01 Oct 2011
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Genebra: Tour guiada na sede da ONU

Dicas de Viagens, Genebra, Suica

Na minha ultima viagem a Genebra eu finalmente tive a oportunidade de fazer uma coisa que sempre tive curiosidade: Conhecer a ONU.

Nas minhas epocas de faculdade de Economia da UERJ, meu sonho dourado era trabalhar com desenvolvimento economico internacional/turismo, e instituicoes como a ONU, organizacao mundial do turismo e organizacoes afins populavam meus sonhos.

Entao aproveitei umas horinhas livres antes do voo de volta pra Londres e fui direto pra la! As tours guiadas duram cerca de 1 hora e sem duvidas foi a relaizacao de sonho! O unico problema eh que eu sai de la com ainda mais vontade de trabalhar pra ONU!

O passeio nos levou por varias alas publicas e privadas da sede da ONU, as areas de debate, e nas salas e auditorios onde o futuro de milhoes de pessoas sao debatidos e decididos diariamente.

Engracado que ao relembrar o passeio, a impressao que tive eh que fiquei la dentro por horas e horas, pois foi realmente uma experiencia magica! Eh um lugar que transpira historia, respira relacoes internacionais e onde o mundo e todo mundo eh igual.

Nao soh por ver aquilo tudo ali pertinho (essa semana ao assistir a conferencia sobre o reconhecimento da Palestina como estado, me senti super intima do lugar!), mas principalmente por conhecer os minimos detalhes que fazem da ONU uma instituocao tao importante e bem sucedida, e que na fundo no fundo, sao a base das relacoes internacionais, e tem tudo a ver com o meu trabalho tambem.

Pra comecar pelo simbolo da ONU: sempre me pareceu obvio que o simbolo se tratava de um mapa, mas nunca reparei que eh um globo terrestre visto de cima! O principio por tras desse simbolo eh que na ONU todos os paises sao iguais e portanto num pais ou regiao deveria ficar no centro, enquanto que os outros ao redor (nos mapas mais comuns a Europa esta no centro). E a vista de cima, eh simbolica de acordo com o papel da ONU: vigiar, supervisionar, mas sem necessariamente fazer parte de pais nenhum, nem governo nenhum.

Alem disso, nesse mapa-ONU, todos os paises e territorios do mundo estao incluidos, e nao apenas os paises membros. O fato de um pais nao ser membro da ONU, tambem nao o confere maior ou menor importancia perante os direitos da humaniade.

E esse eh a vertebra central da ONU: ser mediadora em prol da humanidade. Paises, governos e religioes nao importam – sua principal causa sao os seres humanos.

A guia tambem nos explicou as “tecnicas” de diplomacia local – como as posicoes dos paises em cada reuniao eh “sorteada” alfabeticamente, sempre em Frances ou Ingles (as duas linguas oficiais da ONU), entao assim paises que as vezes sentariam la no fundo do salao, na reuniao seguinte sentam la na frente. Enquanto que simultaneamente eles tem um processo paralelo, que faz um rodizio entre os paises que comecam sempre com a mesma letra, como eh o caso do Brasil por exemplo (Bresil em Frances, e Brazil em Ingles – mas sempre com a letra B).

Ale disso, TODAS as salas e auditorios tem duas entradas separadas, assim os paises inimigos pode se evitar, e seus representantes podem entrar e sair por direcoes opostas.

O Auditorio que eu mais gostei (foi de dar arrepio!) foi o auditorio dedicado exclusivamente a discussoes relacionadas a armas e desarmamento.

Alem de ser um auditorio lindo, todo pintado retratando a relacao da humanidade com as armas e as mazelas causadas pelas guerras, esse eh uma area que tem regras super especificas.

Pra comecar que nem todos os paises membros (193, mas podem virar 194 dependendo doque eh decidido em relacao a Palestina) sao parte do comite anti-belico da ONU (apenas 166), e esse eh o unico comite onde TODAS as decisoes devem ser 100% unanimes. Mesmo que apenas 1 pais seja contra uma acao ou nao concorde com a recomendacao contra os outros 165, a decisao de torna nula, e os paises membros devem reiniciar seus argumentos.

A discussao do momento eh em relacao a armas nucleares e biologicas, e o mundo ainda na chegou a uma conclusao. A ultima discussao bem sucedida resultou no banimento de armas quimicas em guerras – e a ONU levou 4 anos mediando esse papo, ate todos os paises envolvidos entrarem num comum acordo.

