16 Dec 2014
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Ballet Real Britanico – Alice no Pais das Maravilhas

Dicas de Londres, Dicas de Viagens, Inglaterra, Teatro / Musicais

Como muitos leitores das antigas já devem ter percebido, eu gosto de tradições. Pode ate não parecer, mas sou super rotineira. No meu dia a dia gosto de fazer certas coisas sempre da mesma maneira, na mesma ordem – acho que me ajuda a não deixar a peteca cair entre as mil tarefas do dia a dia. Se o básico já estiver tão ensaiado que eu faço sem nem perceber, sobram mais neurônios (e energia) para outras coisas na mina vida.

Mas não sei o que aconteceu nessa época de fim de ano que inspira as tradições. Não são coisas que fazemos sempre, nem que fazem parte do nosso dia a dia, mas fazem essa época do ano mais divertida e dão aquela sensação de estar fechando um ciclo, antes do novo ano.

Me sinto assim em relação a minha arvore de natal, e também ao Ballet de fim de ano da Royal Opera House que vou (quase) todos os anos com mina amiga Tati! (para comprar seu ingresso veja esses posts aquí).

Esse ano o espetáculo escolhido foi o ballet da “Alice no país das Maravilhas”, apresentado no Royal Opera House em Covent Garden!

Nossa noite começou com um jantar de atualização de fofoca e uns bons drinks no Balthazar (ja falei dele aquí!), que fica ali do lado e eh o endereço perfeito para um jantarzinho com a BFF!

Engraçado que já fui ao Balthazar varias outras vezes e quase sempre com as amigas! Acho que ele tem um ar meio “Nova Iorque Sex and the City” de ser que adoro!

E claro, o menú – que nunca decepciona!

Eu fui de spaghetti de lagostas e manjericão fresco (eu tento diversificar, mas sempre acabo pedindo a mesma coisa!)

E a Tati de Mac’n’Cheese.

De la, atravessamos a Piazza de Covent Garden diretamente para a entrada lateral do ROH em direção a nossa poltrona.

Já fazem uns bons anos que não voltava la (da ultima vez fomos no Colisseum!) e ja tinha ate esquecido de como aquele lugar é liiiindo!

Aliais, amo todos os teatros em Londres! Todos tem aquele ar de glamour antigo do West End… Me sinto mais culta só de passar pela porta! Haha

A apresentação foi, claro, um espetáculo – e logicamente não é permitido tirar fotos durante o ballet.

A pesar de não ser uma historia clássica de fim de ano (como o Quebranozes, por exemplo, que assistimos uns anos atrás), o Alice no Pais das Maravilhas é uma historia linda e igualmente um clássico Inglês, com uma historia muito legal (inspirada pelas universidades de Oxford e escrita na cidade).

E como era de se esperar, o Ballet Real Britânico não decepcionou!

E o tanto que eu amo a orquestra ao vivo?! Parece que s música entra em você! Incrível!

Eu também adoro que a cada ano eles inovam nas apresentações, quase nunca repetindo obras, o que eh uma ótima colaboração da nossa tradição!

 

Todos os posts sobre Covent Garden aquí.

Como comprar ingressos para as apresentações do Ballet Real (o ano todo) aquí.

Adriana Miller
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15 Dec 2014
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Marrakech – os jardins

África, Dicas de Viagens, Marrakesh, Marrocos

Parece dificil de acreditar, mas sim…. existem outras coisas além do Souk e do mercado noturno em Marrakech!

No nosso último dia da cidade resolvemos sair um pouco do centrinho e conhecer um pouco dos arredores de Marrakech. Nada muito elabora do não, sem excursões nem “viajar” nem nada disso. Então as escolhas foram os jardins e “oasis” que existem por lá.

A primeira parada foi o Jardin Marjorelle, que se não me engano nem sequer existia (aberto ao público) da primeira vez que visitei o país.

A casa é um exemplo clássico de arquitetura Marroquina, cercada por um jardim de paisagismo minucioso pra combater os excessos do deserto.

Mas a casa ficou famosa mesmo depois que seu proprietário/patrono a salvou: ninguém menos que o estilista Francês Yves Saint Laurent, um apaixonado por Marrocos e o lado “exotico” do mundo, que chamou o Jardin Marjorelle de “casa” por alguns anos antes de sua morte.

