Ano passado, no auge da gravidez e me preparando pra sair de licença maternidade, escrevi um post enorme explicando como a parte legal/corporativa funciona aqui na Gra Bretanha, e como funciona na empresa onde trabalho e meus planos pessoais.
Na época eu tinha muitas duvidas e incertezas de como a “vida real” de ter um bebe em casa iria me mudar, e como eu passaria a encarar meu trabalho e carreira depois do nascimeto da Isabella.
Quase 10 meses se passaram e essa semana minha licença chegou ao fim e eu voltei ao batente!
E antes de mais nada, vou confessar: estou muito feliz de estar de volta!
Ao mesmo tempo que sou extremamente grata por ter tido a oportunidade de passar os primeiros 9 meses e vida da Isabella cuidando dela pessoalmente (e com a segurança de saber que caso fosse necessário ou se eu quisse, poderia ter estendido esse período por mais 6 meses!), eu sempre soube que no fundo no fundo sentiria falta do meu dia a dia e de minha carreira.
Por mais clichê e piegas que possa soar (principalmente pra quem ainda não tem filhos), ser mãe é a coisa mais maravilhosa do mundo! A Isabella me transformou em maneiras inimagináveis e volta e meia me peguei pensando: se eu soubesse que era tão bom assim, teria começado bem antes!! :-)
Mas ao mesmo tempo, ser mãe é uma das coisas mais difíceis que ja fiz. E não estou falando de coisas “práticas” como acordar no meio da noite pra amamentar, trocar fraldas ou lidar com choros e cólicas, nem nada não (porque quando é o nosso bebezinho essas coisas – por mais difíceis que sejam – acabam virando prazer).
Estou falando do lado mais “filosófico” da coisa: aquele eterno conflito de “ser mãe” e ao mesmo tempo “ser eu mesma” e como a sociedade enxerga (e julga!!) essa dupla personalidade e nossas decisões.
Porque convenhamos, ser mãe é uma carreira por si só!
Não reconhecida, não remunerada e na maioria das vezes não aprecidada pela propria família e filhos – nada mais revoltante do que quando ouço alguém falando que fulana “é só mãe”, como se isso não fosse bom o suficiente!
Mas como qualquer outra escolha de carreira na vida, ser mãe em tempo integral demanda um talento especial, e sempre soube que assim como nunca quiser advogada ou publicitaria, também não queria ser mãe em tempo integral.
Tive meus momentos de pânico, imaginando como seria difícil não ve-la durante o dia todo, ter que viajar e passar vários dias longe dela e coisas do tipo; mas ao mesmo tempo, a alternativa era largar todo o resto e me dedicar a ela 100%, o que também não era uma ideia que me agradava.
Então decidi voltar mais ou menos quando eu sabia que queria voltar.
Tivemos um ano delicioso, o verão em Londres foi incrível, muitas viagens e curtimos demais nosso tempo mae-filha!
Mas ai rolaram umas mudanças organizacionais na empresa, e isso foi uma boa oportunidade pra negociar minha volta: optei por não tirar minha licença ate o final do período a que tenho direito, mas por outro lado estou voltando aos poucos, trabalhando apenas 4 dias por semana, viajando menos e com alguns dias no home office – e assim ir pegando o ritmo aos poucos, em vez de ficar tanto tempo longe do escritório e de minha equipe e acabar voltando de sopetão e desatualizada demais!
Assim tenho tempo de ir me acostumando a nova rotina aos poucos, sem sentir que estou abrindo mão de uma coisa ou outra na minha vida pessoal e profissional.
Ao longo desses meses, e principalmente daqui pra frente, eu e o Aaron formamos uma ótima equipe pra cuidar da Isabella; apesar de uma licença paterniadade curta, ele pode coincilar muitas viagens de trabalho com viagens em familia, pode ficar em casa com a gente durante muitos dias todas as semanas, e principalmente sempre fez questão absoluta de participar de tudo e contribuir igualmente nos cuidados com ela.
Então conseguimos nos organizar bem nas reponsabilidades de casa-creche-baba, quem da banho e quem da a janta, quem arruma ela de manha e quem cuida dela na hora de dormir!
Claro que tenho certeza absoluta que esse “sistema” tera muitas excesões e contra tempos (logo no meu primeiro dia de volta ao escritório já tive que planejar viagens para os proximos 2 meses!), mas pelo menos voltei a minha rotina de trabalho 100% confiante de que tudo acabará bem e a Isabella esta em boas mãos!
