25 Mar 2009
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SAL – Servico de Atendimento ao Leitor*

S.A.L.

* O titulo foi descaradamente “inspired” no blog da Flavia, mas achei a ideia legal, entao porque nao difuncdir a ideia, certo?

Vou comecar a serie de posts respondendo as perguntinhas que voces deixaram pra mim ha alguns dias atras. Confesso que fiquei um pouco chocada e nao espera receber tantas perguntas! mas algumas delas foram parecidas e/ou abrangem o memso tema, entao algumas perguntas serao respodidas em grupo. mas nao sei quanto tempo vou demorar pra conseguir responder tudo… E nem sequer sei por onde comecar… mas vou tentar!

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A maioria das perguntas, direta ou indiretamente, foram sobre relacionamentos Brasileira X estrangeiro, que eu jah imagino que vai criar polemica… E vou tentar responder tudo numa tacada soh, entao o post provavelmente, vai ficar longo demais… Sorry!

“Todo relacionamento entre um casal tem suas diferencas, sejam eles do mesmo pais ou nao. Eu me pergunto se uma “bobeira” no dia a dia nao pode se tornar um “problemao” no dia de amanha? O que acontece quando vc e o Aaron tem um “choque cultural”? Vc procura mostrar o seu lado, ou se adaptar ao dele?”

Sendo BEM sincera, isso nunca nos afetou. Em 3 anos de relacionamento nunca brigamos, e contamos os desentendimentos nos dedos (de um mao soh!). Independente do fator “cultural” ou de nossas “nacionalidades” somos ambos muitos flexiveis e tolerantes, e acho que o fato de que quando nos conhecemos ambos jah estavamos fora de nosso “habitat” a um certo tempo, adaptados a uma terceira cultura, entao os trejeitos e manias de nossos proprios paises jah estavam meio diluidos.

Acho que seria uma situacao totalmente diferente se ao comecar o relacionamento um dos dois estivesse se mudando pro pais do outro, juntando ao-mesmo-tempo-aqui-agora a adptacao de um relacionamento (pois jah moravamos juntos antes de casar) + uma cultura diferente.

Obviamente temos diferentes maneiras de pensar e de reagir a certas situacoes, mas nao vejo isso como um fator ligado a nossa nacionalidade, e sim de personalidade e preferencias pessoais. Porem nos dois somos 100% abertos a experimentar novas coisas, conhecer novas culturas e aprender coisas diferentes.

Nao saberia te dizer absolutamente nada que seja “americano” nele (ou “Brasileiro” em mim) que pudesse vir a ser motivo de briga e desentendimento, agora ou no futuro. Mas acho que isso esta mais influenciado por nossas proprias personalidades soque nacionalidades!

“Tem alguma coisa no relacionamento com um estrangeiro em que vc considera como negativo?”

A unica coisa que tem um certo impacto eh o fator “lingua”. Nao por mim, nem por ele, mas sei que nossos filhos terao dificuldade de aprender o portugues, coisa que faco questao absoluta! Porem como disse acima, o Aaron eh super flexivel e aberto a novas experiencias, e esta levando suas aulas de portugues super a serio! Infelizmente eh muito dificil aprender o portugues do zero, principalmente para alguem que nunca estudou uma segunda lingua na vida, e que nao tem como base as linguas latinas. Mas ele esta se esforcando, e adorando ter uma “lingua secreta” (que sempre usamos – ainda que precariamente – para nos comunicar em segredo!). A intencao eh que ele chegue num ponto semi-fluente daqui a alguns anos, e que quando nossos filhoes aprendam a falar, o Portugues sera a lingua da “casa”.

“Como o Aaron lida com o fato de vc viajar direto sozinha com as amigas, sair p/ balada, fazer couch surfing e etc… Ele aceita numa boa ou fica com um pouquinho de ciúmes?”

Ele adora, me dah total apoio e faz exatamente a mesma coisa com os amigos dele (coisa que eu tambem apoio totalmente!).

Eu parto do principio que ciumes nao eh prova de amor, e sim prova de inseguranca. Sou totalmente contra essa mentalidade latina de que as pessoas tem que ser cuimentas, passionais, escandalosas, etc. A maior prova de amor que alguem poderia me dar (e vice e versa) e a confianca total e absoluta, o respeito pela minha individualidade e ter a liberdade de fazer as cosias que eu gosto – com ele ou sozinha.

Por mais que a vida a dois seja um complemento, alma gemea, cara metade, e todas essas coisas eu tambem acredito na necessidade da individualidade, e no nao-anulamento pessoal. Nao tem nada pior (na minha visao da vida) doque um pessoa que acha que TEM que mudar soh porque esta namorando ou casada, e que tudo tem que ser feito a dois. Tem muitas coisas que eu gosto de fazer e ele nao (e vice versa) entao qual eh o preblema de fazermos certas coisas separados? Ou ainda que nao seja nada demais, como viajar e sair com os amigos. Porque tudo tem que ser sempre feito um grudado no outro.

