05 Jul 2017
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Vistos, caos e o tal do Trump…

Pessoal, Pittsburgh, USA, Washington DC

Esse blog já existe ha mais de 13 anos, e uma coisa nunca mudou: esse é meu diário digital onde registro os principais causos da vida.

Muita coisa mudou na vida inernetica nos últimos anos, e a realidade é que as mídias sociais hoje em dia ganham maior foco nos acontecimentos e interações do dia a dia.

Mas umas semanas atras eu passei por um sufoco, e apesar de ter relatado os acontecimentos nas mídias sociais (me acompanhe no Instagram e InstaStories), uma leitora das antigas me lembrou: “Não esqueça de escrever sobre isso no blog! mais uma historia de perrengue para ser registrada para a posteridade!“.

E não é que ela tem toda razão! Então lá vai!

Bem, pra começar pelo principio, como muitos de vocês sabem eu tenho dupla nacionalidade (Portuguesa), e como Europeia, não preciso de visto para viajar aos EUA – basta se registar no programa ESTA a cada dois anos, pagar a taxa (14 dólares), e tudo certo. Venho seguindo esse processo desde 2002, e nunca tive problemas.

Meu ultimo ESTA foi feito em Junho de 2015, uns dias antes de viajarmos para Las Vegas, então no fim de semana que estava em Paris, recebi uma mensagem automática avisando que meu ESTA tinha expirado – e ate ai tudo bem. Ainda faltavam mais duas semanas ate a próxima viagem aos EUA, então assim que cheguei em casa, logo na segunda feira de manha, entrei no site para renovar meu registro.

Porem, logo na última seção do ESTA reparei umas perguntas novas – e uma delas incluía a pergunta de se que já tinha visitado certos países do Oriente Médio (que coincidem com a lista do “Muslim Ban” do Trump), incluindo a Síria.

Bateu um certo panico, pois sim, eu já fui a Síria. Passei apenas 1 dia por la – mas tenho carimbos no passaporte, posts e fotos nas redes sociais e o escambau.

A parir dai foi aquela correria! Estava em casa com o Oliver e ligando e mandando mensagens freneticamente pro Aaron!

E a pergunta era bem especifica: Você já esteve na Síria depois de Março de 2011? Corre pra catar os posts no blog. Mas sera que eu postei na época da viagem? Ou só postei sobre a Síria bem depois?! E as fotos? E meu passaporte antigo? Ainda tenho ou tive que deixar no consulado?!

Acabou que sim. Estive na Síria no começo de março de 2011, então tive que ticar a caixinha da pergunta… Imediatamente apareceu uma mensagem de “ATENÇÃO” na tela, e aquilo não me soou a boa coisa.

Mas mesmo assim completei o formulário, paguei a taxa, e sabia que tinha ate 72 horas para saber se meu ESTA tinha sido aprovado ou nao.

Mas eu sabia que tinha caído na malha fina, e naquela altura, não tinha tempo útil suficiente para esperar o prazo inteiro… Então uma meia hora depois voltei ao site do ESTA para conferir o status, e la estava: ESTA negado. Sem mais nem menos.

Então imaginem a situação! Com marido e 2 filhos Americanos, com a família toda morando la, se eu não pudesse mais entrar nos EUA seria uma pequena tragedia para nossa família!

E toca a catar informações no Google, Aaron ligando para o suporte a Americanos da embaixada de Londres, e os dois desesperadamente tentando descobrir se eu realmente estava sendo banida do pais, ou se teria alguma outra solução. Ate que descobri que sim, eu perdi meu direito a isenção de visto do programa ESTA, mas poderia aplicar para um visto normal (tipo B).

Então preenchi o formulário on line, paguei a dolorosa taxa de 160 dólares e descobri que teria que ir a uma entrevista presencial na embaixada, antes que eles pudessem aprovar ou não meu pedido de visto.

Mas ai apareceu um outro problema: nossa viagem era no dia 13 de Junho, e a primeira entrevista disponível na Embaixada de Londres era no dia 20 de Junho!

E da-lha a clicar num link aqui, outro link acola, ligar pra embaixada Americana, Google, foruns e tudo mais que apareceu na minha frente. Ate que descobri que por ser residente do Reino Unido, poderia fazer a entrevista no consulado de Belfast, na Irlanda do Norte (que faz parte do reino).

