16 Apr 2011
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Fui Assim: Cidade do Cabo

Africa do Sul, África, Beauty Everywhere, Cidade do Cabo, Fui Assim

Semana passada eu aproveitei uma viagem a trabalho para a Africa do Sul (Johanesburgo) e fui passar o fim de semana na Cidade do Cabo.

Eu dei muita sorte com o tempo, que estava com muito sol e um clima delicioso de cerca de 30 graus… O problema é que eu peguei uma super gripe com direito a febre, garganta inflamada e tudo mais. Então apesar do clima veraneio-beira-de-praia da Cidade do Cabo, eu me vesti pro clima invernal!

E isso sem falar que venta MUITO por la e mesmo com o sol a pino, o vento mantem o termometro com uma sensação termica mais baixa (muito cuidado com o sol, pra não se queimar demais!).

Entao eu fui assim:

Jaqueta: Zara

Lenço: Louis Vuitton

Jeans: Seven

Sapatilha: Zara

Bolsa: Longchamps

Oculos: Miu Miu

(Se eu não estivesse doente, acho que umas 3 camadas a menos de roupa teriam sido suficiente… mas sempre leve uma jaqueta de tecido mais leve e/ou um cachecol pra te protejer do vento impiedoso!)

Adriana Miller
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15 Apr 2011
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Cape Point – A Penisula do Cabo

Africa do Sul, Dicas de Viagens, Penisula do Cabo

Quando resolvi extender a viagem da Africa do Sul para pasar o fim de semana na Cidade do Cabo, eu tinha uma unica intencao: chegar a Penisula do Cabo!
Oque conseguisse ver na Cidade do Cabo seria lucro, mas meu sonho sempre foi mesmo conhecer o Cabo da Boa Esperança.

Pra começar porque duvido que exista no mundo um descendente de Portugueses (ou que como no meu caso, tambem passou muitos anos da infancia estudando em escolas Portuguesas) que nao tenha ouvido todos os causos dos descobrimento, lido e relido o “Auto da Barca do Inferno” (de Gil Vicente, uma dos meu livros preferidos!) e ouvido tantas vezes falar sobre a superioridade e soberania dos bravos navegadores Portugas! :-)

Alem de claro, ser uma apaixonada por historia e geografia e tenho verdadeiro fascinio por qualquer ponto no planeta Terra que junte esses dois fatores!

Entao o passeio a Penisula do Cabo foi logo o primeiro tour que eu marquei, ja pra sábado de manha – pra não correr o risco do tempo virar, se alguma coisa acontecesse poderia ser remarcado pra domngo etc. Mas mal sabia eu que estaria TÃO doente e que chegaria a considerar cancelar tudo na ultima hora!

Mas mesmo assim sabado de manha me arrumei cedinho, cedinho (nao sei se foi a febre, mas mal consegui dormir de tanta animação! Acordava de hora em hora pra verificar que o despertador ainda estava funcionando! Igual criança na vespera do passeio escolar!) e me arrastei pra recepção do albergue. Assim que o guia chegou ele me olhou de cima a baixo e recomendou que eu trocasse de roupa: estava um sol de lascar e cerca de 30 graus naquele sol Africano – e eu de calca jeans, blusa de la, jaqueta e cachecol, com as mãos nos bolsos tremendo de frio!

Mas seguimos viagem e rapidinho saimos de Cape Town – mas não antes de ter um gostinho da cidade, com suas ruas arborizadas e a Table Mountain soberana dominando a paisagem!

A primeira parada do dia, seguindo na direcao sul da cidade, foi em Hout Bay, uma micro cidade portuaria onde funciona um mercado de peixes e um mercadinho de artesanato turistico, e de onde saem os passeios para a Ilha das focas (Seal Island). O pessoal que estava no meu grupo embarcou diretamente num barquinho de pescadores pra ver as focas, mas eu estava tão mal, que preferi dispensar o passeio e fiquei pelo porto mesmo – aproveitei pra tirar muitas fotos e comprar meu enfeite de natal!

A Hout Bay eh um cantinho na rota de Chapman’s Peak que tem uma vista di-vi-na da baia! E deu ate pra ver as focas se amontuando nas pedras da ilha lá longe!

