Nos meses que antecederam a viagem ao Kilimanjaro, uma das minhas principais preocupações era meu preparo fisico.
Não que eu fosse um saco de batatas, mas sei lá né? Nunca tinha feito nada naquele nivel, nunca tinha estado em altitude elevada, e tudo que eu lia a respeito era que seria a coisa mais dificil de se fazer na vida.
E realmente foi! Conseguir chegar em Uhuru Peak foi o maior desafio da minha vida, e acho dificil qualquer outra coisa conseguir se comparar. Mas no geral, a viagem foi bem tranquila fisicamente.
Logico que fiquei exausta todos os dias, afinal passar de 6 a 9 horas subindo ladeira todos os dias não é exatamente facil, mas eu imaginava que seria muuuuuito pior doque foi!
Na minha cabeça eu passaria os dias em sofrimento, com caibras fatais, falta de ar e enjoos de me virar do avesso. Mas nada disso aconteceu. Não sofri nenhum efeito com a altitude, não sofri com grandes dores (tudo doía, mas não o suficiente pra me impedir de seguir em frente) e o mais importante, consegui respirar bem, mesmo a 5.895 metros de altitude!
Então quando comecei a planejar como seria meu treinamento pro Nepal, pelo menos eu já sabia mais ou menos oque esperar.
Mas tive alguns problemas. Primeiro que tive muito menos disciplina, posi sabia que sobreviveria sem grandes dificuldades.
Mas o grande problema mesmo foi que na descida do Kilimanjaro eu machuquei meus joelhos, e apssei os ultimos meses fasendo fisioterapia e exercicios de fortalecimento muscular.
Por sorte a lesão não foi tão grave a ponto de me impedir de escalar mais nada, mas me impediu de fazer o exercico que mais gosto, que é correr.
Então toda aquela rotina pre-Kili de acordar 6 da manha pra correr na beira do Tamisa foi por agua abaixo, e o maximo que fiz foi tentar encaixar a academia na hora do almoço umas 3 vezes por semana (isso quando eu estava no escritorio, né, porque nos ultimos meses viajei bastante a trabalho).
Meu foco continuou sendo as subidas/ladeiras, então subia na esteira com meu iPod e ficava andando rapido com inclinação alta na esteira até a hora de voltar pro meu escritorio.
E claro, muitos exercicios de fisioteriapia e alongamento.
Se isso tudo vai ser suficiente eu não sei, mas acho que só a diferença de altitude (o ponto maximo que chegaremos no Annapurna é de 3.500 metros de altitude, um pouco mais que a metade da dificuldade do Kili) já vai ajudar bastante e exigir menos de mus musculos e pulmão.
Mas só vou poder confirmar isso na volta!