09 Nov 2016
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Myanmar com crianças – a nossa experiência

Ásia, Baby Everywhere, Bagan, Dicas Aleatorias & Genericas, Myanmar, Viajando com crianças

Volta e meia recebo e-mails e comentários sobre algumas de nossas viagens menos convencionais, com a dúvida: “da pra fazer a viagem X com crianças?”, “você acha tranquilo viajar para o lugar Y com crianças?”.

E a resposta é quase sempre a mesma: depende de você.

Você é “tranquilo” quando viaja? Então provavelmente vai achar tranquilo levar seus filhos a qualquer lugar. Mas se você se estressa facilmente, então consequentemente, qualquer viagem com seus filhos vai causar ainda mais estresse.

Nos realmente não somos pais “convencionais” nesse sentido, e sempre acho um jeito de fazer com que qualquer viagem ou destino se adapte à nossa família (que já cresceu mais um pouco!), com alguns cuidados básicos, mas principalmente, tendo plena consciência de que viajar com crianças impõe muitas limitações.

Na escolha de qualquer destino é preciso alinhar a expectativa com a realidade, entre tudo que o lugar oferece, versus o que realisticamente da pra fazer levando em consideração a idade (e estilo/temperamento) do seu filho.

E Myanmar não foi diferente. Provavelmente teria sido o tipo de lugar onde nós teríamos preferido não levar a Isabella, caso tivéssemos essa opção (como por exemplo, quando fomos ao Peru, e ela ficou com meus pais no Rio), mas como a escolha era entre “leva-la” ou “não ir”, não pensamos duas vezes na hora de incluí-la em nosso planos.

Então esses foram os pontos que eu levei em consideração na hora de planejar uma viagem para Myanmar com uma criança de 3 anos:

Escolha do hotel:

Sempre que viajamos para lugares mais diferentes, principalmente na Ásia/Africa, e países que tem lingua e costumes muito diferentes do nosso, eu tento optar por hoteis de rede internacional. Isso é uma garantia de que o nível de inglês dos funcionários será bom e poderão nos ajudar numa emergência (médica, por exemplo), e até mesmo com coisas corriqueiras do dia a dia (como por exemplo no Japão, que não conseguia achar papinhas prontas de jeito nenhum, até que a recepcionista do hotel nos deu a dica de um supermercado a poucos minutos de distância. Ou na Russia, que nos perdemos com o taxista que não falava nem uma palavra de Inglês, e foi uma funcionária do hotel que ficou guiando ele por telefone até nos encontrarmos novamente).

Mas como comentei no post sobre o hotel que ficamos, quando estava planejando nossa viagem, ainda não existiam hoteis internacionais em Bagan, então queria ter certeza que o hotel escolhido não era muito “local”, e que tinha boas resenhas em relação ao seus serviços e atendimento a estrangeiros.

Porque quando viajamos com crianças temos que estar preparados para emergências, e gerealmente o hotel é seu porto seguro, então o mais básico do básico é conseguir se comunicar bem.

Além disso, tem também o conforto – hotel que seja limpo, confortável (e ofereça caminhas extras ou berços, por exemplo) e com algum tipo de entretenimento infantil, caso seja uma viagem onde você sabe que vai passar bastante tempo no hotel.

E por fim, e principalmente nessa viagem, um hotel que tenha restaurante próprio, com opções internacionais (mais fácil de agradar o paladar infantil, se as opções de comida sejam mais familiares). E nesse caso específico, além da Isabella (com 3 anos na época), eu estava grávida e não me sentindo muito bem, então ter opções variadas, frescas e agradáveis de comida eram essenciais.

Programas

É aí que entra a questão da “expectativa X realidade” da viagem.

Viajar com seus filhos é uma delícia, mas também muito limitante – são vários horários/passeios/programas/lugares que eles simplesmente não podem participar, e você tem que estar consciente disso pra evitar se decepcionar.

