22 Apr 2010
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Massala Zone

Dicas de Londres, Pub & Restaurantes, Restaurantes

A comida Indiana está para a Inglaterra, como a comida Mexicana esta para os EUA.

Definitivamente nao é uma culinaria “local”, mas já esta tao infiltrada na cultura Inglesa, que um bom “curry” é tão comum como uma Sheperds pie!

Porém, por nao ter sido criada a base de curry, eu confesso achar bem dificil saber e entender oque comer (sem me arrepender!) a cada vez que vou a um restaurante Indiano.

Deby, Gustavo e Thali do Massala Zone

E então entra a Massala Zone, que é uma rede de restaurantes Indianos espalhados por varios bairros de Londres (Inclusive Convent Garden e  Angel) e tem um sistema (e menu) bem explicativo e facil de entender o niveis de pimenta no seu curry.

Mas ao mesmo tempo o restaurante mantem a autenticidade e “ambiente” o mais autentico possivel, agradando inclusive os consumidores de curry mais experientes!

A melhor opção é pedir um Thali, que é uma bandeja/prato redondo com varios mini-pratinhos (ou Katoris) servindo diferentes opções de pratos que combinam diferentes sabores, texturas e intensidades de curry, montando uma combinação ideal.

Pra acompanhar, agua! Bebidas doces (aka Coca Cola) intensificam a sensaçnao de ardor da pimenta curry!

Para endereços em Londres: Massala Zone.

Adriana Miller
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21 Apr 2010
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Roteiro de viagem Egito

África, Dicas de Viagens, Egito, Jordania, Roteiros de Viagem

Pra fechar a serie de posts sobre o Egito (chega, ne?), um ultimo post com umas dicas praticas, respondendo as perguntas de “quanto tempo precisa”, “oque dah pra fazer em X dias?” e afins.

Como contei antes mesmo de viajar, emendamos um feriadao e passamos um total de 10 dias no Egito (9, sendo que o ultimo dia fomos pra Jordania): 3 dias e 3 noites em Cairo; 3 dias e 3 noites em Luxor; e 3 dias e 3 noites em Sharm El Sheikh.

Os 3 dias que passamos no Cairo foram assim:

No nosso primeiro dia, fomos direto pras Piramides de Giza, porque nao adianta, e por mais que o Egito tenha outras atracoes turisticas menos lotadas, com menos picaretas e com mais cosias pra ver/fazer, Giza eh Giza e duvido voce conseguir passar um dia inteiro na cidade e nao querer dar de cara com elas. Passamos boa parte do dia por lah, ateh que passei mal de calor, quase desmaiei (o calor estava demais da conta!), e entao resolvemos que jah tinhamos conseguido tirar todas as fotos que queriamos.

Pegamos um taxi na saida em frente a Esfinge e fomos para o bairro Islamico, onde fica o mercado Arabe Kahn Al-Khalili pra passear na sombra (apesar de que o calor de matar continuava) e almocar.

Quando anoiteceu, voltamos pro Albergue e passamos o resto da noite trancados no ar condicionado!

No segundo dia, alugamos um carro com motorista (taxi, arranjado direto no albergue) e fomos passar o dia nos arredores de Cairo, nas Piramides de Dahshur e Saqqara. Ambas ficam afastadas do centro do Cairo e demoram bastante tempo pra chegar lah, entao considere o dia perdido – se der pra incluir mais alguma cosia no seu roreito, eh lucro.

No nosso caso, resolvemos arriscar e assim que voltamos pro centro de Cairo no fim da tarde, pegamos o metro e fomos pro Bairro Coptico, que jah estava quase fechando e nao deu pra ver tudo… Como a tarde estava mais fresquinha, fomos assistir o por do sol e jantar no jardim do Parque Al-Ahzar que tem uma vista panoramica da cidade da Citadela 9que aliais, nao estava nos planos, mas resolvemos incluir pq achamos linda demais).

No terceiro e ultimo dia no Cairo, a programacao inicial era acordar tarde e ir direto pro Museu Egipcio, mas acabamos acrodando bem cedo e fomos direto pra Citadela. Passamos umas horinhas da nossa manha por ah, e depois fomos direto pro Museu Egipcio do Cairo, que foi bem corrido (apenas uma tarde inteira), mas ficamos tao decepcionados, que realmente nao teria ficado masi tempo por lah.

