18 Sep 2014
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Fotografia Everywhere – Dicas e Tutoriais

Fotografia Everywhere

FotoEverywhere Atendendo aos muitos pedidos que venho recebendo (nos últimos anos na verdade, mas meu bloguinho esta sempre atrasado e correndo atrás do preju!), vou começar uma nova seção aqui no blog – “Fotografia Everywhere”, onde eu e o Aaron vamos compartilhar algumas dicas sobre fotografia e equipamentos fotográficos e responder as principais duvidas.

Obviamente não somos profissionais, apenas apaixonados pela arte (eu!) e ciência (Aaron) da fotografia, o que é uma atividade que combina perfeitamente com nossa principal passatempo – viajar! (além das fotos fofas da Isabella, claro!)

Eu já postei aqui algumas vezes uma blog de fotografia de viagem que o Aaron criou uns anos atrás, mas apesar de minha insistência, ele desistiu completamente da vida de blogger, e o ultimo post foi em 2013.

Além disso, o blog era todo em Inglês, então muitos leitores daqui não conseguiam usufruir das dicas.

Então algumas dicas que vou postar aqui serão apenas traduções adaptadas do que ele já escreveu por lá (pra que redescobrir a América, né?), de forma mais didática e focando na “ciência” da coisa, entendendo melhor as funções de sua câmera.

Outras dicas serão em relação ao equipamento que usamos: câmeras, flashes, lentes, tripés, e cacarecos em geral, e o principal, como armazenamos tudo, e como carregamos tudo isso em viagens.

E claro, também vou incluir resenhas e dicas de nossas câmeras e lentes.

E por fim, algumas outras “técnicas” fotográficas e de vídeo que usamos com bastante frequência (HDR, Star Trail, Time Lapse, etc) que sempre geram varias perguntas.

Obviamente ninguém vai virar profissional só por ler as dicas (amadoras) que postaremos por aqui, até porque nos mesmos não somos profissionais e estamos sempre aprendendo coisas novas, e o que não faltam por aí são cursos e tutoriais bem mais profissas que a gente (pra quem quiser aprender meeeesmo!).

Mas as vezes, basta uma opinião mais pessoal e didática pra fazer com que a gente aprenda uma coisa que já ouviu mil vezes, né?

Então a medida que os posts entrarem no ar ou se vocês tiverem dicas especificas sobre algum foto de viagem que fizemos, ou qualquer coisa relacionada a fotografia, é só avisar!

Adriana Miller
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Adriana Miller
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17 Sep 2014
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Pompeia (depois de tantos anos e com crianças!)

Dicas de Viagens, Italia, Pompeia, Viagens pela Italia

Ano passado, o British Museum em Londres, recebeu uma exposição incrível: inteiramente sobre Pompeia, sua história e ruínas, e desde então fiquei morrendo de vontade de voltar a cidade.

E como o Aaron nunca tinha ido, já começamos a planejar uma viagem para a região para esse ano!

É sempre incrível poder voltar a lugares assim… Ter o privilégio de conhecer Pompeia já é indescritível, e ainda mais voltar depois de tantos anos, e acompanhada de meu marido e filha, não tem igual!

Chegar até lá foi bem fácil a partir de Sorrento, cidade que usamos de base. Sorrento e Pompeia fazem parte da rede Circunvesuviana de trens, que conectam várias cidade da área, custa apenas 2,20 Euros e a viagem demora cerca de meia hora.

Pompeia é uma cidade única! Na primeira vez que fui, estudei a história minuciosamente, comprei guias e já cheguei sabendo tudo que precisava saber e o que queria ver por lá, e essa empolgação não mudou nem um pouco dessa vez e apesar de que sabíamos que seria difícil conseguir explorar as ruínas livremente com a Isabella a tiracolo, ainda assim fomos.

Claro que foi bem mais difícil: o calor estava super intenso, com aquele sol a pino do verão Italiano, e Pompeia simplesmente não é o tipo de lugar que tenha muitas sombrinhas, ou árvores nem nada disso.

Sem falar, nas pedras e pedregulhos pelo caminho, e ruas e calçadas impossíveis de serem encaradas com um carrinho de bebê.

Mas ao mesmo tempo, nosso dia acabou sendo bem melhor do que imaginamos que seria! Foi um passeio limitado e focado, sabendo muito bem o que queríamos ver por lá, seguindo os melhores roteiros “acessíveis” (pedimos um mapinha com essa informação na entrada) e muitas vezes nos dividimos – um de nós ficava brincando com a Isabella na sombrinha em algum lugar, ou “estacionado” numa sombrinha enquanto o outro ia sozinho explorar a área tal das ruínas.

Eu sei que a primeira vista, Pompeia parece ser o lugar mais “anti crianças” do mundo, e obviamente que com 1 ano e 7 meses a Isabella não fazia a menor ideia de onde estava – mas adorou subir e descer as pedras e escadinhas, brincar de pique esconde nas colunas milenares, catar pedrinhas no anfiteatro Romano.

