24 Nov 2016
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TV Everywhere: Filipinas!

Ásia, Dicas de Viagens, Filipinas, T.V. EveryWhere

E finalmente saiu o v’ideo da viagem das Filipinas, cujo post com dicas está aqui.

filipinas

Créditos:

Hotel onde nos hospedamos em Boracay:

Boia da Isabella: http://amzn.to/2fJ5g7R
Meus óculos: http://fave.co/2fJ7ft0

Câmeras:

Canon G7X, Canon 5D Mark III e Go Pro Hero 4

Adriana Miller
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23 Nov 2016
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Boracay – Dicas de viagem para Filipinas

Ásia, Filipinas

Vocês lembram do Orkut? Pois é, foi nos primórdios das mídias sociais quando um amigo, que na época estava trabalhando em Hong Kong, postou fotos de Boracay, e isso nunca mais saiu da minha cabeça: uma escultura na areia da praia com o nome da ilha, a data e aquele mar incrível atrás!

Dicas de viagem para Filipinas

Mas as Filipinas não são exatamente o lugar mais fácil de viajar da terra, e sempre tentava incluir uma escapadinha até lá em nossas viagens pela Ásia, mas simplesmente nunca deu certo.

Então quando essa última viagem (em Março de 2016) se materializou, eu estava determinada a conseguir encaixar as Filipinas no roteiro. E não bastava ser Filipinas. Tinha que ser Boracay.

Sim, as Filipinas tem milhares de ilhas, e algumas delas podem até ser mais bonitas/charmosas/inexploradas. Mas sei lá, a vontade mesmo era de conhecer Boracay, uma coisa assim meio “viagem de antigamente” (aham… 10 anos atrás já parece outra vida!).

Apesar de ser difícil de chegar até lá (as dicas de viagem para Filipinas estão no fim do post), Boracay é uma das ilhas mais conhecidas das Filipinas, e consequentemente também mais bem preparada para receber os turistas. Isso é uma coisa que assusta e é vista como um ponto negativo por muita gente – para nós, nesse momento da vida, foi o ideal!

Decidir pela hospedagem e onde seria nossa base na ilha foi fácil: a White Beach é a principal, mais bonita e com mais infraestrutura de Boracay.

A praia White Beach ocupa praticamente todo lado Oeste da ilha, sendo sem dúvidas a maior de todas.

A White Beach é dividida em 3 partes: a Estação 1, 2 e 3.

Dicas de viagem para Filipinas

Cada uma delas tem praticamente personalidade própria, com perfis bem diferentes de hospedagem e entretenimento, e portanto o tipo de turistas que atraem.

A Estação 3 é onde ficam as docas dos catamarãs que conectam Boracay às ilhas vizinhas, e todo mundo que chegar em Boracay, vai passar por lá (não existe outro meio de alcançar a ilha, apenas barco).

Então boa parte da praia na estação 1 é ocupada por barcos, táxis aquáticos, e empresas de passeios de barco, banana boat e todo tipo de esporte aquático – portanto é considerada por muita gente, como a parte “ruim” da ilha. Mas por outro lado, é lá que estão as hospedagens mais em conta, com vária opções de albergues e pensões, então é a região ideal pra quem vai mochilar nas Filipinas. Uma opção de pensão/albergue por lá é o Nigi-Nigi, que já ouvi falar várias vezes.

A Estação 2 é a parte, digamos assim, “classe média” da White Beach. É onde estão os hoteis de 3 e 4 estrelas na beira da praia, as muitas opções de restaurantes (dos mais bacanudos até lanchonetes), e também onde está o shopping da ilha, o D’Mall.

O “calçadão” da praia da Estação 2 de White Beach

O “calçadão” da praia da Estação 2 de White Beach

Foi justamente lá que nos hospedamos, no Hennan Regency Hotel, por nos ter parecido ser a parte mais eclética da ilha. Queríamos ficar numa área da ilha onde não nos sentíssemos isolados, nem dependendo de taxi/tuk-tuk para fazer qualquer coisinha por lá. E foi uma decisão acertadíssima!

Ficamos a poucos passos da areia de uma praia incrível, e fizemos tudo a pé: comer passear, compras, etc.

Por fim, a Estação 1, que também é a menor da White Beach, e com a menor faixa de areia. Então por ter um acesso um pouco mais difícil, é por ali que estão muitos dos hotéis 4/5 estrelas de Boracay.

