Uns dias atras a Claudia escreveu um post bem interessante sobre morar nos EUA – e me fez pensar sobre as quantas vezes por dia/semana/mes eu respondo a mesmissima pregunta a leitores que querem morar na Inglaterra e na Europa.
– Vale a pena?
– E quem nao tem passaporte Europeu? Como funciona?
– Como vai ser a vida por ai?
– Como voce conseguiu se adaptar?
Esse tipo de duvida sempre aparece por aquí, e ja virou tema de alguns posts “SAL”, mas ultimamente tenho reparado um aumento nos e-mails. Nao sei se foi porque o Brasil perdeu a copa, se eh por causa das eleicoes… mas realmente nos ultimos meses diria que 80% dos e-mails que recebo de leitores sao sobre isso: quero morar em Londres/Inglaterra/Europa. Qualquer coisa serve!
As vezes chega a ser engracado, e tenho que reler o e-mail para ter certeza que nao eh a mesma pessoa mandando o mesmo e-mail varias vezes… mas as perguntas sao tao iguais, que as vezes rola ate um copy/paste na minha resposta!
– Mas e ai, vale a pena morar fora?
Essa eh uma das perguntas mais impossiveis de responder, pois depende de tanta coisa!
Depende de sua condicao atual no Brasil/Portugal/Angola/Mocambique/etc. Depende do que voce espera dessa mudanca. Depende da sua idade e apetite para se “aventurar” e passar certos perrengues. Depede de quanto tempo voce pretende ficar por aquí.
A maioria das pessoas que querem se mudar de seu pais de origem estao em busca de uma “vida melhor” – seja financeira, seja pela seguranca, ou seja pela ilusao que em outros paises a vida eh bem melhor.
Tudo isso pode ser verdade. Ou tudo isso pode ser um grande equivoco.
No outro dia ouvi uma expressao que fez bastante sentido: Muitos imigrantes saem do “primeiro mundo” do “terceiro mundo” para ir morar no “terceiro mundo” do “primeiro mundo”. Entao voce tem que ponderar bastante o custo beneficio do que vai deixar para tras, e o que vai ganhar em troca.
Vejamos a minha situacao.
Quando sai do Brasil tinha acabado de fazer 24 anos. Recem formada, com um bom emprego, mas sem nada que me prendesse em lugar nenhum. O que acontecesse era lucro! Sai do Brasil sem prazo definido para voltar, ou sem saber se queria ficar “para sempre”, mas com disposicao para adversidades, e sem medo do que viesse pela frente.
Mas ainda assim me preparei para o pior: passei anos juntando dinheiro para me manter “caso tudo desse errado” (minha meta financeiao era de 1 ano conseguindo me bancar so estudando, caso nao conseguise trabalhar. Meus pais me apoiaram muito em tudo, mas a aventura era minha. Se quisesse ir, tinha que me preparar e me virar!), terminei a faculdade e me formei em um curso bem “flexivel” (Economia), fiz varios cursos preparatorios na area que queira estudar (Turismo) e durante anos estudei linguas (Ja falava Ingles 100% fluente, tinha um nivel de Espanhol e Italiano muito bom – o suficiente para ter conseguido me comunicar com as Universidades na Espanha e ser aceita num curso de mestrado, e ter passado uns meses morando e estudando na Italia).
Entao tudo isso contribuiu para que a sitauacao desse “certo”: estava segura financeiramente, mas ao mesmo tempo super preparada para conseguir disputar um emprego. Passei muitos perrengues, mas aos 24 anos, eles foram mais motivos de orgulho e de superacao do que verdadeiros problemas.
E principalmente cheguei na Europa sabendo que da mesma maneira que nao tinha nada me prendendo no Brasil, tambem nao teria nada me prendendo na Espanha (e depois Inglaterra), e portanto, se tudo desse errado, poderia voltar para casa, sem o menor problema.
Entao acho que a moral da historia desse meu “causo” eh:
O quao confortavel eh sua vida em seu pais de origem?
O quao preparado voce esta para a vida em seu pais de destino?
E sobre a mentalidade de “qualquer coisa serve” – serve mesmo? Sub-empregos? Morar mal? Passar frio? Discriminacao? Eh preciso pensar bem.
O que voce espera da vida no exterior? Uma simples experiencia internacional? Estudar e se especializar? Alavacar a carreira? Mudar de area profissional? Aprender uma nova lingua?
Pense bem nos seus motivos, e pense bem nas possiveis consequencias e mudancas no estilo de vida (que todo mundo sempre acha que vai ser melhor, mas a realidade eh que geralmente eh bem pior).
Nao adianta achar que “qualquer coisa serve” e o que importa eh conseguir morar fora, se depois vai reclamar do frio, da falta de grana, de ter que dividir apartamento com estranhos, de passar perrengue, da comida que eh diferente, dos precos que sao altos, da lingua, da falta de empregada/manicure/baba/comida da avo e afins.
– E quem nao tem passaporte Europeu? Como funciona?
Infelizmente nao é possível trabalhar no Reino Unido/Europa com passaporte Brasileiro/nao-Europeu. Apenas cidadãos Europeus, ou caso você arrume um visto de trabalho.
Nao sei detalhes específicos sobre regras de imigração e pedidos de visto em outros países, mas a Inglaterra cancelou quase todos os tipos de vistos profissionais e tem dificultado cada vez mais a imigração.
Ate uns anos atras era possível fazer solicitação de vistos “profissionais” para certas áreas (as áreas mais comuns como Administração e engenharia normalmente não eram incluídas, esse tipo de visto era mais para “qualificcaoes” e “habilidades” mais raras, difíceis de achar na Europa), mas infelizmente isso mudou bastante, e ate mesmo pelo lado do RH, hoje em dia é praticamente impossível conseguir contratar um nao-Europeu (caríssimo e super burocrático para as empresas, então geralmente isso se reserva a transferências internas super high profile).
Sim, todo mundo ja ouviu alguma historia do primo-do-amigo-do-vizinho que veio, conseguiu um emprego e um visto e se deu bem. Mas os tempos sao outros, e nos ultimos anos o “Home Office” (area do governo Britanico que administra imigracao e vistos) tem estado cada vez mais “anti” imigracao.
Muitos vistos de trabalho foram cancelados e simplesmente nao existem mais (vide o finado “Highly Skilled Migrant Visa”, que era tao comum ha uns 4 ou 5 anos atrás – um visto temporario de trabalho para imigrantes com qualificacao superior).
Pelo lado do RH, ate mesmo os vistos conseguidos atrás de empresas e “sponsorships” hoje em dia sao praticamente impossiveis: pelo lado do RH e empregador, alem do aumento na burocracia e custo, ja nao sao mais todas as empresas que tem o “direito” a contratar extrangeiros (nao europeus), e portanto essa trabalhaiera toda hoje em dia esta limitada a transferencias internas e para funcionarios de alto escalao.
Para quem vier como estudantes, terão direito a trabalhar algumas horas por semana, que nao será suficiente pra se manter durante o curso e dificulta um pouco na hora de procurar vagas de empregos “de verdade” em empresas e tal (geralmente trabalhos part time para estudantes de língua sao apenas em pubs, lojas e a afins. Umas horinhas aqui outras ali, com intuito de praticar a língua e se adaptar na sociedade, e nao de pagar as contas nem virar carreira).
Quanto a trabalhar em empregos “na área”, ou empresas de consultoria, multinacionais ou qualquer outra empresa, sem passaporte nem visto, nada feito.
Uma boa opção é fazer algum curso, ficar um tempo pra curtir a cidade e voltar pro Brasil com uma qualificação a mais. Mas diria que “vir pra ficar” hoje em dia é praticamente impossível pra quem nao tem cidadania Europeia.
Mas claro, sempre tem alguem que acha que vale a pena assim mesmo, que se arrisca numa vida ilegal. Mas ai eu volto ao meu ponto acima: vale a pena?
Que melhoria eh essa de vida que voce espera ter que acha que vai valer a pena viver fora da lei, nao ter acesso a hospitais, nao ter direito a coisas simples como abrir uma conta em banco nem alugar um apartamento, nem poder viajar para passear nem visitar a familia.
Entao temos que ser realistas. Eu tenho muita vontade de morar em algum lugar na Asia, ou quem sabe na Australia. Mas ate o momento, isso nao foi possivel (nao tenho visto, nem possibilidades de transferencias, nem de trabalho, nao conheco a lingua, etc, etc, etc). Entao deixei para la. A vontade existe, mas ao mesmo tempo, se colocar tudo no papel, nao acho que os riscos “valem a pena”.
– Como vai ser a vida por ai?
– Como voce conseguiu se adaptar?
Bem, seu estilo de vida vai depender demais de todos os fatores acima.
Se voce ja veio preparado e com uma poupanca confortavel, vai poder estudar numa boa, curtir algumas viagens, comer fora de vez em quanto e tals.
Se a poupanca esta mais apertada, a vida ja vai ser mais limitada, e viver em Londres com salario de inicio de carreira nao eh facil (digo por experiencia propria!).
