O que tem pra fazer em Bagan? Simples: templos, pagodas e estupas!
No total são mais de 2000 mil os templos de Bagan, dentro da área de conservação, que foi a antiga capital do império de Pagan, entre os séculos 11 e 13.
Durante o auge do império, a região de Bagan chegou a ter mais de 10 mil templos, sendo que a maioria dos 2 mil templos ainda existentes, são originais dessa época.
Mas nem todos os templos são tão centenários assim, e muitos outros foram sendo construídos e destruídos ao longo dos séculos.
Muita gente compara Bagan a Wangkor Wat no Camboja, porém a principal diferença entre eles a meu ver, é que Bagan ainda é 100% ativo, enquanto que no Camboja, o que vemos são templos e palácios de uma civilização que já não existe mais.
E isso realmente foi o que ficou mais aparente na nossa visita à Bagan: todos os templos que visitamos eram de fato usados pela população local, e não apenas “museus”. Então tirando alguns dos templos principais e nos horários de pico (nascer do sol e pôr do sol), era raríssimo vermos turistas por lá.
Então a sensibilidade cultural é imprescindível, respeitar um lugar de adoração ativa e a fé budista da população local.
Todos os templos permitiam fotos e filmagem sem problemas, mas é preciso ter cuidado ao fotografar pessoas, e os momentos íntimos de prece. Na verdade os Burmameses adoram uma foto, e geralmente se sentiam lisongeados quando pedíamos pra tirar uma foto. E como eles também tiravam muitas fotos nossas (e com a gente), aproveitávamos a deixa pra pedir pra tirar fotos dos locais também!
Outras regrinhas a serem observadas, comuns a todos os templos Budistas que já visitamos na Ásia, são coisas como por exemplo, não usar sapatos dentro dos templos, não expor ombros nem joelhos (para homens e mulheres), não tocar na cabeça das pessoas, não tocar nas oferendas, e não fazer barulho.
Nós visitamos muitos, muitos templos – mas seria impossível sequer chegar perto de visitar todos eles! Mas a maioria deles não tem nome, ou então tem apenas placas e informações em Birmamês (a língua local), então entramos e saímos sem saber seus nomes, história e propósito.
Mas isso foi uma das coisas legai de termos passado tanto tempo (5 dias) em Bagan – conseguimos visitar e conhecer bastante coisa sem pressa, nem pressão. E como estávamos hospedados dentro da área de conservação, as vezes simplesmente saíamos andando sem rumo pelo parque, andando entre os templos, sem um roteiro nem “lista” pre estabelecida.
Mas os templos principais e mais legais de serem visitados são:
Ananda:
Um dos principais e mais antigos de Bagan, datando de 1105 d.c, composto por várias alas que culminam na Pagoda central.
O interior é decorada com 4 Budas enormes, cada um direcionando uma das direções cardinais: Norte, Sul, Leste e Oeste, representando ensinamentos e crenças Budistas.
Schwezigon:
A Pagoda Schwezigon é praticamente um símbolo de Myanmar, com sua estrutura dourada coberta com mais de 30 mil placas de cobre, e data de 1102.
Diz a lenda, que Schwezigon guarda, em sua fundação, um dente e um osso de Buddha, e portanto é um dos principais templos de peregrinação do Myanmar.
Essa foi o primeiro templo que visitamos, logo no primeiro dia, e foi sem dúvidas a mais impressionante – uma ótima recepção de boas vindas ao país!
Thatbyinnyu:
O templo Thatbyinnyu também data do século 12, sendo adjacente ao templo Ananda (o primeiro da lista aqui nesse post).
Ele não está entre os maiores nem o mais bonito de Bagan, mas é uma construção histórica, pois foi um dos primeiros templos de dois andares a serem construídos, e é impressionante que ainda esteja de pé!
Myanmar é uma região que sofre muitos terremotos, o que destruiu muitos de seus templos ao longo dos séculos, principalmente os considerados mais “ousados” como é o caso do Thatbyinnyu.
Em volta do templo tem um mercadinho, e muitas barraquinhas vendendo souvenirs e quinquilharias, e também uma opção pra quem estiver o dia todo na estrada, e quiser um lugar pra parar e comer ou beber alguma coisa.
Shwesandaw Paya:
A Pagoda Shwesandaw foi um dos poucos lugares onde era impossível não ver muitos turistas: é de lá que se vê um dos por do sol mais espetaculares de Bagan.
Então todos os dias, assim que a tarde começa a avançar, os turistas começam a chegar e se empolierar nos 5 níveis do terraço do templo.
Infelizmente, ele também foi um dos templos danificados no terremoto que atingiu Bagan em Maio de 2016, então espero que o templo seja recuperado rápido!
Sulamani:
O templo Sulamani data do século 12, porém foi muito danificado num terremoto em 1975, quando foi restaurando pela última vez.
E no seu interior, em vez de grandes esculturas, ele apresenta pinturas e alfrescos, que apesar de já terem sido restaurados alguma vezes, também datam do século 12
Dhammayazika:
A Pagoda Dhammayazika foi uma visita tardia durante nossa estadia em Bagan – apesar de nunca aparecer em muitos guias nem informaç#oes sobre os templos de Bagan, essa pagoda dominou totalmente a paisagem durante nosso voo de balão, então assim que voltamos a terra firme, fomos lá conferir de perto!
O templo (que também é do século 12), não tem muita informação disponível, pois (aparentemente) não tem nenhuma grande história por trás de sua construção – mas mesmo assim achamos que valeu a visita, pois o templo é lindíssimo!
Visitamos também vários outros templos, que o nosso guia ia nos levando e não tínhamos muitas informações sobre. Ou então estávamos passando pela estrada e víamos algum templo bonito no horizonte e pedíamos pra parar – e isso sem dúvidas foi a parte mais legal da nossa exploração… esse não-compromisso, e a liberdade de ir parando de templo em templo…
Adriana Miller, Carioca. Profissional de Recursos Humanos Internacional, casada e mãe da Isabella e do Oliver.
Atualmente morando em Denver, Colorado, nos EUA, mas sempre dando umas voltinhas por ai.
Viajante incansável e apaixonada por fotografia e historia.
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