Então pelo menos até o final do ano, enquanto ainda estarei trabalhando meio periodo, nossa semana será dividida entre 2 dias na creche, 2 dias com uma baba (Brasileira) e 1 dia na semana comigo em casa.
A Isabella já esta nesse ritmo a algumas semanas e se dando muito bem na creche e amando a baba – então nos proximos 3 meses vamos avaliar como as coisas ficarão ano que vem quando eu voltar a trabalhar todos os dias.
Por enquanto foram apenas 4 dias, e estou me sentindo revigorada por ter voltado a trabalhar! E principalmente estou mesmo me sentindo uma mãe “melhor” agora que nosso tempo juntas está muito mais focado na qualidade do que na quantidade do tempo que passamos juntas!
Claro que eu sei que terei muitos dias estressantes no escritório e que tudo que mais vou querer era estar em casa brincando e cuidando da Isabella, assim como tive muitos dias em que a folha de pagamento Russa me pareceu tão mais fácil de entender do que um bebe chorando na madrugada!
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Belo post! Estava curiosa para saber como tinha sido esse retorno!
Imagino como as avós da Isabella devem ter ficado felizes com esse post, parabéns!
Dri, uma perguntinha de ordem prática, tentei fazê-la no local mais apropriado e nào consegui, não sei por que: quais as dimensões do seu Guia de Londres?
Beijo e obrigada!
Acho que o livro mede 20×15
Adriana,
Bom enquadramento com este relato sobre o regresso ao trabalho.
É optimo haver a oportunidade de não trabalhar com o horário completo, pelo menos na fase de adaptação.
Em Portugal, o normal são 4 ou 5 meses (opcional)de licença e no primeiro ano do bébé o horário é reduzido em 2 horas diárias para “amamentação”. Podia ser pior :)
Dri, uma curiosidade. Como é que você dá conta do jantar da casa? Vc cozinha todos os dias ou já deixa tudo preparado no final de semana? Tanto para vcs qto para ela, pois é um tópico q sofro aqui em casa pq chego as 19:30 e até estar tudo pronto só consigo jantar as 21:00 e já estou acabada. Alguma dica? Obrigada!
Eu e o Aaron revezamos, uns dias eu cozinho, outros dias eles cozinha. E se ninguém estiver a fim de fazer janta, pedimos comida pronta por telefone. (essa cosia de deixar tudo pronto raramente da certo… alem da preguiça de passar meu fim de semana fazendo isso hehehe tenho certo nojinho de comida “velha”…)
Mas damos sorte pois eu geralmente chego em casa cedo (umas 6 e pouco) e o Aaron trabalha muito de casa, então é raro um de nós não voltar pra casa cedo pra preparar tudo.
Ontem mesmo eu precisei ficar ate um pouco masi tarde no escritório então o Aaron fez o jantar enquanto eu dei banho na Isabella e coloquei ela pra dormir.
Nossa Dri! Adoro a forma que vc encara a maternidade.. Realmente algumas pessoas nasceram para serem mães (o que não é pouca coisa), mas outras não querem ser em tempo integral e não precisam se culparem por isso.
Olá Adriana ,
Já leio seu blog há algum tempo e quero q saiba q sou uma leitora que admira muito esse espaço criado por vc! Parabéns também pelo guia de Londres ( pretendo comprá-lo em breve ).
Hoje resolvi comentar, pois também sou mãe ( filhota hoje com três anos) e passei por essa transição de voltar a trabalhar e quero desejar para a ” família Everywhere” _Vc, Aaron e Isabella_ muita felicidade, saúde e sucesso. Vcs com certeza encontrarão uma dinâmica onde tudo irá se encaixar a seu tempo!
Ano passado fui com minha filha para Londres ( foi ótimo me surpreendi como pode ser incrível com crianças)e voltaremos esse ano na semana entre o Natal e Ano Novo , já segui sua dica e estamos com os ingresso para o Nutcracker comprados !
Espero que até lá vc continue postando dicas incríveis de Londres e também lugares family friendly que vc vai com a Isabella!
Um beijo e bom retorno ao trabalho !
Oi Adri
Quais horários que ela fica na creche e com a babá? A babá dorme, como aqui? Conciliar os horários tem sido complicado? Foi um retorno bem organizado, claro q dá uma saudade enorme, mas no fim do dia…. só beijinhos na fofinha.
