14 Jul 2014
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Atenas: roteiro de 1 (ou 2) dias

Atenas, Dicas de Viagens, Grecia

Esse ano esta sendo o ano das re-visitas a lugares queridos, e logo depois de ter voltado a Budapeste, na Hungria, surgiu uma oportunidade de voltar a Grecia, e re-visitar Atenas a trabalho.

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A viagem foi super corrida e de ultima hora, então não deu muito tempo de fazer planos nem esticadinhas, mas ainda assim consegui aproveitar um pouquinho da cidade e rever algumas áreas favoritas.

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Mas posso ser sincera? Atenas não esta entre minhas favoritas não. A cidade é suja, caindo aos pedaços, perigosa e com a crise atual (e 6 anos depois de minha ultima viagem pra lá) as coisas estão ainda piores.

Mas olha, pode me convidar pra ir a Atenas a qualquer momento, e NUNCA vou recusar – mesmo com todos os seus defeitos, é o tipo de lugar pra voltar e re-voltar pra sempre! O que é meio paradoxo, né? Já que as coisas interessantes da cidade não mudam a uns 3 mil anos… mas o que Atenas tem de caótico, também tem de incrível e insubstituivel, e impossível não embarcar numa viagem auto-filosofica, questionando seu lugar no mundo, perante TANTA historia, cultura e herança pra humanidade!

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Então, enquanto estava por lá, e dei uma escapadinha no fim do dia pra turistar, rolou um certo debate no Instagram, muita gente dizendo que não tinha vontade de ir, outros que não tinham vontade de voltar, e mais uns tantos mortos de amor.

E me fez constatar outra coisa: na maioria das vezes, Atenas é uma cidade de passagem! Seja a caminho de uma de suas muitas ilhas, ou na parada de um navio, e a maioria das pessoas que passa por lá, realmente não dedica mais que 1 ou 2 dias a cidade.

Mas seus problemas acabaram! Por que com 1 ou 2 dias já da pra explorar bem a cidade, e ver tudo que ha de interessante!

E foi justamente isso que eu fiz – e como já conhecia a cidade, já sabia onde ir, e o que queria ver, e principalmente, ja sabia que tudo de interessante fica ali pertinho, um monumento ao lado do outro, e da pra fazer tudo a pé, sem o menor problema!

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As fotos as vezes enganam, mas a região histórica de Atenas eh super “concentrada” – o Pártenon, no alto da Acrópoles, fica numa colina que domina a paisagem da cidade, e todo o resto fica a sua volta: a Agora Antiga, o Templo de Zeus, A Porta de Adriano, e o novo museu da Acrópoles, etc.

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Então, para facilitar a organização do dia, vá para a Acrópole e suba ate o Partenon logo no começo do dia.

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Se você for durante os meses quente de primavera e verão, isso é ainda mais importante, pois o clima lá em cima é cruel! Pra começar que a subida eh super íngreme, com pouquíssimas arvores, e lá em cima eh um descampado!

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Quando faz sol e calor, o clima eh impiedoso, mas em compensação, se estiver frio/vento/chuva, a situação fica ainda mais complicada!

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Mas como a Acrópole é a atração principal da cidade, comece por lá, e todo o resto fica mais fácil.

A Acropoles de Atenas é uma citadela, habitada desde o seculo 6 a.c., e devido a sua localizacao geografica, sendo a colina central da cidade de Atenas (com boa visao de toda cidade e outras colinas, assim como o mar) foi eleita para a construcao do Partenon.

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A entrada eh atravez de outro templo, o Propylaea, que era o portao de entrada principal da Acropoles.

Infelizmente, o partenon foi parcialmente destruida pela guerra contra Veneza no seculo 17, quando serviu como armazem de polvora e armas, sendo vitima de varias explosoes que foram aos poucos destruindo a construcao.

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O pouco que sobrou, acabou sendo “resgatado” por exploradores de varias outras nacionalidades (Os “Marmores Elgin” em exposicao no British Museum em Londres, sao a colecao mais completa e mais polemica entre as pecas salvas do Partenon).

