17 Jun 2013
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Londres com crianças: Transporte e locomoção, pubs e dia a dia

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Esse ainda não vai ser um post com dicas de coisas a fazer em Londres com crianças, e sim um post de caráter mais, huum… prático.

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Volta e meia, quando eu posto alguma foto (lá no Instagram!) dos meus passeios por Londres com a Isabella, sempre me perguntam como é navegar a cidade com crianças pequenas e bebês de colo. Afinal, não é novidade pra ninguém que Londres é uma cidade onde se usa transporte público 99% das vezes, e como as condições de ruas, calçadas e transporte público varia bastante de país pra país, muitas vezes, famílias com crianças ainda em idade de andar de carrinho ficam na dúvida se Londres é um destino viável ou não.

Sem falar que sempre rola um mito (principalmente entre os Brasileiros) que a Europa não é muito amigável para famílias. Já vi muita gente comentando que Europa não é um lugar interessante para crianças (oi?!), que é tudo muito velho, apertado, difícil.

Realmente, se compararmos o conforto e facilidade de empurrar um carrinho de bebê pelos corredores de um outlet em Miami ou pelas calçadas estreitas de um vilarejo na Provence… mas por outro lado – no meu ponto de vista – nem sequer podemos comprar o nível de interssância pra família toda!

Mas enfim, não cabe a mim decidir nem debater qual o melhor destino de viagem para uma família. Mas e Londres? Dá pra visitar a cidade tranquilamente com crianças e bebês?

Bem, resumidamente, sim. Londres é uma cidade muito amiga de carrinhos de bebê e afins. Claro que como toda cidade centenária Europeia, muitas calçadas são estreitas com piso de pedrinhas, as portas são apertadas e no geral não ha muito espaço de sobra em lugar nenhum pra ninguém. Mas bastam alguns cuidados simples e muito bom senso pra conseguir curtir demais a cidade, mesmo com um bebê a tiracolo!

– Metrô

Incrível como eu nunca tinha parado pra reparar muito na acessibilidade das estações de metrô até uns meses atrás, quando estava gravida e me vi as voltas com a decisão sobre qual carrinho comprar.

Infelizmente 80% das estações de metrô de Londres não são 100% acessíveis (com elevador que conecta a rua com a plataforma), mas muitas delas pelo menos tem escadas rolantes, o que torna a viagem com carrinho de bebe mais viável.

Tudo bem que não é todo mundo que se sente confortável em subir e descer escadas rolantes com um carrinho de bebê, mas é uma questão de prática (a primeira vez fiquei até de perna bamba, hoje em dia tiro de letra!) e de se tomar certos cuidados, como por exemplo: mesmo com carrinho, tome cuidado pra não bloquear a passagem dos outros passageiros na escada rolante. A regrinha “invisível” das escadarias do metrô de Londres é “ande pela esquerda, pare na direita”. Logo, quanto mais compacto for seu carrinho, melhor! E sempre pela direita!

Já dentro dos vagões, quase todos tem um cantinho em cada vagão para cadeiras de roda, malas e carrinho de bebê, então não tenha cerimônia de pedir pras pessoas saírem do espaço preferencial para você estacionar seu “possante”. As únicas pessoas que tem mais prioridade que você e seu carrinho são cadeirantes, mas de resto – malas, sacolas ou pessoas em pé tem que se mover para você entrar. E no geral, os Londrinos são muito educados e ao ver um carrinho de bebê, logo logo saem da frente.

Mas não esqueça do bom senso – não adianta querer atochar seu carrinho dentro de um metrô no auge do horário do rush!

E para saber quais estações são acessíveis, basta consultar o mapa das linhas de metrô – as estações que tem o símbolo de cadeira de rodas, são 100% acessíveis, as outras não. (eles até disponibilizam um mapa com todas as estações “step free”, ou seja, sem degraus).

Então na dúvida, vá de ônibus…!

– Ônibus:

Mesmo conhecendo bem as estações de metrô de Londres, sempre me bate uma dúvida se a estação tal tem ou não escadas rolantes, ou se tem escadas rolantes ou elevadores entre uma linha e outra (para fazer as conexões e baldeações), então ultimamente eu tenho dado preferência aos ônibus da cidade!

Então eu planejo minha viagem usando o “Journey Planner” e consultando as opções de ônibus, que apesar de geralmente demorarem mais, pelo menos não terei que subir e descer escadas carregando um bebê, mais suas tralhas, mais o carrinho.

