27 Jun 2013
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Belfast

Belfast, Dicas de Viagens, Irlanda (do Norte)

A capital da Irlanda do Norte é uma ótima porta de entrada ao país, além de ter impresso em cada esquina, sua cultura e história.

A cidade foi palco de incontáveis revoluções, protestos, atentados e movimentos culturais – e é exatamente isso que vemos em suas esquinas.

Com um misto de igrejas e pubs a cada quarteirão, a cidade é colorida pelos murais artísticos, que numa espécie de história em quadrinho da vida real, contam a história do pais e seu povo: da propaganda política separatista, as preferências religiosas e o gosto pelas artes e música. O que antes era vandalismo e revolta, acabou dando uma nova personalidade a cidade, deixando turistas boquiabertos.

Explorar a cidade é facílimo, e sejamos honestos: se a intenção é puramente carimbar os pontos turísticos (nem tão conhecidos assim) da cidade, o itinerário acabaria em um par de horas.

Mas ainda assim vale a pena, pois é nessa “exploração” turística que acabamos dando de cara com o melhor da cidade (a história! Os pubs! A arte de rua!).

Nós começamos nosso itinerário pela City Hall, a prefeitura da cidade e símbolo de Belfast.

Sem dúvida o maior e mais imponente edifício da cidade, de onde se abrem suas principais avenidas, e diferentes bairros a serem explorados.

Nós optamos seguir em direção a Donegall Place, explorando a High Street (que hoje em dia é uma área comercial exclusiva para pedestres) e as ruazinhas e vielas na “Anne Street Entries” – que são uma séries de ruas estreitíssimas medievais, que ainda preservam alguns de seus edifícios e estruturas, e onde a classe trabalhadora da Irlanda se reunia durante os períodos de revolução.

Apesar de que as ruas principais estão tomadas por lojas modernas, essas vielinhas contam a história da cidade!

No final da High Street não dá pra ignorar o gigantesco relógio do “Albert Memorial”, que parece uma espécia de Big Ben sem-parlamento, mas que domina a paisagem da cidade.

E é ali também que começa a região das docas e beira rio – que desde 1999 abriga um gigantesco salmão de cerâmica, que comemora a despoluição do rio Lagan, que voltou a ter salmões nadando rio acima, uma das tradições Irlandesas a mesa.

Imperdível também é a Catedral St Anne, a catedral de Belfast, e uma imponente igreja. A igreja atual é uma construção recente, construída por cima de outra igreja, que já tinha sido construida por cima de outra igreja e assim por diante.

Ao longo desse itinerário, preste atenção nos muros, laterais de prédios e casas e entradas de ruas: é ali que estão espalhados os murais da cidade.

Estima-se que Belfast e seus arredores tem cerca de 2.000 murais, que variam desde propaganda política e religiosa da década de 60, até os que comemoram grandes feitos musicais e dos esportes, aos que mostram festivais de musica ou publicidade de pubs.

Eles são meio que uma caça ao tesouro, e cada vez que você se dá de frente com um deles sempre rola um choque com o quanto são grandes e vívidos!

Como comentei no post anterior, nós ficamos hospedados no hotel Ibis Queen’s Quarter e voamos British Airways até o aeroporto Belfast City.

Adriana Miller
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Adriana Miller
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26 Jun 2013
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Irlanda do Norte

Belfast, Dicas de Viagens, Irlanda (do Norte)

A Irlanda do Norte é o 4ª país do Reino Unido e o único localizado numa ilha separada dos demais (os outros 3 países – Inglaterra, Escócia e País de Gales também são conhecidos como Great Britain, ou Grã Bretanha, pois estão localizados na ilha principal, a Ilha Britânica).

Basta conhecer um pouquinho da história do reino pra perceber que os 4 países são super diferentes uns dos outros. A língua, moeda, Rainha (e as estradas do lado errado!) são os mesmos, mas cada um tem sua cultura, história e particularidades – e ái de quem generaliza-los!

Mas dos 4, acho que a Irlanda tem a história (recente) mais conturbada. A começar pelo fato de que existem duas Irlandas na mesma ilha: a República da Irlanda, cuja capital é Dublin e é independente apenas desde 1922. E a Irlanda do Norte, que ficou com apenas 6 das 32 províncias da ilha Irlandesa e se manteve parte do Reino Unido.

E pra quem viveu os anos 80 e 90, quem não se lembra do IRA (Irish Republican Army – o Exército Republicano Irlandês) e seus atos de terror, protesto e revoluções nas ruas de Belfast e Dublin?

E claro, sem mencionar a eterna guerra entre Católicos (predominantemente no sul da Ilha, que hoje é a República) e Protestantes (o norte da Ilha, parte do UK) – que até hoje ainda é motivo de discussões calorosas entre os Britânicos (onde a grandíssima maioria segue a religião protestante “Anglicana“).

Mas culturalmente falando, eu achei as duas Irlandas bem parecidas: as mesmas piadinhas (anti-Ingleses!), os trevos de 4 folhas e doendes em todos os cantos. A cultura de pubs, a cerveja Guiness e as cidras (minha parte preferida!).

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E o clima?! Aff, nos fez até achar o clima de Londres ótimo e super tranquilo (engraçado que minha viagem pra Dublin ha quase 8 anos atrás foi exatamente assim, de enlouquecer!) – em questão de segundos passávamos de um super sol, pra chuva de granizo, pra sol de novo, e ainda com sol um chuvisco… e recomeçava tudo de novo!

Mas uma diferença ficou bem óbvia: sem dúvida alguma, eles são UK!

