesmo fundador de São Petersburgo, que queria um refúgio opulente para suas temporadas de verão – como dinheiro e ostentação não eram empecilhos para nada, Pedro se inspirou nos jardins de Versailles na França, e elevou ainda mais o projeto: além dos jardins, Pedro, o Grande também encomendou o chafariz em cascata que se conecta diretamente à baía da Finlândia, por onde a família real chegava diretamente de barco, e de onde o Kzar tinha vistas da fronteira com a Suécia, onde estava comandando algumas invasões.

Realmente, ter visitado o Peterhof no inverno perdeu um pouco o encanto (tecnicamente era primavera, mas ainda pegamos temperaturas de 0 graus, jardins sem flores e canais e chafarizes congelados), mas por outro lado, na baixa temporada a entrada aos jardins é gratuita (no verão cada jardim e área do palácio é paga separadamente, e não é barato – cerca de 500 Rubles cada área), além de termos pego o palácio e seus jardins praticamente vazios, uma passeio particular só pra gente!

Chegar até Peterhof não é difícil, mas também não é fácil, e a melhor maneira de visitar o palácio vai depender demais de que época do ano você vai até la.

A melhor opção é ir de barco, um catamarã/hydrofoil que parte do ponto de barcas em frente ao Hermitage e em 40 minutos te deixa diretamente na doca do palácio. Além de ser a maneira mais fácil e prática, também dizem ser um viagem bem bonita!

Porém, como a baía da Finlândia congela durante boa parte do ano, o catamarã só funciona entre Junho e Setembro…

A outra opção por transporte público, nós nem chegamos a explorar demais, pois nos avisaram no hotel que o trajeto não seria muito fácil de fazer com criança pequena e carrinho (teríamos que pegar um ônibus ou metrô até a estação central Avtovo, e de lá pegar outro ônibus até a cidade “base” do palácio, onde teríamos que andar uns 20 minutos, ou pegar um táxi ou pegar outro ônibus (totalizando quase 1 hora e meia de viagem).

Então optamos pela opção 3: um táxi (reservado pelo hotel) que nos deixou na porta de Peterhof em pouco mais de 30 minutos e custou 2.000 Rubles (na época, cerca de 20€ por cada perna da viagem). Foi facílimo, confortável e rápido – mas como contei no post sobre o Hotel W, onde ficamos hospedados, essa opção só foi possível (ou tão fácil assim), pois as funcionárias do W foram muito prestativas e falam inglês super bem, principalmente na corrida da volta pra São Petersburgo, que não conseguíamos nos comunicar com o motorista pra entender qual portão ele estava nos esperando – e a recepcionista do W ficou literalmente com um telefone em cada orelha conversando com a gente e o motorista ao mesmo tempo, até nos encontrarmos!

Mas valeu TANTO a pena, Peterhof é exatamente como sempre sonhei que seria, e apesar de não termos ido no auge do verão (que imagino que deve ser mais bonito ainda!), achei que o gelo e o restinho da neve deixou tudo ainda mais mágico e com cara de Rússia, além de claro, mais vazio e bem mais barato também!

Palácio Peterhof

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Adriana Miller
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