Ótimo nê? O único problema é que o único horário disponível era no dia seguinte, as 8 e pouco da manha. Se perdesse aquele, ai só no final de Junho de novo (e perderia a viagem).

Para complicar mais ainda, o Aaron estava indisponível, numa reunião. Mas no reflexo, marquei assim mesmo e dane-se! A gente se vira!

Comprei um voo para Belfast e marquei um hotel em Belfast – mas ai começou a segunda maratona contra o tempo: com o Aaron trabalhando o dia todo, quem ficaria com o Oliver durante o dia?! (eu ainda estava de licença maternidade, e portanto ele ainda não estava indo a escolinha). A baba só podia num dia pela manha, a babysitter de backup não podia, a outra também não, e outra só podia na parte da tarde.

Eu sei que parece que eu estou fazendo uma tempestade em copo d’agua, mas gente, foi muita coisa pra fazer, pensar, planejar e coordenar em questões de minutos!

Mas ok, conseguimos organizar a logística das crianças, o Aaron cancelou umas coisas de trabalho para conseguir coordenar tudo em casa, e la fui eu pra Irlanda, assim, no susto!

Pedi ajuda no instagram e vários leitores me deram dicas sobre o que levar, quais documentações a embaixada costuma pedir, e quais perguntas geralmente fazem nas entrevistas de visto. Então cheguei no consulado Irlandês com bastante antecedência e levei minha pastinha recheada de coisas e documentos para provar que eu passei apenas 1 dia na Síria, não tenho nada a ver com a guerra, e estava na região a trabalho, que por acaso era para um empresa Americana com escritórios em todo Oriente Médio.

E olha, confesso que estava bem nervosa viu! Nunca tive problemas antes, mas sei la nê? Sempre acho que as autoridades Americanas são muito intimidantes, e no fundo, por mais que não quisesse perder a viagem que íamos fazer dai a alguns dias, meu medo maior era mesmo de cair numa malha fina qualquer, não conseguir provar que fuçinho de porco não é tomada, e não conseguir mais entrar no pais do meu marido e filhos!

Mas…. UFA!

A entrevista foi relativamente simples, mas me perguntaram MUITO sobre a Síria e o Oriente Médio, o que eu fazia, porque gerenciava aquela região do mundo, pediram pra ver e-mails corporativos que provassem as reuniões que eu disse que tinha ido participar (gracas a Deus consegui achar isso tudo, imprimi e levei!), e me perguntaram a mesma coisa varias vezes, de maneiras diferentes – bem para testar se eu estava mesmo dizendo a verdade ou não.

Mas correu tudo bem, e na mesma hora a atendente do consulado me disse que o visto tinha sido aprovado e que seria estampado no meu passaporte no dia seguinte.

Mas isso já era quarta feira, o visto ficaria pronto na quinta feira. Me deram a opção de pagar um upgrade na entrega (não em relação as datas de entrega, mas para ser entregue em casa, em vez de ter que ir buscar na embaixada em Londres).

Voltei pra casa e foi aquela tensão esperando o momento que iria receber a mensagem do frete avisando que meu passaporte tinha sido enviado – o que não aconteceu ate sexta feira a tarde! E nossa viagem era na terça feira seguinte as 9 da manha (ou seja, eu estava com menos de 2 dias uteis para receber o passaporte!).

Foi uma tal de dar refresh no site do frete para ver se tinha alguma atualização, e nada. Sábado de manha não me aguentei e liguei pra eles.

Mas ainda assim, meu tracking estava aparecendo no sistema, mas sem nenhum status nem update. Ou seja, já estava despachado com a empresa de entrega, mas o sistema ainda não estava indicando onde estaria meu passaporte.

Domingo acordei e primeira cosia que fiz foi ligar de novo – novo status no sistema: esta no depósito central, com entrega prevista para terça feira!

NÃAAAAOOOO Meu voo era na terça de manhã!!

