15 Dec 2014
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Marrakech – os jardins

África, Dicas de Viagens, Marrakesh, Marrocos

Parece dificil de acreditar, mas sim…. existem outras coisas além do Souk e do mercado noturno em Marrakech!

No nosso último dia da cidade resolvemos sair um pouco do centrinho e conhecer um pouco dos arredores de Marrakech. Nada muito elabora do não, sem excursões nem “viajar” nem nada disso. Então as escolhas foram os jardins e “oasis” que existem por lá.

A primeira parada foi o Jardin Marjorelle, que se não me engano nem sequer existia (aberto ao público) da primeira vez que visitei o país.

A casa é um exemplo clássico de arquitetura Marroquina, cercada por um jardim de paisagismo minucioso pra combater os excessos do deserto.

Mas a casa ficou famosa mesmo depois que seu proprietário/patrono a salvou: ninguém menos que o estilista Francês Yves Saint Laurent, um apaixonado por Marrocos e o lado “exotico” do mundo, que chamou o Jardin Marjorelle de “casa” por alguns anos antes de sua morte.

Nos últimos anos a casa firou uma fundação/museu e é aberta ao público, com direito a exposição de desenhos de YSL, lojinhas de artigos “fashion” e uma livraria/biblioteca que vende cada livro incrivel!

O mais legal foi mesmo o jardin, o paisagismo incrível misturando fontes e laguinhos, com muitas flores e cactus, ao mesmo tempo contrastando com as cores fortes e “cheguei” da casa.

Imagina como seria a casa de “férias exóticas” de um coroa Francês excêntrico, rico e poderoso (e designer de moda)? Exatamente. Voilá, Jardin marjorelle!

De lá pegamos um taxi e fomos direto ao outro jardim da cidade, o Menara – que eu já conhecia da outra viagem e sabia que rendia boas fotos!

Dessa vez demos azar do tempo não estar ótimo, então as montanhas da cordilheira Atlas não estavam 100% visíveis, mas ainda assim é um cenário lindo!

Diz a lenda que o Sultão leva suas pretendentes pra passear no jardim, e era lá que fazia seu processo seletivo... As mulheres não aprovadas em seu haren, já morriam afogadas por lá mesmo…

 

Um vez no jardim Menara, voltamos andando pra região da Medina (cidade antiga) e logo que a Isabella acordou da soneca resolvemos fazer um outro passeio – mega brega e clichê, mas que ela adorou e nos mostrou um outro lado da cidade:

Andamos de charrete!

Queríamos voltar ainda a tempo de conseguir pegar um último pôr do sol na cobertura do Cafe du Glacier, então negociamos onde queríamos ir e por quanto tempo, mas ainda conseguimos dar a volta completa na muralha da cidade, entrar e sair de alguns dos portões principais, e ver (por fora) o Palacio Presidencial.

Claro que não foi aquele passeio de conhecimento super a fundo, mas acabamos vendo areas da cidade que não teríamos tempo de passear de qualquer maneira, e foi super divertido e confortável, e a Isabella adorou o cavalo, então vale a pena!

E pra fechar o dia… Sim, você adivinhou!

Voltamos para a praça Jamaa El Fna pra assistir o por do sol (e a montagem do mercado) no Cafe du Glacier!

É viciante gente!

Adriana Miller
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Adriana Miller
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14 Dec 2014
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Marrakech – Praça Jamaa El Fna (com dicas de restaurantes!)

África, Marrakesh, Marrocos

Se o Souk de Marrakech é a alma da cidade, o que seria a Praça Jamma El Fna?

É impossível ignorar a praça, que ocupa um espaço enorme no centro da cidade, e é tão diferente e única!

Sim, no mundo todo cidade tem praças, mercados e espaços públicos onde a população se reúne, e a Jamma El Fna é justamente isso. Só que com um jeito Marrakech, que ninguém mais no mundo tem!

Durante o dia é uma zona de vendedores de chá, os “waterman” Bereberes em seus trajes típicos, os encantadores de serpente, os adestradores de águias, de macacos…

A senhoras fazendo tuatuagem de hena, e claro, os infames vendedores de suco de laranja!

