28 Aug 2009
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Baltico

Dicas de Viagens, Estonia, Europa, Finlandia

Esse fim de semana eh feriado prolongado aqui na Inglaterra, e como eu digo em todos os feriados, tem que aproveitar! Sao tao poucos por aqui, que quando rola algum (apenas 3 por ano!) os Ingleses abandonam a ilha!

mas enfim, a medida que o mes foi avancando, e o feriado chegando perto, comecam os papos sobre oque fazer no “bank Holiday”, e claro sempre me perguntam pra onde vamos dessa vez, jah que nao deixamos passar nada em branco!

Dessa vez em especial tenho recebido as expressoes mais esdruxulas das pessoas, que realmente se espantam ao saber que vou passar o fim de semana prolongado entre a Estonia e a Finlandia, cruzando o mar Baltico de barco!

Entao, enquanto todos os Ingleses estao aproveitando as ultimas chances de sol e verao em algum resort over-priced e over-crowded an Espanha, nos estamos fugindo pela contra mao, e indo na direcao oposta da massa.

Entao dia desses, numa de seguir um link, que te leva a outro link, e depois a outro link, acabei caindo no blog do Riq Freire, que por sua vez tinha um link pro Arnaldo que falava justamente sobre isso: como surgem viagens, e a diversao que eh ir para os lugares que voce NAO precisa conhecer.

Entre todas as zilhares de dicas de viagem que recebo, quase todas sao relacioandas a lugares “calssicos” na Europa ou nos EUA: Florida, NY, Paris, Madrid, Londres e suas varientes. Se voce perguntar pra qualquer pessoa (pelo menos as que gostam de viajar) existem alguns destinos que mais ou menos fazem parte do DNA de todo viajante… Seja voce uma viciado em viagens ou nao, quem nunca sonhou em conhecer Paris? Ou Roma? Ou ver as Piramides do Egito? O Cristo Redentor? A Estatua da Liberdade?

Pode ateh ser que ao longo da sua vida vc nao tenha chances de ver todos esses lugares ao vivo e a cores, mas podemos debater que esses sao os lugares que todo mundo deveria conhecer, certo?

E eh ai que comeca o charme de conhecer as coisas que ninguem conhece. mas nao soh por simplesmente “completar o album”, mas porque na hora que vc sai do circuito das massas vc passa a ver quanta coisa legal o mundo tem pra oferecer, e nao entende porque te olham torto quando vc vai passar a lua de mel no Vietnam, ou o ultimo feriado prolongado do verao na Estonia….

Obviamente nao estou aqui re-inventando a roda, e ainda nao desbravei nenhum lugar altamente exclusivo no planeta terra. Nao sou a primeira e muito menos serei a ultima turista a ir a Tallinn, ou qualquer outro destino desconhecido (afinal a RyanAir esta aqui pra isso, neh?!)

Mas como disse o Riq Freire: “E quais são os Lugares Que Você Não Precisa Conhecer? São aqueles que não fazem parte das viagens clássicas, nem das viagens que constam do repertório da sua turma, muito menos das viagens que aparecem nos anúncios das agências de viagem nos jornais de domingo. Não, não são os primeiros lugares para onde você viaja. Mas quer saber? Depois que você começa a ir a Lugares Que Você Não Precisa Conhecer, acredite, os Lugares Que Você Precisa Conhecer ficam bem menos interessantes.”

E eh a pura verdade! Por mais que Paris seja o maximo e incomparavel, certas experiencias de vida voce soh adquire quando viaja num trem noturno cortando o deserto Marroquino ou na cacamba de um caminhao na Tailandia!

Entao Estonia e Finlandia, aqui vamos nos!

 

Adriana Miller
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27 Aug 2008
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Bergen

Bergen, Dicas de Viagens, Noruega

Nosso ultimo dia na Noruega foi em Bergen. Como jah previamos, o tempo virou completamente e estava frio e nublado… uma ventania de destruir gurda-chuva e uma chuvinha chaaaata que nao deu tregua.

Jah tinhamos feito algumas coisas pela cidade no sabado de manha, e jah estavamos ‘intimos’ da cidade.

 

 

 

Enquanto esperavamos a Johanna aparecer, fomos batendo perna pela cidade. Comecamos pelo Floyen, que eh um bondinho que vai pro alto da montanha, com uma vista espetacular da baia de Bergen. Obviamente, chegamos lah em cima e comecou a cair um temporal! E um vento que saia carregando tudo! Tentamos ficar lah em cima o maximo que podiamos, pra fazer valer os Krones que pagamos, mas nao deu…

 

Descemos e fomos caminhando pelo Byrggen ateh o castelo/Palacio Hakonshallen, demos uma voltinha no jardim, e voltamos pra Byrggen. Entramos em algumas lojinhas e descobrimos a melhor parte! As ruas entre as lojinhas! Cada beco saido direto do tunel do tempo! dava pra imaginar os Vikings chegando, destruindo tudo! Hahahahahah

 

 

 

Andamos mais um pouco e fomos subindo ateh a Igreja Johanneskirken, passando pelo bairro, que parecia ser o bairro universitario da cidade (Bergen tem uma das maiores e mais famosas universidades da Noruega).

 

Paramos pra descansar no lago Lungegardvam e entao meu celular toca! A Johanna tinha chegado, e fomos encontrar com ela. Depois de mais de 3 anos sem nos ver, foi uma emocao! A verdade eh que eu nunca levei fe nas promessas de amizade eterna que rolaram na despedida de Madrid e encarei o ‘tchau’, como tchau mesmo; entao cada vez que reencontro algum dos meus amigos, cada vez que alguem vem me visitar eh aquele emocao, um milagre!

