Hoje completo 1/4 de seculo.
Já sou uma adulta, uma mulher de respeito.Nunca gostei de aniversario, agora gosto cada vez menos.
Primeiro porque eu sempre tinha panico do momento do parabens… Todo mundo te olhando, meu pai tirando fotos freneticamente… Eu sempre pedia: esse ano, sem bolo por favor… Nunca fui atendida.
Outro trauma dos aniversarios da minha infancia, era que o dia 14 de fevereiro sempre caía antes, durante ou depois do carnaval, e em plena ferias de verao. Resultado, minhas festas sempre estavam vazias… 90% dos convidados nao podiam comparecer. O auge do cumulo foi no meu aniversario de 8 anos, que para amenizar o trauma, minha mae fez minha festa no meio de dezembro!!!
Na adolescencia isso mudou um pouco. Durante os anos que morei em portugal, fazer aniversario era uma beleza… meio do ano escolar, todo mundo sempre obrigatoriamente presente; além de que lá, meu aniversario também é Valentine’s day (na Europa toda e EUA), que eu achava o maximo!
Ao voltar para o Brasil, oque antes era um trauma (aniversario/caranaval/ferias) virou uma grande vantagem: muito festa, calor e viagens com os amigos. Aniversario virou sinonimo de diverçao garantida. Hoje já nao tenho mais nenhum trauma, mas a idade vai chegando e ficar um ano mais velha já nao é tao divertido assim. No outro dia me lembrei de uma aula de biologia que tive muitos anos atras: segundo minha professora, biologicamente falando, o corpo humano esta em continuo desenvolvimento até os 25 anos, quando as celulas atingem seu maximo; daí pra frente o corpo humano cai ladeira abaixo.
Nao faço a menor ideia se isso é correto, cientificamente falando, mas por algum motivo, isso ficou gravado na minha memoria, e eu lembro perfeitamente que pensei: Nossa!!! 25 anos!!! Que velha!! Ainda bem que falta muito tempo!
Pois é querida Adriana… O tempo passa, o tempo voa…
Esse ano em especial nao tenho doque reclamar. Rolaram comemoraçoes ininterruptas desde 5ª feira a noite… 4 dias seguidos de festas, pra ninguem botar defeito… Acho inclusive, que agora meu organismo vai precisar de mais 25 anos pra conseguir se recuperar… 
Num momento de reflexao sobre “oque tenho feito da minha vida nos ultimos 25 anos” pós ressaca em um gélido domingo a tarde, me bateu um incrivel depressao. Estava rodeade de gente, e me sentia sozinha. Me dei conta que nao ia acordar com o tradicional café da manha de aniversario que todo mundo na minha familia ganha, que nao ia comemorar com meus amigos (aqueles de verdade, do fundo do coraçao), que de noite nao ia sair para jantar com meus avós, que nao ia ver a cara de orgulho do meu pai falando “meu bebe esta crescendo” e nem ia ouvir a tradicional frase da minha mae que ano a pós ano me lembra que esse dia nao é só meu, afinal ela sofreu durante 12 horas para me trazer ao mundo, numa 3ª feira de carnaval no inicio da decada de 80.
Chorei alguns minutos, mas depois passou.
Afinal, estar sozinho é ruim, mas também é muito bom.
A meia noite meus amigos me felicitaram e cantaram “parabens pra voce” em varias linguas diferentes, e eu fiquei feliz. Afinal estou muito satizfeita com tudo que fiz em meus longos 25 anos de vida. Hoje, apesar do frio, apesar do trabalho, apesar da aula e da entrega de um pré projeto final na universidade, o dia esta sendo otimo.
Varias boas surpresas, muitas pessoas especias me ligando, mandando mesnsagens e e-mails.
Obrigada a todos vcs!!
Muitas felicidades e muitos anos de vida para todos nós!!!!
Atualmente morando em Denver, Colorado, nos EUA, mas sempre dando umas voltinhas por ai.
Viajante incansável e apaixonada por fotografia e historia.
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