11 Apr 2010
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Templo de Luxor

Dicas de Viagens, Egito, Luxor

O Templo de Luxor tambem fica na margem Leste do rio Nilo, e assim como Karnak é um templo de adoração (a margem leste – onde nasce o sol – representa a vida, e a margem oeste – onde o sol se poe –  represente a morte) e nao um complexo funerario como os templos dos vales dos Reis e das Rainhas.

E alem disso, o templo fica exatamente no centro da cidade, sendo super facil achar e quase impossivel evitar o templo a qualquer hora do dia ou da noite.

Esse templo foi construido para ser um local de celebração em homenagem aos Deuses da antiga Tebes (antigo nome de Luxor) durante o festival de Opet – celebradando as primeiras cheias do Nilo em homenagem aos deuses Amun, Mut, Khonsu.

Originalmente foi construido a mando do Faraó Amenemopet, mas foi expandido por Amenhotep, Hepshepsut, Tutankamon, Rameses II e até mesmo os Romanos, como Alexandre (o grande).

Ao longo dos milenios, a cidade, que originalmente estava construida em volta do templo, começou a crescer em cima do templo, depois da queda da ultima dinastia e o fim da era de ouro dos Faraós.

As escavações arqueologicas começaram no fim do seculo 19, com o intuito de remover a cidade que tinha crescido e encoberto o templo – e ainda nao terminou!

As ultimas descobertas de peso, foram feitas na decada de 90, quando – por acaso – foram encontratas mais de 10 estatuas intactas dos Deuses de Tebes (que agora estao expostas no museu de Luxor), mas o atual governador esta determinado em reabrir a avenida que conectava os templos de Karnak e Luxor, e é cercado por esculturas de esfinges em ambos os lados.

Alem disso, ainda existe uma mesquita que foi construida usando como base uma dos santuarios do complexo, mas por ser tambem uma estrutura religiosa (e portanto igualmente sagrada) a população local nao permite sua destruição a favor das escavações –  e entao, sabe-se lá oque poderia estar ainda esquecido ali em baixo.

O templo é bem grandinho, mas realtivamente simples de andar, e com muitas colunas em formato de flor de papiro, obesliscos e estatuas em otimo estado de conservação – principalmente as estautas de Ramses II (que me parece ter sido bastante nascisita!). E bem na entrada esta o obelisco-irmão do que foi doado a França em troca do relogio que enfeita a Citadela no Cairo (o obelisco que esta na Place de la Concorde em Paris).

No fundo do templo, é possivel ver tambem parte da estrutura construida pelo imperador Romano Alexandre, que usou parte do templo de Luxor pra construir uma capela crista.

E claro a vista panaramica do Nilo!

O templo fica aberto até tarde da noite, e vale muito a pena voltar pra ver tudo iluminado!

A impressão é que estamos em outro mundo!

Adriana Miller
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09 Apr 2010
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Hatshepsut & Vale dos Reis & Rainhas

Dicas de Viagens, Egito, Luxor

Uma das caracteristicas mais marcantes da mitologia Egipcia é culto ‘a morte, e toda preparação e esforço aplicado em garantir uma vida boa após a morte.

Para todos eles, de qualquer reles mortal ao Faraó, a vida na terra era uma fase passageira da vida eterna, e que para a maioria deles era realmente muito passageira – a expectativa media de vida era de 35/40 anos!

Eles acreditavam que o mundo dos mortos era bem parecida com a vida dos vivos, e que precisariam das mesmas coisas – de joias, a membros da familia a gado, jogos, roupa e abanador.

O grande monumento da Vale dos Reis é o templo a Hatshepsut que foi uma das unicas mulheres Faraós a reinar o Egito – quando seu marido morreu, seu filho ainda era muito jovem pra ssumir o trono, entao ela se elegeu regente, inclusive se fazendo passar por homem.

Em sua propria homenagem, ela construiu um templo onde ela seria embalsamada e mumificada. A construção levou 18 anos e o complexo foi utilizado por apenas 70 dias (periodo que demorar para mumificar um corpo), e retrata sua vida em todas as paredes.

Mas na verdade o templo que vemos hoje em dia é uma reconstrução, um quebra-cabeça montado com oque sobrou do templo depois de um terremoto – e por isso ele parece tao perfetinho. Todo andar superior é uma reconstrução, e as peças originais salvas dos escombros estao ainda sendo montadas no chao em frente ao templo, a medida que os arqueologistas vao decifrando os hieroglifos.

Hatshepsut foi enterrada no Vale dos Reis, pois governou como um Faraó, e é uma das 3 unicas mulheres por lá (que tenham sido encontradas até hoje).

Os Egipcios davam muito mais valor a vida após a morte do que seu propria dia a dia, e quase todos os grandes templos que visitamos hoje em dia no Egito são na verdade compexos funerarios. Muito pouco se sabe sobre onde e como eles moravam, e acredita-se que os Egipcios vivam em tendas de tecido, peles e madeira, e potanto nao há muitos registros sobre a “vida” além dos feitos registrados nas paredes de seus sarcofagos.

A grandiosidade e construções megalimaniacas começaram com a construção de Saqqara, que por ser em formato de escada/degraus facilitaria a viagem de subida do faraó Zoer ao paraiso. Al´m disso, quanto maior o tumulo, maior seu poder na terra, e maior sua divindade e suas chances de de sobrevivencia eterna.

A simbologia das priamides se tornou tão grande importante que passou a integrar o “Livro dos mortos” que eram os textos deixados dentro das tumbas, e que funcionavam como “manual de instruções” sobre como alcalçar o reino dos ceus.