O guia do passeio, uma Capetonian chamado Alexi era super simpatico e teve toda paciencia do mundo em ir me explicando os minimos detalhes do caminho que estavamos fazendo – e contou por exemplo, que aquele trajeto de Chapman’s Drive fica fechada grande parte do ano, por causa do meu tempo (principalmente ventos fortissimos na regiao do Cabo) que já causou grandes acidentes, onde o vento arrastou pedregulhos dos barrancos que destruiram carros inteiros! Entao pelo caminho tambem vimos os “inspetores” da estrada que ficam pra cima e pra baixo medindo o vento e as condicoes do solo!

Mas o caminho é impressionante, e seria uma pena não poder passar por aquele trajeto da estrada! Outra coisa bem legal que ele ia contando pra gente era sobre as praias, e cada vez que passavamos por uma praia ele nos mostrava os pontos de “observacao de tubarao” e as bandeiras usadas pelos salvavidas pra se comunicarem entre si em caso dos tubaroes (que por la tem muitos!) chegarem muito perto da praia!

A segunda parada do dia foi a praia/parque de conservacao de Boulders, onde fica uma colonia de Pinguins Antarticos que se instalaram na costa da Africa do Sul ha muito tempo atras!

Que coisinhas mais fofas! A praia propriamente dita é fechada, para proteção dos pinguins (e humanos, ja que pinguins são aparentemente bastante agressivos!), mas podemos andar entre os pinguins atravez de plataformas entre as pedras e a areia.

Dei sorte de ter pego uma epoca do ano de “procriação” e a praia estava cheia de bebes! E cheia de outros tantos pinguins chocando ovos! (e alguns momentos “National Geographic”…)

Eles são tão engracadinhos! Foi hipnotizante ficar olhando os pinguins sandando de um lado pro outro na praia, chocando seus ovos, cuidando de seus bebes… e entender um pouco mais sobre como eh a vida desses animais tao diferentes!

Duas coisas que eu aprendi em Boulders: que os Pinguins Sul Africanos sao a 3ª menor raca de Pinguins do mundo (o Pinguin Imperador da Antartica são os maiores) e amaior causa de morte de pinguins é…. Frio! Eu não fazia a menor ideia que Penguin morre (literalmente) de frio! E todos os anos quando a Africa do Sul temuns dias de frente fria extrema, varios membros da colonia não sobrevivem, então o governo tem criado uma estrutura artificial na praia de Boulders pra ajudar os Penguis a se preotegerem melhor do meio ambiente.


Outro grupo de animais que nos entreteram pelo caminho foram os Babuinos, que são abundantes nessa região sul do Cabo e sao o horror da população! Os Babuinos andam livremente pelas ruas, jardins e estradas, mas são bastante violentos e perigosos – são atraidos por comida e identificam humanos como “fonte”. Volta e meia a sociedade protetora dos Babuinos mata algum “lider” que se tornou muito violento (por onde o grupo ia, um grupo de “guardas” ia sempre por perto, pra garantir que eles não são atacados nem alimentados por humanos, mas que tambem não estão atancando nada nem ninguem). Eles aprenderam a abrir a portas das casas, arrombar porta de carros, onibus turistico, etc…


Dai pra frente, rapidinho chegamos no Reserva Natural da Ponta do Cabo (Cape Point Nature Reserve) onde fica o farol do Cabo e o Cabo da Boa Esperanca – regiao tambem conhecida como Cabo das Tormentas.

Geograficamente eh ali que o Oceano Atlantico se junta/divide com o Ocieano Indico – mas segundo o guia, essa divisão eh cientificamente debativel, já que a maré é muito influenciada pelo tempo e vento na região.

E eu, pessoalmente cheguei a conclusao que eh ali em Cape Point que o vento finalmente faz a curva!!
Eu sempre ouvi falar que o vento naquelas bandas era mesmo fatal, e a grande causa da má fama das “Tormentas” era mais por causa do vendo do que do mar, mas nunca imaginei que fosse tanto!

A van em que estavamos sacudia toda na estrada e era quase impossivel sair do carro sem a sensação que seriamos levados pelo vendaval! Mas mesmo assim, um pessoal do grupo resolveu sair andando pelo parque com bicicletas alugadas – eu fiquei na van com o guia, porque aquele vendaval não combinava muito bem com garganta inflamada!

E então presenciei uma das cenas mais assustadoras: a medida que iamos descendo a estrada, viramos uma curva e o vento ficou pior ainda. Vimos que um pessoal bem na nossa frente estava sendo carregados pelo vento, e alguns deles pararam e desceram da bicicleta – mas uma das meninas não conseguiu parar e descer da bicicleta a tempo, e o vento simplesmente a jogou longe! Ela perdeu o controle do guidon e das rodas e caiu de frente, de cara nas pedras – quebrando o braco esquerdo e dois dentes!!!
Foi aquele caos! Todo mundo tentando ajudar, mas sem saber oque fazer, a menina sangrando e em estado de choque, o celular do guia que não funcionava para alertar os segurancas do parque e o vento que nao dava treguas!

