30 Jan 2009
20 comentários

De Fornelos para o mundo

Pessoal

Ligacoes fora de hora, mensagens no meio do nada, e-mails com desculpas disfarcadas.
Pra quem mora longe da familia, a qualquer hora que uma coisa dessas acontece, voce jah pensa logo em desgraca.

A ultima dessas que recebi, minha mae estava sendo operada por uma fratura no joelho.

Hoje de manha, quando sai de uma reuniao e vi uma dessas mensagens que dizia “me liga, preciso falar com voce”, meu coracao jah comecou a disparar a um zilhao por hora.

Liguei imediatamente, e infelizmente a noticia foi a pior possivel…

Avelino Pinto da Silva, chegou a esse mundo via Fornelos, em Cinfaes do D’Ouro, Portugal, e partiu via Rio de Janeiro, Brasil.
Viveu uma vida longa, com um casamento de 50 anos, duas filhas e tres netas. Adorava bacalhau com babata cozida, e galeto do Largo do Machado com chopp muito gelado. E nunca, jamais negava uma caipirinha ou uma baladinha.

Dele eu herdei os olhos escuros e pequenos, e a cabeleira farta.

Adeus.

Adriana Miller
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Adriana Miller
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  1. Anathalia - 30/01/09 - 15h02

    Ai, Dri, isso é tão difícil, né? Passei por isso em outubro e posso te dizer que só mesmo o tempo para a tristeza começar a dar trégua. Força nessa hora!
    Um beijo!

    Responder
  2. Maria Helena - 30/01/09 - 15h11

    Era seu avô Dri??? Sinto muito… E esses momentos tristes são ainda piores quando estamos longe da familia, não é???

    Um beijo e muita paz e muita luz, para ti e para tua familia!!

    Responder
  3. Paola - 30/01/09 - 15h21

    Dri,
    Sempre leio o seu Blog mas nunca me manifestei sem ser via e-mail (mandei 2, nao sei se se lembra), mas acho q nessas horas vale uma mensagem.
    Forca! Muita forca!!!
    Um grande beijo,
    Paola
    (uma Brasileira no Chile)

    Responder
  4. Camila - 30/01/09 - 15h35

    Oi Adrina,
    Sinto muito por voce… Sei o quanto isso é difícil… Passei exatamente pela mesma situacao, pois moro na Alemanha e em março do ano passado também recebi uma ligacao nao esperada de manhã no meio do trabalho. Minha avó tinha falecido. É um susto com toda a certeza…
    Uma tristeza por estar longe e nao poder abracar quem a gente ama…
    Com certeza só o tempo para dar um jeito… E pelo menos para mim, quando isso aconteceu, eu também tinha a certeza que a minha vó estava num lugar muito melhor.
    Muita força e muita luz pra vc!!!

    Responder
  5. Angie - 30/01/09 - 15h58

    Sinto muito! :o( Nessas horas, é uma meleca estar longe, nao? :o(
    Beijos, e um abraco forte,
    Angie