A creche funciona em horario comercial, das 8 as 6; e a babá não dorme aqui em casa não (a não ser que haja necessidade – não gosto dessa coisa de ter um estranho morando na sua casa)
Oi Dri, gostei bastante desse seu post com um viés mais ‘filosófico’! haha
Uma das coisas que me preocupa um pouco quanto a casar e ter filhos é justamente essa visão da sociedade que vc deixa de ser seu ‘eu pessoa’ e passa a ser seu ‘eu-esposa’, ‘eu-casada’, ‘eu-mãe’, e no entanto essas novas ‘pessoas’ não eliminam a primeira, só adicionam a ela!
Muita gente ainda acha estranho um casal fazer coisas diferentes ou ter hobbies que não envolvam os filhos\marido, então é legal ver que vcs conseguem conciliar tudo isso, juntos e em equilíbrio! Parabéns!!
Dri, vc nasceu pra ser mãe, mesmo que não em tempo integral. Numa época (ou país?) em que as mães são neuróticas com tudo, blogueiras fazem do nascimento dos filhos um evento pra sociedade, e toda essa cultura da “elite” brasileira de ter babá para criar o filho no lugar dos pais (ao invés de apenas tomar conta enquanto os pais trabalham, que é o necessário), é belo ver a maneira como vcs encaram a vida pós-Bella e os cuidados com ela, sem neuroses. É por isso – e todo o resto -, que te admiro cada dia mais! Bom retorno ao trabalho. Vai dar tudo certo! :)
beijo grande
Esse post merece ser lido por todas as mulheres, principalmente aquelas que optaram pela “carreira de mãe”.
Vou mostrar para minha, a melhor executiva que conheço ;-)
E, num piscar de olhos os filhos crescem… Aproveite todos os momentos preciosos com sua filha, quando são menores eles precisam mais do nosso amor e atenção para se sentir amados, aceitos, nossas reservas de amor são totalmente utilizadas por eles e nos sentimos muitas vezes esgotadas. O trabalho é até um descanso. Poder dividir estes momentos com um pai amoroso e outras pessoas também amorosas com o bebê é um privilégio, mas não se iluda, se ela pudesse soletrar amor seria T-E-M-P-O. Já passei por tudo isso e as críticas sempre virão, principalmente se você decidir se dedicar pela maternidade em tempo integral nesta fase do bebê.
Que bom que você tem flexibilidade e pode voltar aos poucos, num esquema mais light. Isso faz toda a diferença, pode acreditar.
Eu tive seis meses de licença e, junto com as férias, fiquei sete meses em casa. Acho seis meses uma licença respeitável, não reclamo de jeito nenhum. Por outro lado, quando voltei, foi de uma vez, sem flexibilidade nenhuma. Adoraria ter a opção de, ainda que com redução de salário, poder trabalhar numa carga horária menor, seja não trabalhando todos os dias, seja trabalhando menos horas por dia, pelo menos no primeiro ano. Aqui no Brasil as empresas (e as pessoas) ainda precisam evoluir muito nesse ponto.
Acho que o seu post ilustra bem como é perfeitamente possível uma mãe dedicada trabalhar fora num emprego “normal”. Acho um saco todo esse papo de que criança que vai pra creche ou que tem babá é terceirizada e a mãe é uma dondoca. Claro que tem casos que é assim mesmo, mas essas generalizações, feitas muitas vezes pelas próprias mulheres, só vai contra nós mesmas. O senso comum aqui no Brasil é que ou você é uma terceirizadora que pensa mais em si que na criança, ou você larga tudo e se dedica integralmente (acho bacana, respeito, mas não é para mim) ou você muda tudo e passa a fazer alguma atividade autônoma, como vender produtos, organizar festas, etc. Acho super bacana e apoio qualquer mulher que opte por isso, mas há de se compreender que algumas mulheres podem não ter talento para isso, não ter vontade de ter sua própria empresa ou não querer recomeçar do zero. Antes da minha filha nascer, eu já tinha uma carreira, que eu gosto e que não quero abandonar. Acho que as brasileiras, ao invés de ficar pondo rótulos ridículos umas nas outras, deveriam brigar por mais flexibilidade nas empresas e mais sensibilidade na sociedade com famílias com crianças pequenas.
Bom retorno pra você!
Você age como eu sempre pensei: a maternidade é mais um “grande” passo na vida, mas isso não significa que eu não consiga encarar todos os outros desafios com a mesma dedicação.
É claro que você tem a grande ajuda do seu parceiro e isso é fundamental, mas estar em equilíbrio com os seus interesses “pessoais e profissionais” fazem com que a sua filha perceba que tudo continua bem, e a mamãe só foi até “alí” e logo voltará!!!
Bom retorno e muito sucesso na vida profissional pós maternidade.
