16 Nov 2016
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Os muitos templos de Bagan

Ásia, Bagan, Myanmar

O que tem pra fazer em Bagan? Simples: templos, pagodas e estupas!

templos de bagan

No total são mais de 2000 mil os templos de Bagan, dentro da área de conservação, que foi a antiga capital do império de Pagan, entre os séculos 11 e 13.

Durante o auge do império, a região de Bagan chegou a ter mais de 10 mil templos, sendo que a maioria dos 2 mil templos ainda existentes, são originais dessa época.

Mas nem todos os templos são tão centenários assim, e muitos outros foram sendo construídos e destruídos ao longo dos séculos.

Muita gente compara Bagan a Wangkor Wat no Camboja, porém a principal diferença entre eles a meu ver, é que Bagan ainda é 100% ativo, enquanto que no Camboja, o que vemos são templos e palácios de uma civilização que já não existe mais.

E isso realmente foi o que ficou mais aparente na nossa visita à Bagan: todos os templos que visitamos eram de fato usados pela população local, e não apenas “museus”. Então tirando alguns dos templos principais e nos horários de pico (nascer do sol e pôr do sol), era raríssimo vermos turistas por lá.

Então a sensibilidade cultural é imprescindível, respeitar um lugar de adoração ativa e a fé budista da população local.

Todos os templos permitiam fotos e filmagem sem problemas, mas é preciso ter cuidado ao fotografar pessoas, e os momentos íntimos de prece. Na verdade os Burmameses adoram uma foto, e geralmente se sentiam lisongeados quando pedíamos pra tirar uma foto. E como eles também tiravam muitas fotos nossas (e com a gente), aproveitávamos a deixa pra pedir pra tirar fotos dos locais também!

Outras regrinhas a serem observadas, comuns a todos os templos Budistas que já visitamos na Ásia, são coisas como por exemplo, não usar sapatos dentro dos templos, não expor ombros nem joelhos (para homens e mulheres), não tocar na cabeça das pessoas, não tocar nas oferendas, e não fazer barulho.

Nós visitamos muitos, muitos templos – mas seria impossível sequer chegar perto de visitar todos eles! Mas a maioria deles não tem nome, ou então tem apenas placas e informações em Birmamês (a língua local), então entramos e saímos sem saber seus nomes, história e propósito.

Mas isso foi uma das coisas legai de termos passado tanto tempo (5 dias) em Bagan – conseguimos visitar e conhecer bastante coisa sem pressa, nem pressão. E como estávamos hospedados dentro da área de conservação, as vezes simplesmente saíamos andando sem rumo pelo parque, andando entre os templos, sem um roteiro nem “lista” pre estabelecida.

Mas os templos principais e mais legais de serem visitados são:

Ananda:

Um dos principais e mais antigos de Bagan, datando de 1105 d.c, composto por várias alas que culminam na Pagoda central.

O interior é decorada com 4 Budas enormes, cada um direcionando uma das direções cardinais: Norte, Sul, Leste e Oeste, representando ensinamentos e crenças Budistas.

Schwezigon:

A Pagoda Schwezigon é praticamente um símbolo de Myanmar, com sua estrutura dourada coberta com mais de 30 mil placas de cobre, e data de 1102.

Diz a lenda, que Schwezigon guarda, em sua fundação, um dente e um osso de Buddha, e portanto é um dos principais templos de peregrinação do Myanmar.

Essa foi o primeiro templo que visitamos, logo no primeiro dia, e foi sem dúvidas a mais impressionante – uma ótima recepção de boas vindas ao país!

 

 

Thatbyinnyu:

O templo Thatbyinnyu também data do século 12, sendo adjacente ao templo Ananda (o primeiro da lista aqui nesse post).

Ele não está entre os maiores nem o mais bonito de Bagan, mas é uma construção histórica, pois foi um dos primeiros templos de dois andares a serem construídos, e é impressionante que ainda esteja de pé!

Myanmar é uma região que sofre muitos terremotos, o que destruiu muitos de seus templos ao longo dos séculos, principalmente os considerados mais “ousados” como é o caso do Thatbyinnyu.

Em volta do templo tem um mercadinho, e muitas barraquinhas vendendo souvenirs e quinquilharias, e também uma opção pra quem estiver o dia todo na estrada, e quiser um lugar pra parar e comer ou beber alguma coisa.

 

Shwesandaw Paya:

A Pagoda Shwesandaw foi um dos poucos lugares onde era impossível não ver muitos turistas: é de lá que se vê um dos por do sol mais espetaculares de Bagan.

Então todos os dias, assim que a tarde começa a avançar, os turistas começam a chegar e se empolierar nos 5 níveis do terraço do templo.

Infelizmente, ele também foi um dos templos danificados no terremoto que atingiu Bagan em Maio de 2016, então espero que o templo seja recuperado rápido!

Sulamani:

O templo Sulamani data do século 12, porém foi muito danificado num terremoto em 1975, quando foi restaurando pela última vez.

