Avignon, pra mim, foi o ponto alto da viagem pela Provence!
Não tem os monumentos mais antigos, nem é um vilarejo pitoresco, mas tem aquela coisa da cidade moderna dentro da muralha medieval, um história intrigante e paisagens super fotogênicas!
A atração principal, sem sobra de dúvidas é o Palácio Papal – que além de ser considerado um dos maiores e principais edifícios Góticos da Europa, foi, como o nome indica, a residência oficial do Papa ao longo do século 14…
Tudo começou em 1309, quando o recém eleito Papa Clemente V (que era Francês), decidiu que Roma não era mais um bom ambiente para sediar a Igreja Católica, e então transferiu a sede da Igreja de Roma/Vaticano para Avignon.
No total foram 6 conclaves ao longo do século, até que em 1376 Gregório XI decidiu que a administração do Catolicismo deveria voltar ao Vaticano.
Mas ainda assim o Palácio Papal manteve sua função, pois mesmo depois do retorno da Igreja a Itália, entre 1378 e 1417, a Igreja Católica passou pelo período da “Grande Cisma”, onde não satisfeitos com o autoritarismo do Papa Italiano Urbano VI, um grupo de membros do Colégio de Cardeais decidiram revogar a eleição de Urbano e elegeram Clemente VII, que também foi Papa, porém em Avignon.
Portanto, durante 4 décadas, e 2 papas, o mundo teve 2 Papas, dividindo a fé Católica na Europa, e sendo apoiados e financiados por diferentes países e Reis/Rainhas.
Outro símbolo de Avignon é a ponte “Saint-Bénézet”, ou a “ponte pela metade” (pois o que sobrou dela só vai até metade do rio Rhône). Construída em 1117, o nome homenageia um pastor da região que teve uma “visão” e resolveu começar a construção da ponte por conta própria.
Do pouco que sobrou da ponte, a pequena capela de São Nícolas ainda esta de pé, que é a igreja símbolo do padroeiro dos pescadores e “marinheiros” que navegam o Rhône – e que portanto podem rezar mesmo estando dentro do rio.
Mas a cidade em si é enorme, e eu fiquei impressionada de como uma vez lá dentro das muralhas, o que vemos é uma cidade moderna – muitos prédios, uma universidade e construções de arquitetura recente.
Mas ainda assim Avignon conseguiu não perder o charme de cidade Francesa, com muitas ruelas e esquinas a serem descobertas.
O melhor ponto de partida para uma exploração da cidade é a praça “Place de L’Horloge”, onde fica a prefeitura e a casa de Ópera de Avignon – e enquanto você estiver explorando os arredores da praça ou curtindo uma dos cafés que se espalham na calçada, fique de olho dos prédios em volta, onde cada um deles tem uma janela “vedada” com a pintura de um personagem teatral: uma homenagem e lembrança de que Avignon é a capital do Teatro!
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