É isso aí Dri. E acho que também tem a ver com a forma com que você foi criada e se acha que aquela forma é “o único jeito”, “o melhor jeito” ou se foi ruim e não quer fazer igual. Minha mãe sempre trabalhou e nós tivemos uma infância ótima, nunca tivemos nenhum problema por causa disso. Então pra mim esse é um modelo saudável que eu tento reproduzir na minha casa com os meus filhos, além do que eu também gosto de trabalhar e não me vejo em casa cuidando dos filhos em tempo integral. O bom mesmo é poder escolher, ruim é querer fazer de um jeito e acabar tendo que fazer de outro por motivos fora do controle da mãe.
Concordo muito com a Luciana Misura, e acho que na vida as experiências devem somar nunca anular, vc esta no caminho certo acredite, a Bella vai te admirar muito nessa vida e tudo o que vc fizer, suas decisões, escolhas, servirão de exemplo e direção para ela poder no futuro tomar suas próprias decisões. Desejo a vcs toda sorte, felicidade e força ante as diversidade da vida. Bjs
Nossa, q emocao quanto ao q vc falou sobre ser mae ja e em si um grande trabalho. Fui mandada embora da minha empresa depois do periodo em q eles teriam obrigacao em me manter e aproveitei a deixa pra cuidar o meu filho e depois de dois anos (q completam ano q vem) voltar a trabalhar. Nunca recebi tantas criticas e olhares de reprovacao na vida. Parece ate q estou fazendo algo errado ou ilegal. As pessoas sao loucas, cheguei a essa conclusao. Nunca fui tao feliz, acho o trabalho de mae a melhor coisa do mundo e sei q vou e tenho q voltar, ate porque eu quero, mas a maldade das pessoas e algo sem limites. E o pior e q eu sei q quando voltar e tiver q deixar com baba, creche, etc, ai virão os comentarios q o filho e criado por baba, etc, etc…..olha…dificil viu?! Bjus
Oi Adriana,
lindo o seu post! Realmente ser mãe é maravilhoso e concordo com tudo que escreveu. Toda mãe passa por um imenso conflito, vivo esse até hoje! Por aqui não consegui encontrar nada que conseguisse conciliar a vida que levava e a educação/criação das crianças. Hoje estou um pouco mais realizada conseguindo fazer outra faculdade e com o blog, na esperança de fazer uma carreira que consiga conciliar.
Muito sucesso para você e sua familia. Não sei se você se lembra de mim, mas estudamos juntas na UERJ.
beijos
Dri, você é tudo bom! Adoro seu jeito de pensar! E muitas vezes seus posts são exatamente aquilo que a gente precisava ouvir de uma amiga! Sou mãe de gêmeos de dois meses e me sinto pressionada por tudo o que a sociedade tenta nos impor como conceito de boa mãe, mas no meu coração sinto que antes de tudo preciso estar em equilíbrio comigo mesma, o que significa trabalhar, me cuidar, fazer coisas que me dão algum prazer. E você me ajudou a me sentir super normal quando disse em um comentário que parar de amamentar foi uma das melhores coisas que você já fez! Obrigada por dividir tanta coisa com seus leitores! Sou sua fã! Sucesso para vocé sempre!!!!
Obrigada!
Bem eu parto do principio que a minha filha sera reflexo de minha vida: se eu for uma pessoa feliz e realizada, ela provavelmente tambem sera. Se eu for infeliz e frustrada, ela provavelmente tambem o sera.
E isso tem guiado todas as minhas decisoes (voltar a trabalhar foi apenas uma delas).
Entao por mais que nossa vida tenha virado de cabeca pra baixo e a Isabella eh minha prioridade numero 1, para ser (e me sentir) uma boa mae e faze-la feliz, em primeiro lugar eu tambem preciso ser feliz.
Amamentar por exemplo foi uma experiencia maravilhosa, tem todos aqueles beneficios de saude, amor etc que estamos cansadas de saber – mas ao mesmo tempo foi muito dificil, fisicamente e pscologicamente passar por todo aquele processo.
A sociedade pressiona e claro, sempre queremos o melhor pra nossos filhos, mas por mais frustrado que tenha sido parar de amamentar, eu me surpreendi com o quanto eu adorei a liberdade (de tempo, sobre meu corpo, de ajuda dos outros etc) que parar de amamentar me trouxe.
Eh uma coisa meio tabu, e super “politicamente incorreto” de se admitir, mas eh incrivel a quantidade de mulheres eu conheci que sentiram o mesmo “alivio” que eu!
Amamentar eh um ato de amor, mas reconhecer que amor vai muito alem disso eh tao importante quanto!
