A primeira vez que prestei atencao mesmo na Namibia foi gracas a um documentario da BBC (sempre eles!), e por algum motivo fiquei fascinada pelas imagens do deserto Namib de dunas vermelhas.
Imediatamente o pais entrou pra minha “Bucket list”, quase como se fosse uma viagem impossivel, pra fazer um dia na vida (ate cheguei a falar sobre a Namibia na enquete da Bucket List dos blogueiros da Turomaquia!). Mas fiquei com aquilo na cabeca e fui aos poucos descobrindo que seria uma viagem bem mais possivel doque jamais tinha imaginado.
Todo o resto sobre o pais foram bonus (muito bem vindos e apreciados), mas minha unica exigencia eh que qualquer viagem pelo pais incluisse a regiao sul do deserto vermelho!
E assim foi – ja nos ultimos dois dias da viagem, apos explorar as dunas da Costa dos Esqueletos, cruzamos o tropico de Capricornio em direcao ao sul do continente Africano e fomos testemunhando a mudanca (ainda mais) drastica na paisagem.
As dunas de areia fofa da costa dos esqueletos foi escurencendo, pouco a pouco se misturando com a planice sem fim.
A viagem de carro foi um tedio, ate que aos pouco as dunas fixas do Namib comecaram a aparecer na beirada da estrada.
Esse deserto tem uma caracteristica muito particular, pois suas dunas sao fixas e nao se movem com o vento – o principal motivo eh que seu principal componente sao graos de ferro, que tambem eh a substancia responsavel pela cor das dunas: vermelho ferrugem.
E essa eh a melhor descricao da cor das dunas, já que elas são mesmo “feitas” de ferrugem.
O deserto Namib é uma area preservada e portanto não é possivel fazer passeios de Jeep como fizemos em Sandwich Harbour, e por isso mesmo a “Dune 45” é a estrela!
As dunas são todas numeradas (para fins de preservação e identificacao), e a duna numero 45 é uma das mais altas e tem uma posição bem entral no meio de outras dunas, e é aberta ao publico!
Então acordamos ainda no escuro, esperamos os portões do parque abrir e dirigimos em direção a Duna 45 pra ver o sol nascer sobre o deserto!
Foi dificil escalar a duna no escuro, mas as cores do sol nascendo, refletindo nas dunas vermelhas são algo incomparavel nessa vida!
Mas a cereja do bolo foi mesmo que tivemos bolo! O dia em que subimos a Duna 45 e exploramos o deserto Namib era aniversário do Aaron, então sem ele saber eu preparei uma surpresa (comprei uns cupcakes e velinhas num mercadinho na estrada) e quando ele voltou pro carro depois de tirar fotos, nós estavamos todos epserando ele com bolinho e velinhas! E isso que eu chamos de aniversário! (Concordam que nao ha bem de consumo no mundo que se compare a um presente desses?!)
O nome do parque do deserto Namib é o parque Sossus, onde tambem fica a area de Sossusvlei, uma lago calcário completamente seco no meio das dunas vermelhas, com arvores cristalizadas ha cerca de 1000 anos atras!
Pra chegar lá é preciso seguir uma trilha especifica pelas dunas, e demoramos cerca de 2 horas de trekking entre as dunas (haja panturrilha!)até avistar o paraiso dos fotografos!
Sossusvlei!
Se não me engano, Sossusvlei tem um significado em Afrikaans que é derivado do dialeto local, e significa “pântano sem retorno”.
O solo é todo ressecado, com aquelas marcas e fissuras tipicas de deserto, e as arvores são incrivelmente secas, e muito preservadas, já que por ali não há nenhum vestigio de umidade (e consequentemente nao tem parasitas, animais, nem predatores…).
O pano de fundo perfeito pros fotografos de plantão!
Mas depois de levar quase duas horas andando na areia e escalando dunas, foi um alivio saber que na volta tinhamos a opção de pegar um jeep shuttle que em 5 minutos nos levou de volta ao estacionamento do parque…