A capital da Irlanda do Norte é uma ótima porta de entrada ao país, além de ter impresso em cada esquina, sua cultura e história.
A cidade foi palco de incontáveis revoluções, protestos, atentados e movimentos culturais – e é exatamente isso que vemos em suas esquinas.
Com um misto de igrejas e pubs a cada quarteirão, a cidade é colorida pelos murais artísticos, que numa espécie de história em quadrinho da vida real, contam a história do pais e seu povo: da propaganda política separatista, as preferências religiosas e o gosto pelas artes e música. O que antes era vandalismo e revolta, acabou dando uma nova personalidade a cidade, deixando turistas boquiabertos.
Explorar a cidade é facílimo, e sejamos honestos: se a intenção é puramente carimbar os pontos turísticos (nem tão conhecidos assim) da cidade, o itinerário acabaria em um par de horas.
Mas ainda assim vale a pena, pois é nessa “exploração” turística que acabamos dando de cara com o melhor da cidade (a história! Os pubs! A arte de rua!).
Nós começamos nosso itinerário pela City Hall, a prefeitura da cidade e símbolo de Belfast.
Sem dúvida o maior e mais imponente edifício da cidade, de onde se abrem suas principais avenidas, e diferentes bairros a serem explorados.
Nós optamos seguir em direção a Donegall Place, explorando a High Street (que hoje em dia é uma área comercial exclusiva para pedestres) e as ruazinhas e vielas na “Anne Street Entries” – que são uma séries de ruas estreitíssimas medievais, que ainda preservam alguns de seus edifícios e estruturas, e onde a classe trabalhadora da Irlanda se reunia durante os períodos de revolução.
Apesar de que as ruas principais estão tomadas por lojas modernas, essas vielinhas contam a história da cidade!
No final da High Street não dá pra ignorar o gigantesco relógio do “Albert Memorial”, que parece uma espécia de Big Ben sem-parlamento, mas que domina a paisagem da cidade.
E é ali também que começa a região das docas e beira rio – que desde 1999 abriga um gigantesco salmão de cerâmica, que comemora a despoluição do rio Lagan, que voltou a ter salmões nadando rio acima, uma das tradições Irlandesas a mesa.
Imperdível também é a Catedral St Anne, a catedral de Belfast, e uma imponente igreja. A igreja atual é uma construção recente, construída por cima de outra igreja, que já tinha sido construida por cima de outra igreja e assim por diante.
Ao longo desse itinerário, preste atenção nos muros, laterais de prédios e casas e entradas de ruas: é ali que estão espalhados os murais da cidade.
Estima-se que Belfast e seus arredores tem cerca de 2.000 murais, que variam desde propaganda política e religiosa da década de 60, até os que comemoram grandes feitos musicais e dos esportes, aos que mostram festivais de musica ou publicidade de pubs.
Eles são meio que uma caça ao tesouro, e cada vez que você se dá de frente com um deles sempre rola um choque com o quanto são grandes e vívidos!
Como comentei no post anterior, nós ficamos hospedados no hotel Ibis Queen’s Quarter e voamos British Airways até o aeroporto Belfast City.
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