Chegamos a considerar os hotéis Shangri Lá, que é uma rede Asiática que adoro, e o The Lind (que é novíssimo, e olha essa piscina infinita?!??!), mas que estava lotado parte dos dias que estaríamos por lá, e eu não queria passar metade da semana num hotel e a outra metade em outro…

Outra praia que vale a pena a visita é a Puka Beach, ou a praia das conchas, que fica na ponta norte de Boracay.

A praia Puka é bem mais isolada, sem hotéis, restaurantes e movimentação, mas tem algumas lojinhas e barraquinhas bem na entrada da praia, e várias opções de lugares para alugar cadeira de sol e tomar uma água de coco (que já aviso que eles servem em temperatura ambiente! Argh!).

Os tons de azul da água são incríveis, mas demos muito azar de pegar muito vento no dia que fomos até lá – que aparentemente é comum em Puka, devido à sua localização geográfica.

Outra praia imperdível é a Diniwid, que fica na costa oeste da ilha, ao norte da White Beach.

A praia Diniwid é bem pequena, quase uma enseada – e por isso mesmo quase ninguém vai até lá, e tivemos a praia praticamente toda só pra gente!

Diniwid também tem alguns hotéis, mas achei isolado demais, sem acesso à taxis/tuk-tuks, e com apenas os restaurantes das pensões de lá.

O isolamento da praia é uma delícia, mas também um pouco precário: não tem lugar pra alugar cadeiras de praia, nem onde comprar nada – se você quiser uma água, tem que sair da praia e subir até a estradinha principal, onde tem uma micro lojinha vendendo algumas coisas bem básicas. Ah! E leve sua própria canga ou toalha de praia!

E pra completar, além da praia linda, é em Diniwid que esta o restaurante “Nami”, no topo do hotel de mesmo nome. Considerado um dos melhores restaurantes de Boracay, e o que ele tem de difícil de chegar, tem de delicioso!

Sem dúvidas a melhor refeição que fizemos por lá, e também a melhor vista!

O elevador pra chegar lá em cima é pra testar as capacidades cardíacas e psicológicas de qualquer um, mas eu prometo que vale a pena!

Um outro hotel por lá é o Spider House, que tem vistas incríveis nos quartos e no restaurante, e com um barzinho mega descolado na beirinha do mar!

 

Mas onde passamos a maior parte do nosso tempo mesmo, foi na praia bem em frente ao nosso hotel, na estação 2 de White Beach!

A areia era branquinha, a água super azul e de temperatura morna, e sem muita gente, apenas hóspedes do resort. Além de muitas opções de lugares pra comer bem ali do lado, os restaurantes do hotel (aliais, os melhores que comemos ali na Estação 2 foram os restaurantes do hotel Hennan Regency, recomendo!).

Ah, e claro… o pôr do sol incrível bem ali nos nossos pés!

 

Filipinas na prática:

 

Quando ir:

O país tem temperaturas altas o ano todo, mas o mais recomendado é a estação seca, de Novembro a Abril. No resto do ano, o país recebe uma monção, e inclusive alguns tufões e tornados, deixando muitas ilhas isoladas por várias semanas, e impossibilitando o acesso à várias outras (como é o caso de Boracay, que só se acessa por barco).

 

Quanto tempo ficar:

Pra gente esse foi o principal desafio da viagem. Filipinas é um lugar que exige disponibilidade de tempo!

O país é um arquipélago, e todas as coisas interessantes de serem visitadas são as ilhas – e são vários milhares!

Mas a maioria delas (inclusive as mais conhecidas e populares, como Boracay), não tem acesso direto, e as opções de transporte são todas picadinhas.

Sabe aquelas papos de “Ah não deixa de ir na ilha tal.. você só precisa de 3 voos, 12 horas de barco, uma trila de 4 horas e mais uma tarde no lombo de um jegue!”. Sabe?! Pois é, mas a impressão que tive é que tudo por lá é meio assim!

Nós ficamos 4 dias e 4 noites na ilha, mas demoramos um dia inteiro pra chegar lá, e mais um dia inteiro pra voltar. E olha que estávamos em Cingapura que é ali do lado! (foram 6 dias de viagem no total, mas apenas 4 dias inteiros).

Então mesmo com uma semana inteira a nosso dispor, e por mais tentador que tivesse sido, foi logisticamente impossível conhecer mais nada nas Filipinas, pois acabaríamos gastando muito mais tempo em trânsito entre as ilhas do que de fato curtindo qualquer lugar.

