26 Mar 2012
14 comentários

Rocky Mountain National Park

Colorado, Dicas de Viagens, USA

Na manhã de sábado antes do casamento que fomos em Estes Park o noivo organizou um programa anti-nervosismo: juntou seus padrinhos e amigos mais próximos e organizou um passeio e snowshoeing pelas trilhas (soterradas de neve) do Parque Nacional Rocky Mountain!

Eu não sabia exatamente oque esperar, mas quando ele nos convidou pra ir junto, eu sabia que provavelmente iria adorar! Então fizemos nossas malas preparados com roupas de neve e ski, e o pessoal do Mary’s Lodge nos ajudou a pesquisar sobre as trilhas e alugar os snowshoes!

Mas oque é snowshoeing?! É um esporte de inverno onde se usa um sapato especial, específico para caminha e fazer trilhas na neve.

Sabe quando nos desenhos animados os personagens amarram uma raquete de tênis nos pés e saem andando na neve? Então, é exatamente isso!

Só que na vida real não usamos raquetes, e sim os tais dos sapatos de neve, que são estruturas de plástico com “garras” na sola, que aumentam a tracção no gelo e por difundirem seu peso numa area maior que seu pé, eles diminuem a pressão feita na neve fofa, e assim impedem que você afunde até os joelhos (ou queixo, dependendo do quão profunda esteja a neve!) #AulaDeFísica

 

A maioria dos parques nacionais nos EUA fecham – totalmente ou parcialmente, depende do parque – durante o inverno, mas o parque Rocky Mountains, por ser no meio do Colorado e ter um perfil bem específico de esportes de inverno, fica aberto o ano todo, mas é importante saber onde você vai dentro do parque, se manter nas trilhas assenhaladas e manter todas as regras gerais de segurança.

E no inverno todos esses cuidados ficam ainda mais importantes, pois se você se perder, terá que lidar não só com os (muitos) animais selvagens dos parques, mas também com a neve de metros de altura e temperaturas (muito) abaixo de neve.

Nós não tivemos muito tempo de explorar o parque a fundo, afinal foram apenas algumas horas, mas o lugar realmente é lindo!

E fomos seguindo as instruções da trilha até chegar na entrada do Bear Lake Trail, que é uma das trilhas que ficam abertas durante o inverno (pois todos os lagos do caminho congelam 100% e portanto são super seguros) e que é perfeita para praticar snowshoeing!

E como foi divertido! E pra quem não sabe, ou tem medo de esquiar, o snowshoeing são outros 500, pois vocês apenas anda o tempo todo na neve.

Não tem que controlar velocidade, nem curvas nem inclinação enquanto se equilibra nos esquis. Tudo bem que os primeiros passos são meio de “pato” porque você tem que se acostumar a andar sem entrelaçar os sapatos, mas depois que você pega o jeito, fica facílimo e você nem percebe!

E porque a sola da plataforma tem umas garras, você se sente sempre seguro na neve, sem levar escorregões nem aquele sensação de que você vai cair a qualquer momento, mesmo em subidas e decidas.

 

E claro, pra mim, o que valeu mesmo foram as fotos e a paisagem!

Que lugar lindo!

Uma coisa assim meio Narnia com paisagem de cartão de Natal! Os pinheiros são altíssimos, todos cobertos de neve, e a neve super fofinha e profunda!

Confesso que fiquei meio com medo de cruzar os lagos, mas foi frescura mesmo – o difícil foi enfrentar o vento violento que batia assim que começávamos a caminhar nas planices (os lagos congelados), pois sem as arvores nos protegendo, o vento encanado do alto da montanha vinha carregado de neve em (quela neve sequíssima do Colorado, tão diferente de Londres!) que não só se infiltrava em todos os buraquinhos da roupa, mas ainda vinha arranhando a pele sem dó!

Apesar do super frio que pegamos, como estávamos nos exercitando o tempo todo não sentimos frio (na verdade morri de calor, mas tinha que manter o cachecol enrolado no rosto por causa do vento e da neve cortante), mas é super importante não só usar snowshoes apropriados pra neve que você vai pegar (e de acordo com sua altura e peso – afinal as leis da física não mentem, e você não quer ficar atolado na neve, quer?!), e com roupas especificas para neve e muito vento.

Eu adorei a experiência e agora queremos achar alguma lugar aqui pela Europa pra fazer snowshoeing no próximo inverno!

 

Adriana Miller
14 comentários
07 May 2008
5 comentários

Os Alpes

Dicas de Viagens, Suica, Zermatt

No domingo foi nosso dia aventureiro. Sabiamos que nao estavamos indo para lah para esquiar, nem “relaxar” e sim para fazer algunas atividades, trilhas, escaladas, etc.
Entao domingo acordamos cedo e jah fomos direto pras montanhas.


