Pra muita gente – eu inclusive – o nome “Kyoto” remete a uma imagem: Gueixas.
Talvez um pouco pela incompreensão sobre o que elas realmente são, e povoado por filmes e livros sobre particularidades dessa cultura… Mas não adianta, as Gueixas são desses enigmas e mitos que o resto do mundo adora sobre o Japão.
A verdade eh que a cultura das Gueixas esta em queda, e elas sao uma figura em declínio, e hoje em dia estão praticamente todas concentradas no pequeno bairro de Gion, no centro de Kyoto.
O resto da cidade toda deve ser visitado tendo em mente o templo X ou Y, tendo seus bairros e vizinhanças praticamente ignorados – mas não é o caso de Gion. Quem vai ate la quer conhecer o bairro, se perder por suas ruelas, e quem sabe, dar a sorte de ver uma Gueixa cara a cara!
O bairro eh dividido em duas partes – a Gion moderna, com avenidas largas, caotica e movimentada. E dentro, escondida, a Gion milenar, com suas casas de cha, jardins e pagodas.
O começo de Gion eh demarcado pelo imponente templo Maruyama e seu portão vermelho. Lá dentro se esconde um emaranhados de outros templos, pagodas, pavilhões e jardins, que sao um mundo a parte.
Vale a pena gastar parte de seu dia por la (aliais, assistimos um por do sol lindo la de dentro!)
Eh como se fosse um mundo a parte lá dentro, quando vemos a quantidade de casais, famílias e jovens Japoneses pelos templos, vivenciando o Budismo.
Bem la pro fundo do templo esta o jardim XXX, outro otima area cheia de Sakuras em flor (mas ja pegamos um pouquinho do final das flores por la, que ja tinham passado de seu auge.
Mas eh quando finalmente entramos na area antiga e tradicional de Gion que a cidade se transforma!
Ok, ok que a massa de turistas lotando as ruas nao ajudam em nada a criar um “clima”, mas basta sair da rua principal, para char um pouco do que deve ter sido a Gion de outrora…
E principalmente quando vemos uma Gueixa – de verdade – pelas ruas, com seu passinho leve, cabelo elaborado e maquiagem tipica!
O bairro eh uma otima opcao pra quem quiser ir a uma casa de chas e participar da cerimonia Japonesa de chas, ou entao comer os pratos tipicos da regiao (que de sushi nao tem nada… por la, os pratos sao todos carnivoros, sendo que o bife Kobe – outra cidade da regiao – considerado a melhor carne do mundo eh a atracao principal).
Infelizmente nao fizemos nada disso, pois achamos que restaurantes pequenos, com mesas baixas + tatames e uma bebe engatinhante nao combinariam muito bem (cometemos esse erro na primeira noite em Kyoto, pra nunca mais), mas fica a dica pra quer estiver sem criancas (ou com criancas mais velhas).
Eh bem facil – e rapido – explorar Gion, ja que o que sobrou de tradicional no bairro eh bem pequeno. Nos fomos um dia a noite, e vimos tudo, mas achamos que tinha faltado alguma coisa, entao voltamos um outro dia de manha; E ai nos demos conta de que era so aquilo la mesmo.
Atualmente morando em Denver, Colorado, nos EUA, mas sempre dando umas voltinhas por ai.
Viajante incansável e apaixonada por fotografia e historia.
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A sua menção às gueixas me fez lembrar uma estória curiosa que aconteceu na minha casa, quando era pequeno. Há anos trabalhava para a família uma senhora muito ignorante, coitada, e que tinha uma mão muito pesada. A minha mãe tinha uma delicada escultura de gueixa, bem antiga, feita de um material frágil (acho que foi adquirida numa loja de antiguidades). Um dia essa senhora, ao limpar o bibelô, o quebrou e, resolveu avisar à minha mãe que a boneca “baiana” havia se quebrado! Todo mundo riu ao invés de ficar aborrecido!
Que câmera você usa? Adoro seus posts! Bj.
Uso a Canon GX1 Mark II
[…] por falar em Gueixas… impossivel nao pensar imediatamente no filme “Memorias de uma Gueixa”, que […]
Que lindo! Ver suas fotos nos faz ser “transportados” para o lugar. Parabéns