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Outro templo impressionante no alto da Acropolis eh o Erechtheion, dedicado a deusa Atenas e ao Deus Poseidon, com suas calunas-estatuas impressionantes (e em otimo estado, consederando todas as guerras que ja passaram, e seus 3 mil anos de existencia!).

Alem disso, tanto a subida, quanto a descida da Acropoles eh um museu a ceu aberto por si so, com mais uma incontavel colecao de ruinas de outros templos, teatros e vestigios da cidade que um dia existiu por la.

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Um dos mais impressionantes eh o Teatro de Dionisius, que alem de enorme, ainda esta super bem conservado, e ocupa uma posicao privilegiada na colina da Acropoles – deve ter sido o maximo poder assistir um Drama Grego sentado em suas escadas/arquibancadas, com a vista do vale de Atenas de um lado e o mar Mediterraneo de outro!

Alem da colina da Acropoles, tem tambem a regiao do parque em volta, conhecida como Promenade e considerado o maior museu ao ceu aberto do mundo – sao quase 3 quilometros de trilhas entre ruinas, templos e Igrejas Ortodoxas centenarias, que ocupam mais umas boas horas do dia – sem falar, claro, nos muitos cafes, restaurantes e lojinhas espalhados pelo parque.

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A gama de opcoes historicas eh enorme, se espalhando por milhares de anos, e ate fiz a piadinha no Instagram, que Atenas eh o tipo de lugar que voce pode se dar ao luxo de esnobar uma construcao ortodoxa, por ter apenas uns mil anos de historia…

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Entao aproveite pra fazer uma pausa – escolha um cafe Grego (se estiver calor, va de Frapuccino! A primeira vez que tomei na vida foi em Atenas anos atras, e fique viciada ate hoje!), uma rosquinha ou entao um Iogurte grego (aliais, vi varias “Iogurterias” por ali dessa vez! A base eh o iogurte Grego natural, e ai voce escolhe suas coberturas e acompanhamentos, tipo um sundae-bar! Delicia!), e reponha as energias (depois da descida e subida da Acropolis voce vai precisar!

Para fechar o circuito da Acropoles, va ate a Agora Antiga, passando pelas ruinas que a cercam (o equivalente Grego, do Forum Romano de Roma).

A Agora esta numa localizacao menos impactante que a Acropoles, entao acaba sendo deixada meio de lado, mas em compensacao eh o templo Grego mais bem conservado do mundo! Praticamente intacto apesar de sua historia milenar!

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Para fechar o circuito de templos Gregos, do outro lado da Avenida Andrea Siggrou fica o Templo do Zeus Olimpico e o Arco de Adriano. O templo, foi construido com a intencao de ser o maior do mundo, com colunas colossais e proporcoes dignas dos Deuses, mas so foi completado durante a ocupacao Romana, a comando do Imperador Adriano (que tambem tinha mania de grandeza pelos vistos!).

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Ah! E vale ressaltar que a rua que separa as duas areas de templos, a rua Dyonisiou Areopagitou eh uma outra otima opcao de pit stop por ali, com varias bares e restaurantes com opcoes rapidas e baratinhas de comida, bebidas, e lanchinhos (leia-se Iogurte Grego e rosquinhas) e muitos souvenirs (eh ali tambem que fica a saida da estacao “Acropolis” do metro de Atenas, entao eh facil de achar).

E ao seguir essa rua, paralela a colina da Acropoles, voce se deparar com o novo Museu da Acropolis!

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Eu sei que o museu nao eh novo, e ja esta aberto ha alguns anos, mas quando fui a Atenas da primeira vez, a estrutura ainda estava no comecinho das construcoes, e com muita expectativa ao seu redor, entao estava muito curiosa para ver como ficou por dentro!

Voce pode entao passar o resto da tarde toda no Museu, ou como no meu caso, deixar pra dar uma passadinha no dia seguinte, caso ainda tenha mais tempo.

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A arquitetura do museu eh incrivel, e faz um constraste antigo/moderno bem legal com tudo a sua volta.

E claro, sua estrutura de vidro e janeloes enormes, nao escondem a realidade de que na verdade a maior reliquia historica da Grecia nao esta no museu, e sim no alto da Acropoles, que nao por acaso, eh sua vizinha de frente!

