Na quarta de manha eu tinha planejado ir pra Pamplona, encontrar com meus amigos e participar uma vez mais da festa do San Fermin e as corridas de Touros; mas como eu deixei pra comprar a passagem na ultima hora, nao consegui vaga no onibus que eu queria, e perdi a festa que inaugura o festival. Mas tudo bem, faz parte.
Mas uma vez nao ouvi o despertador… a sorte é que a estaçao de Barcelona Nord é muito pertinho do hotel onde estavamos… entulhei tudo correndo dento da mochila, e mais uma vez sai remelenta e descabelada, e cheguei láquando o onibus já estava fechando suas portas… Mais uma vez… que sufoco… uma dia ainda morro disso…
Chegando em Pamplona, mais uma vez a festa é inebriante… É uma coisa insana, de loucura total, voce fica 24 horas num estado de embriaguez constante… as vezes por excesso de sangria, as vezes pelo cheiro intoxicante de xixi nas ruas, e na maioria das vezes, pura e simplesmente contagiado pela alegria geral!
Insana é a palavra que descreve essa festa. Pq é insano imaginar que milhares de pessoas estao nas ruas correndo e arriscando suas vidas ao lado de touros de 700 kilos; Pq é insano que milhares de pessoas dormem dias e dias na rua, nos jardins e nas praças, sem conforto, sem higiene e o pior, NO FRIO! (Sim porque é verao na Espanha, mas Pamplona é na subida dos Pirineus, e verao lá significa 14 graus e chuva). E porque é insano que o corpo humano aguente estar durante dias e dias a fio num estado constante e altissimo de alcolismo.
De quebra eu fiquei doente logo na primeira noite. Acordei com 40 graus de febre no dia seguinte e assim permaneci. A sorte é que como estava fazendo MUITO frio e uma chuvinha chata, eu me sucumbi à abandonar participar a bagunça total e fui pro camping junto com a Nienke e a Nina.
Conforto relativo, num camping sem agua quente (lembren-se do frio!) e rodeado de Australianos trebados por todos os lados. Mas pelo menos eu tinha um teto, e um posto medico.
Mesmo assim, caindo pelas estribeiras, me arrastava cada dia para a festa… Começava de tarde na piscina congelante do camping e se estendia noite a dentro na Plaza del Castillo no centro de Pamplona, e acabava as 8 da manha quando finalmente os touros sao soltos do curral e correm pelas ruas até entrarem na Plaza de Toros. E assim sobrevivi dia após dia.
No final, plenamente recuperada, posso dizer que o saldo foi mais que positivo! Estando hospedadas no camping (que tira um pouco o “charme” da festa) acabamos conhecendo muita gente, de tudo quanto é canto do mundo, e foi muito bom.
Tambem pude reencontrar o Bruno, companheiro festeiro e viajador, e sua namorada super simpatica, que nao via ha muiti tempo, desde de o revellion em Florianopolis ha quase 2 anos atras.
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