Depois do passeio pra Baalbek, o Hussein me levou pra ver Anjaar, que fica no caminho de volta a Beirute.
Anjaar é bem menos impressionante que seu vizinho, e também bem mais recente historicamente, mas é impressionante por sua extenção monumental – no total são mais de 114.000 metros quadrados, e ainda não terminaram de escavar tudo!
O diferencial de Anjaar em comparação com outras ruinas no Libano e Oriente Medio/Mediterraneo é que a cidade nunca passou pelo processo de contrstução, conquista, reconquista, destruicão e reconstrução que gerealmente vemos em outras areas.
A origem da cidade é Omíada, que foi a primeira dinastia Islamica estabelecida como seguidores do profeta Maomé e se estabeleceu como um importantissimo mercado na rota Oriental entre Damascus, Baalbek, Beirute e o Ocidente.
Entre suas ruinas já foram descobertas centenas de “lojas” e praças que carcterizam mercados, alem de banhos pre-Otomanos e palacios.
A dinastia reinou por cerca de 100 anos, e misteriosamente, abandonou a cidade.
Ao longo dos seculos (e das muitas guerras), Anjaar foi esquecida, destruida e soterrada até que na decada de 40 foi “redescoberta” e então começaram as escavações.
A primeira impressão de Anjaar é que o lugar é arquitetonicamente bem simples, principalmente em comparação com seus precedores Grego-Romanos e as dinasticas seguintes de Otomanos, Turcos e Muçulmanos em geral.
Mas a importancia de Anjaar é mais sublime, não só por ser uma das poucas ruinas Omíadas do mundo e contar um pouco sobre a origem Islamica, mas Anjaar (que em Arabe significa “Rio corrente” ou algo do tipo) tem estruturas super bem conservadas que mostra como os primeiros Muçulmanos armazenavam agua e supriam uma cidade inteira a partir das fontes nas montanhas do Libano.
Anjaar fica a mais ou menos 1 hora de Beirute, e foi uma otima opção pra fechar a viagem!
Mas uma vez o lugar estava inteiramente vazio, e pude perambular e fotografar cada detalhe das ruinas sem a presença e interrupção de massas de turistas, oque foi otimo!