E no seu interior, em vez de grandes esculturas, ele apresenta pinturas e alfrescos, que apesar de já terem sido restaurados alguma vezes, também datam do século 12

 

Dhammayazika:

A Pagoda Dhammayazika foi uma visita tardia durante nossa estadia em Bagan – apesar de nunca aparecer em muitos guias nem informaç#oes sobre os templos de Bagan, essa pagoda dominou totalmente a paisagem durante nosso voo de balão, então assim que voltamos a terra firme, fomos lá conferir de perto!

O templo (que também é do século 12), não tem muita informação disponível, pois (aparentemente) não tem nenhuma grande história por trás de sua construção – mas mesmo assim achamos que valeu a visita, pois o templo é lindíssimo!

 

Visitamos também vários outros templos, que o nosso guia ia nos levando e não tínhamos muitas informações sobre. Ou então estávamos passando pela estrada e víamos algum templo bonito no horizonte e pedíamos pra parar – e isso sem dúvidas foi a parte mais legal da nossa exploração… esse não-compromisso, e a liberdade de ir parando de templo em templo…

 

 
Adriana Miller
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15 Nov 2016
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14 Nov 2016
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Myanmar – Voo de Balão em Bagan

Ásia, Bagan, Dicas de Viagens, Myanmar

Volta e meia quando leio artigos sobre Myanmar, os relatos mais emocionantes e as imagens mais impactantes são as tiradas no passeio de balão.

voo de balão em Bagan

Mas infelizmente a temporada de vôos de balão é relativamente curta, sendo possível apenas entre Outubro e fim de Março (ou começo de Abril, dependendo do ano), então nem sempre é possível coincidir uma viagem ao país com a temporada dos balões.

O voo de balão não foi necessariamente o motivo principal de querermos visitar Myanmar, mas já que o timming deu certo, não queríamos deixar de fazer o passeio de jeito nenhum!

O passeio é a atração mais disputada de Bagan, com poucas empresas licenciadas para sobrevoar os templos, e geralmente com lista de espera todos os dias.

Então se você tem poucos dias em Bagan, é recomendável reservar seu dia com bastante antecedência – mas não esqueça que voo de balão é 100% dependente das condições climáticas e o vento naquela manhã, então cancelamentos são comuns.

Como nós passamos 5 dias em Bagan, tínhamos várias chances de conseguir voar numa boa, e apesar de não ter conseguido vaga no dia que tínhamos planejado, conseguimos um cancelamento logo no dia seguinte, e por sorte os ventos colaboraram, e lá fomos nós!

Nós fizemos o passeio com a empresa “Baloons over Bagan” e o passeio começou cedo! Eles vieram nos buscar no hotel as 5:30 da manhã, e depois de buscar outros passageiros em seus respectivos hotéis, fomos para o campo de decolagem, onde conhecemos nosso piloto e recebemos o briefing sobre as técnicas e segurança de voo.

Confesso que eu estava com medo, pois tenho um pavor paralisante de altura! Além disso estava grávida, meio enjoada etc. Mas por coincidência, eu trabalho com uma menina que é “pilota” de balão certificada pela RAF (“Royal Air Forces”, forças aéreas Reais do Reino Unido), que me explicou tudo (antes da viagem, enquanto ainda estávamos decidindo de tentaríamos o voo de balão ou não), então ela já tinha me explicado como tudo funciona, e sobre a segurança dos balões e da boa reputação das empresas e pilotos que voam em Bagan (que são empresas Inglesas ou Holandesas, sendo a maioria dos pilots com treino militar, assim como ela).

Eu entrei em contato com as empresas com antecedência para questionar o fato de estar grávida, e fui informada que o voo não apresenta nenhum risco nem para a mulher nem para o bebê, mas que geralmente eles não permitem gestantes nos balões por causa do seguro. Mas como eu estava no início da gravidez (sem barriga e com mobilidade 100% normal para conseguir fazer todas as posições de segurança), eu teria que assinar um formulário especial confirmando que em caso de emergência médica, eu estaria coberta por meu próprio seguro – e como sempre viajamos com seguro, não tive problemas!

E o voo foi incrível! Super seguro, sem balanços nem sacolejos, e juro que não senti medo nenhum! Realmente me surpreendi! A decolagem e o pouso são super suaves (muito mais que em aviões com certeza! E olha que na gravidez da Bella eu voei até de hidroaviã0!).

O voo dura apenas 45 minutos, e não tem um roteiro específico… voamos para onde o vento nos leva!

Sobrevoar os templos e a cidade foi sensacional, dando um nova perspectiva à Bagan, e lá em cima temos uma vis~ao ainda mais impactante dos templos – a quantidade e extensão do “parque de templos” de Bagan!

Sem dúvidas valeu muito a pena, e foi um check na lista de momentos inesquecíveis da vida!

Passeio de balão em Bagan na prática:

Temporada: Outubro a Março/Abril

Empresa que utilizamos: Baloons Over Bagan

Preço: 350$ USD por pessoa

Passageiros menores de 18 anos não são permitidos.

Adriana Miller
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