19 Jun 2013
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Apollonia: a escola filosófica Greco-Romana

Albânia, Apollonia, Dicas de Viagens

Apollonia é o lugar perfeito para se ter um pouco do gostinho do que é a história da Albânia e como o pais foi formado: Originalmente Grega, depois desenvolvida pelos Romanos, enfim Cristianizada e por fim Islâmica.

As primeiras construções datam de 6 século a.c., de origem Grega Coríntio, da época em que Apollonia era uma das principais cidades no eixo Athenas – Oriente médio, e os Gregos dominavam todo Adriático e a península Banlkã.

A geografia da região era muito diferente do que vemos hoje, com o mar Adriático chegando bem pertinho, assim como o – desviado – rio Vjosa que passava ali ao lado, fazendo com que a cidade tivesse grande importância comercial e estratégica.

Por isso Apollonia era uma das poucas cidades que tinham o status de “livre e imune”, o que significava que seus cidadãos eram livres para ir e vir e não pagavam impostos.

Assim, Apollonia rapidamente começou a atrair personalidades ilustres, se transformando num importante centro intelectual e uma escola filosófica Greco-Romana, entre eles por exemplo o Imperador Romano Augustus, que morava/estudava em Apollonia quando Julio César foi assassinado e ele virou Imperador.

Mas essa amizade não impediu que os Romanos quisessem um pedaço dessa cidade estratégia – e no século 4 d.c. finalmente os Romanos invadiram e dominaram Apollonia.

A dominação Romana continuou por mais alguns séculos, e a medida que o poder do Império foi dissipando, Apollonia foi caindo no esquecimento…

Enfim chegaram os Otomanos, mas que não tiveram tempo pra ocupar a cidade – que foi parcialmente destruída por um terremoto, que além de arrasar com os prédios e estruturas, ainda afastou a costa do Adriático ainda mais, e pra sepultar de vez a importância da cidade, mudou o curso do rio Vjosa.

No século 12 uma igreja ortodoxa e um monastério foram construidos na mesma área, e convenientemente usaram muitas colunas gregas e esculturas Romanas como materiais de construção em sua estrutura.

Apollonia caiu no ostracismo e descaso no século 20, quando mais uma vez os edifícios históricos foram depredados com outros fins, e acabaram servindo de matéria prima para abrigos anti bomba e armazéns subterrâneo de armas bélicas pela ditadura.

Hoje em dia o maior desafio dos historiadores responsáveis pela área é tentar resgatar e preservar as diferentes facetas que compõem Apollonia, sem se desfazer de uma ou outra.

Afinal, não se pode delapidar a igreja do século 12 apenas para reerguer as colunas do século 3, assim como não se pode esquecer o passado recente do país para restaurar as heranças de um império.

Mas é preciso enxergar além do que os olhos veem, enxergar o potencial da reconstrução e ver que Apollonia ainda tem muita história pra contar ao mundo!

Adriana Miller
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Adriana Miller
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18 Jun 2013
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Albânia

Albânia, Dicas de Viagens

Ok, confesso que até ano passado nunca tinha prestado muita atenção na Albania assim, digamos, turisticamente.

Uma amiga até brincou, perguntando se eu escolho os destinos de viagem olhando no mapa e procurando por lugares aleatórios que ainda não conheço. E quer saber? As vezes sim!

E assim a Albânia entrou em nossas vidas!

Na verdade estávamos buscando um lugar no sul da Europa pra passar um fim de semana prolongado no verão – algum lugar que tivesse sol e temperaturas altas garantidos! Mas infelizmente os destinos mais comuns geralmente lotam com meses de antecedência, muitas vezes sobrando apenas opções de preços proibitivos… mas a Albânia não! Então marcamos as passagens primeiro, e planejamos a viagem depois!

E para minha surpresa, foi bem difícil encontrar informações sobre o país e sobre o que fazer. E o pouco que íamos descobrindo nem sempre era positivo…

Um país pobre, ainda na sombra do subdesenvolvimento de uma ditadura comunista e muitos anos fechados para o mundo. Muitas recomendações aconselhando a não fazer nada independentemente, não pegar estradas por lá e evitar as áreas das montanhas…

Mas por outro lado, aos poucos fui descobrindo uma cultura fortíssima, criada a base da paulada e preservada graças a uma forte presença rural, e claro, a cortina de ferro.