Então em Myanmar sabíamos que não seria possível passar o dia todo perambulando entre os templos e visitar dezenas deles por dia, sem compromisso, nem horário pra comer, descansar etc.

Até que conseguimos assistir alguns por do sol em templos, mas na maioria dos dias nos alternávamos entre que saía do hotel pra assistir o nascer ou por do sol nos templos, enquanto o outro ficava no hotel com a Isabella.

E sabíamos que teríamos que fazer nossas refeições no hotel, e evitar grandes aventuras gastronômicas.

E tudo bem. Sabíamos de tudo isso, e fez parte da viagem. Sem arrependimentos nem ressentimento de estar perdendo alguma atração imperdível da viagem.

Uma coisa que nã queríamos deixar de fazer era o passeio de balão – uma de nossas opções era fazer o voo de balão em dias separados (assim um de nós estaria no hotel com ela) – mas conseguimos boas referencias e um hotel que oferecia serviço de baby sitter, então conseguimos fazer o passeio juntos.

 

Horários e rotina

Quando nós viajamos, eu sou “flexível” e anti-frescura em relação a um monte de coisas que em casa sou mais linha dura, mas uma discuplina que não abro mão (dentro do possível) é de manter a rotina e horários da Isabella ao máximo possivel, principalmente na rotina da noite.

Então jantávamos no hotel, e logo depois voltávamos pro quarto, e era hora do banho, leite, historinha e cama.

Então não visitamos nenhum templo a noite, a não ser os que conseguíamos ver pela nossa varanda.

 

Frescuras em geral

Geralmente quando me perguntam sobre “viagem com crianças” em lugares considerados mais exóticos, a grande preocupação é em relação à limpeza e higiene de certos lugares.

Então se você é semi-viciada em álcool gel, e a louca do esterelizador, sem dúvidas o Myanmar não é o lugar ideal pra levar seus filhos!

Claro que um hotel bacana ajuda (o hotel era limpíssimo e a comida muito boa, e nada que um belo banho no fim do dia não lavasse numa boa!), mas de resto, ficamos ao deus-dará! Não tinha lugar pra lavar as mão antes de comer os lanchinhos, os templos não permitem sapatos, então andávamos descalças pra cima e pra baixo todos os dias (e os templos são imundos por dentro), e ela literalmente deitava e rolava na terra, com as crianças locais, pelos templos etc.

Claro que tentei tomar as precauções possíveis (principalmente em relação a comida – nada pior pra estragar uma viagem do que uma infecção alimentar!), mas sou do time que acha que criança tem mais é que se sujar mesmo e uma bela dose de “vitamisa S” (de sujeira!) só nos faz bem!

 

Ou seja, resumidamente, a viagem foi tranquilissima e uma delícia para nós três!

Nossas expectativas estavam alinhadas em relação ao que dava e não dava pra fazer, sabíamos que daria trabalho mante-la entretida o tempo todo num lugar que não tem nada “de criança” pra ela fazer (nenhum parquinho, nenhum playground e coisas do tipo, apenas a piscina do hotel), e vigilância triplicada nas escadarias e ruínas dos templos, sem perde-la de vista nenhum milimésimo de segundo num destino onde ela era considerada tão “exótica” e recebia tanta atenção dos locais (não me incomodo e até acho engraçadinho quando recebemos atenção “coletiva” como família, mas bloqueava toda e qualquer atenção exagerada pra cima dela).

Levamos brinquedos, livrinhos e o iPad recheado de filminhos e desenhos preferidos para os momentos de emergência, e em nenhum momento ela reclamou, ficou chata ou entediada – então o balanço final da viagem foi super positivo!

Adriana Miller
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Adriana Miller
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03 Nov 2016
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Halloween em Londres 2016 (com vlog!)

Londres com Criancas, T.V. EveryWhere, Vida na Inglaterra

Ano passado nós começamos uma nova “tradição” em família: a festinha de Halloween!