Se voce tem passaporte Europeu, boa qualificacao e bom nivel da lingua local, suas chances de conseguir um bom emprego na sua area profissional sao boas – mas lembre-se: Londres eh a cidade das oportunidades, mas tambem eh a cidade da concorrencia. Voce nao eh o unico extrangeiro com um bisavo Italiano que sonha em trabalhar em Londres, e estara concorrendo com milhoes de Ingleses, Europeus, Australianos, Sul Africanos, Neo Zelandeses e afins.
Faca uma auto analise sobre sua qualificacao, e sobre o que realmente voce tem a ofercer e de diferencial, e aprenda a explorar isso (eu ja falei sobre como aprendi a valorizar minha carreira aquí).
Mas ainda assim a vida eh diferente.
Voce vai morar sozinho, mas provavelmente dividindo um apartamento com outros estudantes/profissionais em inicio de carreira (eu achei isso o maximo quando vim para ca, uma otima maneira de conhecer pessoas, se integrar e socializar, mas me surpreendo com a quantidade de gente que tem fobia de se quer pensar em dividir apartamentos com estranhos!).
Nao tera acesso aos luxos de “primeiro mundo do terceiro mundo”, e vai ter que aprender a rebolar para se virar sem a mamae, empregada, faxineira, dermatologista, personal trainer, e a roupa “magica”, que voce larga no chao do banheiro e milagrosamente aparece passada na sua gaveta uns dias depois!
E entao eu acho que isso tudo vai influenciar a sua adaptacao.
Eu acho que me adaptei muito bem, logo de cara!
Ja cheguei sabendo o que me esperava, e diria que estava ate mesmo ansiosa pelos perrengues que a vida traria! Pode parecer louco, mas eu queria passar por dificuldades, queria me superar, queria me sentir independente e forte.
Alguns momentos eu tirei de letra, outros foram muito dificeis, mas todos eles fizeram quem eu sou hoje em dia.
E sem falar que a vida de um expatriado hoje em dia eh taaaaaao mais facil do que “na minha epoca” Hahahah
FaceTime, Skype, SmartPhones, Midias sociais etc… so nao vive conectado quem nao quer!
Claro que a saudade bate, voce vai perder as reunioes da familia, vai querer pedir colo para sua mae e nao vai participar das festas dos amigos.
E isso, minha gente, nao eh para os fracos! Eh uma grande dose de sacrificio pessoal… mas nao se preocupe, a gente se adapta! Faz novos amigos, cria uma nova familia e novos momentos.
E ai voltamos pro “vale a pena”?
E isso so voce sabera responder.
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Dri, nao poderia concordar mais com o teu post! Assino embaixo tudo o que tu disse. E nao vai ser eu, nem voce, que vai poder responder para um terceiro se a experiencia vai valer a pena ou nao. Excelente post!
Dri, falou da minha vida! O pensar sobre o valer a pena que é difícil! Eu ponderei e muito antes de mudar pra cá, mas confesso que você me ajudou demais! Sendo leitora do blog há 7 anos, fui caminhando com você e vendo suas dificuldades e aprendizados e no fundo, achei que pudesse ser forte também! Fazem 4 anos que estou em Londres, passei muitos perrengues, mas acho que a pessoa que eu sou hoje teria vergonha da acomodada que vivia no Brasil. Eu sou muito grata pela minha vida aqui, mas não é por ser grata que não pensei em desistir váááááárias vezes!
Adorei!!! Acho que depende muito também da personalidade de cada um. Tem gente que é mais apegada, logo vai sentir mais… E tem gente desprendida e que faz novos amigos em cada lugar…
Dri
Você conseguiu reunir idéias que a muito tempo eu não conseguia. Sou casada com um Italiano e quando me perguntam porque não moramos lá, ou se tenho vontade de me mudar, sempre respondo que sim mas não sei que me adaptaria tendo que trabalhar em um “sub-emprego” (minha qualificação não é a melhor do mundo), deixando de viajar, comprar minhas coisas, sem uma faxineira, manicure e essas coisas fúteis mas que fazem parte na nossa cultura. Talvez me adaptasse e seja somente um medo, mas no fundo não tenho mais idade para certos “perrengues” ou ter que depender financeiramente de marido. Acho que como vc falou, quando se tem seus 20 e poucos ou nada a perder, tudo é lucro. Beijos e parabéns pelo excelente post.
Dani Bispo
Este post está mais direccionado para os brasileiros que pensam em vir para a Europa, mas são questões pertinentes para quem pensa em mudar de país.
Em primeiro lugar, não querem fazer publicidade negativa ao meu próprio país – PORTUGAL – quem pensar em emigrar para cá, pense, re-pense e volte a pensar!
Actualmente é a população portuguesa que está à procura de alternativas “lá fora”. Já não é uma questão de “lá fora é que é bom” (como chegou a acontecer anteriormente), mas sim de “não consigo nada na minha área aqui/não consigo nada aqui”.
Por exemplo, temos milhares de enfermeiros a emigrarem diariamente para o UK. Grandes agências fazem o recrutamento em Portugal e as condições que oferecem (por mais básicas que sejam) sempre são mais vantajosas do que ficar parado ou receber 485.00€ por 40 horas semanais.
Se as migrações dentro da Europa já não estão muito fáceis para os europeus, suponho que para cidadãos não europeus, ainda seja mais difícil.
Visitar um local em turismo e dizer “eu vivia aqui” é muito diferente de viver realmente lá – com tudo bom e mau que possa ter.
Pode ser uma experiência para a vida e só passando por ela é que se consegue dar o devido valor, mas não custa ponderar um bocadinho antes, não é?
Acho que de um modo geral, este post tira um bocadinho do “falso glamour” e “ideia pré concebida”, de que as coisas são SEMPRE melhores em outros países (especialmente em países de “primeiro mundo”).
Fantastico seu texto, Dri! Concordo com a Thais, cada um eh responsavel pela experiencia vivida.Colocar seus sonhos e esperancas de uma vida melhor dentro de uma mala e partir para uma viagem desconhecida rumo ao novo nao eh um desafio facil, requer coragem, muita determinacao, planejamento e estar disposta a encarar os “perrengues” como bem mencionando em seu texto.Eu trouxe na minha bagagem muita positividade e vontade de fazer as coisas darem certo e assim as coisas foram fluindo a contento.Moro ha 3 anos aqui e sou muito feliz. Agora, se aventurar sem um passaporte europeu ou visto eu nao aconselharia a ninguem, seu sonho pode se tornar um pesadelo. Beijao, you rock!
acabei de voltar de Londres. Depois de 6 anoa morando na Italia, tirei um tempo pra tentar a sorte em Londres, fiquei 4 meses, estudei ingles e fiz algumas entrevistas e entrei em contato com empresas certificadas p fazer a sponsorship, fui atè no Immigration Office tentar converter meu visto italiano mas era só uma esperança inutil, impossivel! Nao tive problemas em ser convidada p entrevistas p empregos em bons cargos, pq tenho um bom curriculum e falo 4 linguas e tb tinha “contatos” … mesmo assim depois de 4 meses tentando tive que voltar pra Italia, onde nao gosto de viver, nao è o meu sonho estar aqui, mas me convenci que se quero mesmo viver em Londres preciso correr atraz da minha cidadania europeia primeiro. Tenho origens alemas e polonesas… e estou quase la. Londres me aguarde! ;) I’ll be back!
Moro na Alemanha há quase dez anos e concordo com quase tudo que vc disse. Nao é fácil, nao é pra qualquer um e nao é necessariamente melhor do que no Brasil.
O único ponto que discordo: Ser quase “impossível” vir para cá pra quem nao tem cidadania europeia. Eu nao tinha (hj já me naturalizei alema), e mesmo assim deu super certo, claro que talvez a Alemanha seja mais aberta do que UK.
Vim com visto de estudante, fiz bachalerado e mestrado, nunca precisei fazer bicos em pubs, e com os 90 dias que eu tinha direito a trabalhar por ano sempre consegui empregos bons. Desde a época que estudava sempre deu pra fazer internships & working student jobs em empresas de grande porte como Siemens, que ajudaram muito a dar um “up” no CV durante os estudos. Nao ganhava uma fortuna, mas dava para se manter. E nao foi tao dificil achar emprego bom dp que terminei tb.
Cada caso é um caso, é lógico que com cidadania teria sido muito mais fácil, mas queria dizer que tem uma luzinha do fim do túnel sim pra quem nao tem cidadania! Tem que ralar mais na parte burocrática, mas nada é impossível ;)
Bem, como falei no post, minha opinião e conhecimento de causa se limita as regras e limitações da imigração pra Inglaterra.
Nunca morei nem trabalhei na Alemanha, e tão com certeza você sabe mais disso do que eu.
E outra, você chegou na Alemanha há 10 anos atras, e as coisas mudaram muuuuuuito nos últimos 3 ou 4 anos, após a crise.
Há 10 anos atras também era (mais) fácil conseguir visto pra Inglaterra. Era comum chegar aqui com visto de estudante, conseguir um bico aqui outro ali, ser contratado, ganhar um visto (ou aplicar diretamente) e pronto. Ficar pra sempre.