Com certeza pretendo amamentar meus proximos filhos, e se possivel por mais tempo do que a Isabella, mas soh enquanto ambos estivermos felizes e satizfeitos! :-)
Me fez bem ler isso Dri. Eu infelizmente nao consegui amamentar meu filho (tenho um problema nos seios). As pessoas me julgaram tanto, ate as midwives…como se fosse minha culpa, quase cai em depressao. Depois de umas semanas eu pensei: quer saber, vou ser feliz porque meu filho ta saudavel e lindo mesmo com formula!! No meu coracao sei que sou otima mae independente de amamentar ou nao. Amo seu blog!!! Parabens!!
Pois eh, acho que nao existe maternidade sem culpa nem cobrancas – de nos mesmos, das familias e das pessoas a nossa volta.
Eu fiquei mal quando percebi que a Isabella estava mamando cada vez menos e menos, e chorei o dia todo quando ela simplesmnte se recusou a amamentar, mas depois fiquei pensando: se eh o que ela quer, esta feliz e saudavel assim, porque ficar forcando a situacao certo?!(ate porque eu nao estava amaaaando o processo, estava numa de “me sacrificar” pelo bem dela)
E fiquei pensando, o Aaron nunca tomou uma gota de leite materno na vida e eh uma das pessoas mais saudaveis e inteligentes que ja conheci na vida (nos anos 70 a mae dele era “contra” amamentar), e tantas outras pessoas que conheco que nao foram amaentadas e nao deixam de amar suas maes por isso, ou amigas e conhecidas que nao puderam amamentar por varios motivos e nao sao menos maes por causa disso.
Ai relaxei e deixei rolar.
Mas as pessoas nao tem “filtro” e cobram, metem o bedelho, querem dar “conselhos” e pitacos!
A minha sorte eh que tenho talento pra ser grossa quando quero (hehehehe) e dei varios foras bem dados em quem tentou me dar “licao de moral” por causa disso!
Hhahaahha
Sei que eh horrivel, mas dei varios foras, daqueles que deixam todo mundo sem graca em volta, que eh pra mensagem ficar bem dada e ninguem mais se meter – seja com boas intencoes ou nao!
Pode acreditar que se você ainda estivesse amamentando, também estaria ouvindo um monte! Em termos de críticas, amamentar ou não amamentar dá no mesmo, sempre vai ter um pentelho para encher o saco. Acho que quando eles são pequenininhos, a pressão é maior para amamentar (embora sejam muito comuns comentários sobre incapacidade da mãe em amamentar), mas depois de uns sete, oito meses a pressão para desmamar é muito grande e vai ficando cada vez maior. As pessoas adoram se meter no que não é da conta delas e tem gente que parece que se ocupa em tempo integral em fazer mães se sentirem mal com suas escolhas.
Ahhh é. E com o tempo eu passei a ver o lado bom da formula: meu marido pode ajudar muuuito mais, o Henry (meu filho) dorme a noite toda – o que é raro entre bebes novos que so amamentam. Mas esses beneficios de dar formula sao tabu, principalmente numa sociedade igual aqui na australia onde as mulheres nao so julgam mas acham um maximo ser natureba e querem parto sem epidural, etc. E sinceramente quando eu tiver o proximo filho vou levar formula pro hospital (como ja sei que nao posso amementar) e nao vou sofrer.. talvez eu leve uma garrafa de champanhe tb pra comemorar com estilo heheh vou aprender a ser grossa tb com os palpiteiros…..!!!!!
Aqui as mulheresd tambem batem no peito com essa historia de ser natureba e nao tomar epidural!
De todas as minhas amigas/conhecidas eu fui a unica que tomou anestesia e elas nao entendem porque eu nao quis “experienciar” o nascimento da minha filha (o que obviamente nao eh verdadee eu senti tudo – menos dor!).
Mas os hospitais e o sistema de saude aqui tambem sao radicais, e nem sequer eh permitido levar formula pro hospital, nem mamadeiras nem chupetas! Se rolar uma emergencia e amae nao conseguir/puder amamentar, temos que tirar o leite com a bombinha deles, e em ultimo caso eles dao uma formula “hospital grade” deles mesmo.
E olha, nada como dar um fora bem dado naquela vizinha sem nocao ou na tia chata! hahahaha! Da uma alivio menina!!! Recomendo!
