03 Nov 2010
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Las Vegas de antigamente

Dicas de Viagens, Las Vegas, USA

Apesar de todo glitz & glamour dos hoteis e casinos chiques e luxuosos da Strip, sabe uma das coisas que eu realmente mais gostei? A parte antiga da cidade, conhecida como Freemont Street.

Se Las Vegas eh a cidade que vemos hoje, atraindo milhoes de turistas, com casinos bilhonarios e luzes de neon, tudo isso eh resultado da Las Vegas que comecou a decadas nessa regiao, o antigo downtown da cidade.

Era ali que Elvis de apresentava, que Frank Sinatra cantava na beira do bar, Mae West fez suas primeiras aparicoes e onde os grandes nomes da era Old Hollywood se encontravam, espantando de vez o periodo depressivo do pos guerra.

Nos ultimos anos a regiao passou por uma super repaginada, mas em vez de modernizarem tudo, a prefeitura de Las Vegas fez o oposto, e recolocaram varios de seus antigos letreiros luminosos da decada de 50, reformaram as fachadas dos hoteis de volta ao que eram ha decadas atrás e em vez de renegar suas origens e seu passado tentando forcar uma modernizada, aproveitaram a oportunidade para dar um novo ar de glamur antigo.

Eh verdade que ate alguns poucos anos atrás pessear pelo downtown de Vegas era inimaginavel – a area era cercada por predios caindo aos pedacos, lojas abandonadas e dilapidadas, habitado por pedantes, prostitutas e mafiosos.

Mas depois da criacao do “Freemont Street Experience” a area voltou a atraia tantos turistas quanto varias outras atracoes na cidade. Eh verdade que nao eh muito recomendavel se afastar demais das ruas principias, mas a verdade eh que eu achei super divertido jogar nos casinos old school!

Para comecar que rola menos pose, entao voce nao precisa se preocupar demais em saber ou nao saber jogar (nos outros casinos percebi que rolava uma camaradagem nas mesas de jogos, e no geral as pessoas nao gostam muito de inexperientes que azaravam a mesa toda – ja que um jogador sempre afeta o outro), e segundo que as apostas iniciais sao bem baixas, entao o prejuizo do processo de aprender a jogar eh bem menor!

E a pesar de ainda ter toda aquel aura decadente de Vegas, gostei bastante dessa parte da cidade justamente por sua autenticidade! Tudo bem que a contribuicao que a Freemont Street teve para a cultura da humanidade nao se compara ao Renacentismo, mas nao dah para negar que muitos dos super hoteis e casinos, cruzeiros, parques de diversao, etc que vemos hoje em dia espalhados pelo mundo, sao oque sao gracas a Freemont Street!

Outra coisa na parte antiga da cidade que conseguimos fazer e eu achei muito, muito legal, foi ver a placa de “boas vindas” antiga da cidade, que fica beeeeem ao sul da Strip!

Chegar la e facil, mas eh difícil! Dificil, porque nao eh andavel… soh se chega ate la de carro, mas eh facil pois a corrida de taxi leva menos de 10 minutos e custa cerca de 15 dolares (ida e volta! Lembre-se de pedir pro seu taxi esperar que voce tire as fotos e volte! A placa fica no meio do nada, literalmente entre duas auto-estradas e nao passa nenhum transporte publico nem taxis por ali).

E alem disso tem os hoteis mais antigos da Strip – os primeirões a abrirem suas portas numa area isolada e completamente nova da cidade, eque acabaram laçando uma nova maneira de recriar Las Vegas.

O pioneiro foi o Circus Circus, que não só foi o primeiro a construir um hotel na Strip, mas tambem foi o primeiro a criar o conceito de casino “familiar” já que tinha (tem) uma tematica meio infantil – as mães e as crianças ficavam brincando no parquinho e no circo permanente (Cirque du Soleil, anyone?!) enquanto os pais torravam o dinheiro no casino (afinal, eram os anos 60, certo?).

Depois vieram os outros, como o Flamingo, Imperial Palace, Harrahs, Tropicana etc, etc e cada nova decada trouxa uma nova leva de casinos (que continua até hoje!) e novas “tendencias” no entretenimento de Vegas.

Essa leva de casinos/hoteis da “velha guarda” podem até nao ser tão bonitos, novinhos, modernos e tals em comparação com todos os outros da Strip, mas tem todo um charme particular, e principalmente é a maior diversão ficar praticando “people watching” naquele mar de Americanos ultra estereotipados (nunca vi tanto chapeu de cowboy sob o mesmo teto que no harrahs!)!

Adriana Miller
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