Hoje em dia, em 2014, alguém tentar essa mesma trajetória o resultado é bem diferente!
Pois é, acho que tem a ver com as diferencas de cada país mesmo. Eu nao tenho essa impressao que ficou mais difícil conseguir visto para vir para a Alemanha, acho que isso é mais do UK que tem muito estrangeiro querendo entrando.
Aliás por aqui tem algumas leis novas estao até facilitiando a imigracao de mao de obra qualificada. Por exemplo, antigamente era mais difícil conseguir visto de trabalho depois dos estudos (sem cidadania), a empresa tinha que justificar pq contrata um nao europeu, tinha que ser aprovado, etc. Agora quem faz faculdade aqui tem direito a ficar X meses pra procurar emprego e quando acha a burocracia é bem menor do que antes. Outra regra nova pra mao de obra qualificada: quem tem um emprego ganhando acima de um certo valor, o visto já é o de permanencia direto. É claro que tudo isso que eu to falando se refere a um mundinho bem pequeno, de quem vem pra estudar, tem diploma de universidade e etc. Nao sei como é sem essa parte.
E outra, acho que Alemanha recebe beeem menos interessados a vir pra cá do que aí (língua díficil sendo um fator bem forte), por isso acabam sendo mais abertos. Sem falar que situacao demográfica aqui tá péssima, com cada vez mais idosos (aposentados) e menos gente jovem para pagar os impostos, entao imigracao é uma necessidade…
Já morei fora por quase 3 anos e a parte mais difícil foi ficar longe da família. Fiz esta mesma pergunta ” Vale a pena ? ” E apesar de tanta coisa boa e outros perrengues decidi retornar e recomeçar. Hoje não me arrependo e vivo muito melhor e mais feliz. No final é isto o que importa, ser feliz onde quer que esteja.
Oi Adriana,
Concordo com muito do que você disse e achei que seria relevante colocar minha experiência aqui.
Escrevi um email há alguns anos pedindo sua ajuda sobre como entender os salários na Inglaterra. Na época eu estava no Brasil, com o sonho de morar fora, e sempre de olho em oportunidades de emprego na minha área por aqui. Você até escreveu um S.A.L. sobre o assunto, lembra? Essa procura, é claro, não deu em nada.
Depois disso, juntei o máximo de dinheiro que consegui, me inscrevi e passei num mestrado em Londres numa das mais conceituadas universidades da minha área. Fiz as malas e passei 2 anos estudando full time, praticamente sem conseguir trabalhar com a demanda do curso. Gastei tudo o que tinha mas estava muito feliz, estava indo atrás do meu sonho! A preocupação, então, era como fazer pra ficar por aqui se os vistos pós-estudo tinha sido cancelados pelo governo inglês.
Daí vem uma grande virada e minha grande sorte! Após 10 anos de uma espera que parecia interminável, e minha cidadania italiana saiu. Já estava com tudo programado: logo antes de meu visto de estudante vencer, eu iria pro Brasil buscar meu passaporte. Antes mesmo da viagem, consegui um excelente emprego na minha área com a promessa que voltaria com meu passaporte em mãos!
Resumo da história: tive um final feliz graças a muita batalha e esforço, e com um tanto de sorte também! Mas eu nunca aceitei vir na loucura, ilegal ou mantendo um sub-emprego.
Hoje minha vida é em Londres, sem data pra voltar pro Brasil.
:)
Oi Dri! Parabéns pelo post! Muito bom e acho que eu (particularmente) estava precisando ler isso! rs
Parabéns novamente, é muito bom quando podemos ajudar pessoas indiretamente como “você me ajuda”.
Beijos
Olá Adriana!
Acompanho seu blog e instagram desde o inicio do ano.
Minha duvida é sobre Rh. Depois de tantas mudanças nesses ultimos anos, você acha que ainda existe demanda do rh em profissionais que sao trilingues?
Mudo para Londres em dezembro, depois de 3 meses na Italia.
Minha historia acaba sendo muito parecida com a sua, falo ingles e espanhol, e pretendo me tornar fluente em italiano. Minha experiencia em rh é dp, oq acaba sendo mto diferente da Inglaterra, pelo q tenho lido.
Obrigada,
Desejo a vc ainda mais sucesso :)
Bjus
Geeeeeeeeeente!!!
Achei que fosse só eu que estaria nesse nível de qualquer coisa serve!!!
Quando estava conseguindo uma bolsa do programa Ciência sem fronteiras para um doutorado na Itália ai engravidei.
Mas todos os dias olho pro meu filho que está com 9 meses e penso: meu Deus, não gostaria que meu filho convivesse com a desonestidade, a corrupção, o jeitinho brasileiro. Nunca foi tão evidente a falta de esperança em uma mudança pra melhor nesse país. O desrespeito é geral, começa no trânsito chega às relações de consumo e transborda nos governos. A honestidade está tão rara que já virou anormalidade.
Acho mesmo que essa fase das eleições ressaltam essa situação de caos do Brasil.
Haverá um lugar perfeito? Com toda certeza não mas acredito que há outros bem melhores.
Concordo com o comentario da Ercilia. Acho que muita gente foge do Brasil por conta dos precos altos, inseguranca, corrupcao, educacao e saude precarias, entre tantas outras coisas. Nao tenho filhos ainda, mas tambem nao gostaria que os meus vivessem no Brasil do jeito que esta hoje. Sou jornalista, estou desempregada, e durante meu intercambio de ingles no UK entre 2010-2011, trabalhei em subempregos (na epoca o visto permitia) e posso dizer que eles ajudaram a me sustentar, a viajar muito, conhecer muitas pessoas e comprar coisas que o meu salario de jornalista no Brasil nunca me permitiu. Hoje sou casada com um cidadao italiano, creio que moramos no “primeiro mundo do terceiro mundo” (Santa Catarina), temos uma vida boa (nao pagamos aluguel o que eh maravilhoso), mas meu marido trabalha mais de 10h por dia como professor de educacao fisica pra ganhar muito menos que a metade do que ganhava trabalhando 8h no estoque de um hospital em Brighton. Se quisermos ir jantar fora ou fazer uma viagem pro interior do Estado,por exemplo, temos que planejar mil vezes, rever financas… Nao acho que fazer subemprego na Europa(o “qualquer coisa serve”) seja o projeto de vida de ninguem, mas as vezes uma vida de perregues ai consegue ser mais facil que aqui… Ufa, falei demais. Beijo Dri adoro seu blog!
Realmente o padrao de vida financeiro eh bem diferente, e ate que achei normal tanta gente me perguntar sobre salarios e “nivel social” – mas acho dificil explicar que esse conceito de “nivel social” aqui nao eh o memso que no Brasil!
Aqui ninguem precisa ser herdeiro nem socialite para ter acesso a certos luxos. mas por outro lado, pouquissimas pessoas tem acesso aos “luxos” do Brasil, justamente porque nao temos diferencas sociais tao gritantes.
Dri, vocês ficarão na Inglaterra para sempre?
Por que sim OU por que não? :)
Dri, vocês ficarão para sempre na Inglaterra?
Por que sim OU por que não? :)
Olá. Imagino o conteúdo de algumas perguntas ou dúvidas das pessoas sobre morar fora, pois eu nunca morei fora do país, mas falo da pequena parte que eu vivenciei: reconheço muito do que você disse por simplesmente ter morado fora de casa, como estudante em república, primeiro só estudando e depois estudando e trabalhando e tal. Essa questão de se virar sozinho, com pouco dinheiro, tendo que arrumar casa e dividir quarto não precisa ir tão longe pra vivenciar, rs! Claro que com a distância maior se complica mais, mas pelo menos nesse fator vejo muita gente por aqui que também sempre morou com a família, aí chegou o primeiro dia morando fora de casa (com poucas centenas de quilômetros de distância) e já chorava de saudades e desespero, coisa que nunca entendi! Rs! Também já vi pessoas que casam sem nunca ter lavado uma vasilha na vida, hahaha. Agora imagina pessoas assim quererem morar em outro país! E olha que nem entrei nos outras questões de dificuldades profissionais, culturais e da língua estrangeira, hehe. E só pra comentar que hoje em dia aqui no Brasil está bem mais difícil conseguir faxineira, quanto mais empregada fixa, tanto pelo preço que está bem alto (que acho justo!), quanto pela falta de opções.
Muito bom seu post. Abraços.
Cncirdo com vc!! Infelizmente no Brasil a maioria das pessoas nao sabem cuidar de si mesmas sozinhas então tarefas cotidianas normais parecem ser a maior dificuldade do mundo. E nem precisa mudar de país pra perceber isso como vc mesmo disse. Eu sempre morei com meus pais antes de ir pra Espanha estudar mas desde sempre faço comida, cuido das minhas roupas, da limpeza da casa etc… Entao ir morar na Espanha nao foi um sofrimento por eu ter que tomar conta de mim. O bicho pegou quando eu fiquei doente sozinha e nao tinha comida em casa. Ai la vai vc com febre pro mercado, carregar sacola pesada no braço e ainda cozinhar a sua sopinha! Mas claro isso passa e sao so uns dias e dpois eu fiquei me sentindo muito super poderosa hahahha
No final é como a dri disse depende de vc msm decidir se vai mudar de cidade ou de país!