A Albânia foi o último país Europeu a se tornar independente do Império otomano em 1912, o que apenas abriu as portas para que eles fossem invadidos e dominados por todos os seus vizinhos. Já na década de 40, as sombras da 2a Guerra Mundial, a Albânia passou a ser governada por ditadores militares comunistas, que usaram terror, fome, e isolamento para se manter no poder muito além do próprio comunismo da URSS.

Até a década de 1990, quando toda região dos Balkans implodiu numa guerra sangrenta, a Albânia não tinha canais de televisão, nem de rádio, a não ser aqueles usados para propaganda política pelo governo. Eles também não tinham estradas… mas não fazia a menor falta, já que a população “civil” não tinha o direito a comprar carros!

Durante os anos de ditadura e socialismo, o governo confiscou todos os bens privados e implementou uma política de reforma agrária, garantindo que ninguém ficaria sem emprego nem terra pra trabalhar. Mas em compensação, o governo também confiscava todas as “sobras” e lucros além da subsistência da família, e portanto nunca faltava – mas também nunca sobrava.

Uma das coisas interessantíssimas que aprendemos é que até recentemente (inicio dos anos 2000, após o final da guerra dos Balkans), as famílias Albanesas eram alocadas “férias” pelo governo: duas semanas por ano, com datas fixas e intransferíveis. O “pacote” de férias incluía passagens de trem (já que ninguém podia dirigir) para “resorts” comunitários na costa ou nas montanhas do país. As famílias que tinham a sorte de passar férias na costa do Adriático levavam seus rádios e televisões: dependendo do clima – e da sorte – eles até conseguiam pegar canais Italianos!

Uma das coisas que mais me marcou em relação a cultura Albanesa é a importância que eles dão as estruturas familiares e a honra.

É debatível se essas práticas ainda deveriam ser aceitáveis num mundo moderno, mas dois dos principais símbolos do pais são os códigos de honra (“Besa“) e as “Virgens Juradas“.

Eu já tinha ouvido falar nas “Virgens” Albanesas através de um amigo fotógrafo aqui em Londres que fez um projeto sobre elas: nas áreas rurais da Albânia, sobretudo nas montanhas do nordeste, as famílias são comandadas sempre pelos homens – que além de serem o “homem da casa” e ganha pão da família, também tem atuação política em suas vilas.

Porém e quando os homens da família morrem, e só sobram mulheres? Nesse caso, uma das mulheres – solteiras – da família fazem um juramento celibatário em que viverão suas vidas como homens. Elas serão responsáveis pela honra da família, pelo trabalho e administração e terão direitos iguais nas decisões políticas de sua cidade.

Com a urbanização e modernização da nova Albânia, essa prática esta em desuso, mas estima-se que ainda existem cerca de 40 famílias com virgens juradas vivendo na Albânia!

E diretamente relacionado com essa filosofia familiar e de comunidade esta o código de honra Albanês, o “Besa”.

Besa em Albanês significa simplesmente “fé” ou “palavra de honra”, e é um dos traços mais fortes da cultura local. Um Albanês que não mantenha sua palavra ou sua honra, em casos extremos pode vir a ser banido de um comunidade ou cidade, pois será visto como uma vergonha para toda sua família e amigos.

Em casos extremos, o Besa é levado a sério em proporções estratosféricas: em um país que se viu em meio a anarquia política e governamental e isolado do mundo durante tantas décadas (e séculos, se considerarmos a era Otomana) a população – que tanto presa a honra pessoal e familiar – fazia justiça com as próprias mãos: e assim uma “besa” lava a outra…

Ou seja: se você matar alguém da família, eu tenho o direito a matar alguém da sua. Se você me roubar, eu posso te roubar de volta. E assim por diante.

Seja qual for o crime… um olho por um olho. Um dente por um dente.

Pode parecer selvageria, mas foi esse conceito de honra e honestidade e igualdade que manteve a população “controlada” e pacífica durante tanto tempo.

E quem tomava essas decisões? Bem, os homens de cada família (sejam eles homens de verdade ou as “virgens”)!

Sem dúvida alguma, aprender sobre a Albânia foi a melhor parte da viagem!!

E que tal um pouco de trívia Albanesa?!?

Religião: Apesar de ter uma população majoritariamente Muçulmana, a presença católica também é bastante forte, tento inclusive fornecido ao mundo um dos maiores símbolos de bondade e fé: a Madre Tereza de Calcutá!

A Madre Teresa alcançou sua “fama” através de seu trabalho missionário na India, mas nasceu e cresceu na Albânia da Anarquia e do Comunismo (na verdade ela nasceu na região que hoje em dia faz parte, geograficamente, da Macedônia, mas é etnicamente – e legalmente – Albanesa), e é fonte de orgulho imensurável para seus compatriotas, independente de sua religião!