Gostei do post! Vou dar uma sugestão: vou colocar lá no FORUM um tópico sobre o dia a dia com bebê (tanto para quem trabalha ou não), acho que é legal para trocar ideias, sobre a organização do dia a dia, etc. Lembro que uma vez li numa revista o relato do dia a dia de mães em variados lugares do mundo, e seria legal ouvir das leitoras daqui como elas se organizam nessa vida de mãe, nos seus variados países e realidades. Vou começar relatando a minha experiencia.
Pode ser Dri ?
Otima ideia Carla!
Posta la sim, ai fic amsi facil trocarmos ideias sobre maternidade :-)
Dri, não consegui criar o tópico. Sei que está tudo explicadinho lá, mas não tá dando certo. Aparece esta mensagem aqui:
ERROR: Your topic cannot be created at this time.
Nossa, escrevi um monte..hehe…mas não consegui postar lá.
Ai meu deus, esse erro volta e meia aparece e nao consigo resolver! Nao perde o texto nao! Da um copy/paste num e-mail ou algo do tipo :-)
Dri, eu salvei o texto e te mandei por email, acho que é o único jeito !!!
Depois quando puder coloca lá no forum?
Tudo de bom.
Carla.
Ja esta la, e ja respondi! :-)
Queridas mamães, reflitam, os empregos não vão sumir, nem os trabalhos profissionais irão acabar, mas somente hoje seu filho ou filha tem 9 meses/1 ano/2 anos/3 anos. O relacionamento de amor e respeito com ele/a como ser humano, a qualidade do vínculo entre vocês está sendo formada agora. Procurem obter sabedoria e tenham uma vida plena. Abraço em todas.
Andrea,
Sao justamente comentarios como o seu que me levaram a escrever esse post – o que eh certo pra voce e seus filhos nao necessariamente sera para todas as maes e pais por ai.
Quando uma mae opta trabalhar (ou que simplesmente TEM que trabalhar pra pagar as contas no fim do mes) nao significa que seus filhos a amarao menos, nem serao menos felizes e nem sequer que aquela familia ou relacao mae/filhos sera melhor ou pior do que para maes que optam ficar em casa 100%.
Se a mae se sente realizada se dedicando interiamente ao filho, otimo pra ela. Mas caso contrario, otimo pra ela tambem!
E nao cabe a ninguem interferir, palpitar nem julgar as escolhas alheias.
Despulpem-me se o meu comentário pareceu de julgar as escolhas alheias, a ênfase que eu gostaria de dar é a da necessidade de as mães investirem neste relacionamento com seus filhos enquanto ainda pequenos o máximo “possível” independente de ficarem ou não em casa 100%. Muitas mães estão em casa e emocionalmente distantes dos seus filhos, existe de tudo. Desejo a todas que tenham uma vida plena, pessoal, profissional e principalmente maternalmente.
Estava um pouco ausente do blog mas sempre que volto entendo porque continuo sempre voltando. Vc me ajuda muito com seus relatos. O mundo se diz tão moderno mas continua tão retrógrado não é? Depois de 3 anos de casada e com quase 30 a cobrança da família para ter um filho está passando do limite e me chateando. Pode soar um pouco egoista mas nossa vida está tão boa como casal… Fico pensando… Como vai ser com filho? Será que vamos levar numa boa? Vou esquecer de mim e só pensar nele? Vou conseguir sair de casa e deixa-lo com alguém? Porque algumas mães podem ter o seguro maternidade e curtir esses primeiros meses. No seu caso Dri, ficou um tempo bem bacana! Eu vou ter que voltar a trabalhar o mais rápido possível… dois meses no máximo, quem tem seu negocio não pode (nem que deseje) se ausentar por muito tempo. Claro que tem a flexibilidade de leva-lo a Agência… mas o tempo será dividido. Eu estou planejando engravidar no próximo ano e é muito bom para mim ver seus relatos principalmente os que vc diz ser mais clichês. Acho que são exatamente eles que nos fazem querer entrar nessa jornada.
Dri, o seu post foi ótimo, verdadeiro e inspirador! Muito boa sorte na sua nova fase!
Nossa, mãe tem telhado de vidro mesmo! Eu resolvi amamentar minha filha até 1 ano de idade, e também ouço críticas. A gente tenta fazer o melhor, a gente erra, acerta, mas o que eu nunca vi é como as mães são cruéis com as outras mães, ainda mais na blogsfera. É um tal de criticar quem não amamenta,ou quem amamenta, ou quem trabalha, ou quem não trabalha, é um tal de criticarem as que são “menos mães”, por causa disso, ou aquilo.
Por que as pessoas não usam o seu tempo/energia para cobrar do governo uma licença maternidade mais decente, uma licença PATERNIDADE mais humana????
