05 Dec 2016
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Mercados de Natal na Europa – Revista Viagem & Turismo

Blog, Mercados de Natal, Midia

Quem me acompanha ha um tempinho sabe que eu adoro Natal – e em especial adoro a cultural natalina que rola na Europa nessa epoca do ano.

Eh a contrapartida pereita para balancear o clima feio e frio!

Entao todo ano eu planejo uma viagem rapidinha para visitar algum Mercado de Natal, e ja me considero semi-expert no assunto!

Adoro a decoracao, o ambiente, as comidas, bebidas… tudo! Ate mesmo o frio!

Entao esse ano a revista Viagem & Turismo me convidou a falar um pouco mais sobre meus mercados de Natal preferidos da Europa na edicao de Dezembro – ja nas bancas!

Para ler todas as minhas dicas sobre os mercados de Natal na Europa, clique aqui:

Para assistir todos os videos e vlogs sobre mercados de Natal, clique aqui:

Adriana Miller
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Adriana Miller
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20 Jun 2016
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Ilhas Faroe: é de comer ou de passar no cabelo??

Blog, Dicas de Viagens, Europa, Ilhas Faroe

O arquipelago das Ilhas Faroe sempre foram um pais que me fascinaram “de longe” – volta e meia eu ouvia falar sobe eles, mas no fundo sabia muito pouco sobre o pais e principalmente, não conhecia ninguém que já tivesse ido pra lá.

Pra falar a verdade, nunca parei pra prestar muita atenção, nem fazer nenhuma pesquisa que pudesse tornar uma viagem pra lá possível… A Europa (e o mundo!) tem muitos outros lugares interessantes a serem visitados, e foi justamente isso que fiz ao longo dos anos.

Porém, a cada novo pais Escandinavo que visitava, a vontade de conhecer os outros só aumentava! É uma região que acho fascinante, uma cultura incrível e lugares estonteantes.

Então, uns anos atras nos visitamos a Islândia: pronto, as Ilhas Faroe são comummente apelidadas de irma “caçula” da Islândia, e queríamos repetir a experiencia incrível que tivemos na Islândia num outro lugar que fosse diferente, mas ao mesmo tempo tão parecido!

Até que finalmente ano passado, quando estávamos analisando algumas opções para uma viagem de fim de verão, e levemente desesperada achando que não ia achar nenhum lugar com disponibilidade e preços pagáveis de ultima hora, eu resolvi, por que não, finalmente pesquisar sobre a Ilha.

Dai pra frente, nenhuma promessa de praia e calor no sul da Europa compensaria a experiencia, paisagens e singularidade de uma viagem pra lá!

Convencer o Aaron então, foi facílimo! Caminhadas, hikes, paisagens estonteantes e a promessa de fotos incríveis. Uma combinação perfeita!

As Ilhas Faroe são um pais autônomo, porem que ainda fazem parte da região administrativa da Dinamarca, apesar de sua independência pós Segunda Guerra Mundial: sua língua é diferente do Dinamarquês, sua moeda também é diferente, e eles ainda tem direito a participar do parlamento Dinamarquês, apesar de que a Dinamarca já não tem direitos nem poderes políticos sobre o pais. (mais ou menos como a mesma relação que o Reino Unido tem sobre a Canada e Austrália, porem os países são perfeitamente independentes, apesar de “reinados” pela Rainha da Inglaterra).

Mas é impossível negar sua raiz Escandinava e origem Dinamarquesa (e Norueguesa, já que eles também fizeram parte da Noruega por muitos seculos) – seja em seus costumes, os nativos, arquitetura ou culinária!

E uma das perguntas que mais respondemos foi: onde fica isso?!

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Faroe

Fácil: no Mar do Norte, entre o norte da Escócia e o sul da Islândia, ao oeste da Noruega.

O pais é composto por 18 Ilhas, sendo que menos de 10 delas são habitadas, e as 5 maiores (e centrais) são integralmente conectadas por pontes e tuneis sub-oceânicos (um feito arquitetônico incrível!), fazendo que com que o pais seja facilmente explorável.

As cidades principais podem ser contadas nos dedos (de 1 mão só!), e seus esparcos 48.000 habitantes se dividem principalmente entre a capital Torshavn na Ilha Streymoy, e a “capital do norte” Klaksvik, na ilha norte Bordoy.

O nome do pais é debatível, pois hoje em dia “Faroe” significa diferentes coisas em diferentes línguas escandinavas, mas historicamente, o nome vem da palavra “faer”, que significa “ovelha” no dialeto Norueguês arcaico – mas essa origem não poderia ser mais atual, pois é o que mais encontramos pela “ilha das ovelhas”!!

Infelizmente, muita gente conhece as Ilhas Faroe apenas por sua cultura polemica, e na época em que a visitamos, ate rolou uns bate-boca no meu Instagram, já que periodicamente a ilha ocupa as manchetes de jornal falando sobre a matança das baleias em suas baías.