Antes, soh um adendo… na verdade a preparacao para essa trilha comecou na sexta feira, cedissimo da manha quando faziamos a mala antes de ir pro trabalho…
Estavamos sentados no chao do escritorio (onde ficam nossos armarios) e comecamos a ver previsao de tempo e tal, e oque precisavamos levar. Ai o Aaron comeca: nao esquece sua  bota de trilhas, sua meia termica, sua calca de neve, seu casaco de Gore-Tex, sua blusas de sei lah oque, e bla bla bla. Varios apetrechos que nao fazem parte nem do meu vocabulario, e muito menos do meu guarda roupa. Jah fiz varias trilhas, caminhas, e campamentos na vida, mas todos envolviam floresta, mato, praia, e nao materiais termicos a pro d’agua!
Quando respondi que nao tinha nada daquilo, ele ficou boquiaberto! Como assim vc NAO tem snow pants?!?!? Com aquele olhar de “oque-ha-de-errado-com-voce”. Ue, nao tendo. Nunca tive, nem nunca precisei. Eu achei tao engracado o fato dele ter ficado espantado por nao ter calca para caminhada na neve, que soh de raiva abri minha ultima gaveta do armario e comecei a puxar minha colecao de biquines, cangas e havaianas, perfeitamente coordenadas!

E ai eu perguntei: Porque eu nao tenho snow pants? Quantas sungas/shorts/bermudas de praia voce tem? Quantos chinelos? Quantas vezes jah foi a praia na vida?
E comecamos a rir da situacao! Ele cercado de roupas de frio e botas de ski, e eu coberta por biquines e cangas!


Mas voltando a viagem.


Resultado, depois dialogo acima de sexta feira, me convenci da necessidade de comprar hiking boots, jah que estava na promocao, e de fato seria impraticavel fazer qualquer tipo de trilha usando minha bota Ugg… jah bastava estar usando as roupas dele, que cabiam umas 3 de mim dento de cada perna da calca de Gore-Tex!


E lah fomos nos… varias camadas de roupas, bota e meia especial, mochila com frutas e nozes, agua, mapa, filtro solar (que ele achou que nao ia precisar e virou um camarao, OBVIO!), etc, etc, etc.
A trilha que queriamos fazer ainda estava fechada pela neve, entao tivemos que fazer uma que eh mais curta (em quilometragem), mas mais difícil (em elevacao e latitude).


Fomos caminando no meio do mato de Zermatt ateh Rafellap, que tem um total de 5 kilometros e elevamos 600 metros de altitude. Comecou tudo bem, no meio dos pinheiros, aquele cheio de ar FRESCO, a vista das montanhas…


 Ai a coisa comecou a apertar, a ficar super ingreme, cheio de gelo no chao (mega escorregadio!), o ar rarefeito. Nos concentramos na paisagem e continuamos… mas nao dava para conversar e muito menos lembrar de tirar fotos!
Mas que vista maravillosa!


 E como estamos na entre safra de estacoes, a trilha era soh nossa! O dia todo soh cruzamos com 3 pessoas no nosso caminho! Vimos varias marmotas de neve, mountain goats, esquilos, passaros cou-cou (eu achava que eles soh existiam dentro do relogio cou-cou!), veados etc.


 Pelo caminho tambem  cruzamos varios vilarejos e chalets fechados na entre-safra, aquela coisa bem conto de fadas… um chaletzinho na montanha coberto de neve…


 Volta e meia paravamos para descansar, beber agua, admirar a paisagem e tirar fotos.
Quando chegamos em Riffelap, achamos que tinha sido muito facil e resolvemos seguir a trilha, a pesar de fechada.


 Obviamente nao foi boa ideia, a neve foi ficando mais acirrada, o vento tirando pedacos, e a cada paco nossa perna enterrava ateh o joelho na neve… Nos convencemos que a trilha estava fechada por um motivo, demos meia volta e pegamos o trenzinho ateh o alto da montanha, para Gornegrat.


 Lah em cima stava um frio do caramba, e logo que chegamos o tempo deu uma fechada. Depois de sentar no quantinho e que vimos oquanto estavamos cansados!
Mas mesmo assim sentamos na varandinha, bebendo cha, admirando a paisagem, esquentando no sol.


 Lah em cima fica o observatorio do Matterhorn, e o shopping mais alto da Europa (cof-cof, porque o “shopping” tinha apenas 4 lojas e todas vendendo chocolate, panelas de fondue, relogios e canivetes suicos…).