E mesmo aqui neste blog, já vi muita gente criticar as tais “mães neuróticas” … gente, ser mãe não é nada fácil não, e cada um sabe onde o calo aperta. Essas “mães neuróticas” talvez só estejam um pouquinho descompensadas pelas noites maldormidas, falta de apoio do marido/família, é normal a gente se sentir desorientada por um tempo.
Dri, concordo contigo. Não importa a quantidade de tempo e sim a qualidade do tempo que vc terá com seu filho.
Conheço mães que ficam em casa com seus filhos e não estão realmente presentes na vida deles. Da mesma forma que conheço mães que trabalham (e se sentem super bem com isto), mas quando estão com seus filhos, são super mães também (o tempo é realmente a eles). Da mesma forma que conheço mães que abriram mão dos seus empregos para se dedicar a maternidade e são super mães! Dedicam-se e estão presentes!
O importante, como vc mesmo falou é se sentir bem e realizada, para vc poder também transmitir isto para os filhos.
Não sou mãe ainda, mas já estou me preparando para começar a tentar no inicio ano que vem. E a principio compartilho da mesma opinião que a sua. Preciso do meu trabalho!
Ótimo post!
Bjs
Adriana, gostei muito desse post. Admiro o jeito como vc encara a vida e o equilíbrio que adotou para cuidar da Isabella e voltar a trabalhar. Uma amiga postou no facebook o link abaixo que achei interessante, divertido e propício para o tema e as opiniões desse post. http://www.macetesdemae.com/2013/08/50-coisas-que-voce-nao-deve-fazer-falar.html
NOssa! muito bom esse link!
Da proxima vez vou estampar uma camiseta com esses comentarios e vestir sempre que alguem for visitar uma recen-mae! :-)
Boa ideia!
Oi Dri, que bom perceber a sua serenidade e segurança no retorno ao trabalho. Eu voltarei a trabalhar em janeiro e sei que não será fácil. Mas já me organizei com a creche (ele começou mês passado) e com uma babá. Mas eu te admiro muito pois vejo que vc dedica bastante tempo ao blog (que exige tanto quanto um filho,rsrsrsrs – talvez porque ainda estou começando…. ). Eu estou tentando conciliar tudo… Tenho fé que vou conseguir! Um beijao e mt sucesso, Denya
Dri e demais mamães espiem o livro http://books.google.com.br/books/about/As_Cinco_Linguagens_Do_Amor_Das_Criancas.html?hl=pt-BR&id=IZ86ovXxSXAC acho que vão gostar.
Dri, aqui na Alemanha a escolha de amamentar ou nao é super respeitada. Parece que no hospital vc pode já avisar que nao vai amamentar, e eles te dao um comprimido antes do parto pra nao deixar o leite descer. E muitas mulheres fazem isso!
Quando contei essa história no Brasil e mencionei que talvez faria isso um dia, quase fui espancada pela minha família, principalmente por uma prima nutricionista. Fiquei chocada com essa posicao tao extrema!!! Tipo todo mundo fazer cesárea é ok e bacana, mas na hora da amamentacao todas as mulheres tem que virar natureba? É muita hipocrisia.
Cada um sabe o que é melhor, tem que dar uma de grossa mesmo com gente sem nocao.
Oi Dri,
Descobrir seu site hoje e confesso que fiquei maravilhada com tantas informações sobre Londres e sobre a família Everywhere.
Estou a um mês pesquisando com meu marido a possibilidade de irmos morar no exterior, pensamos em Londres, Dublin e Berlim, mas na verdade o objetivo dele é MIAMI. No entanto, ele tem o nível de inglês intermediário, não fluente e o meu básico; nossa busca tem sido em qualidade de vida e maiores oportunidades não só para nós como para o nosso filho de 4 anos.
Estava nesse mesmo confronto que você em voltar ou não a trabalhar, porque em dezembro/2012 pedi para me demitirem para ficar mais tempo com ele, na verdade me culpei muito por estar muito ausente nos últimos 2 anos, trabalhando viajando em uma empresa varejista em expansão daqui de Salvador. Mas confesso que nos últimos meses essa escolha já não estava sendo tão prazerosa e lendo estes post’s acho que encontrei a resposta que precisava; se eu não estou feliz vou acabar transmitindo minha frustração para ele e ele crescerá um menino frustrado também.
Obrigada pela ajuda, pelos post’s, continue com este trabalho lindo que com certeza muita gente esta sendo beneficiada, assim como eu.
Grata.
Camila Fialho
Oi Camila!
Obrigada!
Sobre a questao de morar ou nao no exterior, meu pitaco numero 1 sempre eh em relacao a lingua.
