Esse ano, eu e o Aaron comemoramos 10 anos juntos, e uma coisa que sempre fez parte do nosso relacionamento, foi justamente a “aceitação” 100% do fato de sermos multiculturais, multinacionais e multi-línguas, e uma futura família bilíngue sempre foi uma conversa séria, desde que o namoro ficou “sério”, ha uma década atrás.
Então ao longo dos anos o blog registrou por exemplo as tentativas do Aaron aprender Português, seus cursos e esforços, já se preparando para um futuro numa casa de uma família bilíngue, pois nunca, jamais, me imaginei falando outra língua com meus filhos, que não fosse o Português.
Avançamos vários anos, várias visitas ao Brasil, casamento, e finalmente a Isabella chegou em nossas vidas.
Desde nosso primeiro contato mãe e filha, ainda na sala de parto, entre nós duas, nunca existiu outra língua que não fosse o Português.
Assim como eu não conseguia imaginar lhe dar seu primeiro “Oi seja bem vinda ao mundo, eu sou sua mamãe” em outra língua que não fosse a minha, também não consigo imaginar nossas brincadeiras e interações, ensinamentos, despedidas pela manhã ou conversas futuras sobre os dilemas da adolescência, sua vida adulta e seus próprios filhos, que não seja, única e exclusivamente, em Português.
Claro que ainda tem toda questão sobre interagir com minha família e amigos no Brasil, conhecer minha cultura, e simplesmente ser uma pessoa multi-cultural, cidadã do mundo e bilíngue, que por si só, já é um grande presente para seu futuro que nós estamos dando.
Então eu sempre falo muito sobre isso, já postei ela falando Português (e Inglês) nas redes sociais, e recebo muitas, muitas perguntas, então finalmente resolvi escrever um post sobre minha experiência até agora criando uma criança bilíngue.
Eu pensei em gravar um vídeo para a TV Everywhere, mas acho que ia ficar tão aleatório e tagarela (e gigante!), que achei mais fácil organizar meus pensamentos e “técnicas” num post, mas se vocês tiverem mais dúvidas, porque favor deixem nos comentários e assim fica mais fácil de fazer um vídeo mais focado.
E claro, esse post será uma constante evolução. Hoje a Isabella tem 3 anos e pouco, já fala super bem as duas línguas (mas ainda não fala perfeito nenhuma das duas, óbvio, afinal ele só tem 3 anos), já já teremos um outro bebê na casa (que com certeza mudará mais uma vez a dinâmica da família), então eu tenho plena consciência de que criar crianças bilíngues é uma esforço pra vida toda, um ônus que fará parte da minha “maternidade” pra sempre – cada fase da vida trará seus desafios e mudanças, sempre ouvirei comentários do contra (que geralmente veem de famílias onde o bilinguismo falhou), e sei, por experiência própria que língua, seja ela bilíngue “de berço” ou do cursinho do bairro, ou que você aprendeu com fluência num intercâmbio, é um exercício constante, assim como um esporte ou tocar um instrumento – a partir do momento que você parar de usar e praticar, sua proficiência e expertise vai pelo ralo.
Ou seja, a maternagem bilíngue é trabalhosa, cansativa, as vezes enche o saco e dá vontade de jogar tudo pro alto, mas é um compromisso que fiz pra vida toda, e nada mais é como a maneira como escolhi criar meus filhos e minha família. Hoje em dia, falar tudo em dobro e misturado, faz parte de quem somos, e é o normal da vida “de casa” de nós 3 (quase 4!), e nunca mais vai mudar.
- Como foi o aprendizado da Bella? Você sempre falou em Português com ela? Quando começou a ensinar?
Como mencionei aí em cima o aprendizado dela foi desde de sempre. Durante toda a gravidez e a partir do segundo que ela nasceu, eu só falo em Português com ela. Mesmo. E só bem recentemente ela começou a reparar que eu também falo Inglês com outras pessoas, assim como outras pessoas também falam Português.