Oque eh melhor? ter (e dar ou outro) a liberdade de fazer certas cosias sozinho(a), ou ter a “obrigacao” de fazer alguma cosia que nao gosto/nao quero soh porque somos um “casal”. Esse seria o tipo de coisa que geraria estresses e desgastes desnecessarios, entao guardamos os momentos a dois pra fazer as cosias que realmente apreciamos juntos.

Obviamente nao podmeos fazer apenas as cosias que gostamos na vida, e sobretudo na vida a dois, alguns sacrificios e concessoes sao necessarios. Porem quando elas acontecem, como sao excessoes e nao regra, tudo fica numa boa.

AMO viajar com ele, sair pra balada com ele, ir a museus e shows com ele, ou ficar em casa sem fazer nada, nos dois, isolados do mundo. Mas tambem prezo muito meu tempo sozinha com minhas amigas e minha familia (e ele idem). E os momentos que passamos separados, nos faz valorizar ainda mais os momentos que passamos juntos.

Eu cresci numa familia que a liberdade e individualidade pessoal sempre foi muito valorizada. Cresci vendo minha mae saindo sozinha com as amigas, e meu pai indo jogar tenis ou futebol com os amigos, sem nunca ter gerado problemas ou intrigas. E alem disse jah tive namorados ultra-mega-hiper ciumentos e aprendi a licao (sarava bate na madeira 3 vezes!). Ciumes e ataques passionais soh geram ingriga, dor de cabeca e desgastam o relacionamento. Pra mim nao ha maior ou melhor prova de amor doque respeito e confianca; em mim e nele proprio!

 

Adriana Miller
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24 Mar 2009
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Bares e Restaurantes – Sydney

Australia, Dicas de Viagens

A vida noturna (e diurna!) de Sydney nao para nunca e fiquei impressionada com a cultura “eating out” da cidade.

Em tudo quando eh canto tem milhares de bares, restaurantes, brunch, etc. Principalmente em relacao a cafe da manha (Brunch) e jantar. A Gaby e o Sam (nossos amigos que se mudaram pra Sydney ano passado) sempre foram super foodies, e adoravam cozinhar e receber gente em casa. Mas desde que se mudaram pra Sydney, nos disseram que geralmente saem pra jantar fora pelo menos umas 4 vezes por semana, e tomam cafe da manha na rua todos os dias! E pelo que percebi, isso eh super comum na cidade.

No geral, confesso que achei Sydney beeeem carinha. Ok que nao era nada absurdo, mas no geral, mesmo com o cambio a nosso favor, tudo era ligeiramente mais caro que Londres.

Na verdade, quanto mais viajo, mas acho que Londres nao eh tao caro assim (pra quem mora aqui – em termos de estrutura turistica, Londres eh mesmo super cara).

Mas tivemos infinitas chances de sair, tomar brunch e conhecer varios restaurantes e bares legais em diferentes areas da cidade.

Minhas dicas:

Brunch:

Na Oxford Street no bairro de Paddington e Woollahra (bairro adjacente a Paddington) existem uma infinidade de lugares fofos e muitos bons pra tomar cafe da manha e brunch. Meus preferidos foram:

Sloanes: Tem um jardinzinho na parte de tras e eh famoso por seus muffins salgados, alem da variedade gigantesca de sucos feitos na hora e todo e qualquer tipo de ovos.

Anastasia’s: Sanduiches feitos na hora, com um infinidade de tipos diferentes de paes. mas o melhor mesmo sao as mesas na beira da janela, permitindo um otimo people watching na Oxford Street.

Sotherby’s: a casa de leiloes de arte internacional tambem tem um escritorio em Sydney, no bairro de Woollahra, e em seu primeiro piso tem um restaurante que aos domingos faz fila de virar o quarteirao na hora do brunch (esperamos na fila e valeu a pena!). A especialidade da casa sao os “hot cakes” (nome australiano para pancakes).

Almoco/Jantar:

Os bairros de Surrey Hills e Double Bay (alem da Oxford Street em Paddington) tem a maior concentracao de restaurantes por metro quadrado! As especialidades da area sao os Italianos e Tailandeses (vou catar os nomes dos restaurantes que fomos nos recibos…)

Bares:

Os bares estao espalhados por toda a cidade. Seja onde for que voce se hospede, sempre vai ter algum bar legal por perto (e provavelmente eles servirao uma otima opcao de almoco/jantar tambem).

O bairro de Kings Cross eh considerado o “west end” de Sydney (numa comparacao a Londres) e tem uma mistura “interessante” de bares legais e inferninhos se intercalando, assim como o Soho Londrino. Mas se vc estiver em busca de balada (se altissimo nivel, ou de baixissimo nivel) Kings Cross eh sue lugar!). E nao eh a toa que em Kings Cross, porta sim, porta nao eh um albergue!