E o ônibus são SUPER fáceis pra quem está com carrinho – todos tem uma area reservada para cadeirantes e carrinhos de bebê, onde dá pra estacionar direitinho e deixar o carrinho bem trancado e seguro, sem ficar no meio da passagem das outras pessoas.

Assim como no metrô, essa area é preferencial, então não tenha cerimônia pra pedir pras pessoas tirarem suas malas, sacolas do caminho (mas na verdade – de maneira generalizada – as pessoas aqui tem um bom nível de “cimancól” e já saem numa boa quando veem um carrinho entrando.

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O único problema é que os ônibus só conseguem acomodar no máximo 2 ou 3 carrinhos de cada vez, então se o cantinho dos carrinhos já estiver lotado e você fizer sinal pra parar o ônibus, o motorista não vai parar pra você, a não ser que você concorde em fechar o carrinho e viajar com seu bebê no colo.

Mas isso não chega a ser um problema. Se o primeiro ônibus que passar estiver lotado, basta esperar pelo próximo. Ou então, vá de taxi!

– Táxi (Black Cab e mini cab):

A boa notícia é que todos os taxis Londrinos (os Balck Cabs pretinhos) são 100% acessíveis para cadeirantes, e portanto conseguem acomodar um carrinho de bebê numa boa – e são licenciados pra isso, então você não precisa tirar o bebê do carrinho, nem levar cadeirinha de carro (bebê conforto) etc, podendo até usar o cinto de segurança para cadeiras de roda pra segurar bem seu carrinho.

Já os mini cabs, que não passam de carros normais, como são serviços de pré reserva apenas, você já pode pedir o seu com uma cadeirinha pra bebê (como é o caso do motorista Brasileiro para translados e passeios em Londres) caso não queria levar a sua, ou então levar seu bebê num canguru preso a você.

Essa não é a situação ideal nem mais segura (canguru + cinto de segurança), mas num momento de emergência,  é bom saber que temos essa opção.

– Carro alugado:

Já se sua viagem envolver um carro alugado você deverá levar sua própria cadeirinha de carro, ou então solicitar uma cadeirinha de aluguel pra empresa de locação.

Carros de passeio no Reino Unido são terminantemente proibidos de levar bebês e crianças (até 12 anos se não me engano) sem cadeirinhas específicas pra idade e tamanho/peso da criança, portanto não esqueça de reservar a sua no momento da reserva de seu carro!

– Trens:

Mas na verdade a grande maioria das pessoas que viaja pelo Reino Unido vai de trem, que graças a deus, são super confortáveis pra bebê e crianças!

Assim como nos vagões do metrô, os trens também tem vagões especiais com áreas específicas para cadeirantes, carrinhos de bebe, ou malas e até mesmo bicicletas.

Na dúvida, basta procurar pelo símbolo na porta do vagão.

E uma vez lá dentro, durante sua viagem, todos os trens terão ao menos 1 vagão com banheiro (geralmente são vários) que apesar de não serem os mais limpos da face da terra (nem serem exclusivos para bebês, como no Eurostar!), pelo menos tem uma area mais reservada com fraldário, lixeirinha e pia, onde você pode trocar a fralda de seu bebê com calma e espaço.

(Aqui vale minha dica sobre os trocadores descartáveis – depois de usar é só jogar fora junto com a fralda!)

 

Mas e o resto?

Museus, lojas, pubs e restaurantes? Como amamentar? Trocar fralda?

De maneira geral,  os ambientes em Londres são feitos para famílias, e mesmo os que não são, os Ingleses são politicamente corretos e educados demais para ter a indelicadeza de impedir que uma mãe amamente em público ou troque a fralda de um bebê num banheiro sem fraldário.

Eu nunca senti nenhum tipo de hostilidade por aqui por amamentar em público – o que é uma prática muito incentivada e apoiada no UK me geral. Claro, ser discreta não faz mal a ninguém (até pelo seu próprio conforto) então bastava cobrir a Isabella com uma lenço, fraldinha ou então uma “tendinha” de amamentação (eu usei essa aqui e adorei!). Amamentei em pubs, restaurantes, bares, parques e praças. Se alguém se incomodou com isso, foram discretos e educados o suficiente para não me deixar inconfortável por isso.

Mas infelizmente nem todos os restaurantes, bares e pubs tem a infraestrutura necessária para bebês, e a maioria dos lugares, quando tem fraldário, por exemplo, ele esta no banheiro feminino (se bem que isso esta mudando, e hoje em dia eles se encontram no banheiro de cadeirantes, portanto tanto mães quanto pais podem trocar a fralda de seus bebês tranquilamente). Mas nada que jogo de cintura e uma pia espaçosa não resolvam!

