Construido com a intenção de seguir os moldes (arquitetônicos) do templo Dourado Kinkaku-ji, o Ginkaku-ji, conhecido como “Templo Prateado”, parece ter esquecido de um detalhe: ele não é prateado!
Mas na verdade, essa era a intenção original do projeto de 1482, onde o pavilhão seria forrado com folhas de prata, que acabou não acontecendo depois da morte do Imperador.
Aliais, o templo nem sequer foi concluído, e o que vemos hoje em dia eh apenas sua construção parcial, mantido como visto pelo Imperador pela ultima vez antes de sua morte, e mantido assim por seus descendentes, de acordo com a filosofia “wabi-sabi” do ensinamento budista (que eh muito legal e vale a pena a leitura sobre! O Wabi-sabi prega que devemos aceitar a imperfeição das coisas, e que descreve beleza como uma coisa que seja “imperfeita, incompleta e não permanente” – ensinamento de ouro que o mundo ocidental esta precisando aprender a praticar!).
Hoje em dia o apelido de “prateado” permanece, não por causa do templo propriamente dito, e sim por causa do jardim a sua volta.
A começar pelo Ginshadan, uma areai em tons de cinza e prateado e dominam a entrada do templo. Sabe aquelas bandejinhas de areia japonesas, que as pessoas comprar pra “relaxar”? Então, é tipo isso, soque numa tamanho mega.
A perfeição do desenho das ondas da area são incríveis, que parece que vão mudando e “ondulando” dependendo do ângulo que você os vê.
E bem no centro esta o Kogetsudai, um “morrinho” feito da mesma areia e que simboliza o Monte Fuji.
E por fim o jardim a sua volta, com aquela perfeição de laguinhos, plantas, flores, e arvores minuciosamente podadas para criar um ambiente praticamente artificial, como se estivéssemos andando pelo set de um filme!
Mas uma das principais atracoes do templo Ginkaku-ji eh na verdade o fato de que ele marca o inicio do caminho conhecido como “Trilha dos Filosofos”.
O nome eh herdado dos estudiosos e filósofos que vinham estudar por lá, na beira do riacho e embaixo das arvores, mas essa area vira visita obrigatória em Kyoto durante a primavera, quando as Sakuras estão em flor, ou no outono, quando as folhas das arvores “Japonese Maple” se tornam incrivelmente vermelhas!
A trilha completa, tem apenas 1 ou 2 quilômetros de distancia, mas nos passamos horas por lá, praticamente uma tarde inteira, pois o lugar realmente é incrível.
Mas claro, não esqueçam que nos estivemos por lá bem na época das cerejeiras em flor, que foi um espetáculo a parte!
Mas foi bem legal também ver de perto uma região mais residencial e menos “urbana” de Kyoto, ver casas de famílias Japonesas e entender um pouco melhor como as pessoas vivem por la.
O caminho eh repleto de ruas paralelas que sobem as montanhas de Quioto e ponteado de outros templos – então foi difícil manter o foco e tentar chegar ate o fim sem nos distanciar demais do riacho, que marca a trilha principal.
Acabamos desistindo de entrar em outros templos pelo caminho, so pra pdoer andar com calma e curtir essa trilhazinha – talvez esse passeio nao seja tao atrativo nem valha tao a pena em outras epocas do ano (afinal sao as flores das Sakuras que deram o toque especial), mas se sua viagem a Kyoto coincide com Primavera ou Outono, separe muitas horas pra passar por la!
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