Jah para uma noitada mais “cool”, os bares legais de Sydney estao em Bondi Beach, que – como jah falei aqui – eh geralmente comparada com Ipanema, por atrair uma crowd lancadora de moda e bonita. Minha recomendacao eh o Ravesi’s que fica bem no calcadao de Bondi, com umas janelonas enormes que deixam a brisa do mar entrar, e otimas opcoes de comida tambem. Ou o tradicional Icebergs, que durante o dia eh um clube nautico, e a noite oferece um rrof top bar com a vista completa da praia de Bondi.

Uma outra opcao muito legal pra bares/balada eh Darling Harbour no centrao da cidade. Nao chegamos a sair por lah, mas quando fomos passear no sabado a tarde os bares jah estavam lotados! (eh de lah tambem que saem os varios barcos com festas privadas).

Das comidas que podem ser consideradas “tipicas” da comida Australiana, o principal eh o Fish and Chips, que me deixou bem decepcionada… Nao que a versao Australiana seja ruim, mas eh apenas uma “copia” doque jah temos em Londres.

Obviamente existem as varias opcoes de comifas “exoticas” como a carne de canguru, de crocodilo, de Emu, etc. mas isso eh mais coisa de turista, e nao dos locais, que gostam mesmo eh do fish and chips depois da praia!

Outra febre que reparei por lah sao os Cup Cakes! Meus deus! Em tudo quando eh canto que vc se vira na cidade, dah de cara com uma lojinha de cup cakes! Nao que eu nao goste, ou tenha alguma coisa contra cupcakes (mas tambem nao soa meus preferidos!), mas fiquei impressionada com a quantidade de lojas que vivem exclusivamente de vender cupcakes!

E pra finalizar, o TimTam’s! Que eh o biscoito “tipico” da Australia e que vira febre com todos os estrangeiros que vao morar lah! Eu ateh trouce uns pro pessoal do escritorio, e fez o maior sucesso! Quase que 1/3 do free shop do aeroporto de Sydney eh dedicado a vender as diferentes variedades de TimTam’s!


 

 

Adriana Miller
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23 Mar 2009
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De Spit a Manly Beach – Scenic Walkway (e Darling Harbour!)

Australia, Dicas de Viagens

No sabado, nosso ultimo dia interiro em Sydney, fomos (o grupo todo) fazer mais uma caminha famosa em Sydney, que eh a “Scenic Walkway” entre as cidades de Spit e Manly, ambas no suburbio de Sydney, e que fica bem no meio da Reserva florestal do porto de Sydney.

 No total a caminhada tem 10 km, passando por algumas cidadezinhas (cada casarao de babar! Me lembrou muito Jurere Internacional, em Florianopolis), matagais cheios de lagartos pre-historicos, e praias paradisiacas!

  No meio do caminho passamos tambem por um site arqueologico com desenhos pre-historicos Aborigenes, que descreviam a vida “nativa” na Australia antes da colonizacao Europeia. 

Alais, apenas poucquissimo tempo atras eh que a lingua Aborigene comecou a ser documentada, pois a comunicacao deles era apenas com sons e desenhos (como os que ainda existem no parque). Entao hoje em dia existe uma “lingua” Aborigene, mas que nada mais eh doque a grafia, em Ingles, dons sons das palavras Aborigenes, pois eles nunca chegaram a desenvolver sua priproa linguagem e/ou alfabeto.

  Aos poucos, o novo primeiro ministro Australiano tem convertido alguns nomes de regioes, cidade, bairros e ruas e seus nomes “originais” em vez do nome dado pelos colonos Ingleses, mas que ao mesmo tempo tem gerado muita polmica com a populacao.  O Primeiro MInistro criou do “dia da desculpa” que eh um feriado nacional que “comemora” a cultura Aborigene e pede “desculas” pelas matancas e pelos desmatamentos. 

Mas ao mesmo tempo oque restou da populacao Aborigene ainda vive a margem da sociedade Australiana, tem os niveis mais baixo de educacao, e os mais altos de desemprego, violencia domestica, abuso, alcolismo, violencia etc.  Em Sydney nao vi nenhum, tirando os que ficam cantando e dancando nas pracas para entreter os turistas e pedir dinheiro, pois quase todos hoje em dia vivem em reservas no Territorio Norte do Pais.  No final da caminhada (quase 3 horas depois) fomos almocar em Manly, na beira da praia, e de lah pegamos o Ferry que nos levou diretamente a Circular Quay no centrao de Sydney.

Aproveitamos pra tirar as ultimas fotos da Opera House no por do sol, e ainda fomos andando ateh o Darling Harbour, que eh um outro porto da cidade, mas que foi totalmente reformado e hoje em dia eh cheio de bares, restaurantes, cinemas, shoppings, etc, lotado de pessoas pra cima e baixo!!

Adorei e morri de raiva de nao ter saido por ali antes…

Adriana Miller
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