Bjs
Uma de minhas piores memorias desses 10 anos “sozinha” no exterior foi justamente quando fiquei MUITO doente uma vez na Espanha. Foi bem epoca do Natal, entao muitos de meus amigos tinham saido de madrid para visitar familia, e eu estava completamente sozinha, desesperada e querendo morrer sem nem conseguir abrir os olhos. No desespero acabei pedindo ajuda pro senhorio do meu apartamento, que me explicou como os hospitais funcionavam e o que deveria fazer.
Foi muito, muito ruim!
Mas, aprendi a licao. Dai pra frente, nunca mais brinquei com a saude, e ate hoje seguro saude, plano medico e cadastro em hospitais e clinicas locais eh uma das primeras coisas que faco em qualquer nova cidade/bairro!
Oi dri, queria saber se a “bagagem profissional” e qualificacoes da Australia sao bem vistas aí ao aplicar pra um emprego no reino unido? Nao tenho planos de me mudar daqui, mas tenho curiosidade em saber..
Na verdade qualquer “nacionalidade” de experiencia profissional eh bem vista, se for relevante ao emprego que vc tem interesse e aplicou.
Dri,
Ótimo post!
Teve algum momento que você pensou: “quero voltar para o brasil?”. Que você quase tenha desistido desse sonho?
Se teve, tem como compartilhar a sua experiência conosco?
Nao, na verdade nunca tive vontade de voltar nao…
Claro que sempre tenho aqueles momento de saudade aguda da familia, e principalmente agora que temos a Isabella, me da muita do de pensar que ela nao vai crescer pertinho da minha familia. Mas ainda nao foi um motivador forte suficiente pra me fazer querer voltar!
Dri, estudante de inglês hoje não tem mais o direito de trabalhar. Só universitários.
Excelente post!
bjs
Ah! Nem sabia dessa! Obrigada!
Realmente as regras mudam o tempo todo!
Ei Dri, mto bacana o post e tuas reflexões!
Acho interessantíssimo todo esse “auê” quando o assunto é morar na Europa. Parece que todo mundo, em algum momento da vida, já pensou em largar tudo e ir embora pro Velho Continente. ahahahah Thanks, but no, thanks.
Oi Dri, excelente post!
Na verdade fiquei me perguntando: oh meu deus, pq ela não escreveu esse post antes de eu decidir largar tudo e me mudar pro lugar mais longe ever: a Australia! rsrs
Brincadeiras a parte, eu concordo 100% com o que vc disse no início: tudo vai depender da condição que vc tinha no Brasil e do que vc está disposto a passar.
Eu sou portuguesa, como vc, mas imaginei que a Europa não estaria no seu melhor momento para receber advogados estrangeiros (ô profissão difícil que eu fui escolher tb pra me “internacionalizar”), até pela experiência de amigos bem próximos que fizeram mestrado na LSE e não conseguiram nada depois.
Decidi vir pra Austrália. Eu e meu marido tinhamos uma boa condição no Brasil, então guardamos dinheiro, nos programamos, não temos que dividir apartamento, mas ainda assim, COMO É DIFÍCIL ESSA VIDA DE IMIGRANTE rs Não digo nem pela faxineira, manicure, etc. Eu amei aprender a fazer minha própria faxina e minhas próprias unhas, me orgulho pra caramba disso. Mas de resto tudo é difícil. Vc começa a perceber que problemas existirão em qualquer lugar pq o problema está no ser humano. Enfim, muitas divagaçoes. Estou em um momento de dúvidas e muitas saudades da minha família.
Como vc disse, imigrar não é para os fracos, tem que ter muita coragem.
Beijos
Mari
Olha, voce falou uma coisa importantissima: nenhum lugar do mundo eh perfeito, todos tem seus defeitos e sempre estaremos insatisfeitos com algum servico, acessos ou seja la o que for!
Aqui na Inglaterra sinto muito falta da qualidade e cuidado dos medicos Brasileiros. mas por outro lado, acho otimo que aqui a saude eh acessivel a todos, de graca. Por exemplo.
Entao mudar de pais nao pode ser visto como uma “fuga” de preblomes, pois sempre teremos que enfrentar adversidades, seja la onde estivermos! Teremos apenas problemas diferentes para apremder a lidar.
Exatamente Dri! E nisso que vc disse há outra lição bacana: cada um tem que ver “onde seu calo aperta”. Não existe uma regra da felicidade! E acho muito legal a forma como vc expõe isso no seu blog! Sem imposições de padrões de felicidade! Apenas mostrando sua visão do mundo.
Oi Adriana!
Não sei se você vai concordar comigo mas acho que hoje uma dos principais formas de se morar fora, num nível de vida bacana e trabalhando em sua área de formação é através de uma carreira internacional.
Se a pessoa trabalha aqui no Brasil, numa grande empresa ela pode ter (dependendo da área de atuação da empresa obviamente) boas chances de passar uma temporada no exterior, independente de passaporte estrangeiro, ao ser transferida.
Mas a gente sabe que infelizmente essa realidade é para poucos aqui. Nem todo mundo possui esse nível alto de qualificacao educacional e profissional.
Acho que se a pessoa almeja uma carreira internacional ele deve se programar desde novinha, ir direcionando para esse foco.
Meu marido por exemplo trabalha para uma empresa americana, estudou em universidade federal, tem MBA, mas ele não possui esse sonho. Gosta mesmo é de ir para o primeiro mundo como turista :))
Enfim… se a pessoa possui esse desejo, acho bacana se programar como você deve ter feito para obter sucesso.
Espero ter contribuido!
Bjs
Estive na Inglaterra há dois anos para fazer um curso sobre cultura e na ocasião fui conhecer uma Academy e nessa Academy trabalhava um brasileiro (engenheiro por formação, mas atuando como professor) . A opinião dele era a mesma que a sua Dri. Pelo menos na Inglaterra a crise afetou até como os estrangeiros são vistos no país… Enfim, achei a tua reflexão muitlo equilibrada. : )
Amei esse post e todos os comentários. Tenho aprendido a refletir bastante sobre meus antigos sonhos e o que fiz e o que não fiz para que eles se tornassem realidade.
Sou de Goiânia e vim para Brasilia com 18 anos, com uma amiga, numa situação bem confortável, tenho que admitir, mas pelo menos desde muito cedo já soube o que é ter que me virar sozinha.
Tenho um emprego médio desde então, público. Não ganho o que considero razoável para alguém com mestrado e que fala três línguas, mas sou muito grata por ter acesso a algum “luxo”, casa própria e poder viajar para Europa uma vez por ano, claro, com muitas outras economias para compensar.
No entanto, sou muito frustrada profissionalmente e hoje em dia estou desesperada com o serviço público: meritocracia,o que é isso? Tem que ter uma dose de “permissividade” para conseguir se dar bem. Os gestores não são escolhidos com critérios, está insuportável.
Quero muito mudar de ramo e também adoraria poder viajar por toda Europa, um pouquinho cada mês. O que está pesando mais como dificuldade de deixar tudo pra trás? Minha idade. Acredito que é difícil conseguir empregos para iniciantes, em qualquer área de atuação, para quem tem 36 anos.
Se puder responder, o que vc acha Dri?
Ser inesperiente e perto dos 40 anos?
Ui! Me senti ofendida agora! :-) Me chamou de coroa!
Bem, pra comecar que a percepcao de “idade” no Brasil e na Europa eh muito diferente, principalmente na Inglaterra que inclusive tem leis que regulam a discriminicao por idade!
Mas independente de sua idade, o que conta MESMO eh sua experiencia, e o quao relevante ela sera para o mercado daqui (como falei no post, a Inglaterra tem muitas oportunidades, mas tambem MUITA concorrencia!).
O problema de empregos publicos brasileiros eh que eh dificil “traduzir” eles para cargos de empresas “normais” no resto do mundo, pois empregos publicos no Brasil sao um mercado e um perfil muito especifico.
Querida Ercilia, me identifiquei tanto com sua história! E muito interessante perceber que há uma “massa”, um conjunto de pessoas, passando e pensando parecido cm você. Tenho 29 anos, sem filhos ou marido, e defendi meu mestrado no início do ano. Por questões familiares desisti do doutorado no interior e voltei para a capital, para a casa dos meus pais. E conseguir algo por aqui está muito difícil, fico no muro do “você é qualificada demais para este cargo” e do “você precisa do doutorado, experiência e publicação para trabalhar aqui”, também falo 3 línguas e participei de congressos em vários países, mas isso não quer dizer nada na hora de conseguir um emprego. Tenho uma esperança de conseguir o doutorado pleno pelo ciências sem fronteira, mas ouvi o despautério da atendente do MEC que só terá CSF em 2015 se a tal da presidenta for reeleita (apesar dela já ter assinado mais 4 anos de programa.. mas vai saber né?).