Sua qualidade de vida no novo pais sempre sera diretamente relacionado a sua fluencia na lingua local – so assim voce podera conseguir bons empregos, fazer amigos, se integrar na sociedade e curtir as cosias que fazem com que dterminado lugar seja melhor ou pior.
Entao sair do Brasil, onde (apesar de todos os pesares que ja conhecemos) voces ja tem uma vida estabelecida, familia, amigos, empregos, etc e ir pra outro pais e comecar do zero ja eh uma coisa super dificil, sem dominar (muito bem!) a lingua entao, fica tudo muito pior.
Afinal sem falar Ingles (ou Alemao, no caso de Berlin) voces acabarao sendo renegados a sub-empregos, acabarao apenas fazendo amizades com imigrantes (provavelmente Brasileiros – que nao tem problema nenhum, mas dificulta um pouco a adptacao na cultura local), e ate coisas mais praticas do dia a dia, como conversar com o medico do seu filho, ou as professoras da escola, ou no supermercado do bairro, etc.
Enfim, a decisao de morar fora ja eh bastante complexa por si soh, e ainda masi quando incluimos uma crianca na decisao, entao eh preciso estar super bem preparado e com muito planejamento (uma boa poupanca para emergencias, cursos de lingua, empregos/cursos alinhados, pesquisa sobre bairros, escolas, salarios, educacao e saude, etc, etc).
No forum aqui do blog ja temos alguns topicos sobre morar fora, e ate mesmo sobre a mudanca de pais com criancas pequenas a tiracolo. Aproveite pra participar! :-)
Concordo plenamente com seu ultimo comentario Dri. Acho que a maioria das pessoas tem uma ilusao do que e morar fora. Acham que a vida de quem mora fora do pais de origem e mais facil, mais feliz e mais bonita. Isso tudo depende. Na epoca de faculdade eu lembro que pelo menos uns 30 amigos e conhecidos sairam do pais para estudar e trabalhar ou tentar a vida la fora e hoje, anos depois, tenho apenas 4 que ainda moram fora, o resto voltou. E se vc for estes 4, 3 deles estao la ou porque ja sairam daqui com um emprego bom em uma boa empresa ou conseguiram como voce ir subindo de empresa em empresa ate conseguir um bom lugar. A outra esta la porque casou com um brasileiro que tem tambem um otimo emprego. Todos tambem sempre foram fluentes na lingua, moram e vivem bem. Acho que isso faz toda a diferenca. Eu leio sei blog ha muito tempo e vejo que se voce esta onde esta hoje foi devido a muito esforco, estudo e uma coisa meio “era pra ser” porque os caminhos sempre foram positivos. Entao acho que sair do seu pais pra encarar um mundo novo la fora, por mais que o pais destino seja incrivel, vai sempre depender de muito preparo, estudo, planejamento e sorte. E a pessoa tambem tem que ser um pouco free spirit, porque tem gente que volta porque nao aguenta a saudade ou a solidao inicial. Se isso tudo estiver em sintonia ok, senao eu acho que sera apenas uma experiencia de vida ou uma grande furada. Bjs,Dani
Adriana, será que vc poderia comentar um pouco sobre como foi escolher a creche? Minha comadre está mudando para Londres e meu afilhado tem 18 meses. Fiz uma seleção de nurseries no bairro onde eles morarão e li os relatórios do Ofsted, para verificar as avaliações. Chegamos em algumas opções. Olhamos apenas as particulares, mas sei que existem as públicas também, mas não sei como é o processo e os critérios para distribuição das vagas. Vc tem alguma recomendação/dica/macete? Obrigada desde já!
As públicas também são pagas, então na verdade só muda o estilo de administração entre uma e outra.
Nós também optamos por um privada, mas na hora da escolha final, só mesmo indo em cada uma pra ver e “sentir” o lugar.
Pra mim o principal era o ambiente, se era bonita, “feliz”, arejada (os lugares são muito escuros e fechados em Londres), além de coisas mais praticas como a area de dormir, as refeições (por exemplo, na creche que escolhemos a Isabella come comida “de verdade” desde o inicio e aprende a comer sozinha, que é a mesma técnica que usamos em casa), os espaço de brincar, as outras crianças da turma, as cuidadoras, etc.
Ou seja, meu melhor conselho pra sua comadre é pegar sua lista e ir visitando uma a uma antes de tomar uma decisão. (e não esqueça que muitas delas tem lista de espera que podem chegar a alguns meses no centro de Londres).
Obrigada, Adriana!