Ligamos pro seguro, ligamos pra cia aérea, e não tínhamos como mudar o voo sem pagar uma bela multa e levar um belo prejuízo (basicamente teria que comprar um novo voo). Mas mesmo assim eu liguei para outro numero que achei no site da empresa do frete e consegui falar com uma menina muito prestativa: na verdade ela não tinha como me ajudar, mas disse que ia colocar um aviso no código de rastreamento do meu passaporte, e me deu o numero direto do deposito da região de Londres, e me aconselhou a ligar as 7 da manha na segunda feira, assim que eles abrem. Se meu passaporte tivesse sido transferido para o deposito de Londres durante a tarde de domingo, eu poderia ir la buscar, em vez de esperar pela entrega na terça feira.

Então na segunda feira as 7:01 da manha, eu já estava ouvindo a musiquinha de espera do call center da empresa!

E tcha-ram! Meu passaporte já estava com o motorista e a previsão de entrega era naquele mesmo dia (segunda feira!).

Ainda assim liguei para mais dois números diferentes da mesma empresa (obrigada Google!), só pra conferir que tinham me dado a informação certa, até que finalmente consegui convencer uma atendente a ligar para o motorista e confirmar que ele vinha entregar mesmo naquele dia (pois eu tinha um prazo para conseguir minimizar a multa do voo).

E olha, vou te dizer viu?! Quando eu quero ser chata e insistente, sai da minha frente! E não é que consegui falar com o motorista e ele confirmou que estaria na minha casa entre as 4 e 5 da tarde!

MARAVILHA!!!!!

O único problema é que eu tinha que levar a Isabella numa reunião na sua escolinha nova as 3:30 da tarde (não tinha como cancelar), e como moro numa casa, e não tenho mais porteiro, ele precisaria de alguém em casa para assinar o recebimento do pacote!

Então o Aaron cancelou suas reuniões na parte da tarde e veio pra casa mais cedo pra ficar no plantão passaporte, enquanto levei a Isabella na escola.

E finalmente as 4:30 da tarde meu passaporte chegou!! O Aaron tirou ate um selfie com o motorista e lhe deu uma bela gorjeta!! Hahahahaha

Geeeeente que estresse!!!

E ai corre pra fazer minha mala, ligar pra locadora do carro e trocar por um carro maior (pois a principio o Aaron ia viajar sozinho com as crianças, minha sogra ia encontrar com ele em Washington, e eles iam dirigir ate Pittsburgh; então ao adicionar mais um adulto, precisamos de um carro maior), e resolvemos reinstaurar um parte do plano original e passar duas noites em Washington DC, para minimizar as horas de viagem das criancas.

Mas quando começou essa confusão toda, na semana anterior, nos cancelamos as reservas de AirBnB que tínhamos feito, e claro que os mesmos apartamentos que pesquisei, não estavam mais disponíveis!

Mas o Booking.com nos salvou e consegui um outro apartamento de ultima hora!

Quando finalmente tudo ficou pronto, reservado, malas feitas etc e fomos dormir, ja passavam das 2 da manha! E as 5:30 tocou meu despertador, e as 6 o taxi chegou para nos legar ao aeroporto!!

Heim? Heim? Se essa não é a definição exata de “47 do segundo tempo”, então eu nem sei mais o que seria!!

E afinal, o que seria da vida sem um pouco de emoção, né?!

Mas ainda assim rolou o estresse da entrada no pais – afinal conseguir um visto na te da a garantia de que vao te deixar entrar em lugar nenhum!

Levei toooooooda documentação que me pediram na entrevista da embaixada separados numa pastinha, e ate tínhamos um “plano B” sobre o que o Aaron e minha sogra iam fazer com as crianças caso eu fosse levada para a salinha dos deportados para ser entrevistada separada deles!

Nunca se sabe, nê?!

E eu ainda fiz uma cena dramática na fila da imigração quando o pre-screening eletrônico deu negativo no meu passaporte e tivemos que entrar na fila especial (apesar de ser estrangeira e não ter green card nem nada disso pra entrar nos EUA, por ser casada com um Americano e mãe de dois Americanos, nós sempre entramos na fila de cidadãos mesmo, como “família” mesmo não sendo Americana, então geralmente passar na imigração na entrada dos EUA é super fácil e rápido pra mim).