Mas, não. Isso não me impediu de querer visitar o pais, muito pelo contrario. Acho que viajar é isso ai, é expandir nossos horizontes e entender como povos diferentes encontram diferentes maneiras para sobreviver.

Para os Faroeses, as Baleias são, até hoje, um de seus principais meios de subintendência, então imagina como não deveria ter sido para os primeiros Vikings e Nórdicos que se acomodaram por la há mais de mil anos atras?

Uma pais sem recursos naturais, com um clima impiedoso, sem capacidade natural para agricultura, e apesar da abundancia marítima ao redor da ilha, pode-se dizer que o “mar não esta pra peixe” durante muitos, e muitos meses por ano.

Então comprovando a teoria da “sobrevivência do mais forte”, eles logo descobriram que suas baias eram um bom refugio para baleias (que é um tipo bem especifico de baleias, que não estão em extinção nem em perigo), onde poderiam ser abatidas e garantiam a sobrevivência da população para o resto do ano; então ate hoje eles usam as baleias para tudo e por tudo: carne na alimentação, gordura para energia, pele para couro, ossos para construção, e por ai vai.

Não é que eu esteja fazendo apologia de abate de animal nenhum (inclusiva a da picanha que você curtiu no churrasco do fim de semana!), mas depois de ter conhecido o pais, eu passei a admirar demais sua força e resiliência mesmo num lugar e condições tao adversas!

No fim das contas, a viagem foi muito mais confortável eu fácil do que imaginávamos, e inclusive muito mais fácil e tranquila de ser explorada que a Islândia, mesmo com criança pequena (a Bella estava com 2 anos e 7 meses na época), com nível (semi) zero de perrengues!

Nos próximos posts virão as dicas praticas, os vídeos e o roteiro que fizemos durante os 5 dias que passamos por la!

Adriana Miller
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22 Oct 2015
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SAL: Trabalhar em Londres – Vou conseguir um emprego na minha área?

S.A.L., Trabalho, Vida na Inglaterra, Vida no Exterior

O “tema” das perguntas mais comuns que recebo aqui no blog geralmente variam de acordo com a situacao politica e economica do Brasil…

Mas de uns tempos pra ca comecei a perceber uma mudanca no perfil e “intencao” nos e-mails em relacao a se mudar, morar e trabalhar em Londres.

Antes rolava muito “to disposto a fazer qualquer coisa”, mas acho que com mais acesso a informacao, blogs e relatos sinceros e verdadeiros, e ate mesmo por me “conhecerem” atras do blog e midias sociais, os aspirantes a imigrantes tem se (e me) perguntado mais se “vale a pena” imigrar pra Europa e Inglaterra (cuja minha resposta e opiniao já virou post aqui oh), e mais recentemente tem aumentado as perguntas sobre o mitico “emprego na minha area”.

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Como quase todos os posts sobre o tema que aparecem aqui no SAL (Servico de Atendimento ao Leitor), vou comecar falando o obvio: não existe resposta certa, e eh impossivel eu te dar uma resposta certeira, que seja aquele empurrao final que voce estava precisando pra tomar coragem de largar tudo.

Muita gente quer aquele apoio psicologico, e uma passada de mao virtual na cabeca pra ter coragem de fazer uma coisa que sim, eh muito arriscada e assustadora!

E não, voces nunca vao me ver incentivando ninguem a fazer isso – já brinquei muitas vezes por aqui que imigracao eh coisa seria e “não facam isso em casa”, e a decisao e riscos são seus – nem deve ser um blog nem uma blogueira (eu, no caso) te dando resposta as quais eu obviamente não sei sobre uma decisao que deveria ser so sua.

Pra comecar com “minha area” – eu não conheco sua experiencia, provavelmente não conheco sua area ou industria de atuacao (tanto no Brasil quanto aqui na Europa) alem dos muitos outros fatores que separam um candidato de uma vaga: visto, formacao academica, experiencia relevante, fluencia na lingua, desenvoltura nas entrevistas, carisma, e principalmente – se destacar em processos de selecao onde voce estara concorrendo com os mehores candidatos do mundo.

Eu já escrevi um monte de posts com dicas de Recursos Humanos, entrevistas, cartas de apresentacao, etc, aqui oh!

Outra frase que já repeti bastante por aqui tambem eh: Londres eh a terra das oportunidades, mas tambem eh a terra da concorrencia, pois assim como eu, voce, e mais um monte de gente, todo mundo quer vir pra ca “passar um tempo trabalhando na minha area”.

Aqui a concorrencia eh contra um mercado infinitamente maior, cada candidato esta concorrendo contra um mundo de Britanicos, Europeus e gente do mundo todo com um bisavo Italiano ou uma avo Espanhola que te deu direito ao passaporte Europeu. (que sim, facilita, mas não eh garantia de absolutamente nada).

