02 Apr 2010
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Se a primeira impressão é a que fica…

Cairo, Dicas de Viagens, Egito

Nosso voo estava marcado pra chegar no Cairo bem tarde da noite, entao como precaução reservei um transfer do albergue para que alguem fosse lah nos buscar. E nosso voo ainda atrasdou mais de uma hora, pois o terminal 5 do Heathrow estava uma zona nessa vespera de feriado.

Pousamos no terminal novissimo do aeroporto de Cairo mas de cara senti que falatavam sinais de informação: pra onde vamos? Onde fica a imigração?

Eu sabia que tinhamos que comprar o visto, pago no desembarque, mas nao estava obvio o suficiente onde deveriamos faze-lo. Entramos na fila da imigração, os formularios para estrangeiros tinham acabado, e quando chegou a nossa vez o policial nos mandou de volta, pois estavamos sem o visto… Voltamos o corredorzão e entramos na fila do “Bank of Cairo” comprar nosso visto-adesivo por 15 dolares (que voce mesmo cola no seu passaporte).

Na saida nosso motorista estava a nossa espera, e depois de passar por varias vans, carros privados e semi-limousines, chegamos ao carro mais caindo aos pedaços do estacionamento. Onde colocamos as mochilas? No colo pq o porta malas nao abre.

O Aaron sentou na frente, e se deu conta que o cinto de segurança nao funcionava “Que isso meu amigo! Nao precisa de cinto nao! Eu sou bom motorista!”, ao mesmo tempo que ligava o radio na estação de musica arabe no volume maximo, abriu as janelas e ascendeu um cigarro!

Eu pensei com meus botoes que aquele era provavelmente o carro mais velho que já tinha visto na vida. Mas obviamente eu ainda nao tinha visto nada!

O Albergue fica bem no centrão de Cairo, a menos de 10 minutos da estação de metro e do Museu Arqueologico, e até que é bem “simpatico”. Simpatico na proporção que um albergue que custou cerca de 15 dolares por noite no norte da Africa pode ser!

Os unicos sustos foram as escadarias do predio centenario, que nao veem uma boa vassoura ha muitos anos; ah, e o banheiro, que é literalmente “dentro do quarto” (deixarei a foto falar por si. A camiseta foi minha toalha.).

Banheiro privativo dentro do quarto. Mesmo!

Mas serio, nao tem do que reclamar. A agua do chuveiro era quente, o ar condicionado gelado, a televisao pega BBC e a internet sem fio é de graça!

Ah! E já contei que esse preço inclui café da manha? Cha de menta, ovo cozido (haha), uns 3 tipos de pão, geleia de figo, polenguinho e falafel!

Fomos acordados cedo pela agencia que veio entregar o ticket de trem pra Luxor e aproveitamos pra começar o dia.

Primeira parada? E dá pra nao ser as Piramides de Gizé?!

Ficamos batendo papo com uma familia Canadense na salinha do albergue (um casal novinho que esta aqui com 3 filhos pequenos!) que nos ensinaram a pegar o metro ateh Gizé. Uma taxi custaria 60 Libras Egipcias, o metro custou 1 libra egipcia cada um!

A primeira furada do dia, acabou nao dando em nada, mas o Aaron começou a bater papo com um carinha no metro, e o papo foi enrrolando, enroolando, ele disse que morava em Gizé e ia nos ajudar a sair da estaçnao e pegar um onibus até a entrada das piramides.

Agora, eu tenho que confessar que sou uma turista bem antipatica! Nao tenho vergonha de barganhar preços, de dizer não a pedidos de propina, e principalmente nunca aceitar ajuda de estranhos “solicitos”, principalmente em paises famosos pelas roubadas.

Já o Aaron nao. Entrou numa de “nossa, como todo mundo no Cario é simpatico, nao?”. NAO! Para de puxar papo com a cara e vamos seguir nosso caminho.

Mas nao rolou. Na saida do metro uma multidão de taxistas voou em cima da gente, e esse cara ficou nos protegendo (tava praticamente rolando briga entre os motoristas!); atravessamos um avenida de umas 3 faixas (Pyramid Road) na unha e ficamos parados na beira da estrada esperando o tal do onibus.

Passaram uns 3, todos com sinais em Arabe, e nada. Até que um carro parou do nosso lado, e ele nos mandou entrar. Um carro, nao um taxi! Ainda tentei dar uma de desentendida do tipo “mas oque aconteceu com o onibus?”, e o carinha garantiu que o motorista era amigo dele e ia nos dar uma carona.

Era uma daquelas situações que voce fica entre a espada e a parede. Nao tinha como fugir da situação, e não dava pra evitar entrar no carro do amigo do carinha.

Agora imaginem os olhares de pavor que trocamos. Um carro caindo aos pedaços, os dois Egipcios conversando em Arabe, e eu e o Aaron sentados na ponta do assento, com a mao na maçaneta do carro.

Usei umas das tecnicas de viagem do meu pai, e abri o mapa, fiquei lendo as placas de rua bem explicitamente, tentando mostrar que sabia onde estava. (Obviamente nao tinha a menor ideia!)

Até que vi uma placa avisando a direção das piramides, e quando olhei pro lado esquedo… Tcharam! Lá estavam elas!!

Enormes, magnificas… e cobertas por uma nevoa de poluiçnao como nunca vi igual!

E entao o carro parou. O amigo-motorista nos indicou o caminho certo, nao aceitou nosso dinheiro e nos deixou na porta da entrada das piramides!