Segundo a guia, o motivo para essa regra eh bem simples: a ONU nao cria leis nem impoe regras, afinal eles nao sao um orgao governamental. Eles apenas atuam como um forum igualitario que facilita a conversa entre as nacoes. Decisoes e regras tomadas de comum acordo pode entao ser impostas a outros paises, mas cabe a cada governo decidir de tal regra sera aplicada ou nao.

Exemplos recentes sao as revolucoes e motins que estao acontecendo no Oriente Medio, onde governos nao cumpriram os principios basicos de direitos humanos, que resultou na expulsao da Libia do comite de Direitos Humanos por exemplo. Durante a minha tour, alguns auditorios estavam fechados devido ao debate sobre a situacao na Siria.

Nao me canso de repetir como esse passeio foi legal! Pode soar bem chato pra muita gente, mas se voce tem qualquer afinidade por historia e sociologia, esse passeio eh imperdivel! E agora fiquei com vontade de fazer tambem a tour da ONU de Nova Iorque!

As tours guiadas acontecem diariamente entre as 10:30 e as 17:00, com guias em Ingles, Espanhol e Alemao (durante o verao, mais linguas estao disponiveis), com passeios comecando a cada 20 minutos. Nos meses de baixa temporada (inverno) as tours acontecem apenas a cada hora, e geralmente soh em Ingles.

 

 

Adriana Miller
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24 Aug 2011
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Funky Buddha

Bares & Baladas, Dicas de Londres

Os dias que minha irmã passou em Londres foram intensos… e como elas estiveram aqui num fim de semana, todos nós aproveitamos pra meter o pé na jaca e aproveitamos demais tudo que Londres tem a oferecer!

Então depois de ter ido ao ChinaWhite na sexta, no sabado escolhemos o Funky Buddha, que ao contrario de clubs como o Mahiki, Fabric e Boujis, que são super tradicionais e antigos, o Funky Buddha é novissímo, inaugurado apenas em Janeiro de 2011 mas já ocupou um lugar no top clubs de Londres.

O espaço é bem pequeno, como é comum em Londres, mas adorei a decoração toda branca e com um bar central, tendo acesso de todos os lados do club.

O legal dessa noite é que como estavamos com um grupo enorme, resolvemos splurge e reservar uma mesa, que dá pra imaginar que foi otimo! Conseguimos uma mesa extamente do lado do DJ (que por sinal, arrasou DEMAIS a noite toda) e… bem, o resto é história!

Nos divertimos demais, demais mesmo! A ponto de que lá pra sei lá que horas da madrugada abandonamos a mesa e atacamos a pista de dança e ficamos por lá até nos darmos conta de que éramos uns dos ultimos da noitada e já eram quase 4 da manha!

 http://www.fbmayfair.co.uk/

15 Berkeley Street

London W1J 8DY

020 7495 2596

 

Adriana Miller
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23 Aug 2011
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Era uma vez um leão e um unicórnio…

Aleatorios, Dicas de Londres, Inglaterra, Tradicoes Inglesas, Vida na Inglaterra

Quando você pensa nas florestas medievais do Reino Unido, os parques de Londres… que animais espera encontrar?

Leões e Unicórnios, claro! Não?

Pois então prepare-se, pois esses dois animais estarão em todos os lugares possiveis e imaginaveis pelo país… Não ao vivo, assim no selvagem, mas em emblemas e brasões, pois ambos animais são os símbolos do Brasão de Armas da Monarquia do Reino Unido.

Históricamente o Leão representa a Inglaterra e o Unicórnio representa a Escócia, e o Brasão data de 1.603 quando James I da Inglaterra subiu ao Trono (e eles já era o James VI da Escócia).

Ambos animais tem significados simbolicos de força, realeza e raridade. O Leão é o simbolo da força da Inglaterra ( Simbolo da Inglaterra como pais independente são 3 leões), e o unicórinio acorrentado representa a raridade e a rebeldia da Escócia.

Esse Brasão de Armas hoje em dia só pode ser usado pela Rainha e seus descendentes diretos, assim como edificios e ocasiões oficiais, que tem a Rainha como representante oficial (como por exemplo na Royal Court of Justice da foto acima).

Abaixo do brasão estão escritos os motes dos monarcas britânicos Dieu et mon droit (Deus é o meu direito), bem como o lema da Ordem da Cavalaria, Honni soit qui mal y pense (maldade para aquele que nisto vê malícia), em uma representação da jarreteira (garter) azul atrás do escudo.

 

 

Adriana Miller
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