Por isso que sempre digo: qualquer viagem pode ser kids friendly e feitas com crianças, e cabe aos pais saberem se adaptar e tornar o dia agradável para os pequenos.

Se ela fosse um pouquinho mais velha, eu teria focado em explicar (“ludicamente”) como era a vida dos Romanos, o fato que podemos entrar nas casinhas e ruas e as diferenças das cidades de hoje em dia.

Mas como ela ainda é muito bebêzinha, focamos em deixar ela solta a maior parte do tempo possível, andando pra cima e para baixo, subindo e descendo e fazendo as coisas que ela gosta (ela é muito ativa e não pára quieta!).

E claro, muita água, muito suco, muitas frutas e muito filtro solar!

Mas confesso que achei que já conhecer Pompeia ajudou nesse processo. Afinal Pompeia é uma cidade inteira em ruínas, então você poderia passar dias por lá (sem exageros!) entrando em cada ruazinha, cada ruína, tentando explorar cada canto.

Mas como não tínhamos todo tempo do mundo, e ainda tínhamos a Isabella, fomos objetivos no que não podia deixar de (re) ver!

Claro que também passamos bastante tempo perambulando por lá, que é uma das coisas mais legais de se fazer, mas pra dois apaixonados por história como nós, queríamos visitar as ruínas que nos mostram bem como era a vida a mais de 2000 anos atrás!

Logo na entrada da cidade, como em quase todas as cidades Romanas está o Forum, que era o epicentro da cidade – o principal mercado, onde eram feitos os julgamentos e decisões, e onde a vida de Pompeia era decidida.

De lá também se tem vistas incríveis do Vesúvio bem ali do lado, e hoje em dia é onde fica o galpão onde estão armazenadas as relíquias encontradas nas ruínas e escombros das casas, além de algumas “estátuas” dos corpos encontrados nas cinzas.

Uma coisa que eu adorei foi finalmente ter visto o “Cane” (cachorro), a estátua de um cachorro que foi encontrado nas rúnias, pois foi deixado preso por uma corrente (quando fui da última vez, o “cane” estava viajando por outros países em exposições).

Até então os arqueologistas e historiadores achavam muito estranho o fato de que não havia resquícios de animais na cidade! Mas hoje em dia a teoria é que os animais fugiram da cidade antes dos humanos, assim que começaram a sentir o cheiro de gás pré-erupção, e apenas sobraram os que estava presos, ou como o “Cane” acorrentados.

Tem também os anfiteatros e coliseus de Pompéia, que apesar de serem pequenos por comparação a outras cidades Romanas, estão super bem conservados. Mas o que eu gosto mesmo em Pompeia é que nos arredores das duas ruínas (anfiteatros e Coliseu) é possivel ver os bairros e ruas de “entretenimento” da cidade, pois é onde ficavam os restaurantes, bares e bordéis de Pompeia.

É uma coisa meio surreal né, pensar que ha milhares de anos atrás os humanos já gostava de fazer as mesmas coisas que a gente faz hoje em dia!

Mas em vez de pegar um cineminha com o namorado ou amigos, os Pompeianos iam no coliseu assistir um leão matar um cristão, ou iam assistir uma peça de drama ao vivo – e logo depois iam comer fora nos muitos restaurantes da cidade, ou nas casas de vinho!

Outro ponto muito interessante é o bordéu, ou o “Lupanar” e sua arte erótica! A especulação é que como Pompeia era um centro comercial muito importante na época, recebia muitos visitantes que não falavam o mesmo dialeto de latin que se falava por lá. E além disso, as prostitutas eram geralmente prisioneiras trazidas da Grécia, Turquia ou norte da África e não falavam a mesma língua que seus clientes.

Então as paredes do bordéu são forradas de cenas “eróticas” que serviam de menu – antes de entrar num quartinho, o cliente olhava as fotos, escolhia o que queria e pronto! Negócio fechado!

E por fim, “i morti”, ou “os mortos”, que são um dos principais diferencias das ruínas da Pompeia – o fato de que foram encontrados “vida”, que ajudou os historiadores a tentar entender um pouco melhor o que aconteceu por lá.

Então durante as escavações um dos arqueólogos começou a reparar que entre os escombros e a cinza solidificada, volta e meia eles encontravam uns buracos de “ar”, como se fossem bolhas de ar em formatos estranhos. Mas como aquilo não era condizente com a solidificação daquele tipo de cinza, eles resolveram colocar gesso dentro de uma das bolhas pra ver qual o formato que sairia da “forma”.

E pronto! Encontraram os seres humanos que não conseguiram fugir de Pompeia e morreram asfixiados pelo gás, soterrados pelos prédios e afins.

É possível ver famílias inteiras, com adultos crianças e bebês, com os detalhes de suas roupas, as sandálias de couro romanas e até mesmo as expressões faciais.

É meio mórbido, mas fascinante!

Acabamos não ficando o dia inteiríssimo lá em Pompeia não, e depois que a Isabella acordou de sua soneca da tarde, pegamos o trem de volta para Sorrento e fomos curtir a piscina do hotel com ela!