Geografia e história: E olha, por falar nisso, é impossível ler sobre a história da Albânia sem ter um mapa a mão!

O pais já foi parte de um país que também incluía a Eslováquia, a Bulgária, Croácia, Montenegro e Macedônia. Além de também já ter feito parte do Império Romano, e da Grécia. Uma coisa assim meio jogo de “War” sabe? Quem fosse chegando ia expulsando os outros e dominando, fazendo inúmeras combinações geográficas diferentes!

Mas hoje em dia isso deixou pra trás uma herança histórica e arqueológica incrível, fazendo com que a Albânia seja uma dos maiores “segredos” do continente!

Eu mal consigo imaginar o quanto o país vai mudar nos próximos anos, e tenho certeza que quando voltármos, tudo será tão irreconhecível, que será como visitar um novo país!

DICAS PRÁTICAS:

– O único aeroporto que serve o país fica em Tirana, a capital da Albânia. Mas dependendo da região a ser visitada, você também pode chegar ao país através da Macedônia, Croácia ou Montenegro.

A partir de Londres, a British Airways tem voos diretos entre Heathrow e Tirana, que dura apenas 2 horas!

– O difícil vai ser conseguir chegar de um lugar ao outro lá dentro! Quando fomos (em Agosto de 2012) não existiam linhas regulares de ônibus e os trens estavam em estado de calamidade pública (além de terem linhas muito limitadas, horários irregulares e ferrovias sem manutenção).

Alugar carros também – ainda – é inviável: além de não ter cias de aluguel de carros internacionais no país (mas imagino que isso vá mudar em breve), os países vizinhos proíbem que seus carros alugados sejam levados além da fronteira Albanesa!

– Depois de catar cada cantinho da internet, achei uma agência de viagens em Tirana que nos levou pra passear pelos arredores da cidade, e que nos ensinou tudo que aprendemos sobre o país!

A “Albania Trip” foi nosso anjo da guarda no país, além de ser a simpatia em pessoa e super culto – sobre o mundo e seu próprio país! O Elton, nosso guia, morou quase sua vida toda na Suiça, onde seus pais imigraram quando ele ainda era criança, e onde ele estudou até terminar a universidade. Agora, depois de formado e fluente em 5 línguas, resolveu voltar a seu país e participar dessa revolução/evolução que esta prestes a acontecer!

– A moeda utilizada é o “Lek” (que simplesmente significa “dinheiro” em Albanês!), mas Euros e Dólares podem ser trocados na casa de câmbio do aeroporto ou nas recepções dos hoteis. Mas o máis fácil mesmo é sacar dinheiro diretamente na moeda local em um dos muitos caixa eletrônicos espalhados por Tirana.

– Apesar dos pesares, a Albânia é um país muito seguro; Não tivemos problema algum em andar nas ruas a qualquer hora do dia, andar com câmaras penduradas no pescoço, pagar taxis no aeroporto e simplesmente ir e vir.

– Nós ficamos num hotel ótimo em Tirana – mas ele merece post especial!

– E por fim, mais um fato interessante: na Albânia não existe McDonalds!! :-)

Adriana Miller
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Adriana Miller
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17 Jun 2013
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Londres com crianças: Transporte e locomoção, pubs e dia a dia

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Esse ainda não vai ser um post com dicas de coisas a fazer em Londres com crianças, e sim um post de caráter mais, huum… prático.

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Volta e meia, quando eu posto alguma foto (lá no Instagram!) dos meus passeios por Londres com a Isabella, sempre me perguntam como é navegar a cidade com crianças pequenas e bebês de colo. Afinal, não é novidade pra ninguém que Londres é uma cidade onde se usa transporte público 99% das vezes, e como as condições de ruas, calçadas e transporte público varia bastante de país pra país, muitas vezes, famílias com crianças ainda em idade de andar de carrinho ficam na dúvida se Londres é um destino viável ou não.

Sem falar que sempre rola um mito (principalmente entre os Brasileiros) que a Europa não é muito amigável para famílias. Já vi muita gente comentando que Europa não é um lugar interessante para crianças (oi?!), que é tudo muito velho, apertado, difícil.

Realmente, se compararmos o conforto e facilidade de empurrar um carrinho de bebê pelos corredores de um outlet em Miami ou pelas calçadas estreitas de um vilarejo na Provence… mas por outro lado – no meu ponto de vista – nem sequer podemos comprar o nível de interssância pra família toda!

