15 Sep 2009
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S.A.L. – Como se vestir no Inverno de Londres/Europeu

Dicas (Praticas!) de Viagem, Fazendo as Malas, S.A.L.

A Aninha me mandou o seguinte e-mail hoje, que por acaso eh uma grande duvida de varios leitores/leitoras que passam por aqui e me mandam e-mails:

Eu estou indo pra Londres agora em outubro, vou fazer intercâmbio e vou ficar 6 meses ai… o problema é que eu não sei que tipo de roupa levar, não tenho a minima noção do que se veste no inverno ai, já que no inverno do Brasil (RJ, que é onde eu moro) o inverno é razoavelmente quente. Então, você poderia me dar umas dicas de o que levar ??

E você acha que é mais fácil (e barato) comprar as coisas aqui ou ai em Londres ?

Bem, pra comecar pelo principio, vamos deixar claro que o inverno de Londres nao tem nada a ver com o inverno carioca. Mas nem de longe. Eu me atreveria ateh a dizer que nem sequer o verao Londrino se compara com o inverno Carioca…!

As dicas que vou dar a seguir valem nao apenas pro inverno na Inglaterra, mas para todo centro/norte da Europa, seja voce apenas um turista por alguns dias, ou caso vc esteja vindo de mala e cuia!

Vou comecar pelo conselho simples e facil: NUNCA compre roupas de inverno no Brasil. NUNCA compre sapatos de inverno no Brasil. NUNCA compre acessorios de inverno no Brasil. A nao ser que sejam de marcas internacionais, vendidos como importados em lojas espcializadas.

Mas mesmo assim, meu conselho seria nao compre nada no Brasil, pois o preco que vao te cobrar por um meia, vc provavelmente consegue comprar um sobretudo por aqui! (ando muito revoltada com os precos no Brasil! prontofalei!).

Mesmo em lojas como aquelas “lojas de inverno” que se dizem especializadas em roupa para frio nao sao as melhores opcoes.

Aqui as roupas de inverno sao (proporcionalmente) super baratas e de otima qualidade, e mais importante, feitas para o frio real daqui. A roupa que vc usa no inverno de SP, Porto Algre, Friburgo ou Buenos Aires nao eh o mesmo do frio que faz aqui. Ainda que Londres tenha uma temperatura bem “moderada”, considerando sua latitude, ainda assim, eh outro esquema!

Eu jah dei algumas dicas de como fazer as malas, e que coisas trazer se vc vem pra fazer turismo, e essas dicas ainda sao validas, pois o principio eh o mesmo. Nesse caso (morar Vs passear) a diferenca serah na quantidade de pecas e variedades que vc vai trazer, mas mesmo assim eu acho que uma mala pra viajar por 1 mes seria bem parecida com uma mala pra morar 6 meses, uma vez que invariavelmente vc poderah lavar roupas inumeras vezes, entao nao precisa trazer a casa toda!

Minha lista essencial seria (sem discriminar quantidades, pois isso varia de pessoa pra pessoa)

– Camisetas (t-shirt ou regartas) de algodao

– Camisetas de algodao de manga comprida

– Blusas de la/fleece/malha (que nao seja sintetica) de gola role

– Pullover/Sweater de la, ou misturas de algodao/la (mais uma vez evite os sinteticos)

– Calca(s) jeans

– Leggings e/ou meia calca grossa (pra usar por baixo do jeans ou com saias/vestidos)

– Meias de lah ou algodao de cano alto (para proteger sua pele das botas) e grossas

– Bota/sapato de couro com solado impermeavel e confortavel (de preferencia de borracha, pra vc nao deslizar nas ruas congeladas)

– Bota de cano alto (de preferencia sem salto) para proteger suas canelas do vento

– Uma jaqueta de plumas (plumas por dentro, nao por fora, por favor!)

– Um sobretudo de lah, com forro (muito importante ser forrado!)

– Luva (de preferencia daquelas mais grossinhas, com forro)

– Cachecois

– Gorro, chapeu (que cubra as orelhas) ou ear muffs (aqueles protetores de orelhas)

– Roupas intimas

– Qualquer outra coisa de uso pessoal (shampoo, cremes, perfumes, etc, etc, se bem que aqui eh tudo bem mais barato)

– Remedios: isso eh muito importante, pois o sistema de saudae na Inglaterra eh bem problematico e diferente do Brasil. Se vc eh hipocondriaca(o), ou tem que tomar remedios com certa frequencia, traga suas receitas medicas e um belo estoque de tudo! A maioria dos remedios aqui sao controladissimos e requerem receita medica para compra.