Quer dizer, nem sei se posso chamar de “festa”, pois nada mais é do que umas amiguinhas da Isabella que veem brincar aqui em casa fantasiadas de Halloween.

Mas a festinha do ano passado fez tanto sucesso, que ela passou o ano todo falando sobre a festa, e assim que as primeiras abóboras começaram a pipocar pelas lojas, ela já se lembrou da festa e queria repetir o evento!

E como nós adoramos uma festchynha, acho o máximo ter uma filha tão festeira quanto! E é tão legal ver ela tão animada e exitada para a festa! Querendo participar de todos os preparativos e detalhes! Além de ser uma ótima desculpa para voltar a fazer festas e tradições já que acabamos abandonando nossa festa de natal anual depois que nos mudamos pra essa casa (a metragem da casa é relativamente grande, mas o layout é ingrato, com muitos desníveis e sem espaços abertos, então não cabe muita gente de cada vez).

Mas então, a festa começou umas semanas antes, quando visitamos a fazenda de abóbora e compramos algumas abóboras para decorar a casa.

Depois foi a vez de cortar e decorar as abóboras (a Isabella continua morrendo de nojo!)

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E para completar, depois da festinha aqui em casa, no dia 31 mesmo, levamos a Isabella e um grupo de amiguinhas da escola para fazer Trick or Treat e pedir doces pela vizinhança!

Isso ainda é uma atividade relativamente rara aqui em Londres, mas que esta começando a se propagar cada vez mais, principalmente em vizinhanças de casas e áreas mais “jovens”, com muitas famílias com crianças pequenas.

A pista são as abóboras na porta das casas! Quem coloca abóboras decorando as escadas estão participando da brincadeira do Trick or Treat, então pode tocar a campainha!

Então eu não resisti e fiz um vlog, no mór estilo vídeo caseiro dos anos 80!! Afinal foi a primeira vez que a Isabella foi Trick or Treating, então tinha que ficar registrado para a posteridade!

Adriana Miller
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21 Oct 2016
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Fazenda de abóboras 2016

Inglaterra, Londres com Criancas, T.V. EveryWhere, Vida na Inglaterra

Assim como fizemos ano passado, eu estava ansiosamente esperando a chegada do outono esse ano só pra poder voltar ao Pumpkin Patch da fazenda Crockfords Bridge, onde fomos no outono do ano passado, e voltamos pra colher morangos uns meses atrás.

fazenda de abóboras

E claro, dessa vez já fomos como uma família de 4!

Foi legal também que meus pais ainda estavam aqui em Londres, e como essas fazendas de abóbora são tão diferentes do que temos no Brasil, foi legal aproveitar pra fazer umas fotos deles com os dois netinhos num cenário tem bonito e colorido!

Ano passado eu já fiz um post super completo sobre a fazenda, então dá uma olhadinha lá (mas os detalhes práticos estão abaixo!), mas dessa vez resolvi fazer um vlog para mostrar em vídeo como foi o nosso dia por lá.

E claro, com essas fotos lindas que tiramos da família completa!

O Pumpkin Patch fica na fazenda Crockfords Bridge Farm, em Waybridge a uns 40 minutos de Londres.

Os trens para Waybridge saem da estação de Waterloo a cada 15 minutos mais ou menos, e chegando na estação de Waybridge é só pegar um taxi por mais uns 10 minutos até a fazendinha.

Eles funcionam o ano todo como uma fazenda “Pick your own” (“colha você mesmo” como expliquei aqui), mas a temporada de outono vai só até o Halloween, e acaba no dia 30 de Outubro.

O que usei no vlog:
Blusa de amamentação: (preta) http://fave.co/2dRppI1 (cinza) http://fave.co/2en1wgE
Batom: (cor “Icon”) http://fave.co/2en1TI5
Bota: http://fave.co/2dRsw2B
Casaco: http://fave.co/2dRqsrr
Bolsa: http://fave.co/2en2oBP

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