As vezes o Aaron me pergunta se eu escolho os destinos de minhas viagens baseado num tabuleiro do jogo “War” – e minha resposta eh que as vezes sim!
E por incrivel que pareca, por mais linda que seja a torre Eifel ou as praias das Maldivas, geralmente sao os lugares mais inesperados e menos turisticos que deixam uma marca ainda maior nas experiencias da nossa vida.
Entao quando me juntei com duas amigas igualmente apaixonadas por destinos “exoticos” e fora do comum, e comecamos a planejar uma viagem de amigas, na hora concordamos! Vamos para a Macedonia!
Heim? Quem? Onde?
Ha uns anos atras eu trabalhei e gerenciei uma equipe de Gregos, e parte da responsabilidade do time era toda a regiao dos Balkans. E nao eh de hoje que declaro meu fascinio pelos Balkans. Eles tem uma cultura tao unica, uma historia tao sofrida e recente, e sao tao diferentes do resto da Europa.
E a Macedonia – ou melhor, FYROM: Former Yuguslavian Republic of Macedonia – era uma das pecas que faltavam pra encaixar o quebra cabeca dos Balkans e entender um pouco melhor essa regiao tao fascinante.
E para a nossa surpresa, planejar a viagem pra la foi super facil a partir de Londres: voamos direto para Skopje com a Wizz Air (que sempre tem otimas opcoes de voos para o Leste Europeu e Balkans.
A Skopje, a capital da Macedonia, foi nosso destino principal mesmo.
A cidade tem aquele misto de mundo velho Europeu, mas com uma boa dose de “conflito de culturas” entre Ocidente e Oriente, leste e Oeste, misturando a arquitetura bem classica europeia com os bairros muculmanos da cidade.
E essa eh a principal marca dessa regiao dos Balkans que formava a antiga Yuguslavia: o contraste entre a forte influencia Ocidental-Europeia, e uma igualmente forte influencia muculmanda.
A Macedonia ainda esta tentando reencontrar seu espaco, reconhecer sua independencia, e recuperar a auto estima, nesses ultimos 20 anos apos o fim dos conflitos e o fim da Iuguslavia, e nossos passeios por Skopje tentou entender um pouco sobre essas diferentes facetas da cidade.
Comecamos logo pela praca “Macedonia” (Macedonia Square), e suas estatuas exageradas! Aliais, logo aprendemos que essa eh uma das marcas registradas da Macedonia: eles gostam de contar sua historia em forma de estatuas, e quanto maior, melhor.
A principal, bem no centro da praca, eh a estatua de Alexandre, o Grande – o rei Grego (mas que na verdade era originalmente Macedono, ja que na epoca o imperio Grego se expandia por boa parte dos Balkans – logo, apensar de “Grego”, ele eh etnicamente Macedono). A estatua eh tao descomunalmente enorme, que mal coseguimos aprecia-la de perto…
Mas nada como uma grande estatua para causa um grande impacto – a estatua e fonte de Alexandre o Grande, foi inaugurada no aniversario de 20 anos da independencia da Macedonia da Yuguslavia, e o fim da guerra.
E apesar de ser uma pais relativamente esquecido e obscuro na historia (e turismo) moderno, os Macedonos tem muito orgulho de sua historia milenar, e nao se envergonham de se gabar do suas personalidades ilustres e seus feitos historicos.
Outra personalidade que ganhou estatuas, nomes de pracas, Avenidas e afins pelo pais afora, eh a Madre Teresa de Calcuta: a freira, benfeitora, ganhadora de Premio Nobel da Paz e Santa Catolica, que apesar de ter ganhado o mundo gracas ao seu trabalho de caridade na India, ela nasceu e cresceu e comecou seu trabalho como freira e bem feitora na Macedonia.
(Curiosidade trivial sobre a Madre Teresa: Ela eh uma das figuras mais disputadas e polemicas dos Balkans, por causa de todo conflito da regiao nos ultimos seculos e decadas. Quando fomos a Albania eles tambem se dizem “donos” da Madre Teresa, ja que quando ela nasceu, o territorio pertencia a Albania, logo ela nasceu “Albanesa”. Porem, Kosovo tambem reclama a nacionalidade da Madre Teresa, pois ela nasceu na Provincia Albanesa de Kosovo – que apesar de tecnicamente ser territorio Macedono (geograficamente falando), na epoca era considerado parte de Kosovo.)
O coracao de Skopje eh o rio Vardar, e sua ponte principal, a “Ponte de Pedra” (com muitas outras estatuas!) divide a cidade entre o centro cristao “Europeu” e o centro muculmano “Oriental”.
No Lado Europeu, vemos edificios, museus e palacios dignos de qualquer outra capital do continente: O Museu de Arqueologia, a Opera, os palacios do governo e o museu do Arquivo Nacional.
E no centro muculmano esta a fortaleza Otomana da cidade (Fortaleza Kale), e um mercadinho oriental estilo Souk, que te faz jurar que voce esta no Norte da Africa ou em pleno Oriente Medio!
Nos nao seguimos nenhum roteiro, e percebemos logo logo, que Skopje nao eh o tipo de lugar que voce vai para ticar pontos turisticos da lista, pelo contrario!
Entao passamos a primeira metade do passeio explorando as pracas e a margem do rio Vardar pelo lado Europeu, e depois cruzamos a pnte e fomos explorar o lado Muculmano, fechando nosso dia com um enterdecer magnifico no alto da fortaleza, e uns bons drinks no por do sol no rooftop de um hotel no mercado Muculmano!
Nos ficamos hospedadas bem ali no coracao da praca Macedonia (e da cidade!), no hotel Marriott Skopje, e nao poderia ter sido melhor!
Alem da localizacao imbativel, o hotel tem um servico muito bom, quartos espacosos, um otimo spa, e muito pertinho de bares e restaurantes!
Fizemos otimas refeicoes pela cidade, sempre por ali pertinho do hotel e nas pracas principais!
E quem quiser assistir o vlog da viagem que fiz na epoca, esta aqui:
- Tulum – Mexico - 25/03/2019
- Roteiro de Chicago – O que fazer em um fim de semana Chicago - 21/03/2019
- Rendezvous Cay – Belize - 20/03/2019