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Mas ainda assim o museu eh bem interessante, dando uma baita aula sobre a historia e Mitologia Grega, ensinando os detalhes sobre os diferentes periodos, os diferentes Deuses, a importancia religiosa e comercial das diferentes Ilhas, e como essa evolucao foi moldando a cultura Helenica.

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E no terceiro andar, conforme prometido muitos anos atras esta a “vitrine” da Acropoles, uma caixa de vidro no topo do museu, com a vista do Partenon, com replicas de suas esculturas e o significado da construcao – e pasmem, nenhuma mencao ao Museu Britanico… apenas a mensagem de que os “marmores originais do partenon estao temporariamente sob tutela de outro governo”. Bem diplomatico.

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Para fechar o dia, nada mais merecido do que um tipico jantar Grego e de preferencia com a vista da Acropole! Afinal, tudo em Atenas gira a sua volta!

Eu jantei no otimo Dyonisius, que tambem fica ali na vizinhanca do Museu da Acropoles (vou fazer um post detalhado! Foi dica de varias leitoras e do concierge do hotel! Certeirissima!).

Pra quem ainda tiver mais tempo por Atenas (ou energia sobrando no fim do dia), pode tambem dar uma passadinha na Praca Syntagma, que marca o centro da cidade, e onde fica o Palacio Presidencial.

Ultimamente a praca so tem aparecido na midia acompanhanda de manifestacoes e brigas sangrentas por causa da crise, mas eh uma area bem legal, e os guardinhas (e a troca da Guarda) sao bem unicos, com seus sapatos de pom-pom e marcha esquisita milimetricamente alinhada!

Outras duas dicas finais, que nao fiz dessa vez, mas fui em minha primeira viagem a Atenas eh o restaurante/bar do hotel Hilton, que tambem tem uma vista linda da Acropoles, e um climinha bem badalado.

E se voce tiver ido ate a Praca Syntagma no fim do dia, aproveite o happy hour que sempre bomba no bar da cobertura do hotel Bretagne (e adivinhe? Tambem com a vista da Acropoles!).

 

Atenas na Pratica:

– Metro e Taxis

O sistema de metro de Atenas eh bem simplezinho se comparado com outras capitais Europeias, mas ainda assim eh uma das melhores opcoes pra quem vai turistar na cidade.

As estacoes passam pelos principais pontos turisticos, as passagens sao baratas (coisa de 1 Euro) os trens limpos, as estacoes de facil navegacao e afins.

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Alem disso, como muita gente se preocupa com a lingua na Grecia, pelo menos de metro eh uma garantia de que vc nao vai ser enrolado pelo taxista, nem vai se perder tentando pegar um onibus. Todas as estacoes tem traducoes de Grego para Ingles (que na verdade apenas significa que sao traduzidas do alfabeto Grego para uma lingua que ocnseguimos ler e entender), os anuncios e avisos sao feitos em Ingles e tal.

Nao tem erro, mesmo!

Mas isso nao quer dizer que egar taxi em Atenas eh furada, muito pelo contrario.

Justamente por nao ter uma malha de cobertura gigante, o sistema de metro pode deixar a desejar, e nesse caso os taxis sao a melhor opcao.

A realidade eh que hoje em dia a Grecia vive praticamente so de turismo (quase todas as outras industrias e linhas de negocio falidos) e portanto, quem trabalha nesse meio esta sempre bem preparado. TODOS, digo, todos os taxistas que peguei por la falavam Ingles perfeito, e a comunicacao nao chegou a ser um problema.

Mas temos que ficar de olho, porque volta e meia rolam uns “golpes”, nos arredores dos pontos turisticos em sempre os taxistas querem usar taximetro etc. Resultado, nenhuma das corridas que fiz por la custaram a mesma coisa, mesmo quando envolviam o mesmo trajeto.

Nada que seja o fim do mundo, e nao cheguei a me sentir insegura, mas uma situacao frustrante no minimo! (nada como se sentir injusticada no papel de “gringa” no pais dos outros pra nos lembrar o quanto eh importante tratar bem os visitantes de nosso pais e cidade!). Por exemplo, no dia que fui a Acropole, a corrida na ida custy 5€, ja na volta o preco foi “fixo” de 8€.