 

Como chegar:

Nós voamos a partir de Cingapura, que foi nossa base de exploração nessa viagem, e tínhamos duas opções de aeroporto pra chegar em Boracay: Caticlan, que é o aeroporto principal que serve à ilha (mas que fica na ilha vizinha), ou Kalibo, que fica no outro lado dessa mesma ilha vizinha.

Mas encontramos dois grandes problemas: Caticlan era o melhor aeroporto, mas não tinha voos diretos de Cingapura; teríamos que conectar em Kuala Lumpur, na Malásia, ou em Manilla, a capital das Filipinas. mas todas as combinações de voos possíveis incluíam um pernoite em Manilla ou KL, então logo descartamos essa possibilidade pois gastaríamos ainda mais tempo (e dinheiro).

Já Kalibo tem alguns voos diretos, tanto de Air Asia, quanto de Tiger Air (a low cost de Cingapura e a cia aérea que acabamos optando), porém fica no outro lado da ilha!

Então voamos Cingapura – Kalibo pela manhã, pegamos um ônibus por quase 2 horas até o porto de Caticlan, depois um ferry, e por fim um transfer até o hotel. Saímos de Cingapura super de manhã cedinho, e só chegamos no nosso hotel na hora do jantar!

E olha que essa foi a versão “Filipinas sem perrengue” para uma família que incluía uma criança de 3 anos e uma grávida!

Por isso que quando me perguntavam “ah, mas não vai na ilha X?!”, “Não deixa de dar uma pulinho na ilha Y!” a resposta era categórica: Não! a não ser que tivéssemos várias semanas disponíveis só para explorar as Filipinas.

Então para calcular qualquer roteiro de viagem pelas Filipinas sempre adicione um dia inteiro de viagem entre os pontos A e B, o que faz com que menos do que 4 ou 5 dias por ilha não valha a pena a mão de obra e o desperdício de tempo.

Ah! Mas para facilitar essa logística cata-corno pra chegar me Boracay, eu contratei direto o serviço de transfer do hotel: tinha alguém nos esperando na saída do avião, que nos levou até dentro de um ônibus, depois pegamos o barco do hotel (em fez de depender dos horários e disponibilidade do catamarã publico), e depois nos levaram numa van até a porta do hotel. Recomendo! Foi longo e cansativo, mas pelo menos não foi nada estressante!

 

Custos e Dinheiro:

A moeda das Filipinas é o Peso, e apesar de que alguns lugares aceitam dólares, você vai mesmo é precisar de pesos no seu dia a dia.

Mas não vai precisar de muitos não! As Filipinas foi um dos lugares mais baratos que já fomos na Ásia, e principalmente recém chegados de Myanmar e Cingapura, que são lugares caros, nos sentimos marajás, achando tudo super baratinho!

A impressão é que tudo lá custava ou 1 dólar, ou 5 dólares! (convertido para pesos)

Suco de manga ou melancia na areia da praia? 1 dólar.

Massagem de 1 hora durante o por do sol? 5 dólares.

Tuk-tuk até o outro lado da ilha? 5 dólares.

SUP por 1 horas em White Beach? 5 dólares!

Então não é atoa que as Filipinas são um dos destinos ideais para quem vai explorara Asia com muito tempo e pouco dinheiro!

 

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18 Nov 2016
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Myanmar na Prática: visto, transporte, hotéis, comida, dinheiro

Ásia, Myanmar

Planejar uma viagem ao Myanmar foi no mínimo desafiador! Sim, já existe bastante informação on line, guias de viagem e afins, mas não é o tipo de destino batidão, sabe? Desses que você sente que já entende tudo antes mesmo de sair de casa.

Myanmar na Prática

Mas vai, não é tão impossível assim não, e os números crescentes de turistas mundiais estão aí pra comprovar!

Então essas são nossas dicas, o que deu certo e o que deu errado, e tudo que aprendi sobre viajar no Myanmar antes e durante a viagem:

 

Quando ir

Myanmar é um país que pode ser visitado o ano todo!

Porém a alta temporada são os meses de “inverno”, entre Outubro e Março, quando o clima é mais seco, mais ameno, e principalmente por ser a temporada de voos de balão em Bagan.