    Responder
  6. Vivian - 30/01/09 - 16h32

    Essas situações são realmente muito difíceis e doloridas.
    Assim como vc, tb moro fora do Brasil e desde que perdi minha avó, de quem eu era muito próxima, tenho repensado muito a decisão de continuar morando fora do país. Já é dificil de viver uma situação dessas qdo se está lá, do lado da família, imagina qdo se está longe. Vc não pode abraçar ninguém, nem receber abraços, nem se despedir da pessoa que se foi. Acho que pra quem está longe é ainda mais difícil e a dor maior pois a gente tenta ficar imaginando como estão todos, querendo dar uma força e estando longe, isso é praticamente impossível. É o querer dar um apoio a todos e ao mesmo tempo sentir uma impotência enorme por não poder fazer nada já que estamos tão longe. Desde a partida de minha avó tenho revisto minha vida, penso que um dia, infelizmente serão nossos pais e só o pensamento de receber uma ligação como a que vc recebeu, mas dessa vez se tratando dos meus pais, me é uma idéia tão inimaginável que não quero que essa situação aconteça comigo novamente. Morar fora tem suas vantagens, muitas vezes significa ter uma vida mais confortável, poder bancar nossas viagens, estudos, ambições profissionais, mas já não sei se vale a pena ter tudo isso e não poder estar perto das pessoas que mais amo nesse mundo. Realmente esse tipo de situação nos faz rever a vida, ver o que realmente é mais importante para nós, os sacrifícios que valem a pena ser feitos e os que já não valem mais. Cheguei a conclusão de que nada substitui a família e que na hora da dor de barriga, é para ela que nós corremos. Absolutamente nada nessa vida substitui a sensação de estar perto dos que nós amamos, nenhum conforto que a vida no exterior nos trás, é capaz de compensar a distância e substituir a oportunidade de estar perto da familia. Meus sentimentos pelo seu avô e desejo muita força sua família e principalmente para vc, pois para quem está longe, as vezes a dor é muito maior. Tudo de bom pra vc.Abraços, Vivian

    Responder
  7. Dani - 30/01/09 - 17h09

    Dri,
    Sei bem como são estas ligações para as quais nunca estamos preparadas. Imagino a dor que você deve estar sentindo por aí. Estar longe nestas horas é muito ruim, é uma sensação estranha e surreal, como se a vida tivesse que parar e nada de mau pudesse acontecer quando não estamos por perto. Mas infelizmente acontece e a vida segue, mais triste, mas segue.
    Seu avozinho parece ter vivido uma vida feliz e interessante, além de longa, privilégio de poucos. Sei que nada vai diminuir a sua tristeza nesta hora, mas sinta-se abraçada por nós aqui, seus amigos e amigas virtuais.
    Seu Avelino cumpriu primorosamente a sua missão por aqui, e você é feliz por poder guardar tantas lembranças para sempre no seu coração.
    Que você e sua família fiquem com Deus. Seu avô já está com Ele.
    Bjs

    Responder
  8. Francelli - 30/01/09 - 17h10

    Sinto muito, Adriana… São momentos muito difíceis quando se está longe. Faça uma oração, pense nele feliz, bebendo sua caipirinha e em paz, que você vai confortar um pouco o seu coração.

    Um abraço apertado e carinhoso.

    Responder
  9. Anna - 30/01/09 - 17h31

    Dri,
    Apesar da gente nao se conhecer gostaria de lhe dar um abraco bem apertado daqueles que tira toda a dor do nosso coracao. Esse abraco seria uma forma de agradecer por vc dividir as suas experiencias, as suas dores e principalmente as suas alegrias que tenho certeza contagia a todos que leem o seu blog. Mas tenho certeza que voce recebera esse abraco dos bracos de uma pessoa muito especial na sua vida que te dara todo o apoio e conforto necessario.
    Soh queria te dizer que se existe abraco virtual… Sinta-se abracada!

    Responder
  10. Claudia - 30/01/09 - 17h35

    Bom, eu nunca sei o que falar numa hora dessas, mas te desejo muita paz pra superar esse momento.
    Cláudia

    Responder
  11. Renata B. - 30/01/09 - 19h02

    Adrianaa!
    Sinto muito!!
    Que Deus te abençoe e te conforte!!
    A gente que le o blog desde cedo e ficou feliz com todas as tuas alegrias, emocionados com teu casamento, tb ficamos tristes em momentos como esse!
    Mas muita paz!!
    Abraços

    Responder
  12. Virgínia - 30/01/09 - 20h00

    Também moro longe da família (apesar de ser dentro do Brasil) e sei bem como essas situações são tristes. Meu avô morreu do nada ano passado. Entrou no hospital passando mal e não saiu mais vivo de lá 1 dia depois.

    Não tive como largar o trabalho (prof. liberal não nem dias para luto), com os processos desabando sobre a minha cabeça.