Eu quase caí pra trás quando estávamos em Barcelona uns meses atrás e ela me ouviu falando em Espanhol com a recepcionista do hotel e me deu “bronca”: “mamãe, você tem que falar em Português ou Inglês, se não eu não entendo!” – e foi a primeira vez que me dei conta que ela já sabe que eu também falo Inglês!
A criança demora cerca de 1 ano pra começar a balbuciar as primeiras palavras, e uns 2 anos pra começar a “falar”, mas eles aprendem e absorvem tudo, desde seu primeiro segundo de vida. Então não pode esperar até a criança começar a falar ou “entender” para só então começar a falar sua língua com ela. É todo dia, desde sempre, o tempo todo.
Lembro que durante minha licença maternidade, eu até achei que meu português melhorou (afinal já eram muitos anos vivendo numa ambiente em Inglês em casa e no trabalho todos os dias), pois pela primeira vez em anos eu voltei a falar Português em casa, todos os dias, me preocupar em falar corretamente e sem “traduções” toscas (sou mestra!) e muito menos misturar as palavras (erro comum à muitos expatriados).
E mesmo quando ela tinha dias e semanas de vida, “conversávamos” o dia todo: eu descrevia tudo que estava fazendo pra ela em Português, explicava tudo que ia fazer (“agora tá na hora de trocar de fralda”, “nossa, já esta com fome de novo?!”, “vou preparar seu banho, tá?” e todo e qualquer tipo de “conversa” que se possa ter com um bebê de colo). As vezes eu achava que ia enlouquecer… afinal passava o dia todo falando sozinha e com as paredes, mas acredito do fundo do meu coração que isso criou uma base de linguagem nela, uma costume a ouvir a língua, e não me surpreendi nem um pouco quando mais de um ano depois, suas primeiras palavras foram justamente em Português.
E teve um pouco de sacrifício social também. Eu não fiz nenhuma das aulinhas típicas de mamãe-bebê que rolam por aqui (músicas, estorinhas, play group, etc), pois queria, mesmo, limitar a exposição dela à língua inglesa tão cedo. Não queria que suas primeiras músicas fossem em Inglês, e não queria que ela passasse várias horas por semana me ouvindo conversando em Inglês com outras pessoas (além de claro, com o Aaron, pois isso não dava pra evitar mesmo).
Então eu mesma cantava musiquinhas, lia histórias e livros etc em Português, por mais que muitas vezes quisesse e precisasse conviver com outros seres humanos!
Hoje vejo que isso provavelmente foi um exagero da minha parte, mas na época foi o certo pra mim e pra ela, e não me arrependo nem um pouco.
- E seu marido, fala Português? Como você se comunica com a Isabella quando ele está por perto?
Apesar de já estudar Inglês ha muitos anos, ele nunca ficou fluente. Consegue entender e acompanhar uns 80% de uma conversa em Português, e quando estamos no Brasil, se tiver que se virar, ele se vira em Português, mas não se sente confortável nem fluente.
E parte disso foi culpa minha. Por mais que eu sempre tenha apoiada mil % sua vontade de aprender Português, eu nunca consegui quebrar a barreira do Inglês sendo nossa língua-relacionamento.
Das vezes que tentamos “ok, daqui pra frente só falamos português em casa”, falhamos terrivelmente, pois o Português dele nunca chegou num nível avançado onde pudéssemos ter uma conversa normal e adulta que não fosse em Inglês.
Mas assim que a Isabella nasceu, o Português virou a língua da casa, e essa dinâmica começou a fluir mais facilmente; até porque eu e Isabella ainda não chegamos ao ponto de termos um debate sobre a crise política da Venezuela, ou as táticas econômicas da China em português, então nossos diálogos do dia a dia (entre eu e o Aaron) na presença da Bella eram bem mais simples, e fáceis pra ele acompanhar, o que foi uma grandíssima ajuda pra ele.
E quando ela começou a falar, suas frase eram tão, mais tão misturadas (ela usava a palavra/vocabulário que soubesse e conhecesse, sem distinção ou reconhecimento de qual língua aquela palavra pertencia) , que o Aaron foi forçado mais uma vez a adquirir e incorporar certas palavras em seu vocabulário e diálogos também.