Entao em menos de 10 minutos, passarmos do pavor de nos jogar de um carro em movimento em pleno Cairo, a ter conhecido provavelmente um dos Egipcios mais legais e prestativos da cidade!

Dai pra frente foi só alegria, apesar do sol que parecia estar uns 178 graus direto na nossa cabeça!

Mas isso fica pra depois que eu baixar as fotos!

Adriana Miller
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01 Apr 2010
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Walking like an egyptian…!

Dicas de Viagens, Egito

Depois de uma loooonga semana de trabalho finalmente consegui sair mais cedo do escritório e já estamos a caminho do aeroporto!

Posso falar mais uma vez o tanto que to feliz e animada com essa viagem?!?

Aos poucos já estamos nos familiarizando com as falcatruas que os Egipcios vão querer nos enrrolar, to levando papel higiénico na mochila e repelente extra forte!
Engraçado que essa coisa dos mosquitos no Egito serem carnívoros ferozes eu não tinha lido nem ouvido de ninguém! Sorte que a diretora de finanças voltou de lah semana passada e me avisou…

As mochilas estão nas costas, os recibos de albergues, trem, horário de ferry e todos os demais estão impressos e organizados numa pastinha e… Pronto!

Egito, here we come!!!

Todos os albergues/hotéis q vamos nos hospedar tem internet e wifi então pretendo ir postando e twitando durante a viagem, e espero que minha câmera agüente a quantidade de fotos que pretendo tirar!!

E ah!! Londres: 5 graus centígrados e chuva. Cairo: 32 graus centígrados sem uma única nuvem no céu!!

Adriana Miller
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30 Mar 2010
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Almoco na Inglaterra

Dia a dia, Trabalho, Vida na Inglaterra

Esse vai ser uma daqueles posts generalizado, que muita gente pode descordar, mas que mostra um pouco de como eu vejo o dia a dia da vida na Inglaterra.

A cozinha do 1- andar do meu escritorio

A Fe escreveu um post sobre os costumes dos Belgas na hora do almoco, e quando li o post dela, aqui estava eu, de frente pro computador, almocando um sanduiche! Entao depois de deixar um comentario gigante, resolvi escrever um post tambem!

Ela contou que na Belgica as pessoas nao tem o costume de comer “comida” na hora do almoco, e o normal eh sempre encarar um sanduba.

Para Brasileiros e Portugueses, esse costume eh um pouco estranho, pois afinal sanduiche eh lanche, e nao “comida de verdade” (como diria minha avo!), e nao alimenta ninguem, certo? Sim, porem nao.

Afinal ha sanduiches E sanduiches…

Jah me acostumei com isso, pois moro aqui ha tantos anos que esse costume jah se incorporou no meu dia a dia, e sou casada com uma americano, que quando vai no supermercado sem minha supervisao, nossas compras da semana se transformam em: cerveja, Coke Light, pao de forma, ovos, queijo chedar, presunto fatiado (e se ele lembrar ele compra tb peito de peru, pois nao como presunto) e maionese. Pronto. Posso te garantir que com esses “ingredientes” na geladeira, ele consegue ser feliz pela semana inteira (talvez encaixando uma viagem ao “fish shop” here and there…).

Acho que esse costume eh bem comum na Europa do norte, mas jah no sul o esquema eh diferente.

Em Portugal, Italia e Espanha o pessoal para mesmo na hora do almoco e comem comida “de verdade” assim como fazemos no Brasil. Quando morei na Espanha todo dia ia comer PF (menu del dia) em algum restaurante da vizinhanca, e quando a IBM mudou de escritorio e passamos a ter menos opcoes de restaurante, foi uma revolucao entre os funcionarios, que achavam um absurdo a empresa ter mudado pra um bairro que tinha poucos restaurantes! hahahahahaha

A grande diferenca de “cultura” entre os paises do norte, e os do sul, a meu ver, eh na verdade na carteira!

Nos paises do sul as empresas sao obrigadas, por lei, a pagar subsidio de almoco, ou ticket refeicao pra todo mundo, entao as pessoas dao preferencia a comer bem. Na Espanha eu recebia mais de 8 Euros por dia pra almocar, e entao meu almoco era a unica refeicao “comida de verdade” do dia (sem falar na economia no supermercado!).

A cozinha principal, onde rola happy hour toda sexta feira

Jah aqui, o esquema eh diferente e o dinheiro do almoco sai do seu bolso!
Ateh existem um zilhao de opcoes de lugares legais pra comer comida “quente” aqui perto, mas nao estou disposta a pagar entre 8 e 10 libras por dia pra almocar comida num prato. Se tivesse um vale pago pela empresa, logicamente que iria em um restaurante diferente a cada dia!

Aqui em Londres tambem eh bem comum que o pessoal traga seu proprio sanduiche de casa, ou marmita com almoco (eu trouxe a minha hoje!), e os escritorios sempre tem uma cozinha pros funcionarios. Quando trabalhei no Barclays, por exemplo, o predio era enorme, com direito a 2 restaurantes, cantina e ateh um Starbucks dentro do proprio predio, mas todo mundo reclamava que os andares nao tinham cozinha!

No meu escritorio atual, cada andar tem sua propria mini cozinha, e o terreo (andar principal) tem uma cozinhona, que eh a espinha dorsal da empresa (onde acontecem festinhas, confraternizacoes, onde o pessoa se encontra e tals).

Mas sanduiches ainda sao a preferencia nacional (afinal foram criados aqui!) tanto que  a traducao “britanica” de carnes frias sao os “lunch meats” – ou seja, as carnes que vc come no almoco!

Adriana Miller
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