Acho que escrevo mais como um desabafo por ver tantas leitoras na mesma situação, de querer sair de uma condição de desvalorização profissional/econômica. Não pretendo passar mais que 4 anos fora, mas fico muito na dúvida se conseguirei, e quando conseguirei.. Pelos meus pais não preciso de pressa para conseguir algo, mas me sinto profissionalmente inútil, desvalorizada e angustiada por todo esforço que já fiz e não conseguir um emprego. Já fiz testes para outros departamentos de doutorado e distribui meu CV para várias empresas, mas desde o início do ano sem respostas…
Dri amada, obrigada por sustentar este espaço, só de você dedicar seu tempo e abrir a oportunidade de leitura e trocas de experiência com todos aqui é divino. Beijos gigantes.
Oi, Dri! Tem como liberar a leitura do texto integral pelo leitor de feed? Com conexões ruins de celulares é difícil carregar o site inteiro pra ler o post! É bem mais fácil ler tudo no feedly!!! :)
Obrigada!!
Gente, eu nem sabia que eu tinha feed! Hahahaha
Nao faco a menor ideia de como fazer isso… Sorry!
Post sensacional, eu amei. Confesso que alguns anos atrás tinha essa vontade louca de largar e tentar a vida em outro país (Londres de preferência pois sempre fui apaixonada). Só que as perguntas começaram a surgir, e realmente precisa estar preparado, e não apenas ter vontade. Continuo com pensamento de passar um tempo por ai (quero me especializar e já estou me planejando), mas só será o tempo do curso mesmo, que pelo visto vou conseguir me virar bem!
Bjin* e obrigada por compartilhar sempre suas experiências, é sempre bom passar por aqui…
Esse post e verdade nua e crua e nao se aplica so a Europa nao. E impressionante os numero de emails que recebo do pessoal querendo vir pra Australia como estudante e tentar ficar “custe o que custar”, com a (falsa) expectativa de que com sub-empregos aqui conseguiram ter uma vida melhor do que a que levavam no Brasil.Quase ninguem leva em consideracao que, se os salarios sao maiores, o custo de vida tambem sera e que, as 20hs de trabalho por semana permitidas aos estudantes tem ocmo intencao permitir que eles se insiram na cultura daqui e consigam algum pocket money. Nao tem intuito nenhum de que eles sejam capazaes de se sustentar com esse dinheiro. Sabe o que me deixa brava? Emails com perguntas do estilo “preciso de um dentista que nao me cobre o olho da cara” (!!!!). Poxa vida, todo munho enche a boca pra elogiar como a Australia valoriza todos os profissionais,mas na hora que precisam pagar pelos seus servicos, querem “precinho brasileiro”. Enfirm , imigracaoa nao e para “begginers”. Exige preparacao, organizacao e, acima de tudo, muito pe no chao. Gostei muito do seu post!!!
Pois eh, todo mundo quer “uma faxineira baratinha”, “uma manicure baratinha”, e esse tipo de cosia, mas esquecem que o motivo da qualidade de vida aqui ser tao boa eh justamente essa ausencia de diferencas sociais!
Entao todo mundo ganha (relativamente) bem, mas tambem pagamos bem porque tudo isso!
Gostei imenso do post e acho que é um “abre olhos” para quem pensa que na Europa é tudo maravilhoso. Eu sou portuguesa e vivo em Portugal. O nível de vida aqui está cada vez mais caro e os salários não acompanham. Os impostos são elevadíssimos, quem tem um bom ordenado acaba por ver uma grande parte a ir para impostos. Penso muitas vezes em sair de Portugal, mas culturalmente somos muito enraizados na família e essa parte pesa sempre. Por outro lado pergunto-me muitas vezes como será a velhice, já que com a actual situação sabe Deus se teremos direito a reformas! Ainda só tenho 30 anos, acho que era a hora de aproveitar e sair…mas adoro o meu trabalho e as viagens que me permite fazer (já conhecço toda a Ásia e Médio Oriente à conta dele!) e que de outra forma jamais teria possibilidade de fazer.
Já agora vocês considerariam a hipótese de ir para os EUA? Pessoalmente é um pais que me fascina, apesar de conhecer apenas uma cidade (e não, não é NY!).
Obrigada por compartilhar sua experiência conosco! Leio seu blog desde 2009, amo viajar e apesar das limitações financeiras já fiz algumas viagens dos sonhos como Fernando de Noronha, tenho investido em viagens no Brasil e países próximos, mas um dos sonhos certamente é conhecer a Europa e Asia. Venho de uma família pobre, nasci e cresci na favela, estudei em universidade pública, fiz mestrado e atualmente sou servidora pública, sempre tive sonho de viver em outro país, mas acho que não corri atras o suficiente para isso, e até mesmo não tinha muito acesso ou cabeça para isso, pois precisa “garantir meu futuro” para ter uma vida melhor, a gente cresce com essa “missão” felizmente ou não hoje tenho uma condição de vida e perspectivas boas em relação ao futuro, pelo menos dentro da minha realidade. Hoje com 29 anos essa vontade permanece adormecida, com tantas informações pela internet volta e meia ela desperta. Penso num futuro não distante fazer algum curso para assim ter a oportunidade de vivenciar a experiência e aproveitar para conhecer outros lugares.
Parabéns pela sua determinação! Tenho uma pergunta: você aqui no Brasil tinha uma condição de vida boa, sua família parece ser de classe média alta, você acha que isso pesou na decisão de sair do seu emprego aqui e buscar uma vida noutro país mesmo que tudo poderia dar errado você saberia que aqui você ainda teria um bom suporte para recomeçar, principalmente financeiro?
Abraços e por favor nunca deixe o Dri Everywhere, pois é um dos poucos blogs com opiniões verdadeiras, vida real e sem propaganda!!!
Oi Dri!
Não sei se você já respondeu em algum outro post, mas fico curiosa e deixo a minha pergunta: vocês ficarão para sempre na Inglaterra?
Por que sim OU por que não? :)
Estou saindo definitivamente do Brasil e indo para a Austrália daqui a seis meses. Ja morei em Melbourne 2010 , ocasião em que meu marido fez um mestrado em Direito Ambiental na Universidade De Melbourne. Aproveitei para tirar um ano quase sabático e fiz um curso Básico em Cousine no Le Cordon Bleu. Sou Arquiteta e meu marido Promotor de Justiça, temos uma vida confortável financeiramente com todas as regalias que um país de “terceiro mundo” oferece a classe média alta. Meu marido pediu exoneração para trabalhar em uma ong e lecionar na Universidade De Melbourne. Não teremos nem de longe a vida confortável que temos no Brasil, mas nada paga a tranquilidade e segurança que tive quando morei na Australia. Ha cinco anos atrás meu pai foi sequestrado e assassinado, meu cunhado ano passado sofreu um sequestro relâmpago e levou uma surra dos ladrões, meu marido sofre ameaças recorrentes devido a seu trabalho. Estamos pensando em ter filhos e definitavamente não quero criá-los no Brasil. Sei que não vou ter babá, faxineira e manicure e que minha grana vai ser bem mais curta. Mas troco tudo por segurança e tranquilidade.
Nossa Anne, ler relatos como o seu sobre o Brasil me comovem muito e confesso que só contribuem para que eu fique ainda mais balançada sobre deixar a Austrália ou não. Meus sentimentos a vc e sua família. Imagino o quanto deve ter sido difícil pra vcs tomarem essa decisão e seu marido pedir exoneração do MP! Enfim, moro em Sydney mas se um dia vcs vierem passear ou mesmo se quiser entrar em contato conversar e trocar idéias, fique a vontade. Tenho alguns amigos arquitetos aqui que estão muito bem e conseguiram uma progressão na carreira que jamais conseguiriam no Brasil. Enfim, espero que de tudo certo pra vc! Beijos Mari
Esse post é muito bom… desde que estudei ingles em Londres não tiro da cabeça a ideia de largar tudo aqui e me mudar pra lá, mesmo não tendo passaporte europeu e sabendo de todas as dificuldades que encontraria… Mas pesa o fato de ser funcionária pública e já ter uma vida meio que estabilizada, mesmo detestando meu trabalho… Seu post mais me encorajou do que desencorajou.
Dri, esses dias mesmo te mandei um email sobre esse assunto e tu foste muito querida em me responder tão prontamente – até achei parte do texto aí ;) – e desculpa por não ter te agradecido por email, não queria encher mais a sua caixa, mas muito obrigada! Você além de super blogueira informativa é muito atenciosa! Bjks
Dri! Nossa que intimidade kkkk Mais te acompanho o seu blog e amo!!! Continue sempre assim sincera doa a quem doer!!! Quem me dera ter lido seu blog em 1999 quando deixei o Brasil sem nem um casado de frio p a Suiça, Depois de 5 anos Italia e p finalizar Inglaterra quem me dera ter todas essas dicas …. E um parabens especial pela sua paciencia, p responder todas essas mesmas perguntas…. Quando alguem vem me rodeando com essas perguntas ja mando o link do seu blog…. Quando passar por Woking (do lado de Guildford) Terei o imenso prazer de oferecer um cha ;-) !! bjos
Nao recordo de ter lido nenhum depoimento ou ate mesmo conversado com alguem que more fora que tenha sido tao honesto e verdadeiro. E muito bom saber tudo mesmo.. o perrengue e a vida de rei. Parabens!