    Mas no fundo, preferi não ir. A melhor imagem é a da pessoa viva! E essas lembranças não se apagam… apesar da dor não passar nunca.

    Meus pesames…

    Responder
  13. Flavia - 30/01/09 - 21h21

    Oi Adri, sinto muito, muito muito. Essa eh uma das partes mais dificeis mesmo de morar longe. Fique bem, com muito carinho.

    bjs

    Responder
  14. Juci - 30/01/09 - 21h40

    Meus sinceros sentimentos Dri.
    Com carinho, Juci

    Responder
  15. Ro Costa - 30/01/09 - 22h38

    Eu hoje tive um pesadelo
    E levantei atento, a tempo
    Eu acordei com medo
    E procurei no escuro
    Alguém com seu carinho
    E lembrei de um tempo…

    Porque o passado me traz uma lembrança
    De um tempo em que era criança
    E o medo era motivo de choro
    Desculpa pra um abraço ou um consolo

    Hoje eu acordei com medo
    Mas não chorei nem reclamei abrigo
    Do escuro, eu via um infinito
    Sem presente, passado ou futuro
    Senti um abraço forte, já não era medo
    Era uma coisa sua que ficou em mim (que não tem fim)

    De repente, a gente vê que perdeu
    Ou está perdendo alguma coisa
    Morna e ingênua que vai ficando no caminho
    Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
    Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás (Poema – Cazuza)

    Querida amiga virtual essa música Cazuza dedicou a sua avó que faleceu… diz tudo não é? Como costumamos dizer aqui os nossos avós são nossos pais com açúcar, então posso imaginar o quanto está triste. Quando minha vó faleceu estavamos preparando a festinha de aniversário da minha irmã caçula e apesar de morar aqui no Brasil e ela também não consegui ir me despedir porque são oito horas de viagem, foi difícil.
    Um forte e afetuoso abraço.

    Responder
  16. Edna - 30/01/09 - 23h53

    Adriana
    Que Deus ilumine vc e sua família nesta hora tão difícil.
    Meus sentimentos.

    Edna

    Responder
  17. lucia - 31/01/09 - 00h40

    Dri, forcas (com cedilha). Sei como isso e’ dificil, fica sempre aquele vazio no peito. Mas as maravilhosas lembrancas que criaram juntos ficarao contigo pra sempre. I’m so sorry for your loss…
    Com carinho, Lucia

    Responder
  18. Alison - 31/01/09 - 03h08

    Nossa, meus pêsames, apesar de não ter perdido ninguem proximo assim deve ser uma barra o que você tah passando.

    Bejo

    Responder
  19. Vanessa Silva - 01/02/09 - 00h58

    Dri,
    sinto muito pelo seu avô.
    Eu já perdi o meu e sei o quanto dói.
    Neste momento, ele precisa de oração, isso vai fazer bem a ele e vai acalmar o seu coração.
    fique bem.
    um beijo,
    Vanessa.

    Responder
  20. Carol Gavião - 31/03/09 - 05h52

    Sinto muitíssimo por isso, Dri. Esse é um dos momentos que não sabemos o que dizer nem desejar. Eu prefiro ficar em silêncio, pois não há o que ser dito.

    Exatamente 1 dia depois desse post, dia 1º de Fevereiro, eu perdi a minha avó, que também era portuguesa e também adorava bacalhau com batatas cozidas (aliás, os que ela fazia eram os melhores!). Foi duro, muito duro. Morreu longe do seu país e de parte da sua família. Por aqui no Brasil ficou meu avô, que tem 86 anos, e que está arrasado. Às vezes tento imaginar o sofrimento dele… A única pessoa que ele tinha era ela. Tem a nós, seus netos, e também a seus filhos, mas ela era insubstituível. Todos nós somos, é claro, afinal somos únicos, mas ela era a coluna que o sustentava. Mas enfim… Espero tê-lo entre nós por muito tempo ainda!

    Fique bem! Abraço bem forte em você e força para todos.

    Carol

    Responder