E acredite, o suco é uma delicia! Aquela laranja super suculenta, docíssima e saborosa. Fresquinha, entregue direto na praça todas as manhãs…

MAS… repare bem na cor da água que eles usam pra “lavar” os copos?! Hahahhaha

Bem, na primeira vez que fui a Marrocos nem reparei nesse detalhe, e claro que não resisti ao copão de suco por 20 centavos… Bem, digamos que o final da história foi trágico, e só piorou com o fato de que estava dividindo um quarto de albergue que custava 3 Euros por dia com mais 2 amigas!

Então dessa vez eu não quis nem chegar perto… (mas alguns leitores comentaram que sobreviveram pra contar a história!)

E além das barraquinhas de suco, tem tambem as barracas de frutos secos e nozes – tão gostosas quanto as barracas são elaboradas!

Mas é lá pelo fim da tarde que a cidade realmente se transforma!

A medida que o sol vai baixando, carrinhos e caminhões vão chegando e descarregando o material – e todos os dias, 365 dias por ano, durante o pôr do sol a praça faz por merecer sua fama: centenas de barraquinhas começam a ser montadas, peça por peça, a mão por seus donos.

E então a Jamaa El Fna mostra as caras e porque tem, ha séculos, o maior mercado “alimentício” do mundo (#FatosEverywhere)! Minha dica é garantir que você esteja num ponto mais alto para assistir essa “transformação” (as dicas de restaurantes na praça estão no final do post!).

Então a praça é meio 2 em 1, pois por mais caótica e louca que ela seja durante o dia, quando você volta a noite, nem dá pra acreditar no que aconteceu. Dezenas e mais dezenas de “restaurantes” totalmente montados, que vão muito mais além de meras barraquinhas.

Mas sabe o que mais gosto mesmo da praça: ainda que seja uma das principais atrações da cidade, e a cidade seja o principal polo turistico do país, quem frequenta mesmo as noites na praça são os Marroquinos.

Famílias, grupos de amigos, crianças, casais.

Jogando (parece uns joguinhos de festa Junina), fazendo apostas, tocando musica, tomando chá e fazendo tatuagem de henna.

Os restaurantes então, lotados de locais comendo as mais complicadas iguarias que você já viu!

O lugar é intimidador, mas não perca a experiência! Os garçons das barraquinhas são tão agressivos quanto os vendedores do Souk, mas seja firme e vá em frente! Hahahahh

Uma verdadeira experiência antropológica passear pelos corredores entre os restaurantes!

Juro que chegamos a cogitar a possibilidade de comer por lá mesmo, em uma das barracas – mas confesso que o trauma do suco de laranja ainda não passou, e com a Isabella então… sei lá né?

Mas principalmente por que é tudo meio caótico, ela não ia ter lugar pra sentar, não teríamos onde guardar o carrinho (cadeirão então, nem pensar), e então preferimos não arriscar.

Quase todas as nossas refeições foram lá mesmo na praça, mas nos restaurantes ao redor – por mais turístico que eles sejam, não tem como errar: comida boa, vista melhor ainda!

Nosso preferido, onde voltamos umas 2 ou tres vezes foi o “Café Glacier”, dica de almoço do nosso guia. Certeirissima!

Ignore o restaurante no andar de baixo, e vá direto pra escadinha escondida lá atrás, ela te leva ao “balcão”, um terraço bem na esquina da praça, com a melhor vista possivel: se não bastasse a vista completa da praça Jamma el Fna, o balcão também tem vista privilegiada do sol se pondo bem atrás da mesquita Koutoubia, a principal (e símbolo) da cidade.

Durante o dia a vista é bem interessante, e te dá uma ideia melhor das dimensões da praça e do Souk.

Mas é na hora do por do sol que o Café du Glacier se torna especial!

E disputada a tapa por todos os fotógrafos da cidade, como o Aaron não me deixa mentir!