Naquela mesma noite, pegamos o trem noturno que nos levou a Luxor.

A viagem de trem foi muito legal e bem tranquila, e apesar do atraso, ainda chegamos em Luxor cerca das 9 da manha – o plano inicial era passar 2 dias e meio em Luxor, no terceiro dia pegar um onibus ateh Hurgahda, onde no dia seguinte pegariamos um ferry para Sharm El Sheikh. Mas como os ferries foram cancelados, acabamos ficando 3 dias e 3 noites em Luxor, que foram assim:

No primeiro dia, assim que fizemos check in fomos direto pro Templo de Karnak, que fica ha uns 10 minutos do centro da cidade. Como estavamos sem guia nem grupo de excursao, pudemos passar quantas horas quisemos lah dentro, e foi bom demais. Apesar de ser um tempo enorme e o sol estava de matar (Luxor ficar mais a sul, entao estava ainda mais calor que o Cairo), ainda rolavam umas sombrinhas embaixo das colunas de pedra, e deu pra aproveitar melhor nosso tempo por lah.

Mas antes mesmo de sair do albergue nesse dia, tinha combinado um passeio de Feluca pelo Rio Nilo, que acabou sendo um passeio particular, com o barco todo soh pra gente! Depois que o sol se pos, fizemos um passeio pela Corniche de Luxor (calcadao “beira-Rio”) e jantamos num peh sujo local que tinham uma comida dos Deuses!

Nosso segundo dia fizemos um passeio pelo Vale do Reis e das Rainhas, que fica no vale do deserto nos arredores de Luxor. Inicialmente tinhamos pensado em fazer todos os passeios independente, mas nao existe transporte publico que vah praquelas bandas, e o sol estava quente demais pra fazer qualquer cosia que nao envolvesse ar condicionado! O Vale seria o tipo de lugar que eu passaria o dia todo entrando de tumba em tumba, mas como estavamos de excursao, foi tudo bem corrido, e as 2:30 da tarde jah estavamos de volta em Luxor.

Acabamos perdendo a tarde toda tentando resolver como chegariamos em Sharm El Sheikh depois que descobrimos que nosso ferry tinha sido cancelado, oque foi bem estressante, e estragou nossos planos originais de pasar a tarde/noite no templo de Luxor. Mas mesmo assim fomos jantar no restaurante Roof Top (em cima do Snack Time e ao lado do McDonalds) que tem vistas privilegiadas para o Templo de Luxor e o rio Nilo. A noite, ficamos batendo perna pelo centro da cidade e passeando no Souk.

No terceiro e ultimo dia em Luxo fomos direto pro Templo de Luxor, onde passamos boa parte do dia. Quando o calor comecou a ficar insuportavel, fomos nos esconder no Museu de Luxor, que apesar de bem pequeno (mesmo em comparacao com o Museu do Cairo) eh novissimo, super bem organizado e com um ar-condiconado congelante delicioso!

Na nossa ultima noite em Luxor, voltamos ao Templo de Luxor para ver o show de luzes a noite.

O voo para Sharm El Shiekh saiu bem cedo, e durou apenas uns 40 minutos (se isso tudo!). Chegamos no hotel bem cedo, resolvemos pedir um up grade pro All Inclusive, e passamos os dois dias seguintes sem fazer absolutamente nada!

Dois dias cansativos de cocktails na beira do Mar Vermelho, soneca na beira da Piscina, e comer ateh explodir, e snorkel com peixinhos coloridos.

Nosso nono e ultimo dia (inteiro) da viagem comecou cedissimo, as 3:30 da manha, quando comecamos a maratona de viagem ateh chegar em Petra, na Jordania, e soh acabou as 2 da manha do dia seguinte.

E voila!

Voamos de volta pra Londres direto de Sharm El Sheikh, pra nao perder tempo de viagem fazendo conexoes e afins…

Adriana Miller
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19 Apr 2010
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Petra

Dicas de Viagens, Jordania, Oriente Médio

Nosso passeio a Petra, na Jordania comecou cedo, MUITO cedo, quando a agencia veio nos buscar as 4 da manha de sabado.