Finalmente, naquele caos sem saber oque fazer, por sorte passou um carro que parou pra nos ajudar (estavamos eu, o guia e mais 2 meninas) e um deles era medico – ele fez uma exame rapido, soh pra garantir que ela não tinha quebrado nada serio, e nos ajudou a leva-la de volta pra van – e então dirigimos pra entrada do parque, onde conseguimos chamar uma ambulancia pra ela!

E nessas horas tudo muda de perspectiva, e como comentei no outro post, eu me dei conta de como eu era sortuda de ter “apenas” febre e dor de garganta, e não um acidente feio que tivesse estragado as ferias dos meus sonhos! Ela era da Nova Zelandia, e não parava de chorar e repetir que sou sonho era fazer um Safari, que por favor ela tinha que conseguir chegar no Safari no dia seguinte!

Como nosso grupo estava completamente separado (no total demoramos quase 2 horas entre o acidente e os paramedicos a levarem na ambulancia), voltamos pro parque pra achar o resto do grupo, explicar oque aconteceu, garantir que o resto do grupo estava seguro, e seguir viagem!

Por azar, nesse meio tempo da confusão o tempo virou, e uma unica nuvem tomou conta da paisagem (nós temos a expressão “onde o vento faz a curva”, e o guia me disse que na Africa do Sul aquela região eh conhecida como a “fábrica de nuvens”, pois o tempo vira e as nuvens se formam como passe de magica) que nos impediu de ver o Farol de Cape Point!

Mas mesmo assim peguei o funicular que vai ate la em cima (ou entao pode-se subir a pena, pela trilha) na esperanca de conseguir “ver” a divisão dos Oceanos…


Quando o sol comecou a baixar, o pessoal pegou a trilha que vai do farol ao Cabo da Boa Esperança, mas eu fui de carro com o guia, e pelo caminho vimos um grupo de Avestruzes, mais Babuinos, Dassies (um bichinho que parece um super coelho, mas que na verdade, geneticamente sao descendentes dos elefantes!) e uma cobra gigantesca!!

E quando finalmente chgamos la em baixo…. que sonho!!! O Cabo da Boa Esperança!

Eu fiquei mesmo, mesmo, muito emocionada!

O guia foi se encontrar com o resto do pessoal na trilha e eu fiquei ali sozinha, com o Cabo todo soh pra mim!

Fiquei ali sentada no ponto mais ao sul do continente Africano refletindo sobre oque eu devo ter feito de muito bom na vida pra merecer aquilo tudo?! Para merecer o privilegio que ver um lugar daqueles?!

Sim estava doente, sim estava me sentindo um lixo, mas nada disso importou quando me deparei com a placa do Cape of Good Hope em pleno por do sol!

Os carros com turistas iam chegando e saindo, e eu soh saia de frente da placa pra ir deixando outras pessoas tirarem fotos…
Eu adoro essa sensacao de estar num lugar “geografico”, me imaginar no mapa! Naquele momento eu sabia exatamente onde estava no mundo, e só tinha eu ali!

Por sorte lembrei de levar meu tripe portatil na viagem, e fiz a festa nas fotos! Que gripada oque!! Valeu demais a pena o tanto que me senti mal, mas consegui chegar e realizar um grande sonho na minha vida!

Mas antes do sol baixar completamente, o resto do grupo chegou da trilha, e mais algumas milhares de fotos depois, seguimos viagem de volta a Cidade do Cabo!


Esse passeio nao da pra ser feito de maneira “independente” sem uma tour (a não ser pra quem aluga carro e tem coragem de dirigir nas estradas com aquela ventania), então minha viagem foi feita com a agencia “Day Trippers“, que eu reservei diretamente atravez do albergue que estava hospedada em Cape Town. O passeio durou o dia todo mesmo, e o Alexi, nosso guia foi sensacional, e mesmo no momento de emergencia e acidente, ele se mostrou super bem preparado e conseguiu administrar bem a situação. Entao sem duvida alguma, super recomendo a empresa!

 

Adriana Miller
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14 Apr 2011
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Sandton City

Africa do Sul, Dicas de Viagens, Johanesburgo

 Sandton City, como mencionei em outros posts, eh considerado o maior shopping da Africa, e o orgulho dos Jobur-guenses.