O apogeu dese tipo de contruções foram as piramides de Gizé, que alem de serem em formato de piramide, ainda sao perfeitamente alinhadas aos raios solares, e tinham suas superficie perfeitamente lisa, reproduzindo as imagens de adoracao ao Deus Sol.

Porem, com os passar dos (milhares de ) anos, os Faraós deixaram de contruir piramides e tumbas gigantescas, pois queriam despistar os ladroes de tumulos, que alem de roubar todas as reliquias e riquezas locais, ainda disturbavam a vida dos mortos.

E assim surgiu o Vale dos Reis e das Rainhas

Na verdade o vale é um vale hoje em dia, mas quando foi descoberto, era apenas uma montanha (e ainda é) que foi (e esta sendo) escavada e ao longo das centenas de anos os tumulos foram encontrados.

Hoje em dia já foram descobertos cerca de 60 tumbas, mas existe registro de que pelo menos 200 reis/Faraós estao enterrados sob as montanhas – e portanto o trabalho arqueologico é constante.

E por isso tambem que nao é permitido fotos em lugar nenhum, nem dentro nem fora do vale, para evitar que ladroes de tumbas consigam achar qualquer coisa antes dos arqueologistas.

Ha alguns meses tras, uma nova tumba foi descoberta no Vale dos Nobres, mas as equipes ainda estao cuidadosamente escavando o local pra tentar descobrir quem esta ali.

Infelizmente quanse todas já foram encontradas vazias, saqueadas a milhares de anos atras. E é justamente por isso que a descoberta da tumba de Tutankamos em 1922 é considerada tão magnifica: o Faraó não foi nem de longe dos mais importantes, governou por poucos anos e morreu jovem, mas como seu sarcofago estava escondido embaixo de outro (e possivelmente reaproveitando espaço da tumba de seu pai, já que ele morreu antes de ter tempo de ter sua propria tumba), acabou passando despercebido, e sobreviveu 4 mil anos intacto sobre as montanhas.

Em sua tumba foi possivel entender os rituais de adoração a morte, e como eles achavam que seria a vida após a morte: seu tesouro incluia seu tronos reais, brinquedos, jogos, comida, oferendas, roupas, armas, carruagens, barcos, etc e até memo bengalas e hervas medicinais (hoje em dia sabe-se que ele morreu joven vitma de – provavelmente – hepatite, e sofria terrivelmente de artirite – aos 19 anos! – e por isso sempre é retratado sentado, enquanto que a posiçao real é geralmente de pé).

Adriana Miller
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08 Apr 2010
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O Nilo

Dicas de Viagens, Egito, Luxor

É dificl falar do Nilo sem encher esse post de cliches: um dos unicos rios que fluem em direção norte no mundo, o mais comprido, o maior da Africa, e consequentemente a fonte de tudo que existe no Egito e provavelmente, no mundo que conhecemos hoje em dia.

Apesar de termos decidido nao fazer um cruzeiro pelo Rio, como 99.9% dos turistas que veem pra regiao de Upper Egypt (de Luxor pra baixo) fazem (existem cerca de 300 cruzeiros cadrastados que fazem o trecho Luxor-Answan diariamente!!), nao podiamos deixar de pelo menos um pequeno passeio pela area. Pode parecer exagero, mas vir ao Egitp e nao navegar no Nilo é como vir ao Egito e nao ver as piramides!

Até mesmo pra (tentar) entender um pouco de Egiptologia é impossivel evitar o Nilo, pois foi ali que tudo começou: geograficamente falando o Nilo começa nas nascentes dos grandes lagos da Africa Central, cruzando a Tanzania, Uganda, Sudão e Etiopia sendo a unica fonte de agua e nutrição.

Todos os anos, as chuvas na Africa central causam uma epoca de alagamento do Nilo, que começa em Junho (quando começa o ano novo no calendario Egipcio) e vai até Setembro, quando as aguas voltam a baixar, deixando o solo fertilizado e pronto pra plantações e colheitas.

E foi assim que todas as lendas dos Deuses Egipcios começaram, e se desenvolveram ao longo dos 3 mil anos seguintes: A Deusa Osiris que ensinou os Egipcios a cultivar a terra, como usar e entender o Nilo e como viver numa sociedade organizada. A 5 mil anos atras os Egipcios de então não sabiam de onde o Nilo vinha, e a unica explicação de como transformar deserto em terra fertil era atravez dos Deuses.

E até hoje toda a vida Egipcia se concentra ao longo do NIlo: as cidades, as estradas e as ferrovias.

No dia que fizemos esse passeio de Feluca (o barco a vela local) era feriado, o dia em que os Egipcos comemoram o inicio da primavera e da estação das cheias, entao tivemos um passeio privilegiado, assistindo vilarejo após vilarejo reverenciar o rio e comemorar nas margens.

Crianças, idosos, homens, mulheres, camelos e jumentos – todo juntos cantando e dançando na beira do Rio.

Mas o nosso objetivo principal nesse passeio de barco era presenciar o por do sol, considerado um dos melhores lugares do mundo pra ver o sol se por – e cada segundo correspondeu a nossas expectativas!

O sol, que apesar de esturricante, estava sempre escondido atras da poluição do Cairo, so mostrou perfeitamente redondinho, colorindo absolutamente tudo a nossa volta de amarelo e dourado.

A imagem das velas das Felucas só contribuiu ‘a cena, deixando cada angulo com pinta de cartao postal (e nao foi a toa que tirei centenas de fotos!

Adriana Miller
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