A historia da Dinamarca foi escrita por Viking, navegadores e pescadores, e é um pais a frente de seu tempo. Um dos paises pioneiros na legalizacao do aborto e do casamento gay, e abriga na capital uma estranhisima comunidade hippie, em total paz e amor.
Copenhagen é capital, centro economico, politico e cultural do pais. Alem de ter a monarquia mais antiga do mundo.
Já tinham me falado que Copenhagen sempre deveria ser a primeira cidade a ser visitada na Escandinavia. Ao longo dos anos, a cidade sofreu varios incendios e guerras, foi destruida e reconstruida varias vezes, e sua proximidade com o “continente” Europeu (enquanto os outros paises estao isolados na Penisula Escandinavia), descaracterizou o poderia ser esperado de uma cidade nordica Europeia.
Continua bonita e interessantissima, mas tem um clima inconfundivel de cidade grande.
Nós resolvemos ir pra lá no sabado de manha, voando EasyJet, pq isso diminuia o preço do voo drasticamente, e seria uma noite a menos num hotel; e pra falar a verdade a cidade é pequena o suficiente pra ver tudo em um fim de semana.
Fomos pra lá hiper-mega preparados pro tempo frio, e foi exatamente isso que nos recepcionou! MUITA neve, -4 graus de temperatura e uma chuva de chelo muito chatinha…
Mas confesso que estar na Dinamarca em baixo de neve é tudo de bom!
Começamos o dia pelo Tivoli Garden, que era bem pertinho do hotel. O Tivoli foi o primeiro parque diversoes do mundo, fundado em 1843 – Porem estava fechado… Vimos pela grade, tiramos foto na porta, mas só funiona no verao, onde todas as atraçoes podem funcionar normalmente, as flores estao vivas e o lago descongelado.
Atravessamos a cidade toda a pé. A arquitetura tem um estilo muito parecido com alguns predios de Estocolmo ( a prefeitura por exemplo), mas dá pra perceber nitidamente a influencia Germanica.
Uma coisa que reparamos tambem é que aqui as pessoas tem muito mais cara de “nordicos”, enquanto que Estocolmo é uma cidade muito mais internacional (logo muito menos loiros e loiras dando sopa), Copenhagen dá pra perceber que a “mistura” com imigrantes é bem menos intensa.
Passamos pela Prefeitura (Kobenhavns Radhus) que tem um dos relogios mais famosos do mundo, que demorou 27 anos pra ser acertado, e só atrasa 1 segundo a cada 300 anos. Nessa mesma praça começa a Stroget, que uma rua comercial que atravessa o centro da cidade inteiro. Tem uma H&M enooooorme que ale muito a pena!
É impossivelnao reconhecer Nyhavn, que é o cartao postal mor da cidade. O canal, com varias casinhas coloridas. Originalmente era um anexo do porto de Copenhagen, e casa dos pescadores e trabalhadores (a mais antiga é de 16810), mas hoje em dia é uma area cheia de restaurantes e barzinhos. O escritor pioneiro da literatura infantil Hans Christian Andersen foi um dos moradores do canal.
O outro ponto alto de Copenhagen é a pequena Sereia, presonagen criada por HC Andersen, muuuuito antes da Disney, e tem uma estatuazinha minuscula em algum lugar do porto… demos uma procuradinha, mas o vento estava muito forte, um frio cão, e desistimos.
Seguimos proque achavamos que seria um castelo, mas acabou sendo um forte semi-abandonado, mas com um parque/jardin incrivel,que valeu o passeio! Com direito a lago congelado, criancinhas de treno, e MUITA neve!!
No caminho de volta pro hotel, passamos pelo Palacio Real (Amalienborg palace), pra ver os guardinhas, que sao quase iguais os de Londres…
No domigo, alem de dormir até tarde, pq ninguem é de ferro, tiramos o dia pra ir até Christiania, que é uma especia de cidade livre-hippie fundada 1971 e parada no tempo. Moram cercade 800 pessoas lá dentro, tem suas proprias leis e regras – inclusive o uso liberado da maconha. Uma das regras que eles tem lá dentro é nao tirar fotografias. Isso nao seria um problema se o Aaron nao estivesse carregando uma bolsa fotografica gigante, mais seu tripé pendurado.
Eu entendo e aceito o clima paz e amor que eles tentam recriar lá dentro, mas confesso que me senti como aquelas gringos que fazem “safaris” nas favelas do Rio de Janeiro. O lugar é muito pobre, as pessoas vivem em casebres exatamente iguais a barracos de favelas, mas a diferença é que estava -4 graus e com meio metro de neve do lado de fora, no centro da capital de um dos paises mais ricos e justos do mundo, e entao vc se pergunta “porque?”.
Oque me surpreendeu um pouco foi que as pessoas la’ nao tinham cara de hippies. Era um povo mau encarado mesmo, todos fumando maconha nas esquinas, em volta de uns barris com fogo, e teve um cara (um loiro beeeeeem Viking, daqueles estilo guarda roupa 2×2 – seu ta-ta-ta-ta-ravô esquartejou muita gente com certeza!) que ficou seguindo a gente com um pitbull sem coleria o tempo todo. Provavelmente por causa da nada-discreta camera do Aaron, e duvido que ele tivesse alguma intençao de nos roubar ou algo do genero, mas é o clima intimidador-mau-encarado-do-gueto que me apavorou, e saimos de lá rapidinho. Como o “bairro” é uma comunidade fechada, vc só pode entrar e sair por ertos pontos, e na saida principal tem um arco que diz “apartir desse ponto vc estará entrando na Comunidade Europeia” oque deixa bem claro qual a posiçao deles em relaçao a posiçao da Dinamarca na Uniao.
As fotos estao aqui