Nos últimos anos a casa firou uma fundação/museu e é aberta ao público, com direito a exposição de desenhos de YSL, lojinhas de artigos “fashion” e uma livraria/biblioteca que vende cada livro incrivel!

O mais legal foi mesmo o jardin, o paisagismo incrível misturando fontes e laguinhos, com muitas flores e cactus, ao mesmo tempo contrastando com as cores fortes e “cheguei” da casa.

Imagina como seria a casa de “férias exóticas” de um coroa Francês excêntrico, rico e poderoso (e designer de moda)? Exatamente. Voilá, Jardin marjorelle!

De lá pegamos um taxi e fomos direto ao outro jardim da cidade, o Menara – que eu já conhecia da outra viagem e sabia que rendia boas fotos!

Dessa vez demos azar do tempo não estar ótimo, então as montanhas da cordilheira Atlas não estavam 100% visíveis, mas ainda assim é um cenário lindo!

Diz a lenda que o Sultão leva suas pretendentes pra passear no jardim, e era lá que fazia seu processo seletivo... As mulheres não aprovadas em seu haren, já morriam afogadas por lá mesmo…

 

Um vez no jardim Menara, voltamos andando pra região da Medina (cidade antiga) e logo que a Isabella acordou da soneca resolvemos fazer um outro passeio – mega brega e clichê, mas que ela adorou e nos mostrou um outro lado da cidade:

Andamos de charrete!

Queríamos voltar ainda a tempo de conseguir pegar um último pôr do sol na cobertura do Cafe du Glacier, então negociamos onde queríamos ir e por quanto tempo, mas ainda conseguimos dar a volta completa na muralha da cidade, entrar e sair de alguns dos portões principais, e ver (por fora) o Palacio Presidencial.

Claro que não foi aquele passeio de conhecimento super a fundo, mas acabamos vendo areas da cidade que não teríamos tempo de passear de qualquer maneira, e foi super divertido e confortável, e a Isabella adorou o cavalo, então vale a pena!

E pra fechar o dia… Sim, você adivinhou!

Voltamos para a praça Jamaa El Fna pra assistir o por do sol (e a montagem do mercado) no Cafe du Glacier!

É viciante gente!

Adriana Miller
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14 Dec 2014
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Marrakech – Praça Jamaa El Fna (com dicas de restaurantes!)

África, Marrakesh, Marrocos

Se o Souk de Marrakech é a alma da cidade, o que seria a Praça Jamma El Fna?

É impossível ignorar a praça, que ocupa um espaço enorme no centro da cidade, e é tão diferente e única!

Sim, no mundo todo cidade tem praças, mercados e espaços públicos onde a população se reúne, e a Jamma El Fna é justamente isso. Só que com um jeito Marrakech, que ninguém mais no mundo tem!

Durante o dia é uma zona de vendedores de chá, os “waterman” Bereberes em seus trajes típicos, os encantadores de serpente, os adestradores de águias, de macacos…

A senhoras fazendo tuatuagem de hena, e claro, os infames vendedores de suco de laranja!

E acredite, o suco é uma delicia! Aquela laranja super suculenta, docíssima e saborosa. Fresquinha, entregue direto na praça todas as manhãs…

MAS… repare bem na cor da água que eles usam pra “lavar” os copos?! Hahahhaha

Bem, na primeira vez que fui a Marrocos nem reparei nesse detalhe, e claro que não resisti ao copão de suco por 20 centavos… Bem, digamos que o final da história foi trágico, e só piorou com o fato de que estava dividindo um quarto de albergue que custava 3 Euros por dia com mais 2 amigas!

Então dessa vez eu não quis nem chegar perto… (mas alguns leitores comentaram que sobreviveram pra contar a história!)

E além das barraquinhas de suco, tem tambem as barracas de frutos secos e nozes – tão gostosas quanto as barracas são elaboradas!

Mas é lá pelo fim da tarde que a cidade realmente se transforma!

A medida que o sol vai baixando, carrinhos e caminhões vão chegando e descarregando o material – e todos os dias, 365 dias por ano, durante o pôr do sol a praça faz por merecer sua fama: centenas de barraquinhas começam a ser montadas, peça por peça, a mão por seus donos.

E então a Jamaa El Fna mostra as caras e porque tem, ha séculos, o maior mercado “alimentício” do mundo (#FatosEverywhere)! Minha dica é garantir que você esteja num ponto mais alto para assistir essa “transformação” (as dicas de restaurantes na praça estão no final do post!).