A bandeirinha “Union Jack” do Reino esta em todos os lugares, até nas cidadezinhas mais remotas que passamos. Enquanto os Escoceses e Galeses gostam de manter uma certa distância e nem sempre se consideram “British”, os Irlandeses são bem diferentes – que é uma herança óbvia dessa separação relativamente recente da ilha.

A paisagem é de tirar o fôlego – muito verde, muitos campos e uma costa rasgada pelo mar impiedoso do mar do norte.

Na viagem que fizemos para o norte da ilha – ainda mais chuvoso e com mais vento que Belfast! – o Aaron comentou “que pena que esta tão nublado!”. mas a medida que começamos a dirigir me dei conta que esse céu cinzento dá o caráter típico das paisagens da Irlanda, e o que encontrei, foi exatamente o que imaginava! Claro que os dias de sol existem, mas as fotos precisavam de um céu super nublado!

O verde, o vento, as ovelhas e as ondas quebrando na costa – uma eterna ressaca! – foram a paisagem perfeita da Irlanda do meu imaginário!

E pensei: Como pude morar na Inglaterra ha 8 anos e nunca ter conhecido a Irlanda?!

Dicas para viajar pra Irlanda do Norte:

– Belfast é a capital e principal cidade da Irlanda do Norte, e apesar de ter outros aeroportos, o mais fácil é voar via Belfast – que tem 2 aeroportos: o Belfast International, que é bem grande – e afastado da cidade – onde chegam e saem a maioria dos voos internacionais. E o Belfast City, que fica bem no centrinho da cidade, com um perfil mais business e atende principalmente voos vindos de outras partes do UK e das principais capitais Europeias (nós voamos pelo City e foi ótimo).

– Para explorar Belfast não é preciso carro. Um táxi do aeroporto ao centro custa menos de 10£ Libras, e existem várias opções de ônibus ao longo do dia, por bem menos!

– Como nós também íamos explorar o norte, alugamos um carro pela Budget Rent a Car, lá no terminal do aeroporto mesmo (reservei on line antes, pela Expedia) e custou apenas 15£ por dia. Porém se sua intenção for cruzar a fronteira com a República da Irlanda, a burocracia de alugar um carro piora um pouco (e o preço também!).

– Assim como o resto do Reino Unido, Belfast não é das cidades mais baratas, e me surpreendi com os preços das acomodações (e não esqueça que eles também usam a Libra!)! Então ficamos hospedados no Ibis Queen’s Quarter, que tecnicamente é fora do centro da cidade, mas a cidade é tão pequena que bastaram 5 minutos num ônibus que chegávamos no centrão da cidade!

– Apesar de que tecnicamente já é verão, a estação não marca muita presença por lá! Em meados de junho, pegamos temperaturas na casa dos 15 graus, com muito vento e chuva que vai e volta o dia todo! Então é imprescindível levar jaquetas, várias camadas de roupa, sapatos que além de confortáveis, aguentem bem a chuva, e claro, guarda-chuva! (e capa de chuva pro carrinho da Isabella!)

Adriana Miller
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Adriana Miller
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25 Jun 2013
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Aqua Kyoto London

Bares & Baladas, Dicas de Londres, Inglaterra, Pub & Restaurantes, Restaurantes

Quanto nós fomos a Hong Kong, eu quis conhecer o bar Aqua depois de ter ouvido falar muito bem na filial de Londres – e depois da viagem, já de volta a Londres, o bar de HK nos deixou mortos de vontade de conhecer a versão Londrina.

O tempo passou, acabamos deixando pra lá e a oportunidade certa nunca apareceu – e digo isso porque assim como a filial de HK, a versão Londrina é famosa por sua cobertura, então queríamos ir numa tarde ensolarada de verão!

Então quando estava planejando o que fazer para o aniversário do Aaron esse ano, e sabendo que as temperaturas estariam nas alturas, já fui logo reservando uma mesa na varanda do Aqua Kyoto!

O Aqua London é na verdade, 3 em um: o Aqua Nueva, com pratos de culinária Espanhola e Mediterrânea, o Aqua Kyoto, com culinária Japonesa, e o Aqua Spirit, um bar animadíssima (que faz fila de virar o quarteirão aos fins de semana!), e segue os mesmo moldes da filial de Hong Kong (que tem o Tokyo servindo japonês, o Roma servindo comida Italiana e o Spirit, o cocktail bar com a melhor vista – e drinks! – da cidade!).

A varanda do Aqua sempre aparece na lista dos melhores “rooftop bars” (bares na cobertura) de Londres, mas confesso que esperava mais da vista…

Ele fica na cobertura de um prédio na Regent Street, be na esquina com a Oxford Circus, então achei que teríamos uma vista legal… mas fica só um pouquinho pro lado, e a visão do cruzamento de Oxford já não é tããão de tirar o fôlego!

Mas ainda assim o bar merece seu título de melhores bares de Londres, pois o clima é incrível!

Mesinhas, almofadas, musica e drinks…

Na hora do almoço eles servem um buffet/rodízio de comida Japonesa muito boa por apenas £30 por pessoa (incluindo pratos quentes e o sushi bar + sobremesa. Ou £50 pra quem quiser incluir Champagne), que para o padrão Londres, e se tratando de um ótimo restaurante Japonês é um ótimo custo/beneficio!

Passamos a tarde toda lá curtindo o sol, sem a menor pressa, mas quando fomos embora, a fila já estava formada na porta!!

Coloquem na lista de coisas a fazer no verão em Londres! (mas no inverno também vale a pena… o interior do restaurante/bar é o máximo também!)

Aqua London

5th Floor, 240 Regent Street,

(entrada pela) 30 Argyll Street

Adriana Miller
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