Praticamente uma arquibancada VIP para a montagem do mercado noturno, mostrando bem como a transformação do espaço é mágico! Como aquele shomens conseguem montar aquilo tudo em pouco minutos (que serão desmontados horas depois!) é incrível!

Aposto que a maioria deles conseguiria fazer tudo aquilo com os pés nas costas, mas não deixa de ser mágico!

Enquanto isso, o barulho e música lá em baixo vai subindo os decibéis e as famílias vão chegando em bandos.

Quando finalmente o sol se pôe, as luzes das barracas se acendem, os fogões são acesos e a imagem parece uma miragem de luzes desfocadas pela fumça, o cheiro dos temperos e especiarias no ar, e a música, o barulho e a multidão.

Outra opção para jantar é o Café Alhambra, do outro lado da praça. A dica é a mesma: ignore o café da entrada e suba direto pro último andar, na cobertura.

A vista não é tãaaao boa não, mas ainda assim bem legal, pegando toda lateral da praça. Mas o que gostei mesmo foi da decoração e do menu de comidas marroquinas. O interior do restaurante parece uma tenda de deserto, e a gente se sente mesmo num conto de Ali Baba e os 40 ladrões!

E por fim o Cafe de France, que tanta gente recomendou. A comida foi ótima, definitivamente o melhor cuscus que comemos por lá, mas o serviço e a vista deiaxaram a desejar. Não é que a vista seja ruim, mas não é tão boa quanto o Glacier, que tem a vista da praça toda, enquanto que o cafe de France e o Alhambra, pegam apenas a lateral da praça (não dá pra ver as barracas sendo montadas, por exemplo…).

Nós passamos 3 dias em Marrakech e pelos menos uns 2 dias passamos por lá, indo e voltando, entrando e saindo do Souk pra praça e vicie versa – por mais caótico que seja, é viciante! Uma energia incrível!

Adriana Miller
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13 Dec 2014
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Marrakech – os Souks

África, Dicas de Viagens, Marrakesh, Marrocos

Os Souks, os mercados das cidades arabes, sempre sao a alma de qualquer cidade. Em Marrakech, nao poderia ser diferente, e querendo ou nao, todos os caminhos te levam ao Souk.

Basta olhar qualquer mapa de Marrakech e tudo fica obvio: o Souk é o centro, é o coração, é a alma da cidade.

O primeiro contato eh sempre intimidador – portas e portoes te levam direto a um emaranhado de corredores, vielas, becos. E mais assustador que as entradas do souk, só mesmo a multidão de vendedores agressivos que esperando na porta.

E não adiante disfarçar. Você tem toda cara de gringo, e pelos Souks sempre que alguém olhar pra você, verão uma potencial compra esperando para ser feita.

Mas não se intimide. Se não quer, diga não e continue seu passeio. E não tenha medo/vergonha/pena de negociar preços – nunca, nunca pague o preço que estão te pedindo logo de primeira!

Se o preço oferecido não estiver garantindo um bom lucro, pode ter certeza que eles nunca vão aceitar a venda. Minha regra sempre é: o meu preço sempre começa em pelo menos 1/3 do preço original.

Cara de brava pra negociar o preço

Cara de feliz pois paguei o preço que queria! :-)

Eles vão reclamar, contar um história trágica e te dar uma contra proposta. Saia andando. Nada naquele Souk é único nem exclusivo. Pode ter certeza que mais umas outras 20 lojinhas vendem a mesma peça “rara feita a mão” – e eles sabem disso, então sabem que se deixarem um ciente sair andando de sua loja, alguma outra loja vai fechar a venda!

Na primeira viagem a Marrocos, uma das coisas que uma amiga tinha nos recomendado era sempre contratar um guia para navegar pelos Souks. Fizemos isso em todas as cidades, menos em Marrakech, pois lembro de ter achado a cidade super civilizada em comparação com outras cidades de marrocos!

Mas dessa vez resolvi repetir a dica, e ainda no nosso hotel, contratamos um guia local. Não peguei os contatos dele, mas ele é uma dos guias registrados pelo Le Meridien, e esta sempre por lá!