Mas enfim, não cabe a mim decidir nem debater qual o melhor destino de viagem para uma família. Mas e Londres? Dá pra visitar a cidade tranquilamente com crianças e bebês?

Bem, resumidamente, sim. Londres é uma cidade muito amiga de carrinhos de bebê e afins. Claro que como toda cidade centenária Europeia, muitas calçadas são estreitas com piso de pedrinhas, as portas são apertadas e no geral não ha muito espaço de sobra em lugar nenhum pra ninguém. Mas bastam alguns cuidados simples e muito bom senso pra conseguir curtir demais a cidade, mesmo com um bebê a tiracolo!

– Metrô

Incrível como eu nunca tinha parado pra reparar muito na acessibilidade das estações de metrô até uns meses atrás, quando estava gravida e me vi as voltas com a decisão sobre qual carrinho comprar.

Infelizmente 80% das estações de metrô de Londres não são 100% acessíveis (com elevador que conecta a rua com a plataforma), mas muitas delas pelo menos tem escadas rolantes, o que torna a viagem com carrinho de bebe mais viável.

Tudo bem que não é todo mundo que se sente confortável em subir e descer escadas rolantes com um carrinho de bebê, mas é uma questão de prática (a primeira vez fiquei até de perna bamba, hoje em dia tiro de letra!) e de se tomar certos cuidados, como por exemplo: mesmo com carrinho, tome cuidado pra não bloquear a passagem dos outros passageiros na escada rolante. A regrinha “invisível” das escadarias do metrô de Londres é “ande pela esquerda, pare na direita”. Logo, quanto mais compacto for seu carrinho, melhor! E sempre pela direita!

Já dentro dos vagões, quase todos tem um cantinho em cada vagão para cadeiras de roda, malas e carrinho de bebê, então não tenha cerimônia de pedir pras pessoas saírem do espaço preferencial para você estacionar seu “possante”. As únicas pessoas que tem mais prioridade que você e seu carrinho são cadeirantes, mas de resto – malas, sacolas ou pessoas em pé tem que se mover para você entrar. E no geral, os Londrinos são muito educados e ao ver um carrinho de bebê, logo logo saem da frente.

Mas não esqueça do bom senso – não adianta querer atochar seu carrinho dentro de um metrô no auge do horário do rush!

E para saber quais estações são acessíveis, basta consultar o mapa das linhas de metrô – as estações que tem o símbolo de cadeira de rodas, são 100% acessíveis, as outras não. (eles até disponibilizam um mapa com todas as estações “step free”, ou seja, sem degraus).

Então na dúvida, vá de ônibus…!

– Ônibus:

Mesmo conhecendo bem as estações de metrô de Londres, sempre me bate uma dúvida se a estação tal tem ou não escadas rolantes, ou se tem escadas rolantes ou elevadores entre uma linha e outra (para fazer as conexões e baldeações), então ultimamente eu tenho dado preferência aos ônibus da cidade!

Então eu planejo minha viagem usando o “Journey Planner” e consultando as opções de ônibus, que apesar de geralmente demorarem mais, pelo menos não terei que subir e descer escadas carregando um bebê, mais suas tralhas, mais o carrinho.

E o ônibus são SUPER fáceis pra quem está com carrinho – todos tem uma area reservada para cadeirantes e carrinhos de bebê, onde dá pra estacionar direitinho e deixar o carrinho bem trancado e seguro, sem ficar no meio da passagem das outras pessoas.

Assim como no metrô, essa area é preferencial, então não tenha cerimônia pra pedir pras pessoas tirarem suas malas, sacolas do caminho (mas na verdade – de maneira generalizada – as pessoas aqui tem um bom nível de “cimancól” e já saem numa boa quando veem um carrinho entrando.

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O único problema é que os ônibus só conseguem acomodar no máximo 2 ou 3 carrinhos de cada vez, então se o cantinho dos carrinhos já estiver lotado e você fizer sinal pra parar o ônibus, o motorista não vai parar pra você, a não ser que você concorde em fechar o carrinho e viajar com seu bebê no colo.

Mas isso não chega a ser um problema. Se o primeiro ônibus que passar estiver lotado, basta esperar pelo próximo. Ou então, vá de taxi!