A viagem ideal do Egito para a Jordania, sairia de Dahab e Taba, no lado Leste da Penisula do Sinai, mas algumas agencias tambem fazem o percurso via Sharm El Sheikh, para turistas mais guerreiros (oi!).

Depois de umas 3 horas no micro-onibus, chegamos na cidade de Taba, que eh a “ultima” fronteira da costa do mar Vermelho do Egito – dali conseguiamos ver a olho nu as margens de Israel, Jordania e Arabia Sudita! A viagem de ferry demoraria apenas uns 40 minutos, mas como o mar estava muito movimentado (lembra que uns dias antes nosso ferry foi cancelado por causa das ondas e vento?), entao acabamos demorando mais de 1 hora e meia, muito chaqualhantes, numa lancha ateh que aterrisamos na cidade balnearia de Aqabah, a Jordania.

Antes mesmo de sair do barco, um policial Jordanio recolheu todos os passaportes, e conferiu um a um com a informacao que jah tinha sido fornecida pela policia Egipcia no dia anterior – todos os gastos e burocracias de registro e visto foram feitos/pagos pela agencia que contratamos e estavam incluidos no preco do passeio. (na verdade tivemos que atrasar nossa viagem por 1 dia, pois nao sabiamos desse esquema de registro com a policia Egipcia – como a area eh bastante sensivel, politicamente falando, ninguem pode cruzar a fronteira sem conhecimento previo da policia imigratoria Egipcia e Jordaniana).

De lah, foram mais 2 horas de onibus cruzando o deserto Wadi Rum em diracao a Petra.

Estima-se que Petra foi estabelecida no seculo 6a.c. como capital dos Nabateus, o povo nomade nativo da regiao, que depois de muitos milenios perambulando no deserto, acharam o vale de Petra, que ficavam estrategicamente posicionado no roteiro comercial que conectava o Oriente com o Mar Vermelho, porem protegido por Canyons e vales que permitiam que eles estivessem escondidos e protegidos dos inimigos.

A estrutura de aquedutos e cisternas criadas pelos Nabateus, permitiu que as enchentes (que criaram os canyons e fissuras nas rochas de Petra) fosse controlada, permitindo protecao e irrigacao para a cidade que foi contruida.

Tudo que se ve hoje em dia em Petra sao na verdade monumentos funerarios, uma vez que os Nabateus viviam em tendas moveis e casas de madeira, mas assim como os Egipcios, veneravam os mortos, e acreditavam na grandiosidade da vida a pos a morte.

Aos redor da cidade de Petra eh possivel visitar inumeros “templos” e tumbas – as dos ricos eram talhados na pedra, e eram verdadeiros palacios. Jah as dos pobres, eram apenas buracos na rocha.

Petra prosperou como uma das principais cidades do Oriente Medio por dezenas de seculos, ateh que foi invadida e parcialmente destruida pelos Romanos – e entao abandonada pela Nabateus, que voltaram a ser nomades pelo deserto.

A cidade ficou entao “perdida” e esquecida por mais algumas centenas de anos, ateh que em 1812 o explorador Suico Johan Ludwig, que passou meses disfarcado de Arabe, morando no deserto com os nabateus, em busca da cidade perdida (jah nao se fazem mais exploradores como antigamente, heim?) – a cidade, toda cor de rosa, por causa de suas formacoes rochosas, foi entao descrita como “quase tao antiga quanto o proprio tempo” (“Half as old as time itself”) e passou por decadas de escavacoes e reconstrucoes.

A cidade foi entao descoberta pelo Ocidente e o mundo dos passeios turisticos, quando fez uma aparicao no filme “Indiana Jones e a ultima Cruzada” em 1989. E a procura por turistas aumentou ainda mais depois que foi eleita uma das novas 7 maravilhas do mundo em 2007.

