Sabado foi a final da copa do mundo de Rugby. 

Rugby com certeza eh uma dos esportes mais populares da Inglaterra, e eh jogado em todos os paises do Commonwealth, e na maioria deles eh inclusive muito mais popular doque futebol por exemplo. A final da copa do mundo foi Inglaterra X Africa do Sul.

Para quem nao conhece, Rugby eh uma esporte meio esquisito, que para os leigos eh uma mistura de futebol com futebol americano; Uns jogadors que parecem lutadores de jui-jitsu (com orelhas nojentas) e uma bola de formato estranho.

Obviamente eu nao tava nem ai para copa do mundo, mas como em Londres tem TANTO Australiano e Africano do Sul, e por lah Rugby eh o esporte numero um, o povo SOH falava nisso, principalmente depois que a AS se classificou para ir para final contra a Inglaterra. Semana passada toda esse foi O assunto. Nao teve um almoco, um e-mail, um bate papo na maquina de café que nao tivesse como tema principal a final do campeonato. Porem como temos muitos amigos Sul Africanos aquí me Londres e todos iam se reunir para asistir a final juntos num pub, eu e Aaron resolvemos ir tambem, soh para nao perder a festa.

Olha, de fato uma experiencia antropologica… De um lado do pub Ingleses raivosos, de outro lado do pub sul africanos bufantes. O jogo soh comecou as 8 da noite, mas a galera jah esta no pub desda hora do almoco, para garantir nossos lugares. Entao faca as contas: testosterona + adrenalina + cerveja = pura emocao.

Tudo que consegui entender do jogo eh que cada time tem seus 10 (acho, nao contei) trogloditas (vcs nao tem nocao do tamanho deles), correndo atrás da bola de formato estranho, se agarrando e se chutando. Tudo vale: puxao de cabelo, chute no saco, dedo no olho, e qualquer outro tipo de violencia. Varios jogadores cortaram o sopracilio e levaram pontos a sangue frio lah memso, no meio do campo e voltavam para jogar mais, escorrendo sangue pela cara. Uma coisa.

Quando a Africa do sul comecou a ganhar, ai a coisa comecou a ficar mais interesante, prque ai todo mundo estava mais felizinho, cantarolando e tirando sarro dos Ingleses. A pesar de ser um esporte que nao ligo bulhufas, no final jah estava ateh eu cantando um musica em Africaans (lingua nativa da Africa do Sul) toda animadinha tocando pro time. 

Os vencedores foram os Africanos, e a no pub rolou galera pulando em cima da mesa, buzinaco na rua, uma algazarra. Ai eu falei para uma menina “nossa parece ateh a final da copa do mundo” pensando na NOSSA copa (a de futebol normal) e ela me olhou meio de lado e respondeu “mas EH a final da copa do mundo!”. Ok honey. Para comemorar, eu, Aaron e Gavin estendemos a noite ate a Fabric, que acabou de estendendo, estendendo, estendendo ateh quase de manha…

A Mais de um ano que eu nao ia lah, e jah tinha esquecido o universo paralelo que aquele lugar eh. Galpao subsolo, musica tachno nas alturas, escuro e MUITA gente doida. Mas imposivel nao se divertir as custas dos outros lah dentro. 

Hoje passei a tarde com a Carol no Tate Modern, que é o museu de arte moderna de Londres.

O Tate fica na beira do Tamisa, exatamente em frente a Saint Paul’s Cathedral, e separados pela Millenium Bridge, e costumava ser uma estaçao de energia, por isso o visual meio industrial.

Eu sou meio suspeita a falar de arte moderna, porque pra mim, qualquer coisa que eu olho e penso “eu poderia ter feito isso” nao se classifica como arte, porque de artista eu nao tenho nada. Os art lovers por ai, que me perdoem.

Tem muita coisa legal, e muita coisa de gosto duvidoso. Tem os classicos tipo Salvador Dalí, Joan Miró, Pablo Picasso, Pollock, e varios outros que eu nem sei o nome, e varios outros artistas novos.

O museu, como todos em Londres, em entrada gratuita, mas eles sempre tem umas exposições especiais que sao pagas. A dessa temporada é uma escultora francesa, que faz umas paradas meio macabras (a mais famosa é essa aranha gigante que apareca nas fotos). E sempre tem umas exposições no hall central (o mesmo hall onde foi o ‘mobile clibbing‘), que sempre sao mega polemicas. As ultimas que me lembro foram as dos cubos brancos, depois teve os tobogans (que era interativo, e as pessoas escorregando nos tubos, eram parte da arte) e atualmente é uma rachaduda…

Vai gente… vai dizer que esse ultimo nao é uma arte de gosto meio duvidoso? Mas enfim, quem sou eu pra ficar aqui discutindo a inspiração artistica de quem fez. O engraçado é que tinha lido sobre a escultura-rachadura no chao do museu no jornal, m as nao me toquei onde era dentro do museu, e na festa do mobile clubbing, via varias pessoas caindo no chao do nada, e nao tava entendendo oque estava acontecendo… e hj quando vi de novo, entendi… as pessoas estavam dançando na sua, e de repete CABUM, metiam o pé no buraco!

Mas foi legal… o dia estava otimo, almoçamos no Wagamama e depois ficamos btanedo papo num pub na beira do rio.

Sabe quando vc sai pra night e as musicas sao pessimas?

Sabe quando vc sai pra night e tem que ficar inventando assunto pra conversar com as pessoas?

Sabe quando vc sai pra night e paga um fortuna pra entrar numa lugar escuro, pequeno e cheio de fumaça?

SEUS PROBLEMAS ACABARAM!!!!!

Mobile clubbing é a solução!

Trajadas de blusinhas promocionais da cerveja Tiger e iPod de baterias recarregadas, 4 mocinhas elegantes rumaram ao grande encontro da semana.

As 19 horas e 1 (UM) minuto, no hall do museu Tate Modern foi dada a largada para o bailado autista. Cada um no seu ritmo, no seu estilo, na sua melodia. Requebrando as cadeiras no meio do museu. Gente esquesita e cabelos coloridos nao faltaram, e volta e meia os gritinhos da galera entoavam simultaneamente no hall do museu.

Era uma night como outra qualquer, dancamos até o chao, fizemos trenzinho e suamos a camisa (Tiger). Tiramos muitas fotos, rimos dos outros, e os outros riram de da gente.

O Mobile Clubing é organizado secretamente, da mesma maneira que o Pillow Fight, que por sinal é outro evento sensaional.

Acabou cedo, mas lavei a alma pro fim de semana. Dei até a ideia de fazer uma festa flash mob no casamento, mas miguxas me reprovaram! HAHAHHH