– Táxi (Black Cab e mini cab):

A boa notícia é que todos os taxis Londrinos (os Balck Cabs pretinhos) são 100% acessíveis para cadeirantes, e portanto conseguem acomodar um carrinho de bebê numa boa – e são licenciados pra isso, então você não precisa tirar o bebê do carrinho, nem levar cadeirinha de carro (bebê conforto) etc, podendo até usar o cinto de segurança para cadeiras de roda pra segurar bem seu carrinho.

Já os mini cabs, que não passam de carros normais, como são serviços de pré reserva apenas, você já pode pedir o seu com uma cadeirinha pra bebê (como é o caso do motorista Brasileiro para translados e passeios em Londres) caso não queria levar a sua, ou então levar seu bebê num canguru preso a você.

Essa não é a situação ideal nem mais segura (canguru + cinto de segurança), mas num momento de emergência,  é bom saber que temos essa opção.

– Carro alugado:

Já se sua viagem envolver um carro alugado você deverá levar sua própria cadeirinha de carro, ou então solicitar uma cadeirinha de aluguel pra empresa de locação.

Carros de passeio no Reino Unido são terminantemente proibidos de levar bebês e crianças (até 12 anos se não me engano) sem cadeirinhas específicas pra idade e tamanho/peso da criança, portanto não esqueça de reservar a sua no momento da reserva de seu carro!

– Trens:

Mas na verdade a grande maioria das pessoas que viaja pelo Reino Unido vai de trem, que graças a deus, são super confortáveis pra bebê e crianças!

Assim como nos vagões do metrô, os trens também tem vagões especiais com áreas específicas para cadeirantes, carrinhos de bebe, ou malas e até mesmo bicicletas.

Na dúvida, basta procurar pelo símbolo na porta do vagão.

E uma vez lá dentro, durante sua viagem, todos os trens terão ao menos 1 vagão com banheiro (geralmente são vários) que apesar de não serem os mais limpos da face da terra (nem serem exclusivos para bebês, como no Eurostar!), pelo menos tem uma area mais reservada com fraldário, lixeirinha e pia, onde você pode trocar a fralda de seu bebê com calma e espaço.

(Aqui vale minha dica sobre os trocadores descartáveis – depois de usar é só jogar fora junto com a fralda!)

 

Mas e o resto?

Museus, lojas, pubs e restaurantes? Como amamentar? Trocar fralda?

De maneira geral,  os ambientes em Londres são feitos para famílias, e mesmo os que não são, os Ingleses são politicamente corretos e educados demais para ter a indelicadeza de impedir que uma mãe amamente em público ou troque a fralda de um bebê num banheiro sem fraldário.

Eu nunca senti nenhum tipo de hostilidade por aqui por amamentar em público – o que é uma prática muito incentivada e apoiada no UK me geral. Claro, ser discreta não faz mal a ninguém (até pelo seu próprio conforto) então bastava cobrir a Isabella com uma lenço, fraldinha ou então uma “tendinha” de amamentação (eu usei essa aqui e adorei!). Amamentei em pubs, restaurantes, bares, parques e praças. Se alguém se incomodou com isso, foram discretos e educados o suficiente para não me deixar inconfortável por isso.

Mas infelizmente nem todos os restaurantes, bares e pubs tem a infraestrutura necessária para bebês, e a maioria dos lugares, quando tem fraldário, por exemplo, ele esta no banheiro feminino (se bem que isso esta mudando, e hoje em dia eles se encontram no banheiro de cadeirantes, portanto tanto mães quanto pais podem trocar a fralda de seus bebês tranquilamente). Mas nada que jogo de cintura e uma pia espaçosa não resolvam!

(olha aí o trocador descartável de novo)

Porém uma coisa importante a notar é que nem todos os Pubs e restaurantes tem licença para ter crianças em suas premissas depois de uma certa hora (por causa da venda de bebidas alcoólicas), então sempre mencione em sua reserva que um dos membros de sua família é menor de idade.

Geralmente durante o dia isso não tem problema nenhum, mas já fomos avisados, ao entrar num pub por exemplo, que teríamos que sair antes das 18:00 pois eles não tinham permissão para crianças depois desse horário.

Se isso acontecer, não se sinta ofendido (licenciamento para bebidas alcoólicas no Reino Unido é um assunto complicado e muito fiscalizado) – basta trocar de lugar, ou aproveitar o horário do almoço pra conhecer os restaurantes mais badaladinhos da cidade!

E como os melhores roteiros para passeios em Londres foram feitos para serem explorados a pé, coloque seu bebê no carrinho e seja feliz pelas ruas Londrinas!

Adriana Miller
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