31 Jan 2009
13 comentários

Agridoce

Dicas de Viagens, França, Pessoal

A uns 5 meses atras minhas amigas estavam planejando um fim de semana mulherzinha na Franca, assim como jah fizemos Madrid, Belgica e Madrid, e comemorar alguns aniversarios que acontecem por agora (meu incluido).

A passagem, mala, e animacao estavam prontos na sexta de manha, ateh eu receber o tal telefonema.

Nao consegui mais trabalhar, cancelei a viagem com as amigas e voltei pra casa. Passei o dia todo me destrambelhando em lagrimas questionando a vida. O falecimento do meu avo eh uma dessas coisas que sabiamos que ia acontecer em breve, mas quando acontece voce percebe que nao ha nada que possa fazer para te preparar.

Surpreendentemente todos no Brasil, que viram o quanto ele estava sofrendo, estao tristes, porem aliviados com a partida. Minha grande tristeza eh a impotencia da distancia.

Depois de horas conversando com a minha mae e avo, elas me convenceram a viajar, focar nas coisas boas, e bem, fazer oque ele gostaria que eu fizesse.

Entao de ultima hora refiz a mala e vim pra Paris com as amigas.
Eh um sentimento agridoce, pois sei que a vida segue, sofrer e ficar em casa chorando nao vai trazer ninguem de volta. Mas eh impossivel ficar feliz e contente num momento desses, e parte de mim nem quer fingir que estou tentando. Como se nao bastace o luto em si, ainda tem esse gosto amargo da distancia, da impotencia, e culpa de “porque tenho que fingir que esta tudo bem, enquanto o resto da familia esta lah, cuidando de papeladas, esvaziando armarios, etc”.

Ontem as meninas sairam e eu fiquei em casa, acordada ateh as 3 da manha pensando no Seu Avelino. Nas coisas legais que ele me ensinou, e o quanto dele eu tenho em mim…

Adriana Miller
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  1. Melinda R. - 31/01/09 - 11h46

    Vc acha que esse tipo de acontecimento te faz repensar a vida no sentido de questionar a si mesma se ainda vale a pena continuar morando tão longe da sua família?

    Infelizmente, hoje são nossos avós, mas não sabemos quem pode ser amanhã.

    Vc alguma vez já cogitou a hipótese de voltar ou acha que mesmo com esse tipo de situação, qdo se perde uma pessoa, ainda acha que vale a pena ficar tão distante de tudo e todos?

    Não quero ser inoportuna, mas gostaria de saber sua opinião sobre esse assunto.

    Um grande abraço

    Melinda

    Responder
  2. fabi - 31/01/09 - 12h52

    Fofa!!
    tem meme pra vc lá no blog!!
    beijosss

    Responder
  3. Virgínia - 31/01/09 - 13h23

    Entendo e compreendo sua tristeza e desânimo, mas (acima de tudo) entendo quando você pensa em seguir a vida e não deixar a peteca cair. Só nós quando passamos por isso sabemos o que está acontecendo dentro de nós. Ignore os pensamentos a respeito do que os outros possam estar pensando. A dor da perda é nossa e só nós sabemos como superá-la ou diminui-la.
    Meu pai saiu de casa para viajar (ele era piloto de avião) como sempre fazer e nunca mais voltou. Só quem passou por isso é capaz de enxergar que cada um tem o seu modo de sofrer. Eu não quis ir ao enterro, não fui no velório (que vi pela tv). Faltavam 10 dias para meu aniversário de 15 anos. E meus amigos vieram em casa me fazer um festa. Por que eu estava sofrendo, mas a alegria deles era capaz de me ajudar a passar por esse momento de dor de maneira mais leve.
    Pode ser um opção para você repensar a sua vida? Pode? Mas não faça disso um momento mais pesado do que já é. Mesmo perto, ficamos impotentes diante de certos acontecimentos. E como eu já lhe disse, o melhor é a lembraça da pessoa viva!

    Mudando de assunto… Eu ganhei um selinho de blog hoje e queria repassa-lo para você, já que o tema é “Blogs Apaixonantes”! E não existe na net blog mais apaixoante do que o seu!

