Apollonia é o lugar perfeito para se ter um pouco do gostinho do que é a história da Albânia e como o pais foi formado: Originalmente Grega, depois desenvolvida pelos Romanos, enfim Cristianizada e por fim Islâmica.
As primeiras construções datam de 6 século a.c., de origem Grega Coríntio, da época em que Apollonia era uma das principais cidades no eixo Athenas – Oriente médio, e os Gregos dominavam todo Adriático e a península Banlkã.
A geografia da região era muito diferente do que vemos hoje, com o mar Adriático chegando bem pertinho, assim como o – desviado – rio Vjosa que passava ali ao lado, fazendo com que a cidade tivesse grande importância comercial e estratégica.
Por isso Apollonia era uma das poucas cidades que tinham o status de “livre e imune”, o que significava que seus cidadãos eram livres para ir e vir e não pagavam impostos.
Assim, Apollonia rapidamente começou a atrair personalidades ilustres, se transformando num importante centro intelectual e uma escola filosófica Greco-Romana, entre eles por exemplo o Imperador Romano Augustus, que morava/estudava em Apollonia quando Julio César foi assassinado e ele virou Imperador.
Mas essa amizade não impediu que os Romanos quisessem um pedaço dessa cidade estratégia – e no século 4 d.c. finalmente os Romanos invadiram e dominaram Apollonia.
A dominação Romana continuou por mais alguns séculos, e a medida que o poder do Império foi dissipando, Apollonia foi caindo no esquecimento…
Enfim chegaram os Otomanos, mas que não tiveram tempo pra ocupar a cidade – que foi parcialmente destruída por um terremoto, que além de arrasar com os prédios e estruturas, ainda afastou a costa do Adriático ainda mais, e pra sepultar de vez a importância da cidade, mudou o curso do rio Vjosa.
No século 12 uma igreja ortodoxa e um monastério foram construidos na mesma área, e convenientemente usaram muitas colunas gregas e esculturas Romanas como materiais de construção em sua estrutura.
Apollonia caiu no ostracismo e descaso no século 20, quando mais uma vez os edifícios históricos foram depredados com outros fins, e acabaram servindo de matéria prima para abrigos anti bomba e armazéns subterrâneo de armas bélicas pela ditadura.
Hoje em dia o maior desafio dos historiadores responsáveis pela área é tentar resgatar e preservar as diferentes facetas que compõem Apollonia, sem se desfazer de uma ou outra.
Afinal, não se pode delapidar a igreja do século 12 apenas para reerguer as colunas do século 3, assim como não se pode esquecer o passado recente do país para restaurar as heranças de um império.
Mas é preciso enxergar além do que os olhos veem, enxergar o potencial da reconstrução e ver que Apollonia ainda tem muita história pra contar ao mundo!
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