 

– Seguranca

Isso foi uma coisa que me impressionou bastante quando fui a Atenas pela primeira vez em 2007.

Eu ja estava morando na Europa ha uns anos, e apesar de existir inseguranca e violencia em outras cidades (afinal, fui furtada em Madrid, ja assisti incontaveis golpes em Paris, etc), tinha me desacostumado totalmente com a sensacao de nao poder andar de carro com as janelas abertas, tem que ficar vigilante com a bolsa, nao andar na rua a noite, e ver tantos pedintes e moradores de rua.

Infelizmente, quase 7 anos depois e uma crise ainda pior destruindo a economia do pais, a situacao nao melhorou em nada. O escritorio da filial Grega da empresa onde trabalho por exemplo, tem porta blindada e seguranca armado na porta, o hotel 5 estrelas onde estava hospedada nao me aconselhou a sair sozinha a noite; e na saida da reuniao, a colega de RH me deu o aviso “segura bem a bolsa”.

Nao sei se a cidade eh realmente “perigosa”, principalmente para padroes de quem mora nas grandes cidades Brasileiras (que triste ter que escrever isso sobre meu proprio pais!), mas a situacao da cidade destoa em comparacao a outras capitais Europeias. Entao eh sempre bom ficar alerta durante a passagem pela cidade, e nao deixar que a situacao criada pela crise atual (que esperamos que seja passageira!) atrapalhe as ferias de ninguem!

Adriana Miller
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04 Jun 2014
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Budapeste: Kiosk Restaurant

Budapeste, Hungria

Quando comecei a planejar a viagem pra Budapeste com minha irmã e uma amiga, logo decidimos que queríamos fazer alguma coisa super legal no sábado a noite!

Queriamos nos arrumar, sair pra jantar em algum lugar super bacana, tomar uns drinks e curtir um pouco a famosa night Hungara!

Entao quando pedi algumas indicacoes para o concierge do nosso hotel, imediatamente ele recomendou o Kiosk, que eh o bar/restaurante sensacao do momento na cidade!

O Kiosk fica em Peste, na beirinha do rio, bem ali na regiao do bairro Judeu e de compras da cidade, uma area com muitos outros barzinhos, clubs e restaurantes tambem, entao foi facilimo de chegar.

Eles ocupam todo primeiro andar de um antigo palacio, com o pe direito alto, e uma decoracao toda meio rustica, assim meio galpao convertido, com algumas das estruturas originais do palacio (as varandas internas e janelas em estilo meio barroco), mas com tijolos expostos e muida madeira de restaurancao. Um clima lindissimo!

Logo na entrada damos de cara com o bar, e uma bandinha tocando musica ao vivo, e apesar de ser relativamente cedo (O Kiosk eh o tipo de lugar que as pessoas vao cedo pra jantar e depois ja ficam la direto pra dancar e tals), o ambiente ja estava animadissimo, com varios grupos enormes de amigos e comemoracoes, enfim super legal!

Sabe aquele lugar que apesar de chique e arrumadinho, tambem eh super informal, fica todo mundo meio em pe, meio sentado, e os grupos de amigos vao trocando de lugar ao longo das pesas enormes? Ah, foi muito bom! Adoramos demais o climinha do lugar!

Outro ponto forte deles eh a adega, e a parece dos fundos do restaurante eh inteirinha de vinhos das mais variadas vintages – mas o menu de cocktails nao deixa a desejar!

O menu de comida nao eh muito extenso, mas tem otimas opcoes de comida Hungara moderna e outras tantas opcoes internacionais, pra agradar todo mundo – e sim, a comida estava tao boa quanto o ambiente do lugar!

O nosso plano era ter ficado lá ate bem mais tarde, e depois ainda emendar no Buddha Bar (que também é ali pertinho), mas depois de um dia inteiro de turistagem, acabamos entregando os pontos cedo e voltamos pro hotel ja planejando as programações do dia seguinte em Budapeste!

Para jantar no fim de semana, é impreenchível fazer reserva – mas caso contrario é só chegar chegando e tomar uns drinks (de preferência, pós-spa!)