    A dona do selinho não passou nada com intuito de desafio, então, se não quiser repassar para outras pessoas, tudo bem!

    Só queria agradecer você pode escrever aqui e dividir suas alegrias, tristesas, perregues, experiências, enfim, sua vida conosco!
    Bj

    Responder
  4. lucia - 31/01/09 - 14h24

    Dri, comigo foi assim tb. Minha mae estava mt mal com cancer e so foi piorando a medida dos anos. Por um lado ficamos aliviados, pois ela estava sofrendo mt, e tb pensei estar preparada. Que engano!

    Perde-la foi a pior coisa que aconteceu na minha vida e mesmo esse mes ja fazendo 3 anos, aquele vazio permanece. O dia seguinte do seu falecimento foi horrivel, o pior da minha vida. Nao sei nem explicar o sentimento de vazio e agonia que sentia…

    Mas o tempo ameniza a dor, isso sim. E as lembrancas ficam pra sempre no coracao e memoria.

    Deixa eu parar por aqui pois ja estou chorando ao te contar isso e tb pela sua dor.

    Se cuida…
    Com carinho, Lu

    Responder
  5. Bia - 31/01/09 - 15h57

    Dri, há mais ou menos 1 ano e meio atrás minha vó materna tb partiu desse mundo. Na epoca eu não consegui nem chorar no enterro, pois vi o quanto ela sofreu durante 6 anos, tendo deixado de fazer mtas coisas das quais gostava. E ela que sempre foi tão independente a vida toda, passou os últimos anos depende de alguém até para que lhe pagassem um copo d’gua. Então eu fiquei aliviada em ver que ela não sofreria mais, so choro só veio com a saudade claro. A minha irmã que mora fora, sofreu muito mais do que todos que estava aqui e tiveram que separar a papelada, arrumar os armarios e ir ao enterro, pois ela estava longe, se sentindo exatamente como vc está agora, impotente por estar distante e perder os ultimos momentos e não poder confortar ninguém.
    E mesmo sendo familias diferentes e situações diferentes, claro, tenho certeza de que é dificil, mas eles estão de certa forma felizes por não ver o seu avô sofrer mais! :)

    bjos,
    Bia

    Responder
  6. Flavia - 31/01/09 - 16h46

    Oi Adri, sei que nao existem palavras que vao fazer vc se sentir melhor, realmente soh o tempo para melhorar o vazio que vc deve estar sentindo.

    Bjks

    Responder
  7. Mile - 31/01/09 - 21h46

    Como te entendo…
    Sinto muito pelo seu avô.
    Bjo

    Responder
  8. Daniela Pedrinha - 31/01/09 - 23h10

    Sinto muito saber disso Adriana… eu sei como dói perder quem amamos, entendo perfeitamente a sua agonia e tristeza por estar tão longe da sua família nesse momento e por não poder se despedir como gostaria. Mas faça uma oração, envie seus pensamentos de amor para seu avô.. onde quer que ele esteja, tenha certeza que receberá o seu amor e carinho.

    A morte física limita algumas coisas, mas o amor é eterno e nos mantém unidos com os que amamos. Fique bem, um beijo carinhoso.

    Responder
  9. Maira - 01/02/09 - 06h33

    Dri,
    Sinto muito por essa perda em sua vida. Meus sinceros sentimentos. E sei o quanto é difìcil, ainda mais por estar longe da famìlia. Jà passei por isso e, sei o quanto sofremos por não estarmos naquele exato momento apoiando, sendo apoiada pela famìlia. Perdi minha vozinha na mesma circunstância, é uma dor enorme. Mas,pense exatamente nos momentos bons, nos ensinamentos e nesse amor infinito. Que onde estiver, estarà feliz, admirando sua força, garra e sucesso. Somos o espelho dos nossos entes queridos.

    Responder
  10. Deby - 01/02/09 - 08h35

    Querida,

    Pq vc não deixa de ir a Austrália em março e usa esses dias para fazer uma viagem relâmpago ao Brasil e vai lá dar uma força a sua família? Iria fazer bem a vc e a eles por terem vc por perto, afinal, viagens a gente pode fazer a qualquer hora, mas a família está sempre em primeiro lugar, não é mesmo?
    Take care!
    Bjs!