Como falei no post sobre fazer as malas, pra mim o segredo para “sobreviver” o inverno eh saber se vestir. Como dizem por aqui, “nao existe tempo ruim, oque eh existe eh roupa errada!”, e realmente esse eh o segredo para conseguir viver melhor ou pior durante essa estacao tenebrosa!

E oque quero dizer com isso nem tem muito a ver com a marca/preco/qualidade das roupas e sim como usa-las!

Dois exemplos de casacos/jaquetas de plumas – uma versao curta (acima) e outra longa (abaixo)

No meu caso, oque dah certo sao as camadas! Nao soh um otimo casaco (cheio de forros e plumas e tal) por cima de tudo, mas principalmente se vestir por camadas: eu comeco com um regata ou t-shirt de algodao fininha. Por cima uma camiseta de manga comprida de algodao. Depois uma blusa de gola role ou um pullover por cima (e se estiver muito frio mesmo, uso os dois, um por cima do outro!).

Nessa foto dah pra ver bem as “camadas”: gola role preta, pullover de la mostarda, colete de fleece, jaqueta de plumas por cima (essa jaqueta eh otima, pois “fecha” na gola e entao cobre bem o pescoco).

O segredo pra guardar o calor dentro da sua roupa e perto do seu corpo sao justamente essas camadas de “ar” entre uma peca e outra. Sem falar que caso vc entre na sala de aula/escritorio/metro/trem/restaurante o aquecedor vai estar a todo vapor e vc vai morrer de calor, entao eh bom se vestir em camadas, e vc vai tirando aos poucos, oque precisar tirar.

Sobretudo de la com forro (acima e abaixo) – na foto abaixo, tambem dah pra ver algumas das “camadas” de roupa

Na parte de baixo eh mais complicado, pois caso vc use uma meia calca, mais um legging, mais uma meia de lah, mais a calca jeans por cima, jah nao eh tao facil se livrar das camadas… Entao eu soh uso essas coisas todas quando sei que vou ficar na rua o dia todo (quando estou viajado, por exemplo). Mas no dia a dia, oque faz a diferenca MESMO eh uma boa meia, grossa e de cano bem alto, e um bom sapato (prefiro as botas). Se seu peh esta quentinho, o resto fica tranquilo.

O principal em uma boa bota pra mim eh a sola, que tem que ser de borracha, e de preferencia mais grossinha, pra separar a sola dos seus pes do chao frio/molhado/congelado. E bem vedada/impermeavel porque se entrar umidade, jah era! Humidade eh a inimiga do conforto no frio, e como estamos falando de Londres (e todo norte da Europa) a chuva e umidade sao constantes!

Montagem completa

Close na minha super-ultra bota de neve! Em Londres gracas a deus, NUNCA precisei usar… O frio aqui nao eh tao extremo! As botas do dia a dia sao como a foto abaixo: couro, cano alto, solado de borracha


Uma bota de cano alto pra mim tambem eh essencial, pois nao tem nada pior doque aquele ventinho congelado que sobe pela calca jeans!! Assim, a bota vai quase ateh o joelho, enquanto que o sobretudo, desce quase ateh o joelho, protegendo suas pernas por inteiro! Adoro as botas Ugg! Por mais que sejam realmente horrorosas, sao super confortaveis e ultra quentinhas!
Mas alem disso tudo, os acessorios sao tao essenciais quanto!

Quanto faz frio, qualquer minima brisa faz com que seu corpo inteiro se sinta congelado, entao vc tem que se vedar e fechar toda e qualquer passagem de ar frio!

Luva bem forrada (os dedos congelam na velocidade da luz!) e um cachecol bem comprido e grosso! Atencao, aqueles cachecois fininhos que se usam no Brasil sao totalmente inuteis! O cachecol tem que ser grosso e largo (como por exemplo as pashminas que sao retangulares), para que vc possa enrolar bem em volta do pescoco (quanto o frio aperta de verdade, quelas voltinhas arrumadinhas e nada sao a mesma coisa) pra nao deixar o frio entrar!