Mas quando passamos na maquininha dos cidadãos e o meu passaporte não foi aprovado automaticamente, como sempre, o guardinha nos direcionou pra outra fila, e me bateu um pânico! Tirei o Oliver do carrinho e coloquei no canguru e entrei na fila de mão dada com a Isabella! Hhahahaha

Tá, foi uma dramalhão Mexicano (eu ficava falando pro Aaron que precisava estar “fisicamente” anexada a dois cidadãos! Que iam ter que arrancar meus filhos Americanos de mim! hahahah! E ele morria de rir da minha cara!), mas pelo menos a gente se divertiu na hora da tensão!

Mas foi tudo bem! O guardinha da policia federal/imigração só perguntou porque eu tinha um visto de turistas em vez de um ESTA, e quando eu respondi que meu ESTA foi negado por causa de uma viagem a Síria, ele só perguntou em que eu trabalhava e quanto tempo eu passei na Síria (mas isso tudo enquanto ele já estava tirando minhas impressões digitais e carimbando meu passaporte), e pronto. Mais nenhuma pergunta, nem nenhum estresse!

Eu ainda acho que se tivesse entrado sem eles, sem o resto da família, eu teria levado uma dura – mas sei la né? Por via das duvidas a “pastinha da Síria” já esta separada com meus documentos e pretendo levar em todas as viagens aos EUA!

Então agora tenho um visto de turista de 10 anos, então pelo menos não preciso me preocupar mais com isso por um bom tempo!

Se um dia poderei tirar o ESTA de novo?! Bem, não sei? Só se eles mudarem as regras novamente né?

Algumas perguntas que recebi no Instagram e InstaStories durante o processo:

  • Se você é casada com Americano, porque não tem o Green card?

Green Card é apenas o “apelido” do visto de residência. Como não sou nem nunca fui residente dos EUA, não pedi, nem quis, nem precisei de um Green Card. Casamento não me da acesso automático nenhum a visto nenhum.

  • Vocês são casados ha tanto tempo, porque não tem o passaporte Americano ainda?

Idem da resposta acima. Casamento não da acesso automático a visto nenhum e muito menos cidadania. Se um dia quisermos morar nos EUA, eu poderia pedir um visto de residencia (green card), e depois de (muitos) anos morando nos EUA poderia pedir a cidadania. É um processo longo e caro, e apenas ser casada não me da direito a nada automaticamente.

 

Obrigada pelo apoio moral e dicas que vocês me deram no Instagram durante esse sufoco!

E aqui está: mais um perrengue pra posteridade do blog!

Adriana Miller
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Nos Acompanhe!

Além de todas as dicas que eu posto aqui no blog, você também pode me acompanhar nas redes sociais para mais notícias “ao vivo”:

 

Adriana Miller
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10 Feb 2015
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TV Everywhere: Vlog #PerrengueEverywhere

Andorra, T.V. EveryWhere, Toulouse

Bem…. Acho que a ideia de gravar “Vlogs” em nossas viagens esta me trazendo uma onda de azar!

O que era pra ter sido um video sobre uma viagem a Andorra, acabou virando uma coletanea de videos meio aleatorios sobre o aperto que passamos nos Pirineus uns dias atras!

Fiquei na duvida se valia a pena postar o video ou nao, mas como problemas e imprevistos podem acontecer a qualquer momento e em qualquer viagem, entao porque nao ne?

No minimo voces podem aproveitar e rir da nossa situacao… :-)

E como surgiram bastante duvidas em relacao a como lidar com esse tipo de situacao la no Instagram e facebook, vou escrever alguns posts mais detalhados sobre isso, mas por enquanto, divirtam-se!

Creditos:

Camera: iPhone 6

Edicao: iMovie

Musica

Adriana Miller
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Adriana Miller
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06 Feb 2012
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Perrengue Congelado 2012

Vida na Inglaterra

Entre os muitos eventos que Londres proporciona anualmente a seus moradores e visitantes, o “snow day” tem se tornado cada vez mais frequente.

A parada é o seguinte: Londres não neva. Eu sei, é decepcionante pra quem se programa de visitar a cidade no inverno e acaba achando que frio = neve, e acabam se deparando com nada mais que dias escuros e chuvosos.