Passamos o resto da tarde toda sentados num cafe batendo papo, relembrando os causos de Espanha, as viagens, as confusoes… E fazendo planos pro futuro! Porque a Johanna esta se mudando pra Londres!! Eba!

Adriana Miller
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27 Aug 2008
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Fjordes

Dicas de Viagens, Fjordes, Noruega

Esse passeio da “Norway in a Nutshell” pode ser feito em um unico dia, pra quem estiver com pressa (imagino que fica bem corrido), mas como era fim de semana prolongado, preferimos passar a noite em alguma cidadezinha perdida e seguir a viagem no dia seguinte.

Entao no domingo, antes de pegar o barco no inicio da tarde, tinhamos a manha toda pra explorar a regiao, e resolvemos fazer umas trilhas. O tempo estava otimo, a paisagem deslumbrante, e o ar puro estava tao puro, que tava ateh dando uma onda…

 

 

 

 

 

Seguimos a estradinha que vai beirando o mar e liga Aurland a Volda. A trilha completa, ida e volta duraria umas 2 horas, as resolvemos fazer com bastante calma, tirando muitas fotos, etc, alem de que nao estavamos preparados pra fazer trilha (sabiamos que essa era parte da programacao, mas por algum motivo cosmico nenhum dos dois lembrou de levar nada… sapatos, roupas, etc. Nada!).

 

 

 

Entao lah fomos nos, com jah algumas dezenas de fotos na maquina. A medida que iamos nos afastando de Aurland, tinhamos uma visao diferente do Fjorde, que ia dando forma a “rachadura”. Uma outra coisa muito caracteristica dessa regiao sao as cachoeiras. Alem de varios rios e nascentes, tem tambem as cachoeiras que sao causadas pelo desgelo dos galciares e da neve no periodo de primavera e verao. E entao sao ‘riachos’ que vao secando a medida que o verao vai avancando, ateh que a neve derrete toda, o rio seca, e soh renasce outra vez na primavera seguinte.

Entao nossa ‘dica’ da trilha era isso, achar a cachoeira de Volda, que talvez ainda estivesse lah. Mas talvez nao. Achamos um riachinho beeeem fraquinho, jah nas ultimas do verao e subimos a floresta. Um cheiro de pinheiro delicioso no ar! E as frutas?! Eu tinha lido no guia que essa regiao tem um solo especialmente propicio para frutas e ‘berries’, mas nao imaginava que era tanto! me segurei pra nao sair catando umas macas, peras e morangos ‘organicos’ pelo caminho… mas sei lah se aquilo ali era de alguem, certo? E vimos tambem muitos cogumelos, daqueles enooooormes que eu achava que soh existiam em desenho animado de fadas! Vermelhos com bolinhas amarelas, que voce podia jurar que um Smurf ou um duende iam sair dali a qualquer momento!

E de repente a trilha acaba! Num portao! E uma familia inteira almocando no jardim… Uma senhora veio abria o portao pra gente, e nos deixou passar por dentro de sua casa, nos indicando o caminho certo pra voltar pra Aurland.

 

 

 

Almocamos no unico restaurante aberto da cidade e comemos o hamburger mais caro do planeta terra, e ateh que enfim o barco chegou!

Demos mole de ter deixado pra pegar o barco em Aurland, e nao Flam, pois quando entramos, jah estava lotado! mas demos sorte de comecar a conversar com dois casais de Ingleses que nos ‘encaixaram’ na frente do barco, com vista privilegiada!

O passeio de barco em si durou apenas 2 horas, mas foi simplesmente fenomenal. Tanto eu quanto o Aaron somos nerds assumidos e adoramos assistir aqueles programas sobre o ‘planeta terra’ no National Geographic ou na BBC e ficamos viajando imaginando o Dr Iain Stewart narrando e explicando o ‘fenomeno’ da crosta terrestre rachando e formando os Fjordes! The Power of the Earth!!! Com um mega sotaque escoces…

 

 

Pelo caminho, cada curva era um cenario completamente diferente. Por um lado, vc jura que esta navegando um rio (me lembrou muito o passeio no Rio Rhine na Alemanha), mas nao rola aquela ‘erosao’ tipica de leitos de rio, e sim uns precipicios mega dramaticos, uma agua cristalina, e uma profundidade assustadora! Cada vez que chegavamos perto do ‘leito’ dava pra ver o quanto aquilo lah eh fundo!

 

 

 

E muitas, muitas cachoeiras pelo caminho. E as cidades perdida no meio do nada? Sem estradas, sem conexao com o mundo. Ficamos pensando: como aquelas pessoas foram parar lah? Algumas delas existem desde 1200 e pouco, e literalmente algum viking estava remando pelo Fjorde, viu um pedaco de terra dando mole e se assentou por lah. E ali sua familia permanece ha 800 anos. Em algumas dessas ‘cidades’ contamos 5 casas, 3 casas, 6 casas… Completamente isolados do mundo!

 

O passeio terminou em Gudvangen, onde um onibus nos esperava para nos levar de volta a Voss. A estradinha que liga essas duas cidades tem apenas 20 Km, mas eh TAO ingreme e tem TANTAS curvas que demorou mais de 1 hora! E alem disso, so esta aberta durente os meses de verao, pois eh muito perigosa durante o inverno.

Em Voss, pegamos o trem de volta para Bergen!

Ah! As fotos estao AQUI

 

Adriana Miller
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