11 Oct 2011
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Sultanato de Omã

Dicas de Viagens, Oman

O Sultanato de Omã eh um pais de historia milenar, que ocupa a ponto leste da penisula Arabe, fazendo fronteira com os Emirados Arabes Unidos, Arabia Saudita e Iemem, sendo a “porta” de entrada para o Golfo persico.

E eh justamente essa sua posicao estrategica que fez com que a regiao fosse sempre alvo dos conquistadores, desde que se tornou parte do Imperio Persa no seculo VII, marcando o principal caminho comercial entre o oriente medio e a Asia.

Os persas dominaram a regiao por quase mil anos, ate que em 1508 os exploradores Portugueses invadiram a capital Mascate (ou Muscat), tambem de olho no dominio das vias comerciais do mar do Golfo.

Como eu comentei no post sobre Bahrain, os Portugueses tinham duas “bases” na regiao, sendo que o principal polo comercial era em Muscat, enquanto que a ilha de Bahrain oferecia melhor protecao contra inimigos e acesso a recursos naturais (Oma eh um deserto rochoso, enquanto que Bahrain tinha inumeras fontes de agua natural). Dali, por quase 2 seculos inteiros os Portugueses controlaram o comercio entre a Asia e as Indias e o oriente Medio, assim como as colonias do leste Africano.

Mas a festa dos Portugueses durou pouco, e no seculo 18, a regiao foi mais uma vez reconquistada pelo Imperio Otomano, e desde entao o pais intitui um regime de Sultanato, que prevalece ate hoje.

O Sultao de Oma ocupa o posto maximo de poder do pais, e eh um dos 4 Sultanatos ainda existentes na modernidade (os outros sao Brunei, a regiao de Yogyakarta, na Indonesia e sete dos 9 governantes da Malasia).

O Atual Sultao, Qaboos bin Said Al Said que governa desde 1970 e faz parte da linhagem que governa o pais ha cerca de 250 anos – e aparenta ainda ser muito popular no pais, tendo governado Oma de maneira pacifica e aberta, ao mesmo tempo que guia o pais para se manter a par da evolucao da regiao do Golfo. Sua principal caracteristica atual eh a a politica pacifista anti-terrotista que tem mantido firme e forte frente ao ocidente e ao oriente. Ao mesmo tempo que ele nao se compromete com as faccoes extremistas Islamicas, ele tambem nao tem tomado as dores de nenhuma super potencia do ocidente.

Recentemente Oma apareceu nas manchetes de jornais no mundo todo, quando auxiliou a negociacao de libertacao de dois refens Americanos que estavam presos no Iran ha cerca de dois anos.

Mas Oma se diferencia de seus vizinhos em varias areas, sendo a principal delas o tradicionalismo. Apesar de serem considerados um regime Islamico liberal, O Sultao mantem regras bem tradicionais no que diz respeito a arquitetura e construcao, por exemplo, educacao e acesso a recursos.

Uma das primeiras coisas que me chamou atencao ao chegar em Oma foi a ausencia dos arranha-ceus e a ostentacao generalizada, principalmente estando recen chegada de Dubai e Bahrain. O pais me pareceu muito mais “Oriente Medio” doque “Golfo”, com seus tons terrosos e construcoes de baixo porte.

Mas isso nao eh apenas uma questao estetica, pois Oma nao tem as mesmas quantidades de pocos de petroleo como seus vizinhos, e portanto, proporcionalmente nao eh um pais tao rico.

Eu ADOREI ter tido a oportunidade de finalmente conhecer Oma, e apesar de ter ficado poquissimo tempo, achei que foi um daqueles lugares que da vontade de voltar outras vezes, e pretendo em breve voltar com o Aaron e explorar um pouco mais do interiro do pais e os canyons do deserto!

Oma na Pratica:

– Eu voei de Dubai pra Muscat com a FlyDubai, a linha low cost do Golfo. Apesar de ter comprado uma passagem de super ultima hora, ainda assim paguei super pouco, incluindo as taxas pra despachar bagagem na ida e na volta! Mas como em Dubai eles nao cobram impostos, mesmo com as taxas extras (low cost SEMPRE tem taxa extra) meu voo ida e volta custou menos de 100 dolares.

– Oma exige visto de entrada para quase todos os visitantes, a nao ser para os portadores de passaporte do GCC (Gulf Countries Community), que deve ser requisitado com antecedencia ao consulado/embaixada do pais. Porem algumas nacionalidades (incluindo paises Europeus, EUA, e Brasil) podem recolher o visto na entrada, direto no aeroporto de Muscat.

– O Visto quando recolhido na entrada custa 20 OR (Omani Rials), mas se voce estiver viajando internamente entre os paises do golfo, e principalmente se estiver vindo dos Emirados (como foi meu caso), o visto nao eh cobrado, pois os dois paises tem um acordo interno.

Ao contrario de seus vizinhos do Golfo, Oma nao recusa a entrada de viajantes que tenham o visto de Israel no passaporte (que mais uma vez prova sua posicao “neutra” politicamente pacifica na regiao), mas eu li em alguns foruns que volta e meia eles implicam com portadores de passaportes Israelitas.