Entre Abril e Setembro as temperaturas sobem e as chances de chuva ficam muito maiores. Apesar de não terem uma temporada certeira de monções como o resto do Sudoeste Asiático (por estarem mais a oeste), é uma época bem chuvosa, então esteja preparado para muita lama e alagamentos, já que a maioria das estradas são de terra batida e nem saneamento.

Nós fomos no comecinho de Março, tecnicamente ainda “inverno” e pegamos temperaturas muito acima dos 30 graus todos os dias! E como Bagan é toda muito “descampada”, sofremos bastante com o sol e calor nas estradinhas e templos!

 

Visto

Visto para Myanmar é o tópico com mais informações descasadas e inconsistentes!

Praticamente todos os turistas precisam de visto pra entrar no país, e o processo nem é tão complexo, mas o difícil mesmo é conseguir descobrir o que esta em vigência na época da sua viagem – e claro, onde você mora também pode impactar bastante.

Nós temos sorte de morar em Londres, então temos um consulado de Myanmar pertinho de casa, então entre todas as dicas e informações que li, aplicar direto no consulado foi o mais fácil e simples.

Não foi preciso marcar horário nem nada, apenas preencher uma ficha on line, fotos, e pagar um taxa e pronto. Em menos de uma semana estávamos com nossos vistos na mão.

Quem mora em cidades sem consulado Burmamês, pode também aplicar por correio (entre em contato direto com o consulado/embaixada de Myanmar de seu país – aqui está uma lista com todas as embaixadas de Myanmar do mundo. O Brasil também tem uma, em Brasilia), e ou então aplicar pelo visto on line.

Quando estávamos lidando com os detalhes finais da viagem, em Fevereiro, o sistema de vistos on line estava fora de serviço e suspenso indefinidamente, então não tivemos essa opção – então verifique com bastante antecedência para não correr riscos!

Porém se você estará mochilando pelo Sudoeste Asiático, cuidado com o eVisa, pois várias das fronteiras em terra, entre a Tailandia e Myanmar, não aceitam esse tipo de visto. Então ou re-planeje sua viagem, ou aplique para o visto tradicional.

Ou então uma outra opção é aplicar para o visto em alguma cidade de escala, como Singapura ou Bangkok, caso você vá passar por essas cidades no seu roteiro, e peça seu visto por lá.

 

Como chegar

Ô tarefa difícil!

Myanmar tem pouquíssimos voos internacionais, e quase todos voam apenas para Yangon, a capital. E apesar de que mais cias aéreas Asiáticas estejam voando para Myanmar, a oferta ainda é pequena, com preços altos e horários ingratos.

Então a melhor solução é escolher um “porto seguro” na Ásia, e de lá conectar até Myanmar. No nosso caso, dessa vez escolhemos Cingapura como ponto de partida, e de lá voamos para Yangon com a Jetstar (para mais dicas sobre cias aéreas na Ásia, veja esses posts aqui e aqui).

Mas se você vai viajar pelo Sudoeste Asiático e pretende incluir Myanmar, as melhores opções para conexões e baldeações são Cingapura, Kuala Lumpur e Bangkok – com boas opções de voos para Yangon. E de lá para os voos internos, aí já é outra história!

 

Transporte interno

Pois é, se você achava que era difícil chegar em Myanmar, imagina conseguir chegar em seu destino final!

Apesar de que muita gente acaba pernoitando ou passando 1 ou 2 dias em Yangon, geralmente é por falta de opção, já que os principais destinos turísticos do país são Bagan e Mandalay.

Inicialmente nós até tínhamos planejado incluir também Yangon e Mandalay em nosso roteiro, mas as dificuldades (e preços!) dos transportes internos nos fizeram rever todo nosso roteiro e nos limitar a Bagan – que afinal é o principal atrativo do país!

O governo Burmamês ainda limita cias estrangeiras de operarem no país, e portanto todas as empresas que fazem voos domésticos são nacionais e controladas pelo governo. Ou seja, serviços baixos e preços altos, além de não permitirem vendas on line ou com cartões internacionais.

Solução? Comprar seu voo interno via uma agência local.

Uma busca no Google me levou até a agência FlyMya, que me pareceu ter a maior seleção de opções de voos internos e cias aéreas domésticas. Foi totalmente um tiro no escuro: não tinha indicações nem conhecia ninguém que tivesse usado os serviços deles, mas a alternativa era arriscar comprar os voos na hora (menor chance de querer fazer isso! Haja $$$ e ainda mais grávida e com uma criança de 3 anos!). E graças a Deus deu tudo certo! Eles me pareceram muito simpáticos, falavam Inglês bem e tratamos tudo por e-mail sem problemas.