Então a praça é meio 2 em 1, pois por mais caótica e louca que ela seja durante o dia, quando você volta a noite, nem dá pra acreditar no que aconteceu. Dezenas e mais dezenas de “restaurantes” totalmente montados, que vão muito mais além de meras barraquinhas.

Mas sabe o que mais gosto mesmo da praça: ainda que seja uma das principais atrações da cidade, e a cidade seja o principal polo turistico do país, quem frequenta mesmo as noites na praça são os Marroquinos.

Famílias, grupos de amigos, crianças, casais.

Jogando (parece uns joguinhos de festa Junina), fazendo apostas, tocando musica, tomando chá e fazendo tatuagem de henna.

Os restaurantes então, lotados de locais comendo as mais complicadas iguarias que você já viu!

O lugar é intimidador, mas não perca a experiência! Os garçons das barraquinhas são tão agressivos quanto os vendedores do Souk, mas seja firme e vá em frente! Hahahahh

Uma verdadeira experiência antropológica passear pelos corredores entre os restaurantes!

Juro que chegamos a cogitar a possibilidade de comer por lá mesmo, em uma das barracas – mas confesso que o trauma do suco de laranja ainda não passou, e com a Isabella então… sei lá né?

Mas principalmente por que é tudo meio caótico, ela não ia ter lugar pra sentar, não teríamos onde guardar o carrinho (cadeirão então, nem pensar), e então preferimos não arriscar.

Quase todas as nossas refeições foram lá mesmo na praça, mas nos restaurantes ao redor – por mais turístico que eles sejam, não tem como errar: comida boa, vista melhor ainda!

Nosso preferido, onde voltamos umas 2 ou tres vezes foi o “Café Glacier”, dica de almoço do nosso guia. Certeirissima!

Ignore o restaurante no andar de baixo, e vá direto pra escadinha escondida lá atrás, ela te leva ao “balcão”, um terraço bem na esquina da praça, com a melhor vista possivel: se não bastasse a vista completa da praça Jamma el Fna, o balcão também tem vista privilegiada do sol se pondo bem atrás da mesquita Koutoubia, a principal (e símbolo) da cidade.

Durante o dia a vista é bem interessante, e te dá uma ideia melhor das dimensões da praça e do Souk.

Mas é na hora do por do sol que o Café du Glacier se torna especial!

E disputada a tapa por todos os fotógrafos da cidade, como o Aaron não me deixa mentir!

Praticamente uma arquibancada VIP para a montagem do mercado noturno, mostrando bem como a transformação do espaço é mágico! Como aquele shomens conseguem montar aquilo tudo em pouco minutos (que serão desmontados horas depois!) é incrível!

Aposto que a maioria deles conseguiria fazer tudo aquilo com os pés nas costas, mas não deixa de ser mágico!

Enquanto isso, o barulho e música lá em baixo vai subindo os decibéis e as famílias vão chegando em bandos.

Quando finalmente o sol se pôe, as luzes das barracas se acendem, os fogões são acesos e a imagem parece uma miragem de luzes desfocadas pela fumça, o cheiro dos temperos e especiarias no ar, e a música, o barulho e a multidão.

Outra opção para jantar é o Café Alhambra, do outro lado da praça. A dica é a mesma: ignore o café da entrada e suba direto pro último andar, na cobertura.

A vista não é tãaaao boa não, mas ainda assim bem legal, pegando toda lateral da praça. Mas o que gostei mesmo foi da decoração e do menu de comidas marroquinas. O interior do restaurante parece uma tenda de deserto, e a gente se sente mesmo num conto de Ali Baba e os 40 ladrões!

E por fim o Cafe de France, que tanta gente recomendou. A comida foi ótima, definitivamente o melhor cuscus que comemos por lá, mas o serviço e a vista deiaxaram a desejar. Não é que a vista seja ruim, mas não é tão boa quanto o Glacier, que tem a vista da praça toda, enquanto que o cafe de France e o Alhambra, pegam apenas a lateral da praça (não dá pra ver as barracas sendo montadas, por exemplo…).

Nós passamos 3 dias em Marrakech e pelos menos uns 2 dias passamos por lá, indo e voltando, entrando e saindo do Souk pra praça e vicie versa – por mais caótico que seja, é viciante! Uma energia incrível!

Adriana Miller
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