KIOSK

Marcius 15. ter 4., Budapest 1056, Hungary

 

Adriana Miller
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04 Jun 2014
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Budapeste: Széchenyi Spa Termal

Dicas de Viagens, Hungria

Budapeste se auto intitula como a capital dos spas da Europa: não sei se o titulo é oficial, mas acho difícil alguém bater as estatísticas.

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No total são 118 fontes de aguas termais em Budapeste, com temperaturas que variam entre 21 e 78 graus e o mais variado leque de minerais e propriedades. Historicamente, além do beneficio óbvio da agua limpa e quentinha amplamente disponível, as propriedades medicinais das aguas se espalharam pela Europa, e Budapeste se tornou um grande centro medicinal durante a ocupação Romana no centro-leste Europeu.

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Mas foi no século 16, durante a ocupação Ottomana que a cultura dos spas realmente se propagou entre os Húngaros: afinal juntaram a abundância de aguas medicinais disponíveis, com a cultura dos Hammans (banho turco) dos Turcos, e pronto. Receita de sucesso duradouro!

Hoje em dia, Budapeste tem mais de 15 Spas termais (não incluindo spas “normais” de hotéis e estética), alguns de construção e estrutura centenária (como é o caso do Rudas Bath, que existe desde 1500), que mantém o ritual super presente na cultura local.

Na verdade eu só passei a dar atenção mesmo aos Spas Húngaros quando comecei a trabalhar com uma menina de Budapeste, uns 2 anos atrás. Segundo ela (que tem trinta e pouquinhos anos) é isso que fazia sua família quando era criança, depois passou a fazer com seus amigos quando era adolescente e na faculdade, e agora é seu programa preferido quando volta pra Budapeste.

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Sabe essa coisa de carioca marcar uma praia & barzinho? Em Budapeste a programação é ficar pulando de piscina em piscina, batendo papo com os amigos, ou confraternizando com a família. Ela vai do aeroporto direto pro Spa, encontra todo mundo na piscina X e lá mesmo já se arrumam e caem na balada.

Achei isso o máximo! Entoa não queria deixar de experimentar de jeito nenhum!

Nos escolhemos o Széchenyi Furlo pra passar o domingo a tarde, por ser o maior e mais conveniente para nosso roteiro (pois ele fica dentro do Parque da Cidade, no coração de Peste), mas também tínhamos considerado o Gellért, que apesar de menor (fica no lado Buda), é mais histórico e (aparentemente) mais bonito por dentro, sendo uma boa opção para o inverno.

Mas achei o esquema das piscinas externas do Széchenyi incríveis, além das muitas piscinas internas (mas achei o interior meio caidinho – mas não esqueçamos que esse spa eé do século 18, e muita coisa ainda eé original e “histórica”), além da localização e de ser o maior complexo de aguas naturais da Hungria e da Europa.

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Na verdade ele me lembrou um pouco a “Blue Lagoon” na Islândia – aquela abundância de agua quentinha e azul a céu aberto. A diferença é que em Budapeste, as fontes e “laguinhos” termais foram transformados em piscinas e com todo um complexo de suporte (na Islândia é mais “ao leu” e natural).

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Eu e a Monica aproveitamos também pra curtir os pacotes de Spa que eles oferecem (você pode pagar pra entrar e apenas usar as – muitas – piscinas, ou pode fazer massagens e tratamentos de spa também), então passamos boa parte do nosso tempo na PalmaHaz, um jardim de inverno climatizado, e com uma decoração toda meio “tropical”, com lounges, redes, sofás e espreguiçadeiras, bares de chás e sucos de frutas, e claro, salinhas de tratamentos.

Foi difícil ir embora, mas ainda queríamos curtir o restinho das piscinas e do spa antes de ter que voltar pro aeroporto!

Para entrar e usar as instalações do Széchenyi, basta comprar sua entrada lá mesmo, direto na bilheteria, ou on line ou através de vouchers no seu hotel (foi o que fizemos). Como fomos num domingo, nos aconselharam não deixar pra comprar na hora, pois como a capacidade é limitada, as vezes formam umas filas enormes (principalmente na alta temporada – auge do verão, ou auge do inverno, e nos fins de semana), então já chegamos lá com vouchers na mão e entramos direto.

 

Adriana Miller
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