Quer dizer, em partes! O serviço da agência foi ótimo, mas nosso voo foi modificado várias vezes! De horários e até de cia aérea! Eles mudam horários e cancelam voos como quem troca de calcinha! Que dor de cabeça!

Nós queríamos evitar pernoitar em Yangon a todo custo (nosso foco era mesmo Bagan), e por sorte conseguimos conciliar os voos Cingapura – Yangon com os voos Yangon – Bagan com muuuuuuitas horas de conexão, o que serviu de acolchoamento à todas as trocas de voos e horários! Se o planejamento tivesse sido um pouco mais apertado, teríamos nos dado muito mal!

A propósito, o aeroporto de Bagan se chama “Nyaung U”, para quem for fazer uma busca de voos!

Então acabou que entre todas essas indas e vindas e mudanças de voos internos, nós voamos na ida com a Air KBZ e na volta com a Golden Myanmar. Os preços foram bem uniformes (afinal são todos meio que tabelados e controlados pelo governo) e os serviços também: aviões pequenos, porém um serviço bem prestativo e simpático!

Para quem estiver tempo de sobra e dinheiro de menos, a única outra opção são as viagens de ônibus, que fazem o trajeto entre as principais cidades turísticas. A viagem entre Yangon e Bagan dura cerca de 12 horas, então esteja preparado! (li em alguns fóruns que os viagens de ônibus são meio inconsistentes durante a temporada de chuvas, quando muitas estradas fecham e as viagens são canceladas sem aviso ou então mudam o trajeto no meio no caminho…).

 

Roteiro

Por causa de todas as dificuldades e complicações acima, nós acabamos decidindo focar no que realmente queríamos conhecer, em vez de tentar encaixar um dia aqui ou ali em Yangon e Mandalay, só porque é o que todo mundo faz.

E sem dúvidas foi a melhor coisa que fizemos!

No total passamos 5 dias e 5 noites em Bagan, e foi perfeito! Sim, você provavelmente conseguirá ver os principais templos em uns 2 dias, mas a “experiencia” de Bagan é muito mais que isso:

Myanmar na Prática

É o nascer do sol na torre do hotel Aureum Palace (onde nos hospedamos, mas a torre é aberta a visitantes), o pôr do sol em um ou dois templos templo, o passeio de balão (separe duas manhãs, caso o tempo não esteja propício para voos), e o fato de que por mais que nada seja longe, não é tão fácil assim navegar pela área de conservação e achar os melhores templos (ainda mais no sol escaldante da alta temporada, ou na – possível – monção da baixa temporada).

 

Guias e passeios

O meio de transporte mais comum em Bagan são bicicletas e motinhos elétricas – sendo que as motos elétricas são a melhor opção, pois haja pernas/fôlego/energia para passar o dia todo pedalando em terra batida!

Quase todos os hotéis tem estações de bicicletas e/ou motos elétricas que você pode alugar por dia, por cerca de 5 ou 10 dólares.

A grande desvantagem dessa exploração solo é conseguir se achar pela área de conservação. Digamos que ler as placas em Birmamês não é uma tarefa fácil!

Nós optamos por motoristas/guias, que reservamos direto com nosso hotel (até porque eu estava grávida e não teria arriscado andar de motinhos, e a Isabella estava com a gente, então não tínhamos essa opção…). Então já deixávamos combinado certinho quais templos iríamos ver pela manhã, que horas voltaríamos pro hotel, e que horas iríamos passear novamente pela tarde.

De quebra, além de um ar condicionado para refrescar entre um templo e outro (e deixar a Isabella descansar e até dormir algumas vezes), os motoristas sabiam exatamente quais os melhores templos, qual a maneira mais fácil de chegar em cada um deles etc, sem perder tempo.

E claro, se você estiver em Bagam na época de alta temporada, o passeio de balão vale demais a pena, como já contei nesse post!

Outra dica é pedir pro seu hotel organizar um transfer para te pegar no aeroporto ou estação de ônibus quando você chegar em Bagan.

Apesar de que o Aeroporto é pertinho do centro da cidade e dos hotéis, eles não tem táxis nem muitos serviços de ônibus, então é bem difícil se locomover sem alguma coisa pré reservada.