E por fim, o gorro/chapeu! Ateh pouco tempo atras eu nao sabia disso, mas a cabeca eh a parte do corpo que mais perde calor (e mais rapido) entao nao adianta muito se cobrir dos pes ao pescoco e esquecer da cabeca (principalmente para os homens que nao tem muito cabelo, ou cabelo curto). As vezes, um chapeu estiloso pode ateh parecer bem mais bonito, mas se nao for grossinho e confortavel, nao vai ser muito util (jah passei por isso varias vezes…).

Chapeu! Chapeu! Chapeu! E cachecol! Cachecol! Cachecol! O importante eh deixar o pescoco, orelhas e cabeca cobertos.

Ah! E claro, por fim, nao podemos esquecer do guarda chuva!!

Muito se engana quem acha que Londres chove o tempo todo, torrencialemente! Na verdade chove muito pouco por aqui. O problema eh mesmo a tal da garoa. O tempo eh incompreensivel e em Londres vc precisa carregar oculos de sol e guarda chuva todo dia, o dia todo! O chuvisco chato eh constante, num “chove nao molha” literal!

Na maioria das vezes eu nao me preocupo a sequer abrir o guarda chuva, jah que estou coberta dos pes a cabeca mesmo, entao sei que nao vou me molhar! mas caso a chuva aperte, saco o mini-guarda chuva da bolsa e pronto! Problema resolvido!

Quanto a lugares/lojas pra comprar as roupas de inverno em Londres, oque nao falatam sao opcoes, pra todos os bolsos! Uma opcao bem boa na relacao custo/beneficio eh a Zara, que sempre tem uns casacos otimos e quentinhos por precos bem camaradas, ou entao a Mango. Opcoes mais baratas estao em lojas como a Primark, New LookNext. E para opcoes mais caras, o ceu eh o limite!

Para precinhos mais + ou -, de uma olhada em lojas como H&M e TopShop (mais carinhas, porem com pessima qualidade, apesar da fama inexplicavel!).

Se vc resolveu seguir meus conselhos e vai deixar pra comprar suas roupas de inverno quando chegar em Londres, vah direto pra regiao de Oxford Street/Regent Street no centro de Londres (se bem que essas lojas estao espalhadas pelo pais TODO). Nessas duas ruas, essas lojas que mencionei estao praticamente uma ao lado da outra!

De resto use o bom senso! Soh vc sabe quantas calcas jeans vc vai querer/preferir usar, quantas camisetas de algodao vai precisar (vc eh mais no estilo fresco e soh usa as roupas uma vez – pq provavelmente nao eh vc quem lava – ou lava roupa todo dia?), quantas meias, cuecas, calcinhas, etc.

Esse eh um guia bem basico, e tentei colocar fotos de alguns “looks invernais” pra vcs terem uma ideia do frio vs roupa usada, e todo e qualquer complemento vai muito de pessoa pra pessoa!

Quantas bolsas vc quer (ou pode) trazer? Nao vive sem cintos? Eh viciada em aneis e brincos? Nao vive sem salto e vai arriscar uns saltoes?

Isso soh quem pode decidir eh voce mesmo(a), depende do seu estilo, necessidades e espaco na mala!

Adriana Miller
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04 Jun 2009
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S.A.L. – Reconhecimento de diplomas

Blog, Estudos, Recursos Humanos, S.A.L., Trabalho

A Erika me enviou uma pergunta interessante, e que jah apareceu por aqui varias vezes. Minha resposta vai ser um pouco vaga, baseada na minha opiniao (minha experiencia pessoal e minhas experiencias como Recursos Humanos). Quem tiver opinioes,/experiencias diferentes (ateh porque essas coisas variam demais de pais pra pais, carreira pra carreira, e nao dah pra generalizar “lah fora” – exterior, fora do Brasil em geral – como se fosse uma grande nacao).

Um mestrado ou pos-graduacao em outro pais, digamos aqui mesmo no Brasil, eh reconhecido ai fora? Digo, se colocar no meu CV formada nisso, MBA naquilo e Pos ou Mestrado (nao sei ainda o q fazer..) naquilo outro, chama a atencao ou nao quer dizer nada pra vcs na Inglaterra, por ex?

Abstraindo-se a experiencia nesse caso. (leve em consideracao q a pessoa tem experiencia na area…)Pode falar ate mesmo na area de RH, pq acho uma area interessante qdo se trata do performance improvement….

Entao, formacao aqui no Brasil conta ou eles acham q nao vale nada?

Bem, vou comecar com o seguinte. Ha formacoes, E formacoes, e fazer afirmacoes generalisadas seria um erro da minha parte.