O preço foi 20 Euros, e ele passou a manha toda com a gente, falava Ingles perfeito e foi uma amor com a Isabella – se não me engano, ha 10 anos atrás paguei uns 15 Euros pelo mesmo servico, então achei o preço ultra correto.

E recomendo a mesma coisa a todos os visitantes a cidade. Sim, dá pra se virar pelos Souks em Marrakech numa boa (voltamos nos outros dias e não tivemos problemas), mas é incrível como as pessoas te respeitam mais quando você esta acompanhada por um local!

E como gostamos de fotografia, e estávamos com a Isabella, achamos que alguem que conhecesse melhor os corredores do mercado seria uma boa pedida – e foi!

Ele nos ofereceu também aquele “serviço pega turista” padrão, de te levar nas lojas e cooperativas de determinados produtos… recusamos todas, com exceção da cooperativa que produz óleo de Argan e uma fábrica de tapetes.

Acabamos não comprado o tapete (estávamos a procura de um, mas a relaidade é que não quero colocar um tapete caríssimo no chão da minha casa nesse momento da vida – suco +comida +farelo de biscoito +lápiz de cera + vômito voador e similares!), mas foi uma experiência até que legal de aprender um pouco sobre o processo de fabricação, os diferentes estilos e designs etc.

Mas o que gostei mesmo foi de conhecer a cooperativa de óleo de Argan, o famoso – e original – óleo Marroquino!

Foi super interessante ver como é o processo de “prenssado a frio” para retirar o óleo das sementes de Argan, e as senhoras trabalhando por lá enlouqueceram com a Isabella! Entnao elas nos mostraram tudo, todos os tipos de sementes, os tipos de pedras usados, os preocessos para torrar as sementes etc. Um amor!

A experiência foi sim super interessante e enriquecedora, e claro que não resisti em comprar umas garrafinhas de óleo lá mesmo! Lá no Beauty eu já contei algumas vezes minhas experiências com uso de óleo para beleza, e adorei a qualidade e consistência do óleo “de verdade” (já já tem post no Beauty!).

Eles também vendem várias ervas e temperos lá na lojinha da cooperativa, que são versões mais puras do que as vendidas no mercado.

E pra mim, estar em Marrakech e ir no Souk é tipo estar em Nova Iorque e passar pela Times Square, ou em Londres dar aquela espiadinha no Big Ben… Então voltamos todos os dias, não tinha como evitar! Meu dia só estava completo, depois de passear pelo Souk mais um pouquinho!

Voltamos a noite, fomos com guia, e fomos sozinhos.

E até nos arriscamos a tentar ler o mapa e achar algumas coisas lá dentro – foi difícil, nos perdemos e demos muitas voltas desnecessárias, mas acabamos achando a Mesquita Medressa Ben Youssef, que é a única em Marrakech que permite a entrada a não Muçulmanos, então super valeu termos nos perdido!

Assim como Igrejas são super únicas e diferentes em vários cantos do mundo, e refletem como determinado país ou povo celebra o cristianismo, o mesmo também acontece com o Islamismo, e diferentes países constroem suas mesquitas de maneira diferente.

As mesquitas Marroquinas são mini palácios, e a mesquita Medressa Ben Youssef é um óasis no meio da loucura do Souk!

Logo na entrada esta seu jardim interno, cerca do colunas e janelinhas, e com uma fonte de agua bem no centro.

A decoração das paredes é super intrincada – ora azulejos e mosaicos coloridíssimos, ora esculturas em gesso, que também snao típicas dessa região.

Lá em cima, mas janelinhas do pátio interno, escondem salas de oração e mais mini pátios internos, um verdadeiro labirinto!

No nosso caso, acabamos passando bastante tempo por lá, pois além de ser super fotogênico, foi um ótimo lugar pra deixar a Isabella brincar a vontade! Acabamos conhecendo outro pais e crianças por lá, e a Isabella adorou as cores dos azulejos, se esconder nas pilastras e as janelinhas da mesquita!

Adriana Miller
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