 

Hotel e hospedagem

Nós nos hospedamos no hotel Aureum Palace, como contei nesse post aqui.

Mas também cheguei a olhar esse hotel,  esse hotel e esse hotel como boas alternativas.

 

Dinheiro e custos

A moeda de Maynamar é o “Kyat Burmês”, e é uma moeda super, super desvalorizada – é um desses lugares onde uma garrafa de água custa alguns milhões, sabe?

O Kyat também não é comercializado fora de Myanmar, então é impossível comprar ou vender a moeda fora do território Burmamês.

Então por isso mesmo o dólar Americano é a moeda mais usada, principalmente em lugares mais turísticos, então leve bastantes dólares com você, só por segurança.

Eu lembro de ter lido que a maioria dos hotéis, lojas e restaurantes não aceitavam cartão de crédito/débito internacional e que quase não existiam caixa eletrônicos no país. A parte dos caixa eletrônicos é verdade, e existem pouquíssimas, mas não tivemos problemas pra pagar nosso hotel e o passeio de balão com cartão de crédito, por exemplo, então não sei se isso já esta melhorando em comparação aos últimos anos, ou se foi mérito de nosso hotel.

Então por via das dúvidas, tenha dólares com você!

Mas vale atentar que eles são super específicos com a aceitação de dinheiro, e principalmente dólares. As notas mais altas (50$ e 100$) tem um câmbio melhor do que notas de denominação baixa (de 20$ pra baixo), e devem estar sempre tinindo de novas! Notas velhas, amassadas e afins não são aceitas, e eles recusam seu dinheiro mesmo, pois sabem que não vão conseguir usar nem repassar.

Então quando fomos comprar dólares em Cingapura, avisamos que íamos pra Myanmar e a funcionária da casa de câmbio foi lá dentro buscar notas novas e nos aconselhou guarda-las dentro de um livro ou revista, em vez de colocar na carteira!

 

Pessoas e cultura

Seria muito clichê dizer que o melhor de Myanmar são as pessoas?!

Eu pessoalmente acho uma delícia viajar pela Ásia, principalmente por causa dos locais – sempre muito respeitosos e curiosos e simpáticos. Querem te conhecer, saber de onde somos, etc.

E em Myanmar isso tudo foi elevado a enésima potência!

Acho que principalmente por não verem muitos turistas ainda, a curiosidade é tremenda!

Eu sempre fico meio assim de tirar fotos da população local em nossas viagens – não gosto da sensação de estar tratando alguém como se fosse um animal raro! Mas em Myanmar tanta gente nos parava pelas ruas e pediam pra tirar fotos com a gente, que eu sempre aproveitava a deixa para pedir a retribuição do favor. E nossa como eles amavam! Era sempre uma honra ter sua foto tirada, e faziam até filas para posar para nossas câmeras!

Era um tal de tirar fotos com famílias inteiras, gente nos dando bebê pra segurar, enfileirando as criancinhas pra tirar fotos com a Isabella… uma fofura!

Mas ao mesmo tempo, de uma maneira muito respeitosa! Das (poucas) vezes que dissemos não para fotos, não tivemos insistência e as pessoas simplesmente juntavam as palmas e faziam reverência com a cabeça (que é o cumprimento deles) e iam embora (bem diferente da experiência que tivemos uns dias depois nas Filipinas!).

E por fim, como comentei no post sobre os templos, é preciso respeitar algumas regrinhas de etiqueta em relação a comportamento e vestimentas nas áreas dos templos.

 

Como se vestir

Como é comum em países Budistas, as pessoas se vestam de forma bem conservadora, apesar do calorão!

Então eu levei muitos vestidos e saias compridas e lenços e xales que cobrissem meus ombros. O Aaron levou calças de tecidos leves (tipo linho) e bermudões mais compridos, que alcançassem pelo menos no joelho, e camisetas de manga normal (nada de regatas, nem pra homens nem mulheres).

E nos pés nada mais que chinelos e sandálias rasteirinhas, até porque não é permitido entrar de sapatos em nenhum templo, então assim ficava mais fácil de tirar nossos chinelos, colocar na bolsa e pronto.

Os templos até tem lugares específicos onde você pode deixar seus sapatos, mas volta e meia nós entrávamos por um lado e saíamos por outro, e saíamos andando até do lado de fora pra tirar fotos do exterior etc, então preferia ter meu chinelo sempre comigo.

 

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