(olha aí o trocador descartável de novo)

Porém uma coisa importante a notar é que nem todos os Pubs e restaurantes tem licença para ter crianças em suas premissas depois de uma certa hora (por causa da venda de bebidas alcoólicas), então sempre mencione em sua reserva que um dos membros de sua família é menor de idade.

Geralmente durante o dia isso não tem problema nenhum, mas já fomos avisados, ao entrar num pub por exemplo, que teríamos que sair antes das 18:00 pois eles não tinham permissão para crianças depois desse horário.

Se isso acontecer, não se sinta ofendido (licenciamento para bebidas alcoólicas no Reino Unido é um assunto complicado e muito fiscalizado) – basta trocar de lugar, ou aproveitar o horário do almoço pra conhecer os restaurantes mais badaladinhos da cidade!

E como os melhores roteiros para passeios em Londres foram feitos para serem explorados a pé, coloque seu bebê no carrinho e seja feliz pelas ruas Londrinas!

Adriana Miller
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24 May 2013
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Viajando – SOZINHA! – de avião com um bebê

Avião, Dicas (Praticas!) de Viagem, Dicas de Viagens, Viajando com crianças

Além das dicas e experiências que já dei no post sobre como viajar de avião com bebês, eu acabei adaptando algumas coisas para os voos que fiz sozinha com a Isabella (ida e volta da nossa viagem pro Brasil – 11 horas de voo em cada perna!).

A viagem em si não muda muito nem piora… apenas alguns aspectos se tornam mais complexos sem ter mais alguém pra dividir as tarefas de cuidar de um bebê por várias horas seguidas em um ambiente confinado!

– Reserva e escolha de assento:

O básico ainda vale, mas depois de viajar duas vezes com o Aaron do meu lado, me dei conta que a melhor opção seria um assento de corredor (eu SÓ viajo na janela! É mania… mas tive que dar o braço a torcer…).

Porque mesmo nas fileiras frontais, que tem mais espaço pra perna e tal, quando o berço esta posicionado não sobra espaço pra quem estiver na janela/meio sair de sua poltrona, pois as pernas ficam trancadas em baixo da “bandeja”.

Então quando você esta sentada do lado de alguém que conhece, não tem problema pedir pra pessoa se levantar no meio do filme (ou do sono!) pra você conseguir trocar a fralda do seu bebê, mas se vocie tiver que pular o colo de um estranho, a coisa já complica!

Então estando no assento do corredor o seu acesso fica mais livre pra ir ao banheiro, passear pelos corredores se o bebê estiver entediado, caso precise pegar alguma coisa da mala de mão no bagageiro e afins…

– Peça e aceite ajuda!

Eu e o Aaron fizemos a piadinha de que viajar com filhos é como voltar a ser mochileiro: quem já mochilou sozinho sabe numa viagem dessas basta ver outra pessoa com uma mochila nas costas pra virar seu melhor amigo! As mochilas se atraem, vocês trocam dicas de viagem, de albergues, racham o taxi, saem pra passear juntos. Todos unidos pela “doutrina” da mochilagem.

E viajar com bebês é exatamente igual! Bebês, crianças e famílias se atraem!

A anos que não batia tanto papo com tantos estranhos na minha vida! Todos querem saber a idade do seu bebe, se é sua primeira viagem, para onde vai, e sempre tem alguma dica proveitosa!

Na ida pra Denver conhecemos uma mãe viajando sozinha com uma bebe de 9 meses, e acabamos ficando melhores amigos dela!

Claro que você tem que tomar certos cuidados (eu que não vou deixar a Isabella no colo de um estranho no meio do aeroporto!), mas uma vez dentro do avião (que convenhamos, mesmo alguém com a pior das intenções não tem pra onde fugir!) eu pedi e aceitei ajuda sem pudor!

Pedi pra comissária segurar a Isabella enquanto fui ao banheiro, pedi pro passageiro do meu lado colocar minha mala de mão no bagageiro e o que mais precisei!

Lógico que sempre rola algum mau-humorado que te olha de cara feia quando vê um bebê no avião (#EraDessas), mas no geral eu me surpreendi com o quanto as pessoas são super simpáticas com pais e mães viajando com crianças pequenas! Afinal, quem resiste a um sorriso banguela?!?!

– Praticidade!