– Eu fiquei hospedada no hotel Delmon apartments, super baratinho e super simples. Mas apesar da simplicidade, eles tem wifi de graca, restaurante (com room service), TV a cabo com varios canais em Ingles e outras menidades basicas. Infelizmente esse hotel nao eh muito central em relacao a parte turistica da cidade, mas como eu ia ficar poquissimo tempo e sabia que faria uma tour com guia (em vez de fazer um passeio independente) a localizacao do hotel nao fez muita diferenca.

– Meu guia/motorista em Muscat foi recomendado pelo hotel, e eu super recomendo pra qualquer pessoa que va a Muscat um dia: o Sr. Mussa tel +968 99836634 eh super simpatico e gente boa, sabe tudo sobre o pais e a cidade e me fez sentir bem vinda o tempo todo! (eu ate conheci a familia dele!). Ele me disse que nao tinha e-mail de contato, mas quem nao queiser ligar pra entrar em contato com ele, pode mandar um e-mail pra uma de suas filhas, no endereco: dar.al-uons@hotmail.com

 

 

 

Adriana Miller
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10 Oct 2011
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T.V. EveryWhere: Bahrain

Bahrain, Dicas de Viagens, T.V. EveryWhere

Para completar a serie de videos sobre Bahrain, um video bem rapidinho que mostra um pouco do país e alguma das coisas que eu vi por lá.

httpv://www.youtube.com/watch?v=l_q2uO-topw

A trilha sonora é de uma banda que se chama “Bahrain Dreem Band”, só pra dar uma toque “exótico”!

Adriana Miller
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10 Oct 2011
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Por indicacao de Vossa Majestade, a Rainha

Dicas de Londres, Inglaterra, Tradicoes Inglesas, Vida na Inglaterra

No outro dia, em alguma de minhas viagens a trabalho, assisti na CNN o Piers Morgan (jornalista Ingles que eu adoro, que substituiu o Larry King) entrevistando o Simon Cowel, que foi no minimo interessante.

Uma das cosias que o Simon Cowel falou e que prendeu minha atencao foi o tema da familia real. O Piers tentou jogar a isca achando que o Simon ia ser polemico e falar mal da monarquia, mas na verdade ele confessou que adorava oque a familia real representava na cultura Inglesa. O fato de que os Britanicos em geral, nao sao os melhores, nem os mais bem sucedidos, nem os mais inteligentes nem bonitos – mas eles tem uma familia real como nenhum outro povo, e essa mistica da Realeza da um poder a cultura Britanica inalcancavel a outros paises (com Monarquias operantes ou nao).

Entao esse assunto dominou grande parte do programa, e o principal argumento do Simon Cowel foi que a familia Windsor eh o grande diferencial dos Britanicos. Discussoes a parte sobre sua fortuna, verdadeira funcao politica e tal, isso me fez pensar sobre o tal do “dedo de ouro” que a realeza Britanica tem no mundo.

Vide o fenomeno irmas Middleton. Entao nao da pra negar que a realeza tem um poder que vao muito alem das escadas sociais Britanicas, e de fato, tudo que eles tocam viram sucesso.

Mas isso vai muito alem das capas de tabloides e teorias da conspiracao, pois no Reino Unido existe de fato um “selo” de autenticacao Real que reconhece os fabricantes e comerciantes que produzem bens consumidos pela familia real.

Receber o Royal Warrant eh uma honra maxima alcancada por fabricantes e marcas Inglesas, e significa nada mais nada menos que a Rainha usa, aprova e recomenda determinada marca.

Entao as marcas que recebem essa honra, expoe orgulhosamente seu selo real (com o leao e unicornio) e a frase “By appointment of her Majesty the Queen” (Por indicacao de sua Magestade a Rainha) em todas as suas embalagens e merchandising.

Sao cerca de 800 marcas Britanicas e extrangeiras que detem o selo real atualmente, e entre elas estao algumas das marcas mais tradicionais Inglesas, como a Burberry, as galochas Hunter, os chas Twinings, o hotel Ritz e as bolsas Asprey.

Mas muitas outras marcas que fazem parte do dia a dia no Reino Unido tambem entram na selecionada lista de fornecedores reais, como as farmacias Boots, o supermercado Waitrose e a loja de departamentos John Lewis.

O processo de selecao eh rigoroso, e por isso mesmo atestam a qualidade dos produtos e dos servicos – o selo pode ser conferido espontaneamente por algum membro da familia real (apenas a Rainha, o Duque de Edinburgo e o principe Charles tem “poderes” para conceder selos de appointment) ou depois de passar por uma rigorosa selecao e teste de qualidade, atravez da Camera de Comercio do reino (e do Lord Chamberlain, que tem uma funcao privilegiada de Lord-governanta e conselheiro real).

Ou entao, muito mais facil que receber o selo real pra promover sua marca, basta conseguir que uma das irmas Middleton usem alguma peca da sua loja  e pronto! Estoques esgotados na certa!

Entao da proxima vez que voce estiver preparando seu cha Twinings enquanto passa sua mostarda Colman’s no seu sanduiche, pense que a Rainha poderia estar fazendo a mesma coisa!!

Adriana Miller
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