Mais algunas trocentas fotos depois, pegamos o trem e voltamos para Zermatt.

Adriana Miller
5 comentários
06 May 2008
15 comentários

Zermatt

Dicas de Viagens, Suica, Zermatt


 

Antes do Aaron escalar o Matterhorn em 2006, eu achava que nunca tinha ouvido falar nessa montanha, que eh uma das mais altas da cordilheira dos Alpes (dividida entra a Suica e a Italia).


 Mal sabia eu, que na verdade o Matterhorn eh simbolo de quase tudo que eh “tipico” da Suica.. Toblerone, Caran D’Ache, Lindt e por ai vai… Quanto mais vi fotos, mas reconhecia.


 

Quando decidimos passar o feriado na Suica, estavamos em duvida entre Zermatt (base do Matterhorn) ou Chamonix (base do Mont Blanc), e acabamos indo para Zermatt por ser muito mais “autentico” (na verdade Chamonix jah eh na Franca).
 

O voo foi via Genebra, e foi super tranquilo. Eu soh dou azar quando viajo sozinha… heheheheh. O unico porem foi o hotel MEGA chumbrega que eu arrumei perto do aeroporto, onde queriamos passar a noite antes de pegar o trem para Zermatt no dia seguinte. No mapa, o hotel era colado no aeroporto, oque era verdade, mas tinhamos que passar pela fronteira da Franca, oque foi um saco, e fez com que a corrida do traxi ficasse exorbitante. O hotel fedia que dava doh, mas foi super barato, tinha banheiro no quarto e televisao, entao reclamamos pouco.

 

 

Sabado de manha seguimos rumo aos Alpes. A viagem de 3 horas foi MA-RA-VI-LHO-SA! Eu perdi um pouco a nocao nas fotos, e parece ateh um filminho do trajeto. Breathtaking no minimo… parte da viagem foi circulando a margen do lago Geneva, aquela imensidao de agua com os alpes no fundo. Pastos verdinhos, vinhedos, vaquinhas e carneirinhos. O trajeto final foi subindo a montanha, no Glacier Express, que a cada curva era uma vista mais bonita que a outra.


 

Nosso hotel era bem central (Hotel Elite), mas chegamos lah e nao tinhamos reserva, porque o Aaron, frenéticamente procurando um bom deal na Internet, reservou o mesmo hotel, mas em outra cidade!!! Resultado, pagamos hotel em dobro!

Na confusao do hotel, perdemos boa parte do dia, e nao teriamos tempo de fazer nada especial no sabado. Demos uma voltinha pela cidade (tarefa cumprida em 20 minutos) e resolvemos pegar o bondinho e ir pro Glaciar Paradise, que eh a plataforma de observacao mais alta da Europa.


 A epoca nao poderia ser melhor. Nao estava mais aquela loucura da alta temporada de Ski, ainda nao comecou a alta temporada de verao, entao a cidade era praticamente toda nossa… Nao estava frio de matar, mas ainda estava tudo cheio de neve, soh para dar mais charme aos Alpes…


 Lah em cima, o ar eh super rarefeito, chega a dar tonteira nos primeiros minutos, ateh vc se acostumar (mais ou menos) com a altitude, e o silencio eh quase que ensurdecedor. Nao conseguia acreditar na paz do lugar…

 

Estavamos lah em cima com um outro casal (nos revesamos para tirar fotos!), mas depois eles foram embora, e ficamos soh nos… parecia o fim do mundo… soh o barulho do vento e do gelo rachando no sol…
 

Descemos um nivel na montanha, e paramos no meio da uma estacao de ski. Pedimos um cha e ficamos o resto da tarde toda sentados no terraco, admirando a paisagem, vendo as pessoas esquiando, e esperando ansiosamente que a unica nuvem saia da frente do Matterhorn. A vista eh tao impresionante, mas TAO impresionante que nem parece real…

 


 Dah para ver pelas zilhoes de fotos que eu estava enlouqiecida, neh?


 Alem disso, a claridade lah em cima eh tao grande (por causa do reflexo na neve) que nao dah para ver nada, e nao conseguiamos ver se as fotos estavam boa ou nao… entao cada fotos era “tira outra, soh por via das duvidas… vai que essa nao sai boa?!”.
 

Ficamos lah em cima ateh fechar, e anunciarem o utlimo bondinho de vota.
O resto da noite passamos num restaurante Suico, comendo Linguica de vitelo com batata rosti, bebendo vinho, e planejando a caminhada do dia seguinte.

 

 

 


Adriana Miller
15 comentários