Mas essa “cidade” eh mais que um shopping, pois funciona como o coracao do bairro “pre fabricado” de Sandton.

Eh um complexo comercial que integra 2 shoppings diferentes (um bem pequeno, mais “boutique” com entrada na Nelson Mandela Square, e outro mais “popular”), escritorios, muitos bancos, uns 3 ou 4 hoteis alem de muitas opcoes de restaurantes e entretenimento. Sem duvida alguma, a melhor area pra se hospedar em Johannesburg.

Quando comparam Johanesburgo com Sao Paulo, eu consigo nitidamente ver o porque… Ambas cidades sao centros financeiros de seus respectivos paises, sem grandes atrativos turisticos, porem porta de entrada do pais, e por tanto nao me admirou muito que Johanesburgo tambem tenha como centro social, um centro comercial. (Inclua aqui o cinismo de uma Carioca falando sobre SP…)

Numa cidade onde eh praticamente proibido andar na rua, o Sandton City eh um oasis!

Sua “pracinha” principal, a Nelson Mandela Square passa uma sensacao de cidade “normal”, um espaco a ceu aberto, onde familias e criancas andam despreocupadamente, e com muitas opcoes de restaurantes, bares, cinema, livrarias, etc.

Por isso gostei de ficar hospedade nessa regaio, pois fica facil sair da “bolha” do seu hotel, e entrar diretamente na “bolha” no Sandton City, e se sentir um pouquinho livre e independente.

Mas sobre o shopping propriamente dito, lamento informar que fiquei bem decepcionada, e acho que pode ser ainda mais decepcionante para Brasileiros que cheguem em Jo’burg com esperanca de precos mais baixos e paraiso de compras.

Achei os precos bem padrao Europa (que em se tratando de shopping, eh mais barato que Brasil, mas eu nao achei nada super barato nem que valesse a pena), mas principalmente porque eh um shopping “local”, sem lojas nem marcas internacionais nem reconheciveis, com um estilo local bem especifico e com a moda um tanto quanto “atrasada” (engracao que eu assisti um programa na TV sobre isso, e um carinha “fashion” reclamando de por estarem no hemisferio sul, e terem as estacoes invertidas em relacao aos EUA e Europa, a moda Sul Africana esta sempre correndo atras do prejuizo e oque vai se usar no inverno desse ano – de Maio a Setembro – eh oque a Europa usou ano passado. “Problema” esse que eh a mesma reclamacao que vemos em revistas, sites e blogs de moda Brasileiros).

A Africa do Sul tem um grande problema a ser superado, que eh a reabertura de seu comercio ao embargo comercial que o pais sofreu durante as muitas decadas de Apartheid.

Entao ate meados/final da decada de 90 a Africa do Sul nao importava, produzia nem vendia marcas internacionais (em produtos que variam entre pasta de dente Colgate a calca jeans Levis), e por causa disso eles desenvolveram um mercado interno bem forte.

Portanto isso se reflete no shopping e nas lojas tambem, pois sao todas locais, e sem grandes apelativos para estrangeiros (pelo menos pra mim…).

Tirando a parte “boutique” do shopping (que tem umas 10 lojas e entre elas uma Louis Vuitton, Fendi, Bally’s, Cartier, etc) eu reconheci uma unica loja no shopping todo (uma micro Mango, vendendo pecas de colecoes antigas), e mais umas tantas multi marcas cobrando fortunas por pecas de lojas como J Crew e Banana Republic (que sao relativamente baratinhas nos EUA).

Entao eu me senti como eu acho que um gringo se sentira num shopping Brasileiro: lojas e marcas que nao reconheci (e portanto nao me atrairam muito), um “estilo” local bem especifico, estacoes invertidas (que pra Brasileiros seria vantajoso, pois ambos os paises estao no hemisferio sul e portanto com as estacoes “atrasadas”) e precos relativamente altos para o padrao local.

Mas entao nada vale a pena?!

Eu nao achei que as lojas de roupas e sapatos e afins nao me atrairam em nada (mas isso eh bastante pessoal neh?), lojas de eletronicos com precos altos e modelos atrasados, mas em compensacao fiquei babando nas lojas de joias e coisas para casa e decoracao!

Entao Johanesburgo e a Africa do Sul definitivamente nao sao um destino para “compras”, mas tenho certeza que os/as shopaholics com certeza achariam alguma coisa interessante!

Adriana Miller
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