Minha visao sobre os estudos no Brasil eh um pouco suspeita, pois no Brasil qualquer “Faculdades Integradas” oferece curso de pos graducao e “MBA”, que sinceramente acho que nao valem pra nada.

Obviamente que estudar SEMPRE vale a pena, e cada dia a mais que vc passa na sala de aula, esta te trazendo um beneficio inmesuravel pro futuro.

Porem o fato de um determinado curso ter como titulo MBA nao faz dele um Master in Business Administration. Oque vejo no Brasil eh que MBA vioru giria pra curso de pos-graduacao em geral. E pos graduacao pode ser em QUALQUER coisa que seja feita DEPOIS da Graduacao oficial.

E ai comecam os problemas. Por existirem pos de tudo e mais alguma coisa, a grande maioria dessas “pos” nao tem reconhecimento algum.

Nao que nao tenham valor para quem as faz, muito pelo contrario, mas acho que “aqui fora” nao servem pra muita coisa. O proposito de fazer um curso desses (ao meu ver) eh fazer um mini-curso que seja focado num assunto e mercado especifico, fazer networking na sua area, conhecer outros profissionais, professores etc. E portanto, uma vez que vc muda de pais, essas coisas perdem um pouco o valor.

Jah se vc fizer um Mestrado (nao Pos ou “MBA”) ai a coisa muda um pouco, pois geralmente no Brasil, as unicas Universidades que ministram mestrado sao as publicas ou reguladas (ou serah que mudou? Na minha epoca de UERJ era assim). Geralmente eles exigem dedicacao exclusiva, um numero minimo de horas de sala de aula, mais as horas que vc tem que se dedicar sozinho, os livros academicos que le (que geralmente sao os mesmos no mundo todo), pesquisas de campo, dissertacao academica, qualificacao dos profesores que lecionam, etc, etc. Ou seja, a dedicacao e esforco de se fazer um mestrado de verdade, aquele que te dah um titulo de Mestre, eh reconhecido no mundo todo.

(obviamente um Mestrado em Direito, ou medicina, ou qualquer carreira super especifica, funciona diferente, e geralmente nao sao validos uma vez fora do pais ao qual o curso se refere)

Mas o problema eh que na pratica o buraco eh mais embaixo.

Se vc estiver recem saido da Universidade, tentando arrumar seu primeiro emprego, talvez um programa de trainee e tal, encher o curriculo de cursos e titulos (pos disso, MBA daquilo, etc) ateh dao um bela ajuda, jah que vc nao tem mais nada pra pra “encher papel”, e realmente como jah disse, quanto mais tempo vc passar na sala de aula, melhor.

Mas infelizmente (ou felizemente!) depois de uns anos no mercado, isso tudo jah nao vale pra mais nada. Nao importa quantos zilhoes de cursos vc tenha, se nunca tiver usado nada daquilo na pratica, eles nao tem valor ou sentido algum (a nao ser que vc esteja seguindo uma carreira academica).

Eu entrevisto pessoas com 10, 15, 20 anos de experiencia profissional, para cargos de gerencia senior, diretoria, Vice Presidencia etc, e NUNCA perdemos tempo falando sobre qual o curso universitario aquela pessoa fez, ou se a universidade ou diploma eh “bom” ou “ruim”. E acreditem, na maioria das vezes, essas pessoas estao exercendo profissoes que nao tem NADA a ver com seu diploma, ou nem sequer tem um curso universitario – acabaram entrando num determiando mercado/carreira por acaso e foram progredindo por puro talento.

As raras excessoes sao se por acaso me aparece nas maos um CV de alguem que ALEM dos 20 anos de carreira ainda fez um Mestrado em Harvard, ou Oxford, ou coisa parecida. Isso sim chama atencao.

Mas como jah falei antes, isso muda MUITO de pais pra pais. Por exemplo na Africa do Sul, os curriculos parecem CVs Brasileiros, cheeeeeiros de cursos disso e daquilo e a Diretora Regional soh gosta de entrevistar candidatos com “MBA”, coisa que jah virou ateh piada aqui em RH, pois ateh a secretaria dela e o menino que cuida do estoque teem “MBA”. Ou seja, lah em Johanesburgo virou uma coisa que todo mundo “tem que ter” mas na verdade nao tem valor algum, pois nao te diferencia, jah que nao sao Masters in Business Adminstration e sim um pos de qualquer coisa.