Eu já fico pra morrer quando vejo #LookDoDia emperequetados em aeroportos (viagem longa tem que ser confortável minha gente!!!), mas com um bebê então nem se fala!

Calça e sapatos confortáveis, para horas sentada numa poltrona apertada (e potencialmente com alguém no seu colo!) e que sejam fácil de trocar.

Não tivemos nenhum acidente com minhas roupas, mas só por precaução fui com calça + regata + uma blusa por cima. A regata por baixo foi simplesmente para que eu pudesse trocar de roupa sem ter que ir ao banheiro caso precisasse trocar alguma coisa.

Afinal, e principalmente viajando sozinha com a Isabella, se ela vomitasse ou tivesse uma fralda explosiva em mim, com que eu a deixaria enquanto vou tranquilamente no banheiro me trocar? Pois é…

Uma coisa é pedir pro desconhecido da poltrona ao lado ficar de olho nela enquanto ela esta de bom humor e sorridente, mas se a coitadinha começasse a vomitar e passar mal, não dava né?!

Outro aspecto que tive que ser bem pragmática foi com minha bolsa de mão.

Assim como falei no outro post sobre viagem com bebês, levei uma bolsa de fralda mais a mala de mão com ítens extras, mas eu sempre fui super fã de viajar com uma super bolsa de mão comigo!

Mas nos voos em que estava sozinha isso mudou… Senti falta de muita coisa, mas nada que não conseguisse sobreviver algumas horinhas (e numa emergência, esses itens estavam todos na mala de mão no bagageiro!).

Então comigo estava apenas uma bolsinha pequena (e com fecho de ziper que eu pudesse abrir e fechar com uma mão só!) com um porta cartões, passaportes, celular, fone de ouvido, protetor labial e lençø de papel. E só. De peso nos ombros já bastou meu pacotinho de 6 quilos!

Equipamento:

Achei super cômodo levar o carrinho até a porto do avião, porém nos voos sem o Aaron, despachei a mala junto com a bagagem, numa tentativa de diminuir a quantidade de tralha a carregar.

Como a Isabella ainda é novinha, ela foi confortavelmente no canguru, e eu fiquei com as mãos livres!

Se seu bebê já for maiorzinho, talvez valha a pena ficar com o carrinho, pra evitar ter que carregar uma criança de muitos quilos nos braços aeroporto afora!

– Entretenimento a bordo:

O voo de ida pro Brasil foi durante o dia e minha principal preocupação era como entreter a Isabella durante o dia sem uma pessoa a mais pra fazer caretas, cantar musiquinhas e pegar no colo…?!?!

E isso sem dúvida foi a parte mais difícil!!

Os voos noturnos foram uma beleza, como se ela nem sequer estivesse lá comigo – em todos eles, dormiu antes de embarcar e só acordou depois de pousar!

Mas nos voos diurnos, ao contrário do que esperava, ela ficou muito mais alerta que o normal (achei que ela fosse dormir bastante por causa do barulho e movimento, mas não!), o que me causou muitas rugas de expressão de tanto fazer caretas, caras e bocas pra ela, chacoalhar o mesmo bonequinho preferido gazilhões de vezes, e depois de ser vencida pelo cansaço, colocar ela de frente pro iPad com alguma cosia passando (ela ainda é muito novinha pra assistir TV, desenhos e tal, então só tinha Downton Abbey no iPad! Hahahah! mas ela gosta mesmo é da claridade da tela!). Se seu bebê já assiste alguma coisa, tenha seus desenhos ou filmes preferidos a mão!

 

De maneira geral voar sozinha com a Isabella foi muito mais fácil e tranquilo do que imiginava, e bastou um pouquinho a mais de preparação para que não passássemos por apertos!

 

Adriana Miller
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22 May 2013
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TV Everywhere: Atriz revelação!

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Como a muito tempo eu não postava um vídeo de nossas viagens por aqui, e muita gente vem me pedindo mais vídeos com a Isabella, então aqui esta!

Na verdade fizemos esse vídeo pra família, para que todos pudessem se lembrar da nossa visita, além que ficar registrado essa fase tão deliciosa da Bella!

A musica, “Garota de Ipanema”, que escolheu foi o Aaron, e mais estereotipa impossível… mas vocês deram sorte, porque a musica original que ele queria era a “Ai se eu te Pego”!! HAHHAHA

httpv://youtu.be/c5xOkWSpxVc

Edição: Final Cut Pro

Câmera: Cannon 5D Mark III

 

Adriana Miller
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