Então até hoje, entre eles, as conversas e frases são uma misturada sem fim, principalmente em relação a cosias do dia a dia (“daddy, I want more leite, please.”, “Ok Bella, do you want your leite to be quente or frio?”, “I want my mamadeira quente, tá bom?”), e eu acho uma fofura eles dois conversando em PortuGLÊS! hehehehe
Até meus sogros incorporaram algumas palavras em Português nos diálogos deles com a Isabella, e acho isso o máximo! “Isabella, did you acabou your dinner? Do you want more suco?”).
- E quando ela fala alguma coisa em Inglês pra você? Como você reage? “Meus filhos só falam a língua X comigo e não respondem em Português”
Bem, aí a coisa muda de figura.
Acho fofo ela misturar o Inglês e manter algumas palavras de seu vocabulário do dia a dia enraizados no Português, mas eu, de jeito nenhum, deixo ela misturar o Inglês quando fala comigo.
Não existe essa de “vem comer sua chicken porque esta yummy!”! Consistência e disciplina são cruciais nesse processo!
E essa é a maior dificuldade, a parte mais cansativa do bilinguismo. A insistência, a repetição constante, e as vezes até ignorar pedidos caso eles sejam feitos na língua “errada”.
“Mamãe, quero juice”
“Quer o que?”
“Juice por favor”
“Não to entendo o que você quer Bella”
“Juice mamãe”
“Não sei o que é isso… mas tem água, leite, suco… o que você quer?”
“Ah! Eu quero suco por favor”
Volta e meia algum “do contra” me fala: “ah, bilinguismo com criança pequena é fácil, o difícil é depois que eles vão pra escola”. Mas a Isabella vai pra creche desde os 9 meses de idade, então ela passa 3 dias por semana só falando/ouvindo/aprendendo em Inglês, e mais todas as noites e os fins de semana com o pai.
Então nós nunca tivemos esse choque cultural & linguístico de um criança que só fala a língua X em casa, e de repente, anos mais tarde começa a frequentar uma escolinha e se converte à língua Y, e passa a recusar ou esquecer a língua minoritária em casa.
A vida dela sempre foi bilíngue mesmo, e ela sempre conviveu e aprendeu tudo em dobro, nas duas línguas. Por um lado isso foi muito mais difícil (pra mim, que sou a “guardiã” da língua minoritária), mas acho que a longo prazo, vai ser melhor pra ela.
Mas eu escrevi isso tudo, simplesmente pra exemplificar que por mais que eu tenha martelado o Português na cabeça dela nos seus primeiros meses de vida, logo depois ela passou a conviver em ambientes em Inglês também, e não dá pre negar dos benefícios (sociais e educacionais) que as crianças adquirem ao frequentar creches/escolinhas, e é claro que por mais que eu me esforce muito, ela aprende (em) Inglês numa velocidade muito mais rápida e intensa do que em casa comigo.
Então apesar de ter falado suas primeira palavras em Português, logo que ela começou a “falar” de verdade o Inglês tomou conta, e eu tive que ser muito, mas MUITO disciplinada pra re-ensinar tudo que ela aprende na escola, em Português.
Então sempre, até hoje, que ela me fala ou me pede alguma coisa em Inglês, eu repito a palavra/frase em Português, falo que a mamãe só fala em Português, e se ela quiser a coisa tal, tem que pedir assim (e repito a palavra). As vezes, repito a mesma palavra/frase 50 vezes, e é nessas horas que entendo perfeitamente quem desiste do bilinguismo!!
É cansativo e é frustrante, pra nós duas, mas agora, 3 anos depois, ela já nem pestaneja, incorpora a nova palavra em Português e consegue “trocar o chip” rapidinho, assim que eu digo “em Português, por favor” – e se ela não sabe como falar a palavra tal em Português, ela me pergunta “mamãe, como você fala a palavra X?”, e eu ensino a nova palavra em Português.
As vezes temos uns diálogos assim: “a mamãe fala a palavra X (em Inglês) em Y (português)”. “Tá bom, mas na escola eu prefiro falar X (inglês”. “Tudo bem, mas com a mamãe você tem que falar Y, se não eu não entendo”.