Isso tudo pra mostrar que generalizar eh um pouco perigoso, mas a realidade de quem quer imigrar eh que oque conta mesmo eh a experiencia profissional relevante naquela profissoa especifica, seja um curso feito “aqui fora” ou em qualquer outro lugar do mundo.

O meu exemplo eh otimo pra ilustrar isso. Fiz faculdade de Economia, numa Universaidade considerada ser uma das melhores do Rio e do Brasil. Nao gostei muito do curso, e detestei a carreira. Entao decidi que a melhor maneira de mudar seria fazer “um curso”. Fui pra Espanha e fiz um mestrado em Turismo, pois achava que uma vez tendo um titulo Espanhol todas as portas se abririam pra mim.

O curso foi otimo, aprendi um monte, fiz varios contatos (todos locais, logico) e tal, mas quando fui munida de meu Cv pro mercado, nao valia pra nada (mesmo sendo Espanhol) pois eu nao tinha experiencia NENHUMA daquele mercado.

Entao entrei numa outra situacao muito comum nesses casos: estava Overqualified (ou seja, qualificada demais) para alguns cargos (que geralmente sao os mais baixos da cadeia alimentar de determinada carreira, e que poderia me abrir algumas portas) e Underqualified para outros cargos (que exigiam experiencia na area e eu nao tinha nenhuma!).

Me deseperei e acabei caindo por acaso em RH. Como? Acabei descobrindo que oque eu fazia no Brasil na area de Financas, aqui na Inglaterra eh considerado parte de RH, entao jah tinha 3 anos de experiencia numa carreira que eu mal sabia que existia, e por sorte, me dei bem.

Entao, dois anos depois trabalhando no mercado local, resolvi fazer um outro mestrado, dessa vez especifico da carreira que queria seguir e que jah tinha experiencia, para aprimorar meus conhecimentos tecnicos e teoricos (afinal nunca tinha estudado RH antes na vida) e fazer todo networking local.

Talvez se um dia eu mudar de pais de novo, esse mestrado perca um pouco seu valor, mas pelo menos lah se foram muitos anos de carreira + um Mestrado na area, que alem do titulo de Mestre ainda me dah uma qualificacao profissional (CIPD) que eh reconhecida em varios outros paises dentro e fora da Europa.

 

Bem, esse post ficou gigantesco e nao sei se respondeu a pergunta, ou se confundiu mais ainda… Sintan-se livres para dar sua opiniao, contar diferents experiencias e tal. Quem sabe assim nao ajudamos alguem.

 

 

Adriana Miller
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11 May 2009
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S.A.L. – Com a barriga no fogao

Com a barriga no fogao, Lar doce lar, S.A.L.

Quem mais pilota o fogão aí na sua, vc ou o Aaron? E qual a especialidade que cada um de vcs cozinham?

Tenho muita curiosidade em saber como é o dia a dia seu e do Aaron, tipo, como vc descreveria um dia na rotina de vcs?
O que vcs costumam fazer qdo chegam do trabalho, quem costuma cozinhar, esse tipo de coisa …

Como vc aprendeu a cozinhar? Pois no começo do blog vc disse que nunca havia cozinhado aqui no Brasil. E não sei se perdi alguma parte, mas não li como foi esse começo. Também gostaria de saber o que alguém perguntou aí em cima, o que vc cozinha no dia-a-dia? Cozinha todos os dias?
E uma sugestão: vc poderia criar uma nova categoria no blog, Receitas. Sempre vejo que vc faz umas receitas maravilhosas e queria muito saber mais!

Surpreendentemente, muita gente perguntou sobre a rotina forno e fogao lah em casa!

A minha relacao com a cozinha eh um pouco engracada, pois jah tive varios altos e baixos! Tive uma epoca muito caseira (ainda morava com meus pais) que adoraaaava passar minhas tardes assistindo “Note e Anote” (ai socorro), “Martha Stwart” e afins. Mas nessa epoca, como ainda morava com meus pais, ficava soh na vontade e nao fazia era nada!

Ai depois entrei na fase mulher-idependente-faminista-anit-tarefas-domesticas e ai de quem me pedisse pra fritar um ovo sequer! Saber cozinhar eu ateh que sabia, mas achava uma afronta o estigma e preconceito de que mulher tem que saber cozinhar, passar, pregar botao etc. Mesmo morando sozinha, e sabendo que teria que fazer isso tudo pra sobreviver, preferia deixar pra lah, e ia me virando de outro jeito.