A cidade eh enorme, com cerca de 46km2 de extencao, totalmente recortada pelos “Siqs” (que sao os corredores naturais formados pela acao de agua e vento na rocha de Petra) e tem quase todas as suas paredes decoradas com tumbas e templos, mercados e mini-cidades, que sao totalmente livres para serem exploradas pelos turistas.

As principais atracoes sao a tumba “Tesouro”, que eh o cartao postal de Petra, super bem conservado (por estar protegido do vendo entre os Siqs) e logo a primeira imagem que se ve ao entrar na cidade (depois de cerca de 2km andando pelos corredores do Siq).

O segundo templo principal eh o “Monasterio”, que foi parcialmente reconstruido pelos Romanos e transformado num templo Cristao (dai o nome), mas por estar meio isolado da rota padrao, escapa ao roteiro de varios turistas (inclusive nos, que nao conseguimos achar a tempo!).

As “Tumbas Reais” sao um mini complexo de templos e tuneis, que estima-se que foram enterrados os membros da familia real.

O legal de andar meio sem rumo por Petra, e ver as tumbas que nao foram terminadas, e entender melhor os metodos de escavacao usados pelos Nabateus! As tumbas e estruturas eram construidas de cima pra baixo, e os blocos de pedra retirados da parede eram entao usados na construcao de aquedutos e cisternas, que por sua vez, permitiam a expansao da cidade pelo deserto.

Jah no final da rota “turistica” eh possivel tambem visitar a parte da cidade que foi construida pelos Romanos, como um anfiteatro que abrigava mais de 3 mil pessoas, com direito a cabines separadas “VIPs” para os Senadores e Imperador, palco e altar de sacrificos (!), alem da rua do mercado (Colonade street) cercada de colunas Romanas e com pavimento de paralelepipedos.

Passamos boa parte do dia em Petra, que infelizmente nao foi o suficiente para ver tudo – mas ao mesmo tempo, como muitos outros sitios arqueologicos, depois de um tempo, tudo parece meio igual… entao ateh mesmo os passeios de mais de 1 dia na Jordania, acabam dedicando apenas 1 dia a Petra, e os outros dias a outras partes do pais. Mas a cidade tambem pode ser facilmente explorada “independentemente”, e por quantos dias voce quiser!

No fim da viagem, ainda passamos mais umas horinhas na cidade balnearia de Aqabah, que eh cercada e hoteis e resorts de luxo, parques arborizados e mercados arabes.

Ficamos incrivelmente impressionados com a organizacao (levando-se em conta que era um mercado!), e principalmente pelo fato de que ninguem ficava enchendo o saco pra entrar nessa ou aquela loja, e – o melhor – as coisas tinham etiqueta de preco! Entao nao precisavamos ficar brigando o tempo todo por qualquer coisinha. Mas em compensacao, por ter uma economia bem mais desenvolvida que o Egito, os precos sao bem mais “Europeus”, e tudo eh bem mais caro que o Egito!

Voltamos ao nosso hotel exatas 22 horas depois de sair do Egito! A viagem foi meio louca, e muito, muito corrida. Mas valeu muito, muito apena!

Como disse em outros posts, fizemos nossa viagem com a empresa Sharm-Club, que eh uma agencia Egipcia que organiza passeios e excursoes na penisula do Sinai.

Esse passeio foi bem carinho (em comparacao com os gastos que tinhamos no Egito), e custou 180 Libras (Britanicas) por pessoa – porem incluiu TUDO: translado de Sharm ateh Taba, ferry do Egito pra Jordania, Visto da Jordania, onibus ateh Petra, taxas de entrada em Petra, guia em Ingles o tempo todo, almoco no Marriott de Petra, onibus de volta, ferry de volta e visto de entrada no Egito.

Entao, acreditem, essa viagem foi uma barbabada! Eu cheguei a pesquisar a possibilidade de uma viagem “independente” ateh lah, oque alem de ser impossivel de fazer em apenas um dia, ainda sairia praticamente pelo memso preco (sem contar a dor de cabeca de ter que fazer todos esses “pedcos” de viagem). E por ter sido organizado por uma agencia Egipcia ainda saiu praticamente metade do preco do mesmo passeio se tivesse sido contratado com uma agencia Inglesa!

Adriana Miller
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