Excelente texto! Amo Londres e morro de vontade de morar ai, mas só iria se fosse na minha área e poder viver uma vida tranquila…nada de ilegal.
Adriana, por favor, me dê a sua opinião, você disse que é praticamente impossível obter um visto de trabalho na Inglaterra, gostaria de saber se isso se aplica mesmo quando o pedido é feito por uma empresa que está contratando um profissional brasileiro? O meu marido está sendo contratado com a proposta de trabalhar um ano na Inglaterra e depois retornar pra trabalhar na fábrica do Brasil, ele já fez o exame de ingles exigido para o visto, estamos apenas aguardando a liberação do resultado para dar seguimento no pedido e assinar o contrato. Acreditávamos que desta maneira era certo que não teríamos problemas, você acha que podemos ter surpresa quanto ao visto?
Sim, hoje em dia sempre existe a possibilidade de surpresas (desagradaveis) quanto a vistos e imigracao para Inglaterra.
Nada esta certo ate o visto estar em maos e voces estarem ja aqui “dentro” da Inglaterra, pois mesmo com o visto concedido, a decisao final eh feita pela policia de imigracao no aeroporto, que ainda assim pode recusar sua entrada no pais, sem ser obrigada a prestar maiores explicacoes.
Claro que sendo um visto “sponsored” por um empregador, ja melhora bastante a situacao de voces, mas dar entrada no pedido de visto, fazer provas, etc nao sao garantias de que o visto sera concedido pelo Home Office (pois nao sao mais todas as empresas que tem “direito” a pedir visto para nao Europeus) e que a entrada no pais sera permitida. Entao sempre existe um risco ate o ultimo momento.
Obrigada pela sua atenção, Adriana! Já sabia que provas e pedidos são apenas etapas e não significam absolutamente nada, mas achava que com o pedido mediado pelo empregador a probabilidade de recusa diminuiria – nós já verificamos e a empresa está na lista das que tem autorização para contratar estrangeiros, no entanto também sabemos que existe uma quota limitada para emissão de vistos em geral.
Mas o que me surpreendeu mesmo foi a possibilidade de acesso negada mesmo com o visto em mãos, esse é um risco impensável para nós! Aceitar essa proposta envolve o desligamento do meu marido do emprego atual e a minha exoneração de um cargo público concursado, ou seja, nós não estamos indo “na louca” “tentar uma vida melhor lá fora” a gente já tem uma vida estruturada aqui e eu não estou disposta a jogar tudo nas mãos de um policial que pode ter acordado num dia ruim, né? As pessoas podem até nos achar um pouco malucos, mas doido varrido a gente não é não!
Enfim, nem sei o que pensar agora, mas também não acredito que haja algo que a gente possa fazer por hora além de esperar.
Parabéns pelo blog, e obrigada pela resposta!
Olá, Dri! Adorei o texto, achei super pé no chão. Moro há 2 anos em Praga e para mim tem o lado positivo e negativo. Muita gente do Brasil acha que vir morar na Europa funciona como a solução para a vida e nem sempre é assim. Depende muito da formação, da vida que deixou para trás e o motivo que fez a pessoa se mudar. Adoro teu blog!!!
Queria postar nesse topico aqui do forum (https://drieverywhere.net/forums/topic/rh/) mas sempre da erro.
Acho que discutir no forum fica mais organizado. Se quiser postar e responder por lah, fique a vontade. “Vcs sabem algo dos cursos online de RH da Brighton School of Business and Management? Sao cursos acreditados pela ABE e tals, mas nao sei se tem valor no mercado…
Bjs”
OI Kenia,
Vou postar lá no forum pra ver se mais alguém tem experiência com essa escola.
Pelo lado pratico no RH no UK< cursos de curta duração só tem um certo valor beeeem no iniciozinho da carreira, ou caso sejam bem focados em alguma coisa que vocie esteja trabalhando atualmente. Por exemplo, eu tenho feito vários cursos de Folha de Pagamento e impostos para Europa recentemente, mas nem coloco os creditos no meu CV. Além de ser uma coisa que as empresas não prestam atenção por aqui (ao contrario do Brasil, que a galera adora se encher de cursinhos), o que vale mesmo no meu CV é minha experiência e poder demonstrar que sei fazer certa coisa. Ou seja, de nada adianta fazer um curso sobre folha de pagamento na Alemanha (um dos cursos que fiz) se na hora de uma possivel entrevista eu não souber demonstrar que de fato sei como se calculam os impostos na Alemanha. Sabe? Então se os cursos parecem ser interessantes, são temas relevantes e tals, vai fundo! Sem se preocupar demais no "mercado", pois pelo menos por aqui, isso conta muito pouco na "vida real".
E quem já vai para trabalhar em um sub emprego, vale a pena? É facil de tirar o visto para ir trabalhar em hotéis ou como motorista por exemplo?
Nao! IMpossivel conseguir um visto sem ter um emprego formal e uma empresa te patrocinando.
E o visto do Aaron? É pela empresa dele ou tem alguma relação com seu passaporte europeu?
Bjs
Ele veio pra cá transferido pela empresa (bem antes de me conhecer), então sempre teve visto de trabalho pela empresa dele, e esse ano conseguiu tirar o “indefinite leave to remain” (depois de 9 anos!) que é o visto de residência permanente.
Oi, Dri
Ótimo post!
Só faltou mencionar q tanto tendo alguma nacionalidade europeia quanto sendo familiar (cônjuge/filho/etc) de quem seja nacional da Europa, desde q esteja indo viver junto a essa pessoa, o estrangeiro terá igualdade de condições para viver, trabalhar e circular na UE. É o meu caso.
Bjs
Oi Andréa, poderia me explicar melhor? Marido de cidadã tem as mesmas condições na União Europeia, é isso? Para trabalhar e tudo? Bj
Sim, desde que voce aplique para o visto de Conjuge para o pais onde queira morar e trabalhar (cada pais da Comunidade tem regras diferentes em relacao a isso, e a lei nao eh assim tao simples nao).
Adriana parabéns pela iniciativa e trabalho que realiza através do seu blog. Muito informativo e real!! Realmente ter vivência internacional requer muita coragem e determinação. Ja tive a oportunidade de morar na Alemanha por 2 anos (10 anos atras) e agora mais 2 anos nos USA. Na época em que morei na Europa ainda não tinha a cidadania europeia, mas agora finalmente saiu e a vontade de viver novamente essa experiência esta cada vez mais latente. Inglaterra seria o melhor mercado de trabalho para meu marido, mas tenho uma duvida.. como meu cônjuge, caso tenha uma oferta de emprego, mesmo que eu (so eu tenho a cidadania europeia) não trabalhe, teria o direito a trabalhar????
Oi Estou indo pra Londres no inicio de março, como ta as coisa por ai!? Quero trabalhar ai em função simples, como garçon faxineiro etc.. Se puder responder fico grato att: Maicon obg e boa tarde…
Se você tem passaporte Europeu ou visto de trabalho e fala Inglês bem, as coisas estão numa boa.
Caso contrário, o cerco esta cada vez mais fechado.
boa tarde meu nome e rogerio tenho 28 anos moro em tatui
querro estudar direito ou administracao .brasil 24 de janeiro 2015 ,na europa portugal ou italia .
Oi Adriana,td bem?Estou buscando informacoes antes de me mudar pra Inglaterra.Eu tenho 44 anos,moro na Holanda desde 1993 ,tenho minha empresa e posso continuar mantendo por ser uma ltda.Ja tenho a nacionalidade holandesa desde 1998.Nao arriscaria mudar sem estabilidade pq a tenho aqui na Holanda.Porem,meu marido q trabalha em uma empresa Britanica aqui na Holanda ha mais de 14 anos esta sendo transferido para a matriz q fica ai em Ipswich ,a filial aqui vai ser fechada e ele vai liderar a equipe dele ai de ICT entao o q me preocupa eh: tenho minhas filhas(sao todas holandesas) na colegio (escola secundaria),o ingles delas teria q ser calibrado por ter q estudar somente nesta lingua(estou buscando aqui aulas particulares).Aqui na Holanda as escolas todas tem o projeto para apoio dos estrangeiro,auxiliando na lingua nativa com mais atencao e ai tb eh assim?Meu marido inicia ai final de fevereiro e nos teriamos q ir qdo finalizasse o ano letivo aqui (em Julho)porem iremos passear logicamente para ir adaptando(dirigir do lado oposto pra mim um desafio).Agradeco de antemao pela atencao.
OI Leuza, isso vai depender demais do council onde vocês vão morar e a qualidade das escolas de lá, então isso você tem que se informar direto com eles, assim que você inscrever suas filhas na programa escolar do seu council.