A verdade eh que eu odeio qualquer tipo de obrigacao domestica. Acho que jah ultrapassei a fase “sou mulher moderna e nao sou paga pra isso” ultra feminista de uns anos atras, mas continuo sem gostar de certas obrigacoes do lar. Odeio lavar louca com todas as minhas forcas. Soh passo roupa quando a situacao eh mesmo desastrosa, e faxina e arrumacao soh a cada lua cheia.

Porem, no meu ultimo apartamento antes de morar com o Aaron eu tinha uns flatmates super prendados, que limpavam, cozinhavam, iam no mercado comprar frutas organicas e etc. E por concidencia, na mesma epoca tinha um grupinho de amigos foodies que adoravam fazer umas reunioesinhas que envolvessem um rango.

Entao aos pouos fui me soltando, e a medida que ia arriscando algumas receitas, fui me dando conta que nao soh tudo que eu fazia ficava uma delicia, as eu ainda estava me divertindo pacas!

E entao depois veio o Aaron… comecamos a passar mais tempo juntos, fins de semanas inteiros, em Londres ou na Alemanha e depois fomos morar juntos. Uma coisa que nunca gostei (e continuo nao gostando) eh de cozinhar pra comer (e limpar!) sozinha. Entao quando passei a morar com o Aaron cozinhar passou a ser uma diversao, pois sempre tinha alguem pra comer tudo que eu fazia. E acabei descobrindo que pra mim, cozinhar era uma terapia. Chegava em casa morta depois de trabalhar e ia no metro pensando oque poderia “inventar” pro jantar. Passava no mercado, e ia pesquisando ingredientes diferentes.

Alem disso, cozinhar pra mim nunca foi uma obrigacao, e quando nao estou a fim, pedimos uma pizza! Simples assim.

Mas eu gosto mesmo eh de cozinhar pra grandes “eventos”! Quando sei que vem um monte de gente lah pra casa, um menu elaborado, e passo dias fazendo listas de compras, pesquisando receitas, e afins. Acho tudo muito terapeutico!

Com o tempo, ateh o Aaron coecou a se animar a comecar a cozinhar tambem. Eu comprei alguns livros de receita que ele gostou, e volta e meia ele toma o controle da cozinha e pilota nosso fogao!

Mas geralmente ele eh mais preguicoso e menos criativo na cozinha, e alem disso, nossa regra numero 1 eh que quem cozinha nao limpa, entao como eu O-DEIO limpar, prefiro cozinhar, e assim deixo a bagunca na cozinha por conta dele!!

Mas nao tem obrigacao, nem cobrancas. Gosto de cozinhar pra aliviar a cabeca, uma terapia mesmo. Tem gente que gosta de tocar um instrumento, ou fazer trico. Eu gosto de assar um frango com molho honey mustard ou um cheese cake!

Quando nao estou afim, peco pra ele cozinhar, e quando ele tambem nao esta a fim, pedimos alguma coisa por telefone, ou comida congelada, ou um sanduiche, oque oque tiver pela frente.

No dia a dia nao tem regra. Como moramos no centro de Londres e nao tem superercado grande aqui perto, ficamos a merce doque tiver disponivel na lojinha da esquina, que nao eh muito farta. Fazemos compras semanal, ou entao no caminho de casa passo lah e compro alguma coisa pro jantar. Mas nao saberia dizer oque cozinho no dia a dia, pois nao tem muita regra. Depende doque estou com vontade de comer, se estou afim de ter mais ou menos trabalho, doque esta disponivel no mercadinho e se vi alguma receita nova por ai.

A unica diferenca eh que quando eu cozinho, eh comida de verdade (!), e quando o Aaron cozinha, como bom Americano que eh, sempre rola alguma porcaria! Suas especialidades sao os hamburgers, sanduiches em geral (ele tem uma capacidade incrivel de colocar qualquer coisa entre duas fatias de pao!), chicken wings, onion rings, chili con carne, etc.

Aqui no blog ateh tme uma categoria que volta e meia posto alguma receita “Com a barriga no fogao“, mas nao sei se faz muito meu estilo ficar escrevendo receitas nao, ateh porque quase tudo que cozinha eh meio no “olho” e nao sigo, nem anoto receitas… Mas vou tentar colocar mais algumas aqui pra voces.
 

Adriana Miller
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