Porém, sempre neva em Londres! A diferença é que Londres geralmente tem UM unico dia de neve por ano (por inverno), e é sempre imprevisível saber quando será esse tal dia – já vi em Novembro, em Janeiro, em Março, agora foi em Fevereiro…).

Aí as pessoas comentam: “mas eu sempre ouço falar sobre a neve em Londres…”. E sabe porque vira noticia? Justamente porque nunca acontece, e quando finalmente neva, a cidade vira um CAOS!

Pois é, e na temporada de inverno 2011/2012, o tal dia de neve foi na noite de sabado pra domingo – e como era de se esperar, a “nevasca” foi imprevisível, e gerou o caos que já estamos acostumados!

Por acaso no sabado a noite, estava com um grupo de amigas no Leste de Londres – fomos a uma festa com uns amigos Espanhois, e o plano era, de lá, sair pelo centro de Londres.

A neve nos pegou de surpresa, mas como era bem pouquinha, não imaginamos que viria a ser um problema (além de que estavamos empolgados pra sair, e não ia ser uma nevizinha qualquer que ia atrapalhar nossos planos).

Papo vai, papo vem, quando finalmente resolvemos sair de casa, supresa: abrimos a porta e vimos tudo branquinho lá fora!

Mas estava longe de ser uma “nevasca”, e só nos demos conta de que o caos tinha de instaurado, quando ao ligar para todos as empresas de mini cab da vizinhança, descobrimos que taxi nenhum estava fazendo serviços!

Então toca todo mundo andar até a estação de metro a pé na neve – que ainda estava bem ralinha no chão.

Chagando na estação de Startford, tudo parecia normal e ainda não tínhamos desistido da balada no centro do Londres, até que, no segundo que entramos no trem da Jubilee line, as portas do metrô se reabriram, e o condutor anunciou que por causa da neve, todas as linhas de metrô estava suspensas!

Pânico! E agora, como voltamos pra casa?

Corre pra fila de taxis, e encontramos as ruas desertas. Corre pro ponto de onibus, e mais uma vez as ruas estavam as moscas…

Quando já estavamos imaginando que teríamos que mais uma vez passar a noite na neve (e foi com o mesmo grupo de amigas do “snow day” de 2009!).

Por fim, uma das minhas amigas, ligou pra uma outra amiga que morava pela redondeza e perguntou se podiamos nos abrigar na casa dela…! Que situação! Então por motivos de força maior tivemos que passar a noite acampados no chão do quarto de estranhos, com a esperança de que na manha de domingo as coisas estaríam voltando ao normal…

Eu sei que as pessoas ficam surpresas com esse tipo de situação em Londres – afinal como uma das maiores metropoles do mundo não tem infraestrutura pra lidar com a neve, e alguns míseros centimetros de neve no chão param completamente a cidade?!

Aí que eu volto a repetir: Porque em Londres não neva!

Então todo ano o governo repete a mesma história – não vale a pena investir alguns bilhões de Libras para equipar uma cidade gigantesca como Londres com tratores limpa neve, trocar os trilhos de trem, mudar a infraestrutura do metrô e afins, que serão utilizados apenas um único dia por ano.

Então nos anos em que a neve realmente se torna um problema (como ano passado por exemplo, já que esse ano a neve já derreteu e virou lama no dia seguinte), paciencia, e todo mundo tem que sentar em casa e esperar o caos passar.

Mas realmente não dá pra negar que neve é bontinha, e todo mundo comemora aqueles primeiros floquinhos que caem do ceu – que realment enão tem como ser bonito e hipnotizante!

Só que a realidade de ter que conviver com neve é muito diferente! Neve derrete e faz lama, deixa as calçadas, ruas e estradas perigosas e escorregadias, trens e metrôs atrasam sem explicação e a vida de todo mundo vira um caos!

Por sorte eu tenho a flexibilidade de trabalhar em casa, então hoje ainda nem tirei meu pijama – mas a media de atraso do pessoal do meu time hoje foi de mais de uma hora!

Então realmente neve é linda, mas apenas nas fotos dos outros, ou quando você pode ficar admirando de longe (ou brincando na neve!) no quentinho da sua casa!

E por isso, todo ano quando neve em Londres eu repito: Ainda bem que não neva em Londres!

 

Adriana Miller
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