    Responder
  11. Raquel - 01/02/09 - 17h47

    Oi Dri,

    ontem já tinha passado aqui e ia comentar mas entretanto comecei a ler os comentários das outras pessoas e quando cheguei ao da Lucia me desabei a chorar desliguei o computador e fui embora. Eu entendo esse sentimento impotência devido à distância, mcomigo o que mais me marcou foi morte de uma tia-avó que era literalmente como uma avó, ela esteve acamado 4 anos em que tanto minha mãe e pai tomaram conta dela 24h por dia 365 dias por ano sem um minuto de descanso, todos achavamos que estariamos preparados para esse dia e que era o melhor para ela que já sofria há muito tempo, mas nunca se está preparado não é?
    Eu estava ao ladinho quando chegou a hora dela, eu vi, eu disse aos meus pais que ela iria embora nesse dia. Eu tinha sido como uma filha e neta que ela nunca teve e deu aquela sensação que ela estava mesmo só espera que eu chegasse (já nao morava com meus pais nessa altura)e assim que lhe apertei mão ela derramou uma lágrima.

    Coincidência? É o mais certo, pois sofria Alzheimer mas fez com que esse dia fosse mais pertubador do que se não estivesse com ela nos ultimos minutos. E sempre que me lembro dela vem sempre aquela imagem de sofrimento.

    Desejo-te uma vez mais toda a força, e que sejas sempre muito feliz pois é dessa maneira que homenageias o teu querido avó e tudo aquilo que possa te ter ensinado.

    beijos grandes

    Responder
  12. leticia - 02/02/09 - 17h21

    Dri, foi uma atitude muito bonita e corajosa a sua de ir viajar.
    Nessas horas mesmo estando perto, nao tem mesmo o que fazer, tem que deixar a tristesa vir, seguir seu curso pelo nosso corpo, respeitar o que a gente esta sentindo. Quando perdi minha vo estava em uma epoca muito presente na vida dela e ela na minha, mesmo assim essa culpa que vc esta sentindo veio pra mim tb. Acho que é natural quem fica sentir culpa, nao tem jeito,
    Desejo muita forca pra vc nessa hora.
    abracos…

    Responder
  13. Adriana - 03/02/09 - 11h43

    OI Melinda,
    Sim, esse tipo de situacao faz a saudade apertar, e nos faz pensar mais nas pessoas uqe amamos.
    Mas oque quis dizer foi o questionamneto da vida em si. Ha muitos anos que nao perdia alguem da familia, e eh a primeira vez que isso acontece durante minha vida “adulta” onde entendo exatamente oque aconteceu.
    Isso me fez perceber o quanto a vida eh fragil, e hoje em dia jah nao vejo a vida como sendo uma coisa “eterna”, como acontecia a uns anos atras.
    Me vejo envelhecendo, maus pais, meus primos, tias e avos. E cada dia que passa achoq ue os dias estao passando cada vez mais rapido, e o falecimento do meu avo, foi meio que um wake up call, do tipo de “um dia tamebm serei eu”, e o quanto a vida eh fragil, e que nunca sabemos oque poderah acontecer amanha.
    Essa situacao me fez pensar muito no quanto eh importante ser feliz fazendo as cosias que gostamos, e como eh perigoso deixar qualquer coisa pra amanha. Amanha pode nao existr. Amanha pode nunca chegar.
    Ser feliz tem que acontecer agora, no presente.
    Chega de adiar sonhos, de se conformar com a vida.

    Isso afeta minha opiniao sobre morar fora do Brasil? Acho que nao.
    Nao acho que a geografia afeta meu amor pela minha familia, o laco que temos e o relacionamento que cultivamos. A saudade eh sempre grande, mas nunca, NUNCA me senti afastada de ninguem ou que nao mais fazia parte de alguma coisa.
    Eu tenho a melhor familia do mundo, e nao sera a distancia uqe afetara nada disso.

    Responder