O arquipelago das Ilhas Faroe sempre foram um pais que me fascinaram “de longe” – volta e meia eu ouvia falar sobe eles, mas no fundo sabia muito pouco sobre o pais e principalmente, não conhecia ninguém que já tivesse ido pra lá.
Pra falar a verdade, nunca parei pra prestar muita atenção, nem fazer nenhuma pesquisa que pudesse tornar uma viagem pra lá possível… A Europa (e o mundo!) tem muitos outros lugares interessantes a serem visitados, e foi justamente isso que fiz ao longo dos anos.
Porém, a cada novo pais Escandinavo que visitava, a vontade de conhecer os outros só aumentava! É uma região que acho fascinante, uma cultura incrível e lugares estonteantes.
Então, uns anos atras nos visitamos a Islândia: pronto, as Ilhas Faroe são comummente apelidadas de irma “caçula” da Islândia, e queríamos repetir a experiencia incrível que tivemos na Islândia num outro lugar que fosse diferente, mas ao mesmo tempo tão parecido!
Até que finalmente ano passado, quando estávamos analisando algumas opções para uma viagem de fim de verão, e levemente desesperada achando que não ia achar nenhum lugar com disponibilidade e preços pagáveis de ultima hora, eu resolvi, por que não, finalmente pesquisar sobre a Ilha.
Dai pra frente, nenhuma promessa de praia e calor no sul da Europa compensaria a experiencia, paisagens e singularidade de uma viagem pra lá!
Convencer o Aaron então, foi facílimo! Caminhadas, hikes, paisagens estonteantes e a promessa de fotos incríveis. Uma combinação perfeita!
As Ilhas Faroe são um pais autônomo, porem que ainda fazem parte da região administrativa da Dinamarca, apesar de sua independência pós Segunda Guerra Mundial: sua língua é diferente do Dinamarquês, sua moeda também é diferente, e eles ainda tem direito a participar do parlamento Dinamarquês, apesar de que a Dinamarca já não tem direitos nem poderes políticos sobre o pais. (mais ou menos como a mesma relação que o Reino Unido tem sobre a Canada e Austrália, porem os países são perfeitamente independentes, apesar de “reinados” pela Rainha da Inglaterra).
Mas é impossível negar sua raiz Escandinava e origem Dinamarquesa (e Norueguesa, já que eles também fizeram parte da Noruega por muitos seculos) – seja em seus costumes, os nativos, arquitetura ou culinária!
E uma das perguntas que mais respondemos foi: onde fica isso?!
Fácil: no Mar do Norte, entre o norte da Escócia e o sul da Islândia, ao oeste da Noruega.
O pais é composto por 18 Ilhas, sendo que menos de 10 delas são habitadas, e as 5 maiores (e centrais) são integralmente conectadas por pontes e tuneis sub-oceânicos (um feito arquitetônico incrível!), fazendo que com que o pais seja facilmente explorável.
As cidades principais podem ser contadas nos dedos (de 1 mão só!), e seus esparcos 48.000 habitantes se dividem principalmente entre a capital Torshavn na Ilha Streymoy, e a “capital do norte” Klaksvik, na ilha norte Bordoy.
O nome do pais é debatível, pois hoje em dia “Faroe” significa diferentes coisas em diferentes línguas escandinavas, mas historicamente, o nome vem da palavra “faer”, que significa “ovelha” no dialeto Norueguês arcaico – mas essa origem não poderia ser mais atual, pois é o que mais encontramos pela “ilha das ovelhas”!!
Infelizmente, muita gente conhece as Ilhas Faroe apenas por sua cultura polemica, e na época em que a visitamos, ate rolou uns bate-boca no meu Instagram, já que periodicamente a ilha ocupa as manchetes de jornal falando sobre a matança das baleias em suas baías.
Mas, não. Isso não me impediu de querer visitar o pais, muito pelo contrario. Acho que viajar é isso ai, é expandir nossos horizontes e entender como povos diferentes encontram diferentes maneiras para sobreviver.
Para os Faroeses, as Baleias são, até hoje, um de seus principais meios de subintendência, então imagina como não deveria ter sido para os primeiros Vikings e Nórdicos que se acomodaram por la há mais de mil anos atras?
Uma pais sem recursos naturais, com um clima impiedoso, sem capacidade natural para agricultura, e apesar da abundancia marítima ao redor da ilha, pode-se dizer que o “mar não esta pra peixe” durante muitos, e muitos meses por ano.
Então comprovando a teoria da “sobrevivência do mais forte”, eles logo descobriram que suas baias eram um bom refugio para baleias (que é um tipo bem especifico de baleias, que não estão em extinção nem em perigo), onde poderiam ser abatidas e garantiam a sobrevivência da população para o resto do ano; então ate hoje eles usam as baleias para tudo e por tudo: carne na alimentação, gordura para energia, pele para couro, ossos para construção, e por ai vai.
Não é que eu esteja fazendo apologia de abate de animal nenhum (inclusiva a da picanha que você curtiu no churrasco do fim de semana!), mas depois de ter conhecido o pais, eu passei a admirar demais sua força e resiliência mesmo num lugar e condições tao adversas!
No fim das contas, a viagem foi muito mais confortável eu fácil do que imaginávamos, e inclusive muito mais fácil e tranquila de ser explorada que a Islândia, mesmo com criança pequena (a Bella estava com 2 anos e 7 meses na época), com nível (semi) zero de perrengues!
Nos próximos posts virão as dicas praticas, os vídeos e o roteiro que fizemos durante os 5 dias que passamos por la!
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