Entao minha gente, não, não eh facil.
Eh impossivel? Devo desistir de tudo agora?!
Não, tambem não eh assim. Eu consegui e muita gente tambem consegue!
Mas temos que ser realistas, certo?

E usando a mim mesma como exemplo: eu vim pra ca super nova, há mais de 10 anos atras. Já tinha uma boa formacao no Brasil, estudei na Espanha e já era fluente em Ingles. E sem falar que há 10 anos atras Londres era beeeem diferente. A concorrencia era diferente, uma epoca pre-recessao de 2009, pre midia social, pre boom da inernet.

E ainda assim, parando bem pra pensar, esse papo de “minha area” foi total furada pra mim!

Sou formada em Economia e trabalhva com financas no Rio. Fui pra Espanha estudar turismo e vim pra Londres achando que aqui eu conseguiria arrumar um bom emprego “na minha area” (turismo), e inclusive vim pra ca já com um estagio organizado pela Universidade de Madrid, onde fiz meu mestrado. Ou seja, tudo pra dar certo ne?

Pois eh, mas não foi bem assim. A falta de experiencia na area de formacao (turismo) e conhecimento e experiencia relevante no mercado (Inglaterra) fecharam todas as portas, e depois de algumas idas e vindas eu acabei caindo de para-quedas em Recursos Humanos.

RH agora eh a “minha area”, mas não eh exatamente o que eu tinha sonhado em fazer la atras, há 12 anos quando sai do Brasil.

Mas deu certo pois eu estava numa outra fase da vida, comeco de carreira em tudo mesmo, e no fundo, não me fazia a menor diferenca. Dei muita sorte de ter acabado numa area não planejada, mas que foi onde eu me encontrei e me realize profissionalmente.

Hoje em dia, esse papo seria beeeem diferente, e no mercado de hoje eu provavelmente não teria tido as oportunidades e experiencias que tive nesses quase 12 anos de vida na Europa.

Entao o moral da historia eh que por mais que eu tente ajudar, dar dicas, e escrever posts de “utilidade publica” respondendo perguntas mais comuns e frequentes, eh impossivel prever se voce vai conseguir um emprego na sua area em X meses e que pague X mil Libras (volta e meia eu recebo e-mail com valores exatos que a pessoa “precisa” ganhar pra manter o padrao de vida que tem no Brasil! Gente, por favor! Se “manter o padrao de vida do Brasil” eh tao importante pra voce, entao por favor, não vire imigrante na Europa!!).

Já ate me acusaram a ser “cabeca fechada”, mas não eh isso gente – eh ter responsabilidade, experiencia propria e anos de estrada.

Claro que meu ponto de vista tambem mudou. Hoje tenho uma familia e uma filha pequena, e afinal, estou 12 anos mais velha do que aqueles primeiros posts cheios de energia!

Já sei tudo que pode dar certo ou errado, ou quando a pessoa esta simplesmente se iludindo.

EU, hoje em dia, com trinta e tantos anos, marido e familia, com certeza absoluta não teria embarcado nas mudancas que fiz aos 20 poucos, livre, leve e solta. Não mesmo!

Com familia e filhos, ou voce já esta aqui e “cresceu aqui” como eu, ou entao fique onde estiver se nao estiver disposto a comecar do zero, arriscar e perder tudo…

Por exemplo, no outro dia recebi um comentario engracado: uma leitora pediu pra escrever sobre algumas adaptacoes da vida “aqui fora”, e como lido com coisas do dia a dia, como cuidar da casa, cuidar da minha filha “sem ajuda”, fazer supermercado e afins.
E essa pergunta me fez parar pra pensar… Eu simplesmente não tive que me “adaptar” a nada disso, pois “cresci”  e virei gente grande aqui, ou seja, a primeira vez que fiz supermercado sozinha, já foi aqui. A primeira vez que cuidei da casa foi aqui, a primeira vez que tive uma filha e tive que aprender a ser mae “sem ajuda” foi aqui.

Entao não tenho parametros de comparacao com a realidade de outras pessoas, e de pessoas que imigram pra outros paises e culturas em diferentes fases da vida, deixando outros estilos de vida pra tras, e com outras necessidades imediatas pra sobreviver e ser feliz (como por exemplo, o mitico “emprego na area”).

Ou seja, eh possivel conseguir um emprego na sua area profissional? Sim, claro.
Vai ser facil, e garantido que voce vai ter uma vida boa? Não, asolutamente não!

E infelizmente eu não tenho a resposta magica, entao cada um tem que saber e reconhecer sua propria disposicao a arriscar e aceitar que tudo pode dar errado.

E claro que a vida de imigrante pode ser maravilhosa (a minha eh!), mas uma boa dose de realidade tambem ajuda a manter as coisas no eixo!

 

Adriana Miller
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