(se seu marido esta sendo transferido, imagino que ele esteja tendo algum apoio do HR da empresa, então eles vão saber te orientar direitinho).
Li e gostei muito do que escreveu, como é reconhecido o professor na Inglaterra? E eles aceitam um professor formado em outro país?
É preciso refazer módulos da faculdade e validar o diploma, caso a matéria tenha equivalência no Reino Unido.
Para informações atualizadas sobre validação de diploma, você tem que se dirigir direto ao British Council.
Oi Dri! adoro os posts que você faz. Parabéns! Tenho muita vontade de morar em algum país da Europa. A minha situação é um pouco diferente. Tenho 50 anos, muita saúde e disposição. Sou aposentada e conto com um salário mensal que, acredito, seja um ponto positivo para iniciar. Não pretendo trabalhar. Quero somente experimentar a cultura e os benefícios de uma vida com mais segurança e qualidade (fatores cada vez mais raros no Brasil). Queria poder ir com meu filho de 16 anos que está cursando o ensino médio aqui no Brasil e teria que continuar os estudos aí. Estou mais inclinada a ir para algum lugar da Espanha porque já falamos a língua. Minha preocupação é o custo de vida para 2 pessoas, já que a minha renda disponível seria de mais ou menos R$6.500,00. O que acha?
Bem, voce tem que levar algumas coisas em consideracao:
Voce e seu filho tem cidadania Espanhola ou Europeia?
Sem isso, mesmo que nao pretenda trabalhar, voces terao que ter um visto de residencia, pois sem isso ele nao tera acesso a escolas, voces nao terao acesso ao system ade saude etc. E portanto, mesmo sendo aposentada e nao trabalhando na Espanha (ou outro pais Europeu), ao se tornar residente voce tera que declarer sua renda, pagar impostos, seguranca social etc – pois eh isso que da acesso ao uso de todo Sistema publico. Caso contrario, nada de escolar, nada de medicos, nada de conta bancaria nem aluguel, liberdade de ir e vir, etc.
Entao a melhor coisa eh ir no consulado Espanhol e perguntar quais suas opcoes para querisitar um visto de residencia (sem trabalho).
Mas claro, se voces tiverem cidadania Europeia, ja facilita!
No seu caso, como vc nao vai precisar trabalhar, facilita na hora de escolher onde morar, pra conseguir maximizar sua renda, que realisticmente transformada em Euros, acaba nao sendo muito. Entao a solucao e melhor opcao seria fugir dos centros urbanos como Madrid e Barcelona (que sempre sao mais caros mesmo), e focar em vilarejos no interior, areas mais afastadas ou de periferia etc, onde geralmente o custo de vida eh mais baixo, as escolas publicas sao menos disputadas, etc.
Oi Adriana! Gostaria de uma opinião sua a respeito da minha situação: moro no rj com o meu marido e a minha filha (5anos), eu estudo fotografia e até agora não consegui muita coisa na minha área, nós vivemos praticamente com o salário do meu marido que tem um bom emprego, ganha em média 6mil por mês, mais benefícios. Esse ano surgiu uma oportunidade de morarmos na Inglaterra (eu tenho cidadania italiana), e estamos estudando a possibilidade, somos novos (25 anos), e estamos um pouco inseguros em arriscar, até mesmo pq iriamos inicialmente com cerca de 40mil reais e precisariamos trabalhar em sub-empregos para nos mantermos por lá. Tem como viver tranquilo com os dois salários e ainda juntar um dinheirinho? E em relação a escola pra minha filha?
*obs: não temos luxo algum, faço minha própria unha e cuido da casa sozinha! Rss
Beijos, aguardo um retorno seu :)))
Oi Adriana,
tudo bem? Essa é a primeira vez que entro no seu blog e gostei bastante. Vou tentar ler os posts mais novos kkkk.
Estou escrevendo porque eu acabei de conseguir o visto de trabalho na Inglaterra na minha área de formação e percebi que existe pouquíssima informação sobre esses casos na internet. Estou pensando em criar algum conteúdo para explicar no detalhe como eu fiz pra conseguir isso e desta forma, ajudar outras pessoas a conseguir o mesmo.
Gostaria de saber se isso interessaria os leitores do seu blog.
Qualquer coisa, e manda um e-mail.
Desde já, obrigado.
Sei que nao me perguntou, mas eu acho que novas informaçoes sobre este assunto sao sempre bem-vindas :)
Dry,
nossa seu bloq é um máximo, sabe quando bate uma vontade no coração de mudança, pois é meu coração está ansioso por isso, estou querendo trabalhar e estudar fora, hoje meu inglês é um dos gargalos que tenho que enfrentar, mas toda vez que busco na internet como morar fora do Brasil vejo que nos dias atuais é quase impossível.Os países fora estão cada vez mais fechando o cerco para imigrantes se naturalizar em outro país. Conheci uma menina em uma página do face que mora nos EUA e ela me disse que foi para lá com um programa que se chama AU PAIR, mas já não me encaixo nos requisitos pela idade o programa é só até o 26 anos. Queria saber de você se na Inglaterra tem algum programa do tipo para estrangeiros trabalhar e estudar?
Obrigada e parabéns pelo blog!
OI Luciana,
Aqui na INglaterra existem varios programas de estudo para estrangeiros.
Aqui no blog tenho alguns posts sobre agencias de Intercambio e universidades que oferecem cursos de Ingles registrados pelo British Council, e caso seu curso seja de mais de 6 meses, eles ajudam nos tramites de visto de trabalho (mas o visto de trabalho para estudantes so permitem 20 horas de trabalho por semana, que nao eh o suficiente pra se manter por complete por aqui. mas eh uma solucao que voce pode explorar).
Olá Dri, parabéns pelo texto, você descreveu tudo com muita sinceridade, e era o que eu precisava.
Estou com a ideia de ir pra Italia em agosto do ano que vem pra dar entrada na minha cidadania lá. E após conseguir a cidadania ir pra Londres, que é o meu sonho, não apenas em busca de uma vida melhor financeiramente porque acredito que ter uma vida financeiramente boa na europa é realmente difícil, mas o que eu quero é mais qualidade de vida, estando em uma cidade que tem o mundo dentro, que abre portas pra eu me descobrir e descobrir coisas novas, busco experiência de vida e encontrar meu lugar no mundo então quero tentar. Não tenho medo de desafios, não sou apegada a nada, não tenho medo de perrengues e pra falar a verdade tenho bastante experiência em perrengues rs. Mas o fato é que eu tenho 25 anos, estou no segundo ano de Direito, sou estagiaria, vou começar agora o inglês e agora que vou começar a reservar algum dinheiro pra realizar esse objetivo de ir embora do Brasil. Minha situação não é das melhores né, mas mesmo assim estou disposta.
A respeito da minha graduação e da minha experiência de trabalho, eu estou pensando em parar com o Direito, já que não pretendo exercer, e partir pra cursos rápidos que me darãoais chances de emprego em Londres. Sobre esses cursos, e áreas melhores para se trabalhar ai, como eu poderia me preparar, já que não vou voltar atrás com esse meu obejtivo rs, você poderia me dar um help?
Obrigada Dri :)
Oi Aline,
Sua melhor opcao de conseguir bons empregos na Europa eh ser formada em alguma coisa. Ter um curso superior numa boa universidade eh essencial. Cursos profissionalizantes e afins nao velerao nada nem terao reconhecimento por aqui.
Um bom curso superior, experiencia de trabalho e fluencia na lingua local serao suas melhores apostas. Sem isso as chances sao minimas.
Entendi, e obrigada por responder Dri… Mas quais áreas, com nível superior, você considera que tem mais chances e oportunidades para se conseguir um emprego ai?
Aline, soh quem pode responder isso eh voce. Afinal quais carreiras vc gostaria de exercer?
Nao adianta eu te falar “faz econmia”, se voce nao tem apditao pra matematica e detestaria trabalhar com financas e contabilidade…
Afinal pra quer ter um emprego que voce nao gosta e nao te faz feliz? Seja em Londres ou qualquer outra parte do mundo?
Se voce acha que nao tem vontade de exercer direito, entao ok. Mude de curso pra ontem. Mas so voce sabe o que gostaria de fazer “quando crescer”, e respondendo isso voce pode investigar melhor sobre as posibilidades de equivalencia no exterior.
E como a Mari mencionou: Ingles, Ingles, Ingles! Nao adianta ter 5 doutorados, se ainda assim voce nao souber se expresser de igual pra igual com os nativos.
Na verdade eu nunca soube exatamente o que queria ser, e ainda não sei, só sei que quero abraçar o mundo, ser internacional, como você. Mas ja vou mudar de rumo, pra ontem, e me dedicar totalmente ao inglês e a outro idioma também. E em breve vou em busca de experiências internacionais, intercâmbios, viagens, e descobrir aonde tudo isso vai me levar. Obrigada Dri, já li todoo seu blog em dois dias rs já entrou pros meus favoritos! :*
Pois eh… so que eu nao vivo de “ar” nem de “ganhar o mundo”, sabe?