E isso sem falar nas palavras que ela “traduz”! Acho TÃO fofo!!! Mas me policío pra sempre corrigir e traduzir, seguindo o raciocínio acima. (os mais fofos são “brokAR” ou “brokEI” quando ela quebra alguma coisa; “JumpAR” quando ela esta pulando, “PanÇA” as vezes é sua versão de “calça” (pants + calça) (“rápido mamãe, o xixi vai sair na minha pança!”), ou então likAR (lamber) alguma coisa (a massa do bolo, ou um sorvete). E meu preferido de todos os tempos (e que demorei muito tempo pra entender o que era), é “frigideira”, que é como ela chamava a geladeira (misturando “fridge” com “geladeira”!).
- E quando são estranhos? Tenho vergonha/acho falta de educação falar Português na frente de outras pessoas.
Bem, minha filosofia é: vergonha eu teria de ter uma filha que não fala minha língua! E se alguém no meu círculo social se ofender ou achar falta de educação eu estar falando minha própria língua com minha filha, então essa pessoa não deveria fazer parte de nosso círculo social!
E ponto final.
Eu nunca, nunca falo em Inglês com a Isabella, e manter esse “vinculo” linguístico no nosso relacionamento é importantíssimo para a manutenção a longo prazo do português e bilinguismo na vida dela.
Então eu aplico o “language attachment” a ferro e fogo, e não me importo mesmo quem esteja por perto. As vezes até falo com as amiguinhas dela em Português! hahahaha! Funcionava melhor quando eram todas mais bebês e ninguém entendia nem respondia nada, hoje em dia ela ficam me olhando tipo “oi?!” e aí eu peço pra Isabella traduzir (“shiiii Bella, acho que a fulana não entendeu a brincadeira, explica pra ela em Inglês?”).
Mas o que é o language attachment? É quando se cria um vínculo entre um relacionamento e uma língua. Ou seja, é quando se torna “esquisito” falar na língua X com uma pessoa, quando vocês se conheceram e formaram o relacionamento numa outra língua.
Pra mim, o Aaron é um bom exemplo disso. Nosso relacionamento é em Inglês, e por mais que ele queira falar em Português as vezes, não é natural, é quase como se estivesse falando com outra pessoa.
E tenho algumas amigas aqui onde temos a mesma situação. Tenho uma amiga Portuguesa, mas que quando nos conhecemos eu não sabia que ela falava português (e vice e versa), pois ela é também Canadense. Então nos conhecemos numa ambiente de trabalho e por muito tempo só falávamos em Inglês. Então até hoje entre nós duas só falamos em Inglês, pois é o nosso “natural”, e se outra amiga Brasileira, ou seu marido (Português) estiver na conversa, aí sim, mudamos pro Português. mas é simplesmente, desconfortável…
Uma outra amiga, que eu conheci quando morava na espanha, é Inglesa, e hoje em dia também mora na inglaterra. Mas apesar do Inglês ser a língua nativa dela, e hoje em dia meu Inglês ser bem melhor que meu Espanhol, até hoje quando nos encontramos, só conversamos em Espanhol, pois essa é a língua do nosso relacionamento.
Ou seja, os pais (avós, ou seja lá quem for), da língua minoritária tem que criar essa situação de “relacionamento” com a língua na criança, e a Isabella tem que crescer achando “estranho” falar comigo em Inglês, sempre preferindo o Português em primeiro lugar.
E para isso, eu não posso deixar que ela se acostume a me ouvir falando com ela e me dirigindo a ela em Inglês seja no dia a dia, no parquinho, na saída da escola e lendo livrinhos. Uma palavra aqui ou outra alí, podem parecer inofensivas, mas não são. As crianças absorvem tudo, e aos poucos são essas palavrinhas na lingua “errada” que vão quebrando esse vínculo linguístico tão importante.
Aliais isso é uma cosia que sempre me perguntam ou comentam, e já vi muitos pais “bilingues” cometendo esse erro. Sempre leia para seus filhos na sua língua!