Ah! E ela ganhou um enorme gelatto como prêmio de bom comportamento! :-)

Adriana Miller
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16 Sep 2014
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Dicas práticas de Sorrento: como escolher sua hospedagem, dica de hotel e restaurantes

Dicas de Viagens, Italia, Sorrento, Viagens pela Italia

Como eu comentei no post sobre Sorrento, a cidade é bem fácil de ser navegada – apesar da divisão “geográfica” entre a parte “baixa” (mar) e a arte “alta” (cidade) da cidade, o centro e a parte histórica de Sorrento fica toda concentrada no alto do penhasco da costa Italiana, e uma vez lá em cima, tudo é bem pertinho e de fácil acesso.

Ou seja, sem grandes escadarias, nem ladeiras, nem nada que dificulte demais a vida dos turistas. Muito pelo contrário, pois no centrinho da cidade, a grande maioria das ruas são fechadas ao trânsito, então é possivel andar livremente e tudo é muito pertinho, então é super fácil fazer tudo a pá, e ao contrario de Capri, não precisamos usar táxis nem ônibus pra nada.

Mas isso tudo muda, e muito, dependendo de onde você ficará hospedado, pois na verdade, Sorrento como um todo é uma cidade bem espalhada, e devido a sua geografia montanhosa, algumas partes da cidade ficam mais isoladas.

Quer dizer, tudo continua pertinho, mas por causa das escadas, ladeiras e estradas estreitas (e lotadas de motoristas Italianos!), andar a pé se torna impraticável, então o uso de transportes ou carro alugado (e estacionamento na cidade antiga!) é imprescindível.

Mais uma vez eu tive todo cuidado do mundo na hora de escolher nosso hotel, seguindo minhas máximas: ótima localização, quartos confortáveis, bom preço e no caso de Sorrento também um piscina (já que a “praia” não era uma opção para nós), além de uma varandinha e uma linda vista!

Então passamos 2 noites no Hotel Regina, que foi perfeito!

A localização não poderia ter sido melhor: bem no centrinho histórico da cidade, mas já afastadinho o suficiente para evitar as ruas barulhentas a noite (os Italianos são muito barulhentos!), e com vistas incríveis para o monte Vesúvio e a baia de Nápoles bem da nossa varandinha!

O hotel foi todo reformado recentemente, então os quartos, banheiros e áreas em comum são novíssimas e super modernas (amei o a banheira de hidromassagem do nosso banheiro, e foi ótimo relaxar lá depois de passar o dia todo andando em Pompeia!).

As áreas comuns do hotel merecem dois destaques: a piscina bem no meio de um jardim de limoeiros, com mesinhas em volta de um bar, e espreguiçadeiras em volta da piscina.

E a cobertura do hotel –  de manhã o café da manhã é servido no restaurante do último andar do prédio, e se não bastasse o café ser delicioso, ainda tem aquele vista sensacional do mar e do Vesúvio.

E na cobertura, todos os dias no fim da tarde ele abrem um bar (também aberto a não hóspedes) a céu aberto com aquela vista 360 graus da cidade e da baía! O lugar era tão gostosinho, que uns amigos que também estavam em Sorrento na mesma época foram lá curtir o bar com a gente!

 

(Hotel ReginaVia Marina Grande 10, Sorrento)

 

E também aproveitamos bem o concierge do hotel, pedindo dicas de bares e restaurantes, e conseguimos testar alguns.

Para almoço fomos no Inn Bufalito, um “mozzarella bar”, onde tudo leva a muçarela de búfala típica da região. Além do bar/restaurante onde servem pratos, saladas, sanduíches e afins com muçarela, também tem uma lojinha onde você pode comprar diferentes tipos do queijo, com diferentes temperos e tals.

Para jantar na primeira noite fomos no “Sacro e Profano“, com uns amigos por indicação do hotel e gostamos bastante. A comida é bem Ítalo-moderninha, servindo pratos típicos Italianos e Sorrentinos, mas com um twist. E o melhor, com um preço muito bom!

E na última noite na cidade, resolvemos sair andando pelo centrinho e procurar um lugar com carinha simpática, e acabamos escolhendo por um restaurante bem em frente a Igreja, ali no miolo da Via Accademia. Não lembro do nome de jeito nenhum, mas achei engraçado como várias leitoras comentaram no Instagram que também comeram lá! Realmente não tem como perder.

A comida não foi lá grandes coisas não, mas valeu mesmo foi pela localização bem ali no buchicho da cidade antiga!

Outra dica que estávamos doidos pra testar (mas demos mole de não reservar!) foi o Bagni Delfino, que fica lá embaixo na Via Marina Grande, mas já chegando na outra marina de Sorrento, e bem na beira do mar. Foi recomendado por uns amigos como um dos melhores frutos do mar da cidade, daqueles que o pescador tira o peixe do mar e vai direto pro seu prato! Fica a dica, mas não conseguimos testar pessoalmente…

Adriana Miller
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