Voce precise de uma carreira, uma direcao. Pode ser que essa direcao seja “internacional”, como no meu caso, mais possivelmente nao sera, mesmo trabalhando em Londres.
Voce vai preisar de bons estudos para ter um emprego que pague (bem) as contas no fim do mes e te permita “abracar o mundo”…
Sei que parece papo de tia velha, mas futuro eh coisa seria :-)
Sei que midias sociais e blogs enganam muito, mas nao se deixe levar pelos papos de que eh viavel viver viajando, ser “nomade”, ganhar o mundo e afins, e que nao rola muito estudo, dedicacao e trabalho duro por tras das fotos de lindas paisagens mundo afora!
Sim Dri, eu não pretendo viver como uma aventureira maluca, quero um futuro e vou estudar e batalhar por isso. Tudo que você me disse até agora serviu pra colocar meus pés no chão e me fazer entender que preciso me planejar e me preparar bastante, e é o que vou fazer. Muito obrigada mesmo, como ja disse, era o que eu precisava! Um grande beijo :)
Oi Aline, desculpa me intrometer, mas como eu já comentei nesse post, acabei recebendo sua mensagem de atualização. Concordo com o que a Dri falou sobre ter curso superior, mas preciso fazer um adendo: se vc não gosta do direito e não pretende exercer, troque de curso. Escolha algo que vai te dar mais chances de uma carreira internacional. Falo isso por experiência própria. Mesmo tendo mestrado no exterior e ter escolhido um ramo do direito internacional (tributário internacional), é muito, muito difícil, conseguir oportunidades no exterior, por conta das peculiaridades de cada sistema jurídico. Então, se me permite, meu conselho é: ou faça sua faculdade no país onde vc quer morar, como por exemplo a Inglaterra, ou mude de carreira (economia, contabilidade, algo aplicável no mundo todo). Mas não deixe de fazer a faculdade e estudar muuuuuito inglês!
Além disso, avalie e reavalie sua decisão sob todos os aspectos (família, principalmente). Morar fora foi muito mais sacrificante do que eu jamais poderia imaginava.
Espero que eu tenha ajudado de alguma forma! Boa sorte!
Obrigada por se intrometer Mari rs então, nem dormi essa noite pensando a respeito de trocar de curso, mas a minha dúvida é pra qual trocar. Qual cursos feitos aqui no Brasil me darão boas chances de uma carreira internacional?
Putz Aline! Como a Dri disse, essa é uma questão muito pessoal. Vou te dar um exemplo: eu fiz direito, mas a minha vida inteira, até o meu último ano do colégio, achei que faria medicina!!! Ou seja, nada a ver. Aí vc pensa: bom, médico e um profissional valorizado no mundo todo, sem emprego não fica! Mas dai eu vejo a SAGA de algumas pessoas na Austrália pra conseguir equivalência do diploma de medicina, praticamente precisando fazer uma nova faculdade.
Ou seja, não há regra. Eu sequer sei se vc gosta de humanas, exatas, biológicas ou que, como eu, gosta de tudo rsrs mas ainda assim se eu te disser: faz X que é garantido, pode ser que não seja pra vc Pq as experiências variam de pessoa pra pessoa.
O que eu posso te sugerir e: pesquise, pesquise muito sobre tudo. Hoje a Europa e um lugar muito mais difícil de se estabelecer do que era dez anos atrás, por exemplo. Então, além de uma boa dose de sorte, vc precisa de planejamento. Senão só vai perder tempo e dinheiro.
Sou como você Mari, gosto de tudo e quero de tudo um pouco rsrs impossível né. Mas ja estou pesquisando bastante, e vou descobrir em que vou me focar a partir de agora, e vou me dedicar bastante nisso, principalmente no inglês e em outras línguas. Obrigada por compartilhar suas ideiassl e experiências, me ajudou bastante.
Só por curiosidade, aonde voce está morando atualmente e o que está fazendo?
Nossa Aline, essa sua pergunta dá até uma tese de doutorado rs mas, resumidamente, eu morei um tempo na Austrália, fiz mestrado lá, arrumei um emprego na área (não exatamente o que eu gostaria de fazer, mas um bom começo), mas decidi voltar, por vários motivos. O principal é a família e o fato da Austrália ser longe demais. Além disso, depois de um tempo lá percebi que os problemas de outros países são muito semelhantes ou, se diferentes, são ainda assim problemas sérios. Na minha balança, o que eu perdia estando longe do Brasil era muito pior do que a “qualidade de vida” que eu tinha lá (que no Brasil eu tinha uma qualidade de vida muito melhor do que eu tinha lá, só por morar mais perto do trabalho). Enfim, é uma decisão muito pessoal. Hoje estou no Brasil e feliz demais, apesar de ter muito desejado um dia ter uma carreira no exterior. As vezes me perguntam se eu tenho vontade de voltar pra Australia, ainda mais nesse momento difícil que o Brasil está vivendo. E eu te digo: isso nem passa pela minha cabeça.
Quando eu fui pra lá me planejei muito, guardei dinheiro, fiz amigos, não estava sozinha (fui com meu namorado, hoje marido). Tinha tudo pra dar certo. Mas não adianta. Se vc não é feliz, não tem praia bonita ou piquenique no parque que te façam mudar de ideia. Hoje dou um valor absurdo a tudo que eu tenho aqui, principalmente por estar perto dos meus pais e da minha família (e vou a muita praia bonita e faço muito piquenique no parque rs)
Desculpa falar tanto. Esse assunto é polêmico!!! hahaha faça o que seu coração mandar e saiba que tudo na vida é reversível. Vc pode trocar de curso, país, amigos, tudo. Basta querer e se esforçar =) boa sorte!!!
Pode falar mari, amo pessoas que falam, e amo ouvir histórias de vida hahaha
Que legal, tudo serve de experiência também né, com certeza tudo que você viveu lá na Austrália, mesmo não tendo dado certo no final, valeu a pena, foi um aprendizado.
Mas é isso ai, tudo é reversível, e se não der certo, só a experiência de ter tentado já vai ter me dado muitas histórias pra contar.
Beijão Mari :***
Pode falar Mari, amo pessoas que falam hahaha adoro saber das histórias de vida das pessoas.
Então, que bacana sua história, mesmo não tendo dado tão certo na Austrália, com certeza a experiencia foi incrível né?!!!
E sim, tudo é reversível, e se não der certo, só de ter tentado já vai ter valido a pena.
Obrigada por compartilhar suas experiências, me ajudou bastante.
Beijão :***
[…] atras do blog e midias sociais, os aspirantes a imigrantes tem se (e me) perguntado mais se “vale a pena” imigrar pra Europa e Inglaterra (cuja minha resposta e opiniao já virou post aqui oh), e mais recentemente tem aumentado as perguntas sobre o mitico “emprego na minha […]
Oi Dri
Tenho algumas dúvidas sobre visto para morar e trabalhar em Inhlaterra, até mesmo Pq sou casado(união estável) com uma francesa e tenho um filho que nasceu em Portugal onde imigrei 6 anos, portanto já sei o que é imigrar e é bem isso que vc falou, mas ainda sim penso que pode ser bom para meu filho de 7 anos tem uma educação lá fora. A dúvida é como eu poderia ter essa entrada sendo que não soube único não europeu da família??
Obrigado.
Oi Diego,
Eh melhor consultar o consulado Britanico diretamente e o Home Office, pois eles terao as informacoes oficiais e atualizadas.
Mas basicamente sua esposa tem que provar que ela mora e trabalha em Londres e que tem meios para sustentar a familia, e depois aplicar para um visto de residencia de conjuge Europeu em seu nome para te dar o direito de tambem morar e trabalhar na Inglaterra.
Sou engenheiro de produção. E atualmente vendo o estado em que o Brasil se encontra, comecei a pensar em buscar a minha dupla cidadania portuguesa. Se realmente irei um dia tentar a vida eu não sei, mas que isso está na minha cabeça está!
Parabéns pelo post e sucesso a todos!
oi boa noite me chamo Camila moro no Rio de Janeiro sou estudante de psicologia tenho muita vontade de fazer uma especialização na Inglaterra, mas estou muito desanimada do brasil e estou querendo ir morar de vez na Inglaterra mas estou com um pouco de receio pois não conheço ninguém por lá, e chega sozinha em um pais sem conhecer ninguém e meio complicado então venho aqui pedi uma ajuda como devo proceder em função disso .
Como faço fazer parte desta ONG,viaja para fora do Brasil sem custo nem um, vocês pagam hospedagem,comida,passagem quero saber tudo como funciona uma ONG,como posso ajuda nesta ONG. Por gentileza aguardo resposta sobre o assunto.
adorei o conteúdo, estou pensando em ir para austrália em março do ano que vem, vamos ver como desenrola meu passaporte
Muito legal gostei de ler seu comentario. Me encaixo na parte de aprender uma nova lingua. Pretendo viver um tempo na inglaterra, mas como você disse não e facil e sei que não deve ser mesmo. Estou estabilizado no Brasil mas a idade vem chegando,. O meu medo é não tentar e depois se arrepender. Parabens pelo seu post