Eu compro muitos livros pra Isabella em Português, mas é claro que ela também tem alguns preferidos em Inglês, que volta e meia ela pede pra eu ler pra ela. A solução? Traduzir a história e ler em Português. Ou seja, a história é a mesma, os personagens são os mesmos, mas quando sou eu quem leio, as palavras saem em Português!
E o mesmo vale para desenhos animados na TV. Ela adora a Turma da Mônica, Show da Luna, e Sítio do Pica Pau Amarelo, mas também tem seus desenhos preferidos em Inglês. A solução? Youtube!
Todos os desenhos que passam na TV aqui que ela adora, existem em versão Português no Youtube, então instalamos um Google Chrome e Apple TV na nossa TV, e sempre que ela pede pra assistir Peppa Pig, Bubble Guppies, Dora, e afins em casa, o que passa na TV está sempre em Português.
- Você leu algum livro ou técnica específica para se basear?
Pra falar a verdade não cheguei a ler nenhum livro não, mas pesquisei e li bastante a respeito da técnica OPOL (One parent, one language) que é o mais recomendado para famílias cujo cada pais/mãe fala uma lingua diferente (e ajuda a criar essa coisa do “Language attachment” que falei acima).
E esse é um assunto que eu sempre gostei muito e sempre soube que queria aplicar quando tivesse uma família, então sempre li e pesquisei a respeito, mas nada muito formal não.
Além disso, pra mim o bilinguismo e falar em Português com meus filhos é simplesmente instintivo. Não me imagino, nem nunca imaginei me comunicando com eles numa língua que não fosse a minha, a da minha família e do meu coração.
- O Bilinguismo não atrasou a fala dela? Você não ficou com medo dela não se desenvolver direito?
Isso é outra coisa que sempre me perguntam e comentavam bastante, principalmente quando a Bella era mais novinha.
Quer saber? Sim, atrasa sim.
E não, não tem o menor problema!
Tecnicamente, se você ler a respeito, as pesquisas indicam que não atrasa em nada, e aprender 2 ou mais línguas não prejudica as crianças, muito pelo contrário. Os benefícios para o desenvolvimento cognitivo e cerebral de crianças bilíngues é incrível. Mas essas pesquisas olham para o lado físico/morfológico e fonoaudiólogo da fala das crianças. Então não.
Não atrasa nem prejudica. E se seu pediatra, pedagogo da escola, ou bisbilhoteiro da vizinhança te disser o contrário, procure outro profissional na mesma hora! Essa pessoa obviamente não é capacitada pra cuidar de uma família como a sua!
Mas a realidade é que sim, atrasa. Porque pensa só: tudo, TUDO que a Bella aprende, ela aprende em dobro.
Pensa na quantidade de palavras, conjugações e vocabulários uma criança aprende em seus primeiros 2 ou 3 ou 4 anos de vida. Agora duplica. Cada palavrinha. Cada expressão. Cada frase. Cada brincadeira. Cada música.
É muita coisa gente!
Então sim, lá pelos 2 anos e pouquinho, quando ela finalmente deslanchou a falar e montar frases, tanto seu Inglês quanto seu Português eram menos “perfeitos” do que seus coleguinhas de mesma idade (mono-línguas).
Mas em compensação ela sempre conseguiu se comunicar e se expressar em duas línguas, e com o tempo, ambas as línguas se encaixaram ao considerado “normal” para sua idade, sem problemas, sem traumas, nem tratamento de fono nem nada disso.
O português dela, que é e sempre será sua língua minoritária, ainda é menos desenvolvido que o Inglês, por motivos óbvios, mas ela consegue se comunicar e se expressar 100% em Português, e continuarei trabalhando pra sempre (literalmente!) em enriquecer seus vocabulário, melhorar sua gramática e afins. É um trabalho em progresso para o resto de minha vida!
Bem, essas são as dúvidas mais comuns, e as perguntas que mais recebo sobre esse assunto.
Eu acho o assunto fascinante e adoro trocar ideias e dicas com outras famílias! Então podem deixar